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A economia mundial: tendências de globalização e regionalização A partir dos anos 1970, transformações tecnológicas avassaladoras possibilitam cada vez mais a aceleração dos fluxos globais de mercadorias e informações (ex.: “barateamento” da aviação comercial, generalização dos containers, internet, telefonia celular, etc.) favorecendo técnica e economicamente o avanço das relações capitalistas pelo mundo, o que foi catalisado política e ideologicamente pela queda do Muro de Berlim em 1989. Consolida-se assim a chamada Globalização. A crescente liberalização dos mercados aumentou a competição internacional. A crescente competição, por sua vez, aumentou a tendência monopolizante. Não há como, portanto, falar em globalização sem falar nos conglomerados transnacionais. Ex.: setor automobilístico: Ford (EUA) > Volvo (Sueca); siderurgia: Thyssen + Krupp Steel – ex concorrentes alemãs; farmacêuticas da Suíça Ciba e Sandoz = Grupo Novartis; RECENTEMENTE, NO BRASIL: ITAÚ + UNIBANCO; SADIA + PERDIGÃO = Brazilian Foods. De forma aparentemente contraditória, no auge da globalização, manifestam-se diversas tendências de regionalização (ex.: início dos anos 1990: MERCOSUL, União Européia e Nafta). Não há contradição nisto, entretanto, já que os blocos econômicos, por exemplo, funcionam como fatores de facilitação da ação das transnacionais que, dessa forma, podem passar a estabelecer relações com os blocos em vez de com cada país separadamente. É uma ampliação dos mercados. Nesse sentido, a proliferação de blocos econômicos é um dos casos mais claros de tendência de regionalização e globalização ao mesmo tempo. Nesse sentido, a proliferação de blocos econômicos é um dos casos mais claros de tendência de regionalização e globalização ao mesmo tempo. Prof. Caio Andrade

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A economia mundial: tendências de globalização e regionalização

A partir dos anos 1970, transformações tecnológicas avassaladoras possibilitam cada vez mais a aceleração dos fluxos globais de mercadorias e informações (ex.: “barateamento” da aviação comercial, generalização dos containers, internet, telefonia celular, etc.) favorecendo técnica e economicamente o avanço das relações capitalistas pelo mundo, o que foi catalisado política e ideologicamente pela queda do Muro de Berlim em 1989. Consolida-se assim a chamada Globalização. A crescente liberalização dos mercados aumentou a competição internacional. A crescente competição, por sua vez, aumentou a tendência monopolizante. Não há como, portanto, falar em globalização sem falar nos conglomerados transnacionais. Ex.: setor automobilístico: Ford (EUA) > Volvo (Sueca); siderurgia: Thyssen + Krupp Steel – ex concorrentes alemãs; farmacêuticas da Suíça Ciba e Sandoz = Grupo Novartis; RECENTEMENTE, NO BRASIL: ITAÚ + UNIBANCO; SADIA + PERDIGÃO = Brazilian Foods. De forma aparentemente contraditória, no auge da globalização, manifestam-se diversas tendências de regionalização (ex.: início dos anos 1990: MERCOSUL, União Européia e Nafta). Não há contradição nisto, entretanto, já que os blocos econômicos, por exemplo, funcionam como fatores de facilitação da ação das transnacionais que, dessa forma, podem passar a estabelecer relações com os blocos em vez de com cada país separadamente. É uma ampliação dos mercados. Nesse sentido, a proliferação de blocos econômicos é um dos casos mais claros de tendência de regionalização e globalização ao mesmo tempo. Nesse sentido, a proliferação de blocos econômicos é um dos casos mais claros de tendência de regionalização e globalização ao mesmo tempo.

Prof. Caio Andrade