40104490_001014_101400017629897_005.PDF

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/25/2019 40104490_001014_101400017629897_005.PDF

    1/5

    MINISTRIO DA FAZ ENDA

    CM ARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS

    PROCESSO N.: 10140.001762/98-97

    SESSO DE : 1 4 DE AB RIL DE 2 0 0 3

    ACRDO

    N.: CSRF/01-04.490

    REC URSO N. : RD/103-1.014

    MATRIA : IRPJ E OUTRO

    RECORRENTE: F AZENDA NACI ONAL

    RECORRIDA: TERCEIRA CMARA DO PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES

    SUJEITO PASSIVO: CARDIOMDICA C OMERC IAL LTDA. - ME

    IRPJ/IRF -

    A mudana dos fundamentos legais

    que embasaram a exigncia caracteriza

    inovao e aperfeioamento do lanam ento

    requerendo a lavratura de novo auto de

    infrao ou notificao de lanamento

    suplementar e ao rgo julgador no foi

    dado esse poder.

    Recurso negado

    Vistos relatados e discutidos os presentes autos de

    recurso interposto pela Fazenda N acional.

    ACO RDA M os Mem bros da Primeira Turma da Cmara

    Superior de Recursos Fiscais por unanimidade de votos

    NEG R

    PROVIMENTO

    ao recurso nos term os do relatrio e voto que passam a

    integrar o presente julgado. Declarou-se hnpe dido o Conse lheiro D orival

    Padovan.

    ED N PE -

    DRIGUES - PRESIDENTE

    V ER I N A LD O N R I Q U E D A S ILV A - R ELA TO R

    F O R M A L I Z A D O E M :

    26 MAl 2003

  • 7/25/2019 40104490_001014_101400017629897_005.PDF

    2/5

    PRO ESSO N 10140.001762198 97

    ACRDO N. CSRF/01 04.490

    Participaram , ainda, do presente julgam ento, os seguintes Conselheiros:

    Celso Alves Fe itosa, An tnio de Freitas Dutra, Ma ria Goretti de Bu lhes

    Carvalho, Cndido R odrigues Neub er, Victor Luis de Salles Freire, Nelson

    M allm ann Sup lente Co nvocad o) , R em is A lmeida Estol, Jos Ca rlos

    Passuello, Wilfrido A ugusto M arques, Jos Clvis Alves, Carlos Alberto

    Gonalves Nunes, Manoel Antnio Gadelha Dias e Mrio Junqueira Franco

    f .

    nior usente , jus t if ieadam ente , a Con selhei ra L ei la M aria Seherrer

    Leitf

  • 7/25/2019 40104490_001014_101400017629897_005.PDF

    3/5

    PROCESSO N. 10140.001762/98-97

    AC RD O N. C SRF/01-04. 490

    RECU RSO N. RD /103-1.014

    RECORRENTE: F AZENDA NACI ONAL

    RECO RRID A : TERCEIRA CMA RA D O PRIMEIRO CO N SELHO D E CO N TRIB UIN TES

    SUJEITO PASSIVO: CARDIOMDICA COMERCIAL LTDA. - ME

    RELATRIO

    A Fazenda Nacional, por seu Procurador credenciado

    junto Terceira Cm ara do Primeiro C onselho de Con tribuintes, recorre

    para esta Cm ara Superior de R ecursos Fiscais, pela via do recurso especial

    (RD ), pleiteando a reforma do acrdo n. 103 -20.4 04, de 17/1 0/00 , que,

    por unanimidade de votos, negou provimento ao recurso

    ex offi io

    n.

    122.040 interposto nos presentes autos.

    O acrdo guerreado est assim ementado:

    OMISSO

    DE REC EITA - EMPRESA SUJEITA

    A T R I B U T A O P E L O L U C R O P R E S U M I D O -

    TRIBUTAO EM SEPARADO

    Na vigncia

    do art. 44 da L ei 8.541/92, em sua redao

    originria, no se aplica a tributao em

    separado para as empresas sujeitas

    tributao pelo chamado sistema do lucro

    presumido .

    As razes do recurso esto elencadas s fls. 4.893 a

    4.90 2 e so lidas em plenrio.

    O recurso foi admitido por D espacho do Sr. P residente

    da C mara recorrida, s fls. 4.94 0 a 4.9 42 , sendo os autos encaminhados

    repartio de origem pa ra cincia do sujeito passivo, assegurando-se-lhe o

    prazo de 15 quinze) dias para oferecer contra-razes, do que ele se

    dispensou.

    o relatrio. a

  • 7/25/2019 40104490_001014_101400017629897_005.PDF

    4/5

    PROCESSO N. 10140.001762/98-97

    ACRD O N . CSRF/01-04. 490

    VOTO

    CONSELHEIRO VERINALDO HENRIQUE DA SILVA RELATOR

    O recurso especial RD)

    interposto pela Fazenda

    Nacional dentro do prazo regimental foi acolhido pelo presidente da

    Cmara recorrido. Dele conheo.

    R

    carreado aos autos alcana duas exigncias:

    im posto de renda pe ssoa jurdica (perodo :

    10 de janeiro

    a 8 de maio de

    1994 v. fls. 4.612) e imposto de rend a retido na fonte (ano s-calendrio

    1994 e 1995 v. fls. 405 a 415).

    As exigncias foram fundamen tadas nos art igos 43 e 44

    da L ei n 8.541, de 23 de dezem bro de 1992, com a al terao introduzida

    pela L ei n 9.064, de 2 0 de junh o de 1995 (RIR/94, arts. 739 e 892 - v.

    fls.

    346, 353 , 415, 4.612 e 4.613).

    Por ser a em presa tr ibutada com base no lucro no lucro

    arbitrado, no a no-calendrio de 1994, e presum ido, no ano -calendrio de

    1995 (v. fls. 91 a 97), o Sr. Delegad o de Julgame nto afastou as exignc ias e,

    por superar o l imite de alada , recorreu de of icio ao Primeiro Conselho de

    Contribuintes.

    A Cmara quo

    negou provime nto ao recurso de oficio,

    ratificand o a de ciso singular.

    A Fazenda Nac ional adm ite com o inaplicveis espcie

    dos autos os fund am entos legais que em basaram as exae s (v. fls. 4.899

    ltimo pargrafo).

    O

    apelo a esta CSRF para que sejam re stabelecidas as

    exigncias, do seguinte mo do: i) o IRPJ com base no artigo 396

    do RIR 80 e

    na

    Lei n 6.468177, art. 6 (m and a tributar 50 dos valores om itidos); e ii)

    embora tenha silenciado

    m as a julgar pela tese esposada pelos acrdo s

    parad igma s, o IRRF com fulcro no artigo 40, 11

    , da Le i n 8.383/91 (no

    que

    diz

    respeito ao lucro presumido m anda va tr ibutar nas pessoasfi

    s s

  • 7/25/2019 40104490_001014_101400017629897_005.PDF

    5/5

    PROCESSO N. 10140.001762/98-97

    ACRDO N. CSRF/01 04.490

    beneficirias). Se no for essa a pretenso da Fazenda N acional, de se

    depreender que queira manter o IRF com apoio no artigo 39 7 do R IR/80 ou,

    talvez, com fu ndam ento no artigo 41, , 2, da lei 8.383/9 1 (disciplina a

    distribuio aos scios do lucro arbitrado, diminudo do IR PJ e da CSL L).

    Impossvel

    Seria o mesmo que agravar a exigncia. E o rgo

    julgador no pode modificar os fundamentos legais que embasaram a

    exigncia, muito menos efetuar lanamento. A prpria autoridade julgadora

    deixou registrada a impossibilidade de se alterar a tributao, ressalvado

    autoridade lanadora efetuar novo lanam ento na boa e devida forma (v. fls.

    4.612, no alto).

    A plica-se ao caso a tese defendida por L uiz Henriqu e

    Barros de Arruda

    In

    Processo Administrativo Fiscal Ed. Resenha

    Tributria, So Paulo, 1994,

    r

    ed., p. 55): "O term o agravar, na acepo do

    Decreto n 70 .235/7 2, no significa tornar a exigncia mais onerosa, m as

    com preende tambm m odificar os argum entos que a suportam ou os seus

    fundam entos, a exem plo do que requer a lavratura de auto de infrao ou

    notificao de lanamento suplementar, nos term os do artigo 18 ,

    3'. -

    Tenho

    portanto, que a mu dana da fundamentao legal

    de qualquer exigncia caracteriza inovao e aperfeioamento do

    lanam ento. Para isso, faz-se necessria a lavratura de um novo auto de

    infrao ou notificao de lanam ento suplementar, e ao rgo ju lgador no

    foi dado esse poder.

    Por conta dessas consideraes,

    N E G O PR O V I M E N T O

    ao recurso interposto pela douta P rocuradoria da Fazenda Nacional.

    Braslia-DF, 14 de abril de 2003 .

    4 1

    VERINALD

    7NRIQUE DA SILVA

    L T O R