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C M Y K TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO SIGA-NOS NO TWITTER: ACESSE O SITE: 16 @jornaldehoje www.jornaldehoje.com.br EMAIL REDAÇÃO: [email protected] Dólar comercial R$ 2,24 Dólar turismo R$ 2,32 Dólar/Real R$ 2,24 Euro x real R$ 3,05 Poupança 0,50%/0,41% Taxa Selic 11% INDICADORES: Sexta-feira R$ 2,00 jornaldehoje.com.br Ano XVI NATAL-RN, 30 DE MAIO DE 2014 Nº 4.947 OPINIÃO - Página 2 José Narcélio Marques Sousa Aldo Medeiros Filho Janguiê Diniz Adalberto Targino João Medeiros Filho Adauto Medeiros Rinaldo Barros ESCREVEM ARTIGOS NA EDIÇÃO DE HOJE Quiosques fecham a visão do mar da cidade como se vê- lo já não fosse um privilégio. Vicente Serejo Página 13 Marcos A. de Sá Página 7 Empresas serão punidas por não mostrarem valores de tributos aos consumidores. Nas entranhas da aliança de Henrique, muitas vozes gritam contra João Maia na chapa. Daniela Freire Página 12 HENRIQUE NÃO QUER APOIO E NEM O VOTO DE ROSALBA P-CANDIDATO DO PMDB A GOVERNADOR DO RN AFIRMA QUE SERIA INCOERÊNCIA TER O APOIO DE UMA GESTÃO QUE ELE ROMPEU E CRITICA. QUANTO AO DEM, HENRIQUE VAI AGUARDAR DECISÃO DO PARTIDO POLÍTICA 5 Wellington Rocha > MOSSORÓ Agente morre de meningite e colegas pedem intervenção na penitenciária CIDADE 10 Segundo o secretário de Serviços Urbanos de Natal, Raniere Barbosa, a reposi- ção das peças só deverá acontecer quando a cidade já estiver com o reforço po- licial nas ruas. População condena o vandalismo. ESPORTE 16 > SUCESSÃO ESTADUAL CIDADE 6 > INCLUSÃO SOCIAL Câmara discute políticas públicas para portadores de necessidades especiais CIDADE 8 Fotos: José Aldenir Heracles Dantas > COPA EM NATAL Arquibancadas móveis da Arena das Dunas deverão ser finalizadas no dia 8 Ainda em obras, aeroporto de São Gonçalo será inaugurado A poucas horas do início oficial das operações no Aeroporto Internacional Aluizio Alves, centenas de operários correm com os acabamentos e limpeza do terminal. Manhã de hoje também foi de testes de esteiras e computadores. CIDADE 6 > VANDALISMO Decorações que foram danificadas serão recuperadas na semana da Copa SYLVIA SÁ INTERINA

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Dólar comercial R$ 2,24Dólar turismo R$ 2,32Dólar/Real R$ 2,24

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INDICADORES:

Sexta-feira R$ 2,00 w jornaldehoje.com.brAno XVI wNATAL-RN, 30 DE MAIO DE 2014 wNº 4.947

OPINIÃO - Página 2

José Narcélio Marques SousaAldo Medeiros Filho

Janguiê DinizAdalberto Targino

João Medeiros FilhoAdauto MedeirosRinaldo Barros

ESCREVEM ARTIGOS NA EDIÇÃO DE HOJE

w Quiosques fecham a visãodo mar da cidade como se vê-lo já não fosse um privilégio.

VicenteSerejo

Página 13

Marcos A. de Sá

Página 7

w Empresas serão punidaspor não mostrarem valoresde tributos aos consumidores.

w Nas entranhas da aliança deHenrique, muitas vozes gritamcontra João Maia na chapa.

DanielaFreire

Página 12

HENRIQUE NÃO QUER APOIOE NEM O VOTO DE ROSALBAPRÉ-CANDIDATO DO PMDB A GOVERNADOR DO RN AFIRMA QUE SERIA INCOERÊNCIA TER O APOIO DE UMA

GESTÃO QUE ELE ROMPEU E CRITICA. QUANTO AO DEM, HENRIQUE VAI AGUARDAR DECISÃO DO PARTIDOPOLÍTICA 5

Wellington Rocha

> MOSSORÓ

Agente morre demeningite e colegaspedem intervençãona penitenciária

CIDADE 10

Segundo o secretário deServiços Urbanos de Natal,Raniere Barbosa, a reposi-ção das peças só deverá

acontecer quando a cidadejá estiver com o reforço po-licial nas ruas. Populaçãocondena o vandalismo.

ESPORTE 16

> SUCESSÃO ESTADUAL

CIDADE 6

> INCLUSÃO SOCIAL

Câmara discute políticaspúblicas para portadoresde necessidades especiais

CIDADE 8

Fotos: José Aldenir

Heracles Dantas

> COPA EM NATAL

Arquibancadas móveis daArena das Dunas deverãoser finalizadas no dia 8

Ainda em obras, aeroporto deSão Gonçalo será inaugurado

A poucas horas do início oficial das operações no Aeroporto Internacional Aluizio Alves, centenas de operários correm com os acabamentos e limpeza do terminal. Manhã de hoje também foi de testes de esteiras e computadores. CIDADE 6

> VANDALISMO

Decorações queforam danificadasserão recuperadasna semana da Copa

SYLVIA SÁ

INTERINA

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Sexta-feira2 O Jornal de HOJE Natal, 30 de maio de 2014 Opinião

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Artigo

Neil de CastroArtigo JOSÉ NARCELIO MARQUES SOUSA, engenheiro civil

([email protected])

Foi mediante a identificação autoralacima que eu li Zona Erógena, o primeirodos livros de Nei Leandro de Castro a mecair nas mãos. A partir daí enveredei pelabibliografia do meu antigo vizinho de RuaMossoró, no Tirol, em anos que não me re-cordo mais. No embalo conheci Era umavez Eros, O Dia das Moscas, As DunasVermelhas, A Fortaleza dos Vencidos e,por último, Pássaro sem Sono.

Acompanho-o, sistematicamente, àssextas-feiras, em seu espaço na Tribuna doNorte. Divirto-me com os pensamentos dasemana reproduzindo citações atribuídas aautores extraídos de sua imaginação, dosquais Rodrigo Rodrigues Roque é o maisfrequente nas crônicas semanais. Segue al-gumas pérolas de RRR:

– Desconfie do amigo cuja mulher nãogosta de você.

– Sucesso é uma questão de sorte. Per-gunte a qualquer fracassado.

– Por exagerada modéstia, divido aspessoas em dois grupos: os que concor-dam comigo e os que estão errados.

– Freiras, frades e monges são apenaspessoas que não conseguiram se livrar decertos hábitos.

– Trauma de infância é uma doençaque só ataca adulto.

– Falar mal dos outros: eis a maneiramais sofisticada de falar bem de si.

– Turista é o sujeito que quando estácom o saco cheio dos amigos viaja para en-cher o saco dos desconhecidos.

– Não, minha santa, afresco não é umtipo de pintura onde são retratados os ho-mossexuais.

– Se você não dominar bem a língua,

não deve escrever cartas de amor. Nemmuito menos praticá-lo.

Nei consegue dissecar o passado dedificuldades que enfrentou na vida comhumor e sem pieguices. Aborda o assuntode peito aberto e com uma sinceridade queàs vezes choca o leitor. Suas experiênciasdo tempo em que viveu e curtiu Portugalsem vintém são divertidas e deliciosas deler.

Lembrei o escritor por causa do can-tor Roberto Carlos, na berlinda depois decontrato firmado com a Friboi aliado a de-clarações do biógrafo Paulo César de Araú-jo, autor de Roberto Carlos em Detalhes,e agora de O Réu e o Rei. Nei publicou emjaneiro de 2009 a crônica O Rei e eu. Nelaretrata de forma hilária tentativas de em-placar músicas de sua autoria e de um seuparceiro, entre as selecionadas para integrardiscos anuais de Roberto Carlos.

Após trabalhar em diversas cançõescom entusiasmo crescente e vê-las todas re-jeitadas pelo Rei sem uma palavra sequerjustificando a recusa, decepcionados para-ram com as incursões ao cantor. Surgiuentão a ideia de escrever uma letra na me-dida certa para as manias de Roberto Car-los. O título: Sou roxo pelo marrom. Eis osprimeiros versos da canção: O marrom/é acor mais bela do mundo./Igual ao mar-rom/só o roxo, o roxo profundo,/roxo dasmortalhas/roxo do Zé do Caixão/roxo daspancadas do meu coração.

A propósito, hoje, 30 de maio, porcoincidência é o natalício do escritor norte-rio-grandense autor de As Pelejas de Ojua-ra. Ao caicoense ilustre, minhas congratu-lações e um feliz aniversário!

Ficar, namorar, noivar

Artigo ALDO MEDEIROS FILHO, advogado,([email protected])

Desde muito cedo aprendemos que oprimeiro passo em busca de uma uniãoafetiva entre duas pessoas é o namoro.Muitas canções e poesias enaltecem a pri-meira namorada e o primeiro amor. Nor-malmente isto se dá durante a adolescên-cia das pessoas e representa boas recorda-ções a todos.

O namoro entre adolescentes ou entreadultos sempre foi precedido de uma fasede troca de olhares, gentilezas e contatosquase sempre em ambientes de convivên-cia social comum aos dois.

Nos últimos tempos apareceu umaetapa intermediária. O ficante. Nem é otradicional paquera, nem o mais tradicio-nal ainda namorado. Algo híbrido que pes-soas mais veteranas tem dificuldade emdistinguir quando alguém é ficante ou na-morado.

Confesso que tive esta dificuldade até queuma aluna, estudiosa no assunto, piedosa-mente esclareceu: Professor, o que diferen-cia o namoro do ficar é que o ficante não tema obrigação de exclusividade.

Mas é obvio! Como não pensei nissoantes?

Acontece que nem sempre o óbvio éululante e em várias situações a pessoa setorna ficante fixo. E agora? Essa turmanova não para de inventar novidade.

Bom, mais uma confissão de fraque-za: não sei a partir de que ponto o ficantefixo se torna namorado. A mesma dificul-dade que os tribunais tem até hoje, parasaber quando um namoro se converte emunião estável, desde que o STJ numa tardesobrecarregada de feitos a julgar, consagrouque para configurar uma união estável nãohá necessidade de convivência sob omesmo teto.

Esta imprecisão de situações entre sol-teiros ou desimpedidos gera um certo pâ-nico entre as pessoas. Especialmente osadultos, que tem mais peso na alma que osadolescentes que saudavelmente pensammesmo é em se divertir.

Daí ser muito comum a consulta: ocontrato de namoro é legal? Devo fazerum antes de levar minha namorada a dor-mir lá em casa? Ou antes de uma viagemque pretendemos fazer à Buenos Aires?

É legal sim. É uma manifestação es-crita de vontades onde duas pessoas, livrese aptas a praticar os atos da vida civil, porinstrumento particular ou público, mani-festam que estão unidas sem o objetivo deconfigurar uma família e também sem queestejam a formar patrimônio por esforçocomum.

Estas situações podem ser constatadaspelos fatos, simplesmente, sem necessida-de de registro em contrato, porém a decla-ração clara e explícita pode afastar even-tuais discussões futuras.

Diferente entretanto é o caso do noiva-do. Quem noiva quer casar. Pelo menos é esseo entendimento predominante nos tribunais.O noivado é uma promessa de algo a seconsumar em uma data superveniente. Podeser longínqua, mas é preexistente. Tanto éque em muitos casos de rompimento de noi-vado sem algumas cautelas, os tribunais temdeterminado indenizações de uma parte àoutra, ante a frustração da promessa.

Por favor não entendam que todo noi-vado tem que ser mantido até o casamentoou rescindido mediante compensação pecu-niária. Esta indenização mencionada exigecircunstâncias especiais, que quando omundo era mais simples e as pessoas aindanoivavam para ter mais convivência com anoiva e sua família, consagrou-se a hipóte-se de que a intimidade se configurava quan-do o genro ou nora se sentia a vontade emdestampar as panelas do almoço que a sograpreparava.

Hoje nada disso tem mais valia. Avidamoderna misturou tudo. Os ficantes, os na-morados e os noivos todos tem uma convi-vência próxima com as famílias dos parcei-ros. E as sogras dificilmente fazem almo-ços, compram as comidas prontas ou levamtodos ao restaurante.

Investimento em tecnologiaaumenta a produtividade

Artigo JANGUIÊ DINIZ, mestre e doutor em Direito([email protected])

Tornou-se lugar comum falarmos queé preciso qualificar a população brasileirae investir em novas tecnologias para atin-girmos níveis de produção mais altos, in-clusive para compararmos aos países eco-nomicamente mais desenvolvidos. No en-tanto, os resultados dessas duas ações vãomuito além do aumento da produtividadee do número de empregos no país.

Atualmente, não é segredo para nenhumempresário, administrador de empresas ouinvestidor que investir em tecnologia da in-formação tem sido o item responsável poraumentar a produtividade dos negócios. Valeressaltar que quando falamos em produtivi-dade, não estamos falando apenas do nú-mero final da produção, mas sim da somadessa produção por unidade de negócio,mais equipamentos e o capital investido.

Nos últimos dez anos, a economia ame-ricana, por exemplo, registrou um alto in-vestimento das empresas em tecnologia dainformação e o resultado disso foi um au-mento de até quatro vezes na produtivida-de, isso comparado a empresas que fize-ram baixos investimentos. Esses resultadostambém foram observados no Brasil, ondeos resultados de algumas empresas chega-ram a aumentar cinco vezes, de acordo como Instituto de Pesquisa IDC.

É consenso entre os economistas que ocrescimento de uma economia está ligado ao

crescimento da produtividade. No entanto,o que um país deve fazer para que a produ-tividade cresça? Para responder esta ques-tão, faz-se necessário saber que a economiade um país não pode se limitar a apenas umaespecialidade e o aumento da qualificaçãoda mão-de-obra através da educação é ótimopara o desenvolvimento da economia, in-dependente do setor empregatício.

O grande diferencial para o desenvol-vimento da economia é que esta cresce apartir da incorporação da mão de obra noprocesso produtivo. Agregado a isso estãoo aumento do investimento em máquinase equipamentos e a forma eficiente que sefaz desses itens. Ou seja, é ser capaz deproduzir mais, usando a mesma quantida-de de mão de obra e de capital.

Produzir mais com a mesma quantida-de de mão de obra não significa que o nú-mero de empregos ficará estabilizado ou queaumentará o desemprego. Ao contrário. O sa-lário dos trabalhadores brasileiros poderiaser maior se houvesse mais investimento emqualificação. Graças aos investimentos emtecnologia, que incluem o melhor aprovei-tamento de terreno e maquinários, o Brasilvai continuar sendo um dos líderes mundiaisem agricultura, por exemplo. Entretanto,ainda é preciso aumentar mais nossa produ-tividade. E esse feito só será possível commais investimento em tecnologia.

Incendiar oscorações!

RINALDO BARROS, professor([email protected])

"As palavras... devemos fazer amorcom elas. Os poetas sabem disso".(Rubem Alves, filósofo brasileiro)

É verdade. Tenho um caso de amorcom a vida.

Acho o mundo fascinante. Tenhoolhos parecidos com os olhos de umacriança.

Acredito que é fundamental ver omundo com olhos de criança, como seo estivesse vendo pela primeira vez.Na verdade, a gente sempre vê o mundopela primeira vez. O mundo se reno-va a cada dia.

O mundo que vi há um segundo,não existe mais. Tudo se transformapermanentemente.

Quero aqui confessar que, nosmeus tempos de ginásio, hoje ensinomédio, e de faculdade, minhas leiturasnada tinham a ver com as obrigaçõesescolares. Eram prazeres.

No velho casarão, o Colégio Esta-dual de Pernambuco - onde somente fuiaceito após haver sido aprovado noExame de Admissão - havia aulas de lei-tura: o professor lia poemas para nós es-tudantes, por puro prazer. Não ia cair naprova. Nem no vestibular...nem no Enem.

As crianças, logo que aprendiam aler, aprendiam também o prazer de con-sultar os dicionários. Quantos estudan-tes consultam hoje os dicionários?

Aliás, aprendi com o filósofoRubem Alves que, ao retirar a impre-cisão da linguagem falada, os dicioná-rios cometem um assassinato. Os di-cionários não, os gramáticos. Os gramá-ticos são os anatomistas da língua.Lidam com um corpo morto.

Quando escrevo, brinco com aalma, tentando tocar a mente e o cora-ção de quem me lê.

Por isso, confesso também que con-tinuo desconfiado do formato "técni-co" do atual Plano de Desenvolvimen-to da Educação (PDE), lançado peloPT governo em 2007, com "índices emetas qualificadas".

Apresentado como uma das grandesapostas do segundo mandato do presi-dente Lula, o Plano de Desenvolvimen-to da Educação (PDE) poderia, de fato,atingir o seu objetivo e ajudar a melho-rar a educação no país. Mas, como sóiacontecer no patropi, ainda não saiu dopapel. Nossas escolas não têm qualidade.

Contudo, para que saísse do papelseria necessário superar uma série de de-safios: desde redefinir de onde serão re-tirados os bilhões que o governo prome-teu (mas não cumpriu) investir, até umamudança de mentalidade, que inclui a"aceitação generalizada de uma cultura degestão baseada em indicadores e metas".

A propósito, o Orçamento federalde 2014 previsto para o Ministério daEducação, é de apenas R$ 42,2 bilhões,numa previsão de receita total de R$2,488 trilhões. Faça a conta. Na práti-ca, a teoria é outra...

Não consigo acreditar nessa possi-bilidade do PDE, acho muito técnica,sem alma. Sem compromisso.

Temo que essa gestão escorada ape-nas em indicadores e metas objetivasnão seja suficiente para acordar o patro-pi, entorpecido de miséria, exclusão ebanalização da vida.

Aprendi que a vida humana não sedefine tecnicamente. Educar exige amorsolidário.

Esse Plano (PDE) trouxe o tema daavaliação para o centro do debate edu-cacional, revelando sua complexidadee ao mesmo tempo a necessidade de seter em conta as múltiplas facetas nele im-plicadas.

Temo que as metas sejam cumpridasmecanicamente, apenas para "mostrarserviço". Temo o resultado da fome crô-nica no cérebro de milhões. Temo quedeficientes auditivos ou disléxicos, porexemplo, sejam considerados, objetiva-mente, inaptos. Temo que se aprofundea exclusão. Não vou nem falar no crack.

Creio que está na hora de discutir-mos também o papel da Universidadeno Brasil, por uma ciência pública vol-tada para o desenvolvimento, e contraa ciência corporativa que privilegia oprodutivismo, em detrimento do uso so-cial do conhecimento.

Dados preliminares do Mapa daViolência relativos a 2012 indicam que56.337 pessoas foram assassinadas na-quele ano em todo o país. É maior doque em qualquer guerra ao redor domundo, com alta de 7,9% sobre 2011.Em 2014, deve estar ainda pior. O bra-sileiro enfrenta uma batalha diária queparece se desenrolar sob o olhar desin-teressado do governo federal. Que fazer?

Somente alcançaremos um efeitoverdadeiramente transformador e susten-tável na melhoria da qualidade da vidae da educação se governantes, parla-mentares, gestores, professores, pais ealunos colocarem suas almas nesta luta,como se fora a missão para a qual de-cidiram dedicar suas vidas. Estou con-victo de que somente um extraordiná-rio movimento de reencantamento detoda a Nação será capaz de incendiar oscorações para cumprir esse desafio.

É preciso pensar grande. É precisoinaugurar uma Nova Era! Ousar sonhar!

É preciso ter um Projeto de Nação,um caso de amor com o povo brasilei-ro. Com os olhos no futuro.

Lev Nikolaievich Tolstoi ou sim-plesmente Leão Tolstoi, foi um reno-mado escritor russo no mesmo nível deDostoievsky, pertencente a nobreza,meio anarquista, pacifista, cristão liber-tário, desprendido de bens materiais,irrequieto, contemplativo, contraditó-rio, adepto de Rousseau, excomunga-do da Igreja Ortodoxa Russa em razãode críticas que fizera as instituiçõeseclesiásticas na sua mais madura obraRESSURREIÇÃO, a qual, em parte,será abordada.

A instigante trama nos leva a in-dagar: o romance em referência, umadas obras-primas da novelística russae mundial, é um estudo sobre a hiper-trofia da responsabilidade? O príncipeNekhludov, principal personagem doenredo, transformou-se num condena-do voluntário? Transmudou-se em santotal qual Dimas, o bom ladrão?

O príncipe - em quem não é difí-cil identificar muitos traços psíquicose místicos do próprio asceta de IásnaiaPoliana (Tolstoi) - ao resolver resgatartodo o mal causado a uma mulher, podebem ser tomado como símbolo do justo,da consciência universal, dando balan-ço e medida à aluvião de erros da hu-manidade em relação ao próximo.

Mas, será esse o problema-tese quese agita nas páginas de RESSURREI-ÇÃO, admirável obra da conversão es-piritual de Tolstoi?

O livro começa com o desfile dumpequeno grupo de prisioneiros a cami-nho do tribunal que os deverá julgar, emPetersburgo. Entre eles estava uma pros-tituta ainda moça de nome Katucha,acusada de haver assassinado por enve-nenamento um homem, com o intuitode lhe subtrair dinheiro e um anel. Notribunal, fazendo parte do corpo de ju-rados, se acha o príncipe Dimitri Iva-novitch Nekhludov, nobre de idéias ede posses, lídimo fruto da mais altacasta intelectual e social da velha Rús-sia czarista. Acompanhando com certacuriosidade o aparato daquela solenida-de tão pouco convincente para o seuagudo senso crítico, eis que o prínciperecebe um choque tremendo ao reconhe-cer na infeliz mulher a ser julgada amesma criatura que ele havia anos in-felicitara, abandonando-a a seguir.

Ali o poderoso príncipe deparaKatucha, outrora angelical adolescen-

te de olhos negros, na pessoa daquelameretriz que, julgada, acabava de sercondenada a degredo com trabalhosforçados, por homicídio. E, pior ainda:Nekhludov se convence, pela atitudesincera e desesperada da pobre criatu-ra, articulada aos interrogatórios e aca-reações, que ela é inocente, que a suacondenação fora um erro judiciário.Pensa consigo: que final triste; quetragédia imensurável vivencia aquelaoutrora menina-moça.

Então, começa a se formar dentrodele o estado de espírito que é a basefundamental do extraordinário roman-ce de Tolstoi. Ao homem bom que erao príncipe Nekhludov e que apenas adeletéria influência do meio ambienteo desviara do caminho do Bem e daJustiça. Ante a sua consciência, vai aospoucos se avolumando a responsabili-dade da imensa culpa que lhe cabe na-quele trágico equívoco. O seu gesto aodesviar a moça fora o impulso inicial àhorrorosa e infinita cadeia de malefíciosirreparáveis. "Irreparáveis? Não. Nãohá mal algum irreparável, ao menos decerta maneira". Certamente, imagina.

E o cortejo sinistro não cessa depassar e repassar perante a sua atônitaconsciência: perdera a jovem, nascidapara um casamento honesto e feliz, deacordo com a sua condição de moçamodesta e virtuosa. Ele, porém, a aban-donara, sem ao menos se preocuparcom as mínimas conseqüências. Emverdade (soubera-o depois), apresen-tando-se grávida (dele), fora impiedo-samente expulsa pelas velhas parentasimbuídas de preconceitos desumanos.Sem eira nem beira, empregando-seaqui e acolá, assediada pelo desejo dospatrões - por ser jovem e bonita - assimandara aos azares da mais dura sorte,até que dera à luz e perdera a criança,de tanta miséria. Depois, continuara adescida da vertente. Onde ia em buscade trabalho, logo encontrava o cercodos lobos. Desesperada, abandonadapor todos, sentindo que fora vítima domais cruel ludíbrio, deixou-se, afinal, ar-rastar-se pela correnteza até atingir alama mais torpe. Enfim, assim expos-ta, se viu envolvida sem culpa numcrime por outro cometido. Sobre ela -a mais fraca - recaindo a punição maior,já que pobre, prostituída, sem famíliae sem defesa.

Arrependido, resolve, então o prín-cipe, assumir inteira responsabilidadepelo seu procedimento passado, e ate-nuar na medida do possível e à custa dopróprio sacrifício todas as conseqüên-cias. Assim, não deixará Katucha sozi-nha; tentará provar a sua inocência emnovo julgamento, que pleiteará por meiode advogados hábeis; ficará ao seu lado,livre ou condenada e casar-se-á comela se preciso for, a fim de impedir querecaia - em vala mais baixa - no vícioe na perdição. Não mais pensará em si,mas apenas em Katucha, que urge ar-rancar ao marnel para onde a impelira.

E com tais lucubrações duma pe-nitência que já agora é sacrifício e al-truísmo, vai ao mesmo tempo se cons-cientizando dos erros sociais, da cruel-dade dos grandes, do egoísmo dos maisafortunados, da clamorosa injustiça, dasdesigualdades tão contrárias ao espíri-to cristão. No cumprimento de tais pos-tulados, nesse programa de recuperaçãoda consciência, a Nekhlundov se vão re-velando cada vez mais os seus erros,erros aliás típicos da sociedade a quepertence. Já não se sente apenas culpa-do perante o destino da moça que infe-licitara. O seu sentido de responsabili-dade, agora hipertrofiado, alcança todosos males decorrentes da atitude de suaclasse social. Assim, grande proprietá-rio rural - em virtude da herança dos pais- decide abrir mão dos direitos sobresuas terras e dividi-las entres os cam-poneses. E não só isso. Impõe-se a penade se despojar de todo conforto e acom-panhar a condenada à Sibéria, a fim decurtir ao seu lado as conseqüências daleviandade da sua juventude.

De tal forma, aquilo que para ocomum dos homens não passa dum aci-dente em breve esquecido, para a suahipertrofiada noção de responsabilida-de, de pureza de caráter e de formaçãocristã se transforma em matriz dumcrime monstruoso, que cumpre expiarvoluntariamente como resgate da paz desua alma, numa conversão espiritualraríssima, apenas constatada em íconescomo Buda, Paulo de Tarso, Ghandi,Agostinho e Francisco de Assis.

É o príncipe Nekhludov (o perso-nagem), falando, tal qual ventríloquo,a mesma linguagem de Tolstoi (o autorconvertido), numa simbiose perfeitaentre a criatura e o criador.

Artigo ADALBERTO TARGINO, advogado, procurador do estado e presidente da Academia de Letras Jurídicas/RN([email protected])

Ressurreição: romanceou autobiografia de Tolstoi?

Uma proposta importante de Cris-to é o espírito de serviço em lugar dasede de poder. Os evangelhos sinóticosmostram o desejo de ocupar postos im-portantes, presente no coração dos dis-cípulos de Jesus. (cf. Mt 20, 20-28; Mc10, 35-45; Lc 9, 46-48; 22, 24-27).Nem os seus seguidores mais próxi-mos estavam isentos da fome hegemô-nica. Os fatos vêm narrados em Mateuse Marcos, logo após o Mestre anun-ciar-lhes que Ele deveria sofrer a pai-xão e morte. Em Lucas, a discussãosobre quem seria o maior aparece, apósa instituição da Eucaristia. Assim lemos:"Houve uma discussão entre eles: qualseria o maior" Respondeu-lhes o Se-nhor: "Quanto a vós, não deverá serassim". Eu, porém, estou no meio devós como aquele que serve" (Lc 22,24-27). Na narrativa de Mateus (20,20-28), a mãe de Tiago e João acompanhaos filhos no pedido de se sentarem, umà direita e outro à esquerda de Jesus,quando Ele implantar seu reino nomundo. Tal manifestação desencadeiaentre os outros discípulos um misto deindignação, inveja e ciúme. A inter-venção de Cristo tem o mesmo desfe-cho, descrito por Lucas e Marcos: "Poiso Filho do Homem não veio para serservido, mas para servir e dar sua vidaem resgate por muitos" (Mc 10, 45).

A insistência nesse aspecto da po-breza do ser humano, necessitado e su-

jeito à reverência, submissão e subser-viência do outro, revela o quanto "o se-reis como deuses" do capítulo terceiro doGênesis (v.5) se instalou no coração dohomem. Aí reside a resistência em reco-nhecer Deus como Senhor e Pai e, con-sequentemente, o outro como irmão aquem devemos servir. A obsessão porcargos e funções de mando cria no seiodas instituições, inclusive cristãs, confli-tos que infernizam a convivência huma-na. Jesus nos preveniu contra essa ervadaninha: "Entre vós não deverá serassim" (Mt 20, 26). Mais adiante, dirá:"todos vós sois irmãos" (Mt 23, 8).

Embora não se possa obrigar, atra-vés de leis, que todos percorram essecaminho, no entanto, seria salutar quea Igreja se empenhasse em prol da cul-tura do serviço. A pergunta constantee sincera dos cristãos deve ser esta:servimo-nos de nossa função ou servi-mos aos irmãos no exercício de nossasfunções? Servimos ao próximo ou nosservimos do próximo? Cristo tem umaconcepção clara e exata do serviço.Este é resultado do amor. E na Quin-ta-feira Santa, após legar um novo man-damento, mostra-nos a forma de ex-pressá-lo, lavando os pés dos discípu-los. Os cristãos devem ser capazes deinspirar-se nesse espírito de doação aosoutros, sem oprimir suas consciências,mas fazendo-os crescer, conforme omodelo do Filho de Deus. Se a Igreja

não é servidora, perde muito a dimen-são e o sentido do amor e foge da pro-posição da Primeira Carta de Paulo aoscoríntios, em seu capítulo 13.

O serviço - que deve ser uma tôni-ca dos seguidores do Evangelho - neces-sita ser manifestado na misericórdia. Osofrimento, a imensa dor e desesperode muitos irmãos pedem que a Igreja eos fiéis se doem em ternura, compreen-são, diálogo e perdão. É preciso quesejam capazes de oferecer motivos deesperança aos que caminham nas som-bras e no vale da morte (cf. Lc 1, 79).O serviço evangélico traduz-se em do-çura, humildade e discrição. Somos con-vidados a reconhecer nossos erros semmuitas autojustificativas, descendo denosso ilusório pedestal, arrancando denossos corações o ranço de superiorida-de e eliminando o conceito farisaico deperfeição, como recomenda o papa Fran-cisco. Para tanto, é muito importanteque os representantes da Igreja tenhamcontato direto com os pobres e excluí-dos de nossa sociedade. Assim, poderãosentir de perto seus sofrimentos e serãocontaminados por eles. Terão a oportu-nidade de compreender o esforço in-gente que muitos chefes de família fazempara chegar ao fim do mês com o seusalário. E como falar aos pobres e so-fridos? Devemos estar sempre atentosque somos ministros, etimologicamen-te, aqueles que servem.

Artigo JOÃO MEDEIROS FILHO, padre e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras([email protected])

Poder ou serviço?

O mundo terá uma geração de idiotasArtigo ADAUTO MEDEIROS, engenheiro civil e empresário

([email protected])

A frase acima que dá titulo a esteartigo foi dita pelo físico Albert Eins-tein. Será que tal profecia já foi con-sumada com a nova geração? Ou seráque a frase dita pelo genial Einstein foiapenas uma profecia que não se cum-priu? Levanto questões em torno dafrase, mas tenho a impressão de quese não foi já atingida, o mundo andamuito perto, ou está caminhando apassos rápidos para tal.

Vou dar alguns exemplos destageração bem diferente da minha. Hojeos jovens (no atacado), e alguns ido-sos também (no varejo), não conver-sam mais face a face. Saímos da co-municação falada, para o "dedal".Vemos muito pouco os jovens fala-rem, pois preferem a comunicaçãocom a ponta dos dedos.

O celular apesar da praticidadeemudeceu as pessoas e com isso subs-

tituímos a linguagem falada pelosdedos, aliás somente a ponta dosdedos. Outro dia, fui a um restauran-te aqui da cidade e ao meu lado sen-tou-se um casal jovem, marido e mu-lher provavelmente, e com poucos mi-nutos de sentados, o que podia servisto o silencio entre eles, e cada umcom o seu celular acionado, falandocom as pontas dos dedos.

Começaram a "falar" pela máqui-na, e entre eles reinou o silêncio. Ne-nhum dos dois dava ou trocava umapalavra. Quando o garçom chegoucom o cardápio, penso que eles devemtambém ter usado a ponta dos dedospara pedir os pratos que iam comer.Mas, falar que é bom, nada!

O que eles transmitiam é que es-tavam trocando ideias pela máquina.Fiquei acompanhando aquela cena,até que eles foram embora. Para pedir

a conta, apenas levantaram o dedo, equando a conta chegou, o rapaz pagou,e foram embora. Chegaram como umcasal de "mudos" e saíram como umcasal de mudos.

Recentemente li que nos EstadosUnidos já há restaurantes que conce-dem 10% de desconto para quem nãousar o celular. Penso que esses res-taurantes talvez tenham percebido queo silencio fez diminuir os negócios. Dequalquer forma, a verdade é que hojea ponta do dedo é a parte mais impor-tante do corpo humano.

Lembrei agora que o nosso Lula,ex-presidente, cortou o dedo mindi-nho da mão esquerda, aliás, coinci-dentemente um dedo que não servepara nada, por esses tempos. Hoje pa-rece que apenas nos resta saudar: Vivaa parte mais importante do corpo: odedo.

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Sexta-feira O Jornal de HOJE 3Natal, 30 de maio de 2014Política

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Túlio LemosDESEMPENHO

Positiva a entrevista do depu-tado Henrique Alves, hoje pelamanhã, ao jornalista Alex Viana,na 94 FM. Articulado, o filho deAluízio deu o rumo de sua campa-nha, sinalizando que vai evitar oconfronto direto com adversáriose vai direcionar seu discurso aoque conseguiu fazer pelo RN comopresidente da Câmara.

NÍVELHenrique afirmou que vai man-

ter um debate de alto nível duran-te a campanha. Pela experiência,ele mesmo sabe que nem sempreé possível. Mas sua estratégia éjustamente ficar longe de 'boladividida' ou situação 'indigesta'.Afinal, ele tem muito mais a per-der se houver discussão mais aca-lorada sobre passado ou postura.Por enquanto, ele tem se saídomuito bem ao se esquivar dos con-frontos.

ATAQUEA tropa de choque de Rosalba

na reunião do DEM, prevista parasegunda-feira, será comandadapelo ex-deputado Ney Lopes, quecontará com auxílio luxuoso dodeputado estadual Getúlio Rêgo,excelente argumentador, que farásua estréia na condição de oposi-ção ao que quer seu líder ou ex-líder José Agripino.

MUDANÇAOs agripinistas até entendem

e compreendem a posição de NeyLopes em defesa de Rosalba con-tra Agripino. Para eles, Ney temseus motivos, a começar pelo cargode Ney Jr. no Procon Estadual.Porém, a quase reencarnação do'lourismo' não aceita a mudançade Getúlio Rêgo, considerado umirmão para Agripino. O que teráhavido com o pai de Leonardo?Esse é o grande questionamentodo agripinismo.

ESPERANÇAAmudança de posição de Getú-

lio Rêgo, eterno e cego defensor deJosé Agripino, que passou a ser umsoldado de Rosalba na luta internado DEM, é o fio de esperança quealimenta o sonho do casal governa-dor Rosalba e Carlos Augusto. Afi-nal, se até Getúlio capitulou à forçado Governo, imagine o resto.

ARMASO grupo de Rosalba está se ar-

mando para enfrentar os correligio-nários do senador José Agripino nareunião de segunda. Buscam argu-mentos que convençam da viabili-dade da Rosa para tentar a reeleição.Reverter os inquestionáveis argu-mentos de rejeição popular, isola-mento político e inelegibilidade, nãoserá fácil.

PASSADOPesa contra o casal governador,

o fato de ter isolado o grupo de

Agripino desde o início da gestão.A Rosa cedeu apenas dois espaçospara o marido de Dona Anita naformação do secretariado: secreta-ria de Administração, ou fiscal dafolha de pagamento, onde Agripi-no alojou o competente Manoel Pe-reira, que foi subutilizado e depoispediu para sair.

ESPAÇOSO outro 'cargo' que Carlos Au-

gusto deu para Agripino indicar foio esvaziado DER, onde DemétrioTorres assumiu sem força e semverba; não saiu da gestão porquedepois acumulou a secretaria daCopa; e o outro cargo de'importância' foi a secretaria de Ar-ticulação, onde o experiente e com-petente Esdras Alves foi alojadonum cubículo sem orçamento esem qualquer atribuição real. Ouseja: o grupo mais ligado a Agri-pino foi praticamente humilhadopor Rosalba.

TRAIÇÃOAturma do Governo que defen-

de a candidatura suicida de Rosal-ba, quer chamar Agripino de trai-dor, por deixar a candidata de seupartido para se aliar aos adversários.Não deixa de ser verdade, mas opassado de distanciamento e o pre-sente de inviabilidade, terminam dei-xando o argumento emocionalmenos potente do que realmenteseria.

POSSEA posse de Francisco José Jr.,

o Silveirinha, na Prefeitura deMossoró, na noite de ontem, é ummarco na história da cidade. Sim-ples, humilde, sem grandes pre-tensões na política, ele foi benefi-ciado por uma série de fatores eteve o mérito de aglutinar forçase conseguir derrotar as tradicio-nais e forte lideranças do municí-pio. Silveira é um divisor de águasem Mossoró; justamente por isso,

está proibido de errar; tem queacertar mais do que os outros e seconsolidar como gestor.

AGENDAA agenda da ex-governadora

Wilma de Faria e do deputado Hen-rique Alves é toda voltada para even-tos públicos, de preferência, políti-cos-eleitorais. Estranhamente, osdois candidatos previram participa-ção em dois eventos da Justiça: Umem Jucurutu e outro em Areia Bran-ca. Depois, os dois vão para Macau,onde participam de inauguração deum posto de saúde da Prefeitura.

PRESENÇAA presença de Henrique em

inaugurações no interior até podeser justificada, pela sua condição depresidente da Câmara. A de Wilma,na condição de vice-prefeita deNatal, não apresenta justificativa; anão ser antecipar suas aparições comexplícito interesse eleitoral.

Rosalba depende do DEM e de liminar do TSE para ser candidata à reeleiçãoHOJE INELEGÍVEL, GOVERNADORA PODE VIVENCIAR MESMA SITUAÇÃO DE CLÁUDIA REGINA E SER PROIBIDA DE FAZER CAMPANHA

CIRO MARQUES

REPÓRTER DE POLÍTICA

A presença ou não da governa-dora Rosalba Ciarlini (DEM) na elei-ção de 2014 não depende apenas davontade do Democratas ou da con-quista de apoios políticos interessa-dos em apoiar a candidatura da atualchefe do Executivo - conforme afir-mou o deputado federal Felipe Maia(DEM), em entrevista aO Jornal deHoje nesta quinta-feira. Depende,também, da situação jurídica de Ro-salba, até porque, no momento, elaestá condenada por abuso de podereconômico e inelegível por oito anosem decisão de órgão colegiado. Ouseja: está com a ficha suja e, mesmoque queira, dificilmente conseguiráser candidata em 2014.

Dessa forma, para ser candida-ta, Rosalba Ciarlini teria que con-seguir uma decisão favorável noTribunal Superior Eleitoral (TSE)reformando ou suspendendo a de-cisão do Tribunal Regional Eleito-ral que, no início do ano, a conde-nou por usar a máquina pública es-tadual em benefício da candidatu-ra da ex-prefeita de Mossoró, Cláu-dia Regina - cassada 12 vezes porconduta vedada.

É bem verdade que, na visão doadvogado da própria Rosalba, Thia-go Cortez, isso não é algo impossí-vel de acontecer. É até fácil, inclu-sive. "A candidatura de RosalbaCiarlini é totalmente viável no aspec-to jurídico. Basta ela querer. Elareúne todas as condições para ir paraa disputa", afirmou Thiago Cortez,acrescentando que conseguir umaliminar para anular a única decisão

que ainda tem efeitos válidos con-tra ela, não é nada complicado.

"Só há um processo e é facil-mente reversível tanto por meio deliminar, quanto pelo julgamento domérito. Até porque o TSE vem sus-pendendo todas as decisões contraprefeitos do RN. Na semana passa-da mesmo, o Tribunal devolveu osmandatos dos prefeitos de Olhod'Água dos Borges e Luiz Gomes.Aúnica que não teve o mandato de-volvido foi Cláudia Regina, porconta da quantidade de condena-ções", explicou Thiago Cortez.

Aesperança do advogado de Ro-

salba, no entanto, se confronta comos fatos, afinal, a governadora foicondenada pela primeira vez no dia10 de dezembro do ano passado (in-clusive, com a decretação do afas-tamento dela do cargo de governa-dora). Inesperadamente, conseguiuno TSE uma liminar dois dias de-pois, suspendendo a decisão.

"Nessa decisão, o TRE usurpouo direito que tinha e ainda afastou agovernadora do cargo, mas a minis-tra do TSE, Laurita Vaz, suspendeuos efeitos da condenação no dia se-guinte", lembrou Cortez. No dia 23de janeiro, porém, Rosalba foi cas-

sada mais uma vez e a liminar queconseguiu para que seguisse nocargo, neste segundo caso, não anu-lou a inelegibilidade dela, que semantém até o momento.

Por isso, dessa opinião de Cor-tez não compartilha o advogadoErick Pereira, doutor em DireitoConstitucional e mestre em DireitoEleitoral. Segundo ele, tem sido tãofácil conseguir liminar no TSE quea própria Rosalba está inelegíveldesde o início do ano e não teve ne-nhuma decisão favorável na Máxi-ma Corte Eleitoral do País que asuspendesse. "A situação é tão fácil

de reverter que o TSE não tem con-cedido até agora", relembrou, iro-nizando, o especialista.

Segundo Erick, inclusive, a si-tuação de inelegibilidade de Rosal-ba pode fazê-la passar pelo mesmoque passou a ex-prefeita de Mos-soró, ao tentar na eleição suple-mentar deste ano ser candidata."Rosalba pode pedir o registro de

candidatura, mas ele pode sequerser reconhecido, assim como acon-teceu com Cláudia Regina, o que aimpedirá até mesmo de fazer pro-paganda e campanha. Veja bem,não é o indeferimento, como acon-teceu com Larissa, que ela pôdefazer campanha, é o não reconhe-cimento, que a deixaria fora do pro-cesso", afirmou Erick Pereira.

Rosalba Ciarlini terá que conseguir liminar no TSE ou arriscar tendo uma candidatura “sub judice” ou nem mesmo reconhecida

10 DE DEZEMBRO DE 2013: A governadora Rosalba Ciarlini é condenadano TRE como litisconsorte passivo em processo por abuso de poder de Cláu-dia Regina e Wellington Filho (ex-vice-prefeito de Mossoró). O motivo foi à utili-zação do avião oficial do Governo do Estado para ir a Mossoró e participar decomícios da então candidata mossoroense. Se utilizando da máxima que se es-tava inelegível para ser votada, Rosalba também deveria estar para ocupar umcargo eletivo, os juízes do Tribunal potiguar decidiram também afastar a gover-nadora.

12 DE DEZEMBRO DE 2013: TRE leva dois dias para publicar o acórdão dadecisão dos juízes e a defesa da governadora Rosalba Ciarlini consegue liminarantes mesmo da Assembleia Legislativa ser comunicada da decisão de afasta-mento e dar posse ao vice-governador, Robinson Faria, do PSD. Nesses doisdias em que esteve condenada, vale lembrar, Rosalba não apareceu em even-tos públicos. Ficou despachando da residência oficial da governadora.

23 DE JANEIRO DE 2014: Rosalba Ciarlini é novamente condenada pelo Tri-bunal Regional Eleitoral, desta vez, por inaugurar poços na última semana da cam-panha eleitoral mossoroense, o que também teria ficado caracterizado como usoda máquina pública estadual em benefício à Cláudia Regina.

24 DE JANEIRO 2014: Defesa de Rosalba Ciarlini consegue nova liminarconcedida pelo então presidente do TSE, Marco Aurélio Mello. Contudo, esta sópermite que ela continue no cargo, mas não anula a inelegibilidade determinadapelo TRE.

15 DE ABRIL DE 2014: Juiz eleitoral Herval Sampaio sequer reconhece opedido de registro de candidatura de Cláudia Regina, por ela ter dado motivo àeleição suplementar mossoroense. Desta forma, Cláudia fica proibida, até, de fazercampanha em Mossoró. A decisão foi confirmada pelo TRE e pelo TSE.

MEMÓRIA

Decisão do TSE torna elegível em2014 todos os condenados em 2006

No Tribunal Superior Eleito-ral (TSE) pautou para esta quin-ta-feira o aguardado julgamentosobre infidelidade partidária dodeputado federal potiguar Beti-nho Rosado (trocou o DEM peloPP). Contudo, isso não aconteceu.Mas nem por isso a sessão dopleno deixou de ser importante,afinal, nela, por unanimidade, oTribunal respondeu a consulta dodeputado Pedro Guerra (PSD/PR)sobre caso de inelegibilidade, con-siderando a alínea D da Lei Com-plementar 64/90 (Ficha Limpa),referente à contagem dos oitoanos.

"Havia uma dúvida sobre oque seria considerado, se era otrânsito em julgado do processo

ou a data da eleição. Ficou a se-gunda", afirmou Erick Pereira.Desta forma, considerando que acontagem do prazo começa na datada eleição em que ocorreu o atogerador da condenação (1º de ou-tubro de 2006) e que a contagemdos oito anos não é anual, masdiária, o tucano Cássio CunhaLima, provável candidato ao go-verno da Paraíba pelo PSDB es-tará elegível na data da próximaeleição (5 de outubro de 2014).

Isso porque a corte manteve oentendimento da relatora da con-sulta, Ministra, Luciana Christi-na Guimarães Lóssio, que res-pondeu: "o prazo de inelegibili-dade de oito anos, previsto na alí-nea 'D' deve ter início na data da

eleição do ano da condenação porabuso de poder, expirando no diade igual número de início do oi-tavo ano subsequente, como dis-ciplina o Artigo 132, Parágrafo 3ºdo Código Civil, seguindo amesma regra estabelecida para aalínea 'J' do mesmo dispositivolegal, nos moldes do decidido nojulgamento dos precedentes desteTribunal Superior Eleitoral".

JOAQUIM BARBOSAEm contato com O Jornal de

Hoje, o advogado Erick Pereiratambém comentou o que foi, tal-vez, o principal fato desta quinta-feira: o anúncio de aposentadoriado presidente do Supremo Tribu-nal Federal (STF), Joaquim Barbo-

sa. "Nós temos que enaltecer o queele contribuiu para o Direito, a co-laboração que ele deu para a cons-trução de teses do direito. E não asquestões pessoais que ele se en-volveu", afirmou Erick Pereira.

O presidente afirmou que seaposentará em junho, por tempo deserviço. Aos 59 anos, ele poderiaficar no cargo até completar os 70anos e, por isso, houve quem cri-ticasse a decisão, achando que es-tava muito cedo. "Na verdade, Joa-quim Barbosa foi coerente ao seaposentar com 10 anos de STF,porque ele sempre defendeu queo cargo de ministro não poderia serum emprego e sim uma funçãotemporária, de 10 anos", relem-brou Pereira. Erick Pereira: “Joaquim Barbosa foi coerente ao se aposentar após 10 anos no cargo”

José Aldenir

Heracles Dantas

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Sexta-feira4 O Jornal de HOJE Natal, 30 de maio de 2014 Política

Às vésperas da eleição suple-mentar de Ipanguaçu (marcadapara acontecer no domingo), oTribunal Regional Eleitoral(TRE) decidiu negar na tardedesta quinta-feira o recurso elei-toral do candidato a prefeito Zéde Deus, do PP. O candidato jáestava com o registro de candi-datura indeferido pela juíza do29ª Zona Eleitoral, Aline Danie-le Belém Cordeiro.

Zé de Deus será substituídopela mulher, Rizomar. O vice,Hélio, também atingido pela de-cisão do Tribunal, será substituí-do pela esposa, Ednalva.

Eles eram apoiados pelo"acordão", ou seja, pelo pré-can-didato ao Governo do Estado,Henrique Eduardo Alves(PMDB), e pela pré-candidata aoSenado, Wilma de Faria (PSB).Os dois e mais o senador JoséAgripino (DEM) e dos deputa-dos federal, Felipe Maia (DEM),e estadual, George Soares (PR),inclusive, estiveram no últimofinal de semana na cidade paraapoiar Zé de Deus na disputa.

O presidente estadual doPMDB destacou a experiência deZé de Deus, que já governou mu-nicípio por três vezes. Após osdiscursos, ao lado do candidatolocal, ele desceu do palanque,foi cumprimentado pela popula-ção e se emocionou com a re-ceptividade e carinho das pes-soas.

Essa, ressalta-se, é a segun-da eleição suplementar desde quefoi firmado a aliança entrePMDB, PR, PSB e PROS, que o

grupo político apoia um candida-to com "pendências judiciais".Em Mossoró, apoiaram LarissaRosado, do PSB, que acabou per-dendo para Francisco José Jú-nior e, sequer, teve os votos con-quistados na urna validados.

Assim como em Mossoró, in-clusive, o lado adversário contacom a aliança entre PSD e PT. Ovice-governador Robinson Faria(PSD) e Fátima Bezerra (PT),por sinal, até participaram deeventos da campanha nesta quin-ta-feira (27). Lá, eles apoiam oprefeito interino Geraldo Pauli-no (PT) e o vice Valdereto Ber-toldo (PPS). O deputado estadualFernando Mineiro (PT), o presi-dente estadual do PT, EraldoPaiva, o ex-prefeito LeonardoOliveira (PT), vereadores e lide-ranças da região também partici-param do comício.

Nesse contexto, vale lembrarque a eleição suplementar deIpanguaçu foi determinada emfunção da cassação do prefeitoeleito em 2012, Leonardo daSilva Oliveira, do PT.

Candidato apoiadopor “acordão” temregistro indeferidoJustiça Eleitoral

> IPANGUAÇU

AH, O PROTOCOLOPergunta nervosa e resposta de bate-pronto.Correspondente do jornal francês 'Le Monde', uma re-

pórter se encontra com Dilma Rousseff. Foi numa reuniãopolítico-social, em São Paulo.

Jornalista de fino trato, ela resistiu a abordar a chefe dogoverno brasileiro, cercada de convivas e pajeada pelo casalanfitrião.

Foi por pouco tempo, porém.nnn

Aproximou-se, pediu desculpas, identificou-se e cum-priu pauta extra:

- Presidente, quem deseja enfrentar no segundo turno -Aécio (Neves) ou (Eduardo) Campos?

Sorridente e afável, a senhora Rousseff não titubeou:"Querida, sem preferência."

DE BRASÍLIA - [email protected]

Walter Gomes

Talvez apenas uma pausaNa sequência da aposentadoria, Joaquim Barbosa passa

período (indeterminado) nos Estados Unidos e faz viagens (cur-tas) à Europa. Pelo menos, uma entidade internacional de com-bate à corrupção pretende tê-lo na diretoria. O (ainda) minis-tro-presidente do Supremo Tribunal Federal, embora vitorio-so como jurista, mostra desencanto com a vida pública.

nnn

Há fila de candidatos – declarados, alguns; outros, dis-cretos – à vaga de Barbosa. Mantido o prazo de despedi-da por ele anunciado, o desligamento da Corte será oficia-lizado em um mês. Cabe à presidente da República fazera indicação ao Senado. A casa costuma aprovar. Será a quin-ta de Dilma Rousseff em quatro anos.

São dois os pretendentes de dentro do governo: > José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça. Filiado ao

PT de São Paulo, foi duas vezes vereador na capital e de-putado federal de dois mandatos;

> Luís Inácio Adams é titular da Advocacia Geral daUnião. Sucedeu a José Dias Toffoli, atualmente ministro doSTF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

nnn

Togados com assento e prestígio no plenário do STJ(Superior Tribunal de Justiça) são sempre opções de saberjurídico. Se a senhora Rousseff optar por uma mulher, a mi-nistra Nancy Andrighi tem cotação elevada. Na hipótese depremiar a reivindicação de movimentos afros, o nome é Be-nedito Gonçalves.

nnn

'Pós-escrito': Militância política está fora da agenda domidiático mestre em Direito. Como cidadão-eleitor, não abreo voto. Tem, entretanto, simpatia pelo projeto eleitoral de AécioNeves e admiração por Marina Silva, provável vice de Eduar-do Campos.

A MISSÃO-DESAFIODo Planalto para a equipe do PMDB em São Paulo.Helena Chagas (foto) é a novidade na equipe dirigen-

te da campanha de Paulo Skaf (*) para o Palácio dos Ban-deirantes.

nnn

A jornalista foi ministra-chefe da Secretaria de Comu-nicação Social da presidente Dilma Rousseff. No iníciodeste ano, pediu para sair. Motivo: ampliaram-se as difi-culdades na relação dela com o PT.

nnn

(*) Fosse hoje a escolha dos finalistas ao segundoturno, o empresário ultrapassaria o médico Alexandre Pa-dilha (PT). Skaf iria ao embate da decisão com o gover-nador Geraldo Alckmin (PSDB), primeiro lugar nas inten-ções de voto.

tA presidente Dilma Rous-seff e os rivais bem cota-dos foram a São Paulo (ca-pital e interior), nesta se-mana. Ela esteve em SãoBernardo do Campo. AécioNeves encontrou-se comautoridades católicas naBasílica de Aparecida.Eduardo Campos reuniu-secom líderes empresariais epolíticos de Araraquara eFranca.t Em Alagoas, a candida-tura do senador BeneditoLira (PP) equilibra o emba-te para o Executivo esta-dual. No momento, o fa-vorito é o deputado RenanCalheiros, filho, apoiadopor pluralíssima coliga-ção liderada pelo PMDB. t Dia 15 de junho, lança-mento oficial da candidatu-

ra do senador Rodrigo Rol-lemberg (PSB) ao governodo Distrito Federal. t O pragmático DelfimNetto reconhece que osindicadores da economialevam à desesperança domercado e, depois, doscontribuintes-consumi-dores.t Sandra e Betinho, depu-tados potiguares de sobre-nome Rosado, dependemda votação em Mossorópara a renovação do man-dato. A disputa tem a marcado radicalismo. Ela é doPSB; do PP, ele. t Para refletir: "Aprenderé a única coisa de que amente nunca se cansa,nunca tem medo e nuncase arrepende" (Leonardoda Vinci, pintor italiano).

LEITURA DINÂMICA

Divulgação

Francisco José Júnior, do PSD,é, oficialmente, o novo prefeito deMossoró. Na noite desta quinta-feira, no Teatro Municipal Dix-huitRosado, o peessedista tomou posseno cargo que já ocupava desde no-vembro, mas como prefeito interi-no. E o que muda com a oficiali-zação? Muita coisa. Afinal, agora,ele poderá, por exemplo, viajar ebuscar recursos para o municípioem Brasília.

Antes, a interinidade no cargo ea falta de substitutos oficiais impe-diram missões fora da cidade. "Eunão podia me ausentar por muitotempo para não deixar o municípiosozinho, agora posso ir atrás de re-cursos com mais tranquilidade", afir-mou o prefeito mossoroense.

Além disso, o prefeito deveráanunciar na próxima segunda-feira(2), algumas mudanças na gestãomunicipal. Comenta-se em Mos-soró, inclusive, que Gustavo Ro-sado estará na lista de membros donovo secretariado. Ele é ex-secre-tário-chefe do Gabinete Civil deMossoró, na gestão da irmã, FafáRosado (PMDB) e chegou a sermultado na campanha de 2012, por-que teria beneficiado a ex-prefeitaCláudia Regina, apoiada por ele noúltimo pleito.

No evento, que empossou tam-bém o vice-prefeito, Luiz Carlos, doPT, algumas autoridades políticasdo Estado, sobretudo, aqueles queajudaram a elegê-lo, como a ex-prefeita Fafá; o deputado estadualLeonardo Nogueira (DEM); o vice-governador Robinson Faria (PSD)e a deputada federal Fátima Bezer-ra (PT).

"Ficarei na história como o pre-feito mais jovem, como o mais vo-tado e o que teve a maior maioria,mas nada disso me envaidece por-que sei que Deus me colocou aqui

para uma missão", comemorouFrancisco José, que foi empossadodiante dos olhos dos juízes AnaClarisse Arruda e Herval Sampaio,que trabalharam durante a eleiçãosuplementar - Herval foi o respon-sável por não dar o registro de can-didatura Cláudia Regina (DEM) eLarissa Rosado (PSB).

QUESTÕES JUDICIAISVale lembrar que, mesmo tendo

o registro de candidatura deferido,Francisco José também foi alvo dealgumas decisões judiciais ou repre-sentações de chapas adversárias -inclusive, de Cláudia Regina e La-rissa Rosado. Parte das ações, noentanto, já foram negadas pela Jus-tiça Eleitoral antes mesmo da diplo-mação e da posse do prefeito.

"Durante o pleito eu não visi-tei nenhum equipamento público,

nem respondi a nenhuma crítica",relembrou o prefeito que, mesmoassim, teve que responder a denún-

cias referentes a suposto uso da má-quina pública municipal em bene-fício próprio.

Francisco José discursou afirmando que não cometeu qualquer irregularidade durante toda a campanha eleitoral em Mossoró

Francisco José assume Prefeitura eprojeta mudanças na administração

Fotos: Ipad Skarlack

PREFEITO PROMETE VIAJAR PARA BUSCAR RECURSOS PARA PROJETOS DA CIDADE

Prefeito ao lado de apoiadores e colegas de PSD: Fábio Faria e Robinson Faria

Ednalva e Rizomar são as substitutas de Zé de Deus e Hélio, indeferidos pelo TRE

Divulgação

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Sexta-feira O Jornal de HOJE 5Natal, 30 de maio de 2014Política

Henrique Alves afirma que não aceitaapoio de Rosalba a sua candidaturaPARA PRÉ-CANDIDATO DO PMDB AO GOVERNO, ADMITIR APOIO DA GOVERNADORA/EX-ALIADA SERIA UMA INCOERÊNCIA

ALEX VIANA

REPÓRTER DE POLÍTICA

O pré-candidato do PMDB agovernador do Rio Grande doNorte, Henrique Eduardo Alves,afirmou na manhã desta sexta-feiraque não aceita o apoio e o voto dagovernadora Rosalba Ciarlini(DEM) a sua candidatura. "Nósnos separamos do seu governo e asrazões são claras e assumidas e épraticamente impossível que o go-verno que nós deixamos, o gover-no do qual nós nos separamos, comcríticas democráticas, respeitosasao seu estilo, nós estamos com aproposta de mudar o que está aí.Seria uma atitude incoerente ter oapoio de um governo que nós es-tamos dizendo que ele não é o me-lhor para o Rio Grande do Norte",disse.

As palavras do pré-candidatoforam dadas em entrevista ao "Jor-nal da Cidade", da FM 94. Na opor-tunidade, Henrique ressaltou a "re-lação muito respeitosa" que tem comRosalba. "Mas nós discordamos é doseu governo, da forma de governar,

do estilo centralizador de fazer, queestá resultando no não fazer. La-mentavelmente a sua postura é opos-ta àquilo que quer hoje o PMDBpara o Rio Grande do Norte", disse.Como líder do PMDB, Henriqueanunciou em setembro do ano pas-sado o rompimento do partido como governo do DEM.

Apesar de rejeitar o apoio deRosalba a sua candidatura, Henriqueadmitiu que trabalha com a hipóte-se de contar com o apoio do DEM,partido de Rosalba, mas lideradopelo senador José Agripino Maia(DEM), a sua candidatura a gover-nador. Ele lembrou que o DEM terádecisão a respeito da sucessão esta-dual na próxima segunda-feira, quan-do o partido irá se reunir, interna-mente, para deliberar sobre o futu-ro eleitoral.

"Nós vamos aguardar. Eu achoque a gente deve respeitar interna-mente o que o DEM vai querer fazer.Enquanto o DEM não resolver in-ternamente qual o seu melhor ca-minho, se é esse, se é aquele, eu pre-firo não opinar. Porque eu não querointerferir nem de uma maneira nem

de outra na sua decisão. Vamosaguardar e a partir da decisão doDEM, respeitar o seu caminho, con-versar ou não", disse Henrique.

CONVENÇÕESO deputado reafirmou sua can-

didatura a governador, destacandoque a convenção que irá homolo-

gar o seu nome está agendada parao dia 27 de junho. Ele ressaltou aparceria com a ex-governadoraWilma de Faria (PSB), pré-candi-

data do PSB e da aliança ao Sena-do, dizendo, inclusive, que poderiater sido ela a candidata ao gover-no. "Mas ela entendeu o momentoe não foi candidata a governadora.Saiu para o Senado, numa parceriaconosco e isso está claro, porqueestá formada essa parceria", disseHenrique.

Ainda sobre Wilma, Henriquedisse que, eleito para o governo,contará com a experiência da ex-governadora, assim como do ex-governador Garibaldi Filho(PMDB). "Não me diminui emnada reconhecer que a experiênciade Wilma em ser governadora oitoanos, de Garibaldi filho, governa-dor oito anos, o que eles dois jun-tos poderão ajudar com as suas ex-periências, o que fizeram, o quedeixaram de fazer, o que achamque deveriam ter feito, o que acer-taram, o que erraram, tudo isso vainos ajudar a errar menos e acertarmais. Eu vou ter pessoas experien-tes e não vai me diminuir em nadaeu poder recorrer a um ou a outroem momento de decisão para onosso Estado", disse.

Henrique negou que tenha com-promisso de indicação de cargos comos partidos, lideranças e grupos queestão lhe apoiando na disputa pelogoverno. Segundo ele, a meritocra-cia irá se impor na sua gestão e aclasse política terá de entender essanova realidade. "Esse é um assuntoque nem sequer estamos tratandoagora, porque eu acho que não cabe.Na hora em que eu venho para essaconvocação de governar o meu Es-tado, nessa longa vida pública, euacho que nós temos que fazer umacoisa diferente. O Rio Grande doNorte quer uma participação cadavez mais discutida com a popula-

ção", disse. Ele afirmou que as indicações

políticas existirão, mas independen-temente de partidos, e desde quesejam para ajudar e tenham espíritopúblico. "Ameritocracia vai se impornaturalmente com a qualidade doserviço público e a classe políticatem que estar preparada para essarealidade. Porque os partidos vão ter,aí sim, compromisso conosco emtorno de um programa e de um pro-jeto que vamos apresentar e que vaiser esse o item principal a ser julga-do pelo povo do Rio Grande doNorte", afirmou.

COLIGAÇÕESAinda sobre as várias legendas

que estão apoiando a sua proposta, opresidente da Câmara afirmou que,no tocante às alianças proporcionais,"eles vão ter que se entender", disse,afirmando que, se possível, não vaiinterferir. "Porque cada partido, é na-tural, vai querer ter o seu espaço, deque maneira poderá melhorar a suaparticipação como partido na Assem-bleia, Câmara Federal. Então é umacoisa muito própria dos partidos e aminha interferência aí será mínima,apenas no sentido de apaziguar, ten-tar ajudar, tentar compreender. Masa questão das coligações proporcio-

nais eu vou deixar cada partido de-fender o que considera melhor parao seu partido no presente e no futu-ro, na ocupação desses espaços".

RELAÇÃO COM PODERESAo abordar um pacto de respon-

sabilidade pelo Rio Grande do Norte,o deputado Henrique Eduardo Alvesdefendeu o diálogo com os poderesLegislativo e Judiciário. "Não adian-ta você partir para o confronto como Judiciário, com o Ministério Públi-co, pois o confronto radicaliza, tiraa questão racional, as pessoas se tor-nam emocionais cada um na defesados seus direitos. Tem que ser pelo

diálogo, que eu acho que eu apren-di na vida pública, capacidade deouvir, e estou exercitando isso naCâmara dos Deputados. Eu acho simque nós temos que estabelecer umpacto de responsabilidade".

Ele informou que está levantan-do dados e que é preocupante a si-tuação do Estado do ponto de vistaorçamentário e fiscal. "O RN temhoje avaliações muito pessimistasda sua capacidade de cumprir os seuscompromissos, chegar ao final doano pagando o pessoal em dia, o quejá não faz sequer hoje integralmen-te. Tem que haver um pacto de go-vernabilidade e responsabilidade".

Dentro do pacto, ele defende,ainda, a participação "de todas asclasses e os poderes constituídos, acomeçar pelo poder Legislativo, pelanossa Casa, aquilo que a políticapode fazer para melhorar também oseu desempenho".

Ele defendeu um diálogo hones-to com todos. "Esse momento vaiexigir governabilidade, responsabi-lidade e não ter medo desse diálogo.Se ele for verdadeiro ele prevalece.Se ele for verdadeiro ele se impõe.Se for esperteza política eu acho queele se desmoraliza. E não há mais es-paço para espertezas. É hora, sobre-tudo, da verdade".

Ainda sobre o polêmico acor-dão, Henrique afirmou que, pelomesmo raciocínio, em Mossoró, oPSD de Robinson e o PT de Fátimacontaram com o apoio do PSDB edo DEM na eleição de FranciscoJosé Júnior (PSD). "O prefeito queganhou teve apoio do PT e do DEM.O deputado Leonardo Nogueira(DEM) estava no palanque do can-didato vitorioso. Estava o DEM, es-tava o PSDB e junto com o PT, e nin-guém falou nada", disse.

Acordos com ampla base parti-dária, segundo Henrique, ocorremem todos os níveis e locais. "Na po-lítica brasileira a gente tem que teressa visão que é preciso agregar,somar, mas quem não tem essa ca-pacidade, não tem essa credibilida-de, não tem essa confiança, é ficarcom esse tipo de colocação", afir-mou. "Isso que acontece no RioGrande do Norte acontece com apresidenta Dilma, com EduardoCampos em Pernambuco. É natural

você ampliar sua base, para ter apoio,sustentação política", declarou.

DEBATENesse sentido, o peemedebista

propõe ao vice-governador Robin-son Faria um debate qualificado emtorno de propostas para as eleiçõesdeste ano. "Vai chegar a hora de teresse debate e eu asseguro ao RioGrande do Norte que será um de-bate de altíssimo nível. O vice-go-vernador Robinson tem o meu res-peito, a minha amizade pessoal. Co-nheço a sua história, ele conhece anossa. Portanto quem pensar em ra-dicalizar, em querer agredir, eu achoque vai encontrar as portas fecha-das no PMDB. O que o estado quernão é isso. É debater, é discutir, émontar propostas. É mostrar aqui-lo que poderá fazer e poderá ajudaro estado a sair da situação em queestá".

Henrique admitiu que foi umpolítico radical, mas que aprendeu

e mudou, agora defendendo a união."Eu até assumo no passado que parasobreviver eu fui radical em muitasposições. Mas eu aprendi que nãocabe mais isso. É hora de unir. Aísim, radicalizar em torno de um pro-jeto, você ter uma proposta. E todosassumem o compromisso".

Sobre sua candidatura, Henri-que disse que se tratou não de umprojeto pessoal, mas de uma con-vocação do PMDB e outros partidos."Comecei pelo meu partido, passa-mos quase dois meses, todo sábado,todo domingo, na sede do PMDBouvindo representações dos municí-

pios, e ficou clara a posição do par-tido por essa convocação à nossacandidatura a governador. Depoisde ouvir o PMDB, fui ouvir outrospartidos também e eles foram ape-lando e essa convocação se tornouuma convocação mesmo, para quenós pudéssemos nesse momento sercandidato a governador".

Em relação ao governo Rosal-ba, Henrique disse que tentou aju-dar, propondo até um conselho po-lítico, que se reuniria todo mês paraavaliar erros, acertos, projetos e oplanejamento. "Tentamos, mas nãoconseguimos. Não nos reunimos se-quer uma vez", recordou. "(O gover-no de Rosalba) Foi um governo quese fechou, que foi se isolando. E aprova disso é que hoje está pratica-mente isolado", declarou.

JOSÉ DIASAo responder o deputado José

Dias (PSD), que afirmou que o atualpresidente da Câmara desconhecia

a falência dos hospitais, Henriqueapontou "desinformação ou má fé"do parlamentar estadual. "Eu achoque além de radical a declaraçãopode ter sido por desinformação oupode ter sido por má fé também",disse Henrique, lembrando que di-rigentes das instituições de saúdepública do RN, em matéria divulga-da na imprensa, mostraram o queele vem fazendo ao longo do tempona saúde pública do Rio Grande doNorte.

Como parlamentar, Henriquecitou ainda que, ao longo de 44 anosde vida pública, sempre atuou emfavor dos interesses do RN, desta-cando sua atuação em obras comoa obra da BR 101 de Natal a Tou-ros, a derrocagem da Pedra da Bi-cuda, que impedia o acesso de na-vios de grande calado ao Porto deNatal, Viaduto do Quarto Centená-rio, no governo Garibaldi, e, por úl-timo, o aeroporto internacional deSão Gonçalo do Amarante.

Henrique: “Seria uma atitude incoerente ter o apoio de um governo que nós estamos dizendo que ele não é o melhor para o RN”

“Meritocracia se imporá. Classe política deve entender”

“DEM e PSDB estavam no palanque do PT na eleição de Mossoró”

Ao se referir a Robinson, pro-vável adversário na disputa pelogoverno, Henrique lamentou as crí-ticas recebidas. O vice-governadorafirmou que Henrique protagoniza"o maior acordão da história polí-tica do RN". "É inacreditável queo meu amigo, companheiro de tan-tas lutas no passado, Robinson Fariatenha declarado isso de maneira tãodistorcida. Porque ele sabe que nãoé isso", disse o peemedebista, des-tacando que, em política, é melhoragregar que desagregar, e aprovei-tou para alfinetar os adversários,que não conseguiram, segundo ele,agregar e ficaram isolados.

"Prefiro agregar que desagre-gar. Prefiro unir que desunir. Euprefiro ter mais mãos e inteligên-cias a nos ajudar do que ter menos",afirmou, destacando "que todosesses partidos que têm nos procu-

rado acham que nós podemos aju-dar. Pela experiência, pela vivência,pelo aprendizado. Pelo que eu pudeacertar, errar, aprender e viver essemomento".

Henrique criticou a deputadafederal Fátima Bezerra, pré-candi-data do PT ao Senado Federal, quenesta semana afirmou que PMDBe PR não têm moral para criticar

Rosalba, porque participaram dagestão. “Lamento que essa críticavenha nessa dimensão, porque euvou continuar ajudando estado, mu-nicípio, que possam ter a minha par-

ticipação, que eu acho que é o meudever".

O deputado criticou o radica-lismo de Fátima e do PT, afirman-do que eles próprios foram vítimas

dessa postura. "Eles procuraram aex-governadora Wilma para umaaliança, quando verificaram que,por esse radicalismo, perderam es-paço", disse, recordando, com isso,que foi o PT que descartou umaaliança com Wilma no início doprocesso de discussão eleitoral.

Henrique se disse ainda preo-cupado com "aqueles que, por umradicalismo, ficam torcendo peloquanto pior melhor". Ele não dei-xou claro se estava se referindo aoprovável adversário, vice-governa-dor Robinson Faria. Ou mesmo aoPT, da pré-candidata ao Senado Fá-tima Bezerra. Segundo o peeme-debista, "esse radicalismo, essa in-tolerância, não cabem mais no RNde hoje e do futuro. É hora de agre-gar, de unir. Porque o nosso esta-do está precisando muito dessaunião em favor do seu futuro".

“Robinson sabe que não é acordão. Lamento declaração de Fátima”

Robinson Faria tem chamado de “acordão” a chapa encabaçeada por Henrique Fátima, por sua vez, afirma que falta coerência ao PMDB pela aliança com o PSB

Em Mossoró, Francisco José teve apoio de Fafá, do PMDB, e Leonardo, do DEM

José Aldenir

Heracles DantasJosé Aldenir

Divulgação

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MARCELO HOLLANDA

REPÓRTER

Definitivamente, a pressa é a ini-miga da perfeição. Apoucas horas doinício oficial de operação, o Aero-porto Aluizio Alves, em São Gonça-lo do Amarante, ainda convive comcentenas de pequenos problemas queprovavelmente não estarão concluí-dos até amanhã e talvez nem nas pró-ximas semanas.

São detalhes que vão de peque-nos acabamentos de alvenaria à placaprincipal do aeroporto, que ainda nãoexiste. Cerca de 1.500 pessoas traba-lham freneticamente para aprontarpelo menos 25 dos pouco mais de50 pontos comerciais que atenderãoo público com produtos e serviços.A assessoria da Inframérica, porém,assegura que os três Duty Free quevendem importados para quem jáestá dentro da área internacional deembarque e desembarque estarão fun-cionando.

Aberta para visitação de convi-dados, uma assessora da Inframéri-ca ficou encarregada de levar osjornalistas por um tour reconstituin-do o roteiro que será feito a partirdeste sábado pelos passageiros. Co-meçando pelo amplo saguão, é pos-sível ver centenas de monitores emfuncionamento e perceber a presen-ça do ar condicionado central. E só.Não houve nenhuma demonstraçãorelacionada ao sistema de som, por

exemplo, que neste início de ativi-dades deve funcionar de forma im-provisada.

Até o final da manhã, não haviasinal visível de como as companhiasaéreas seriam distribuídas pela infi-nidades de guichês. Mas a presençade um ou outro técnico verificandoos equipamentos foi percebida. Per-guntado como os computadores es-tavam respondendo, um funcionárioda Avianca foi econômico: “Normal”,respondeu.

O terminal que já chegou a abri-

gar quatro mil operários durante aconstrução, hoje ainda tinha algu-mas centenas deles dentro e fora daestrutura em tarefas diversas. Muitagente ligada às empresas que traba-lharão ali andava para cima e parabaixo tentando se situar como ascoisas funcionariam para eles. Emmeio a essa movimentação, o pes-soal da limpeza parecia enxugargelo, limpando o que os operáriossujariam logo em seguida.

O diretor-presidente do consór-cio Inframérica, Alysson Paolinel-

li, que está em Natal há uma se-mana acompanhando de perto ofinal da operação de transferênciadas operações do Augusto Severo,em Parnamirim, para o novo aero-porto, prometeu falar com os jor-nalistas a partir de 13 horas. O JOR-NAL DE HOJE, cujo horário defechamento não permitiu essa espe-ra, tentou falar então com algumexecutivo da empresa. Localizouum deles pelo sotaque argentino –país sede da empresa.

“O senhor não acha precipitado

inaugurar o aeroporto amanhã (sá-bado)?” A resposta: “Por que nãoseria?” Ele devolveu a pergunta fa-zendo um gesto amplo que mostra-va o ambiente. Como sempre, ne-nhum funcionário pôde dar o nomee a função.

SEM PLACASA partir deste sábado, quem se

deslocar para o novo aeroporto deveevitar o caminho de São Gonçalo eMacaíba quando chegar ao gancho deIgapó, pois, do contrário, terá que

enfrentar alguns quilômetros de es-trada de terra. A melhor opção paraquem vem de Natal é direto pela BR406, saindo da 101 ou pela AvenidaTomaz Landim. Não esperem placasindicando o caminho. Para quem nãoconhece a cidade, melhor perguntara algum taxista.

Embora a prefeitura de São Gon-çalo tenha concluído a instalação dospostes de iluminação ao longo doacesso entre a BR 406 e o aeropor-to, hoje ainda era possível ver placastrabalhando em alguns trechos noacostamento ou remendando a pista.

Como já estava sendo esperado,o Governo do Estado não cumpriráa promessa de duplicar o trecho daBR 406 que leva até a entrada do ter-minal, como também andou pouconas obras do viaduto de acesso.

O trabalho de preparação do ae-roporto Aluizio Alves entrará pelanoite e madrugada para deixar pron-to o máximo de área abertas à fre-quência de passageiros. Mas operá-rios ouvidos pela reportagem dizemque muita coisa ficará pendente. “Temmuita massa pra ser aplicada aqui,não se engane”, disse um deles.

AEROPORTO DE SÃO GONÇALO SERÁINAUGURADO EM MEIO A OBRAS

Sexta-feira6 O Jornal de HOJE Natal, 30 de maio de 2014 Cidade

CAROLINA SOUZA

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Marginais. Ou, para ser maissutil, vândalos. É assim que a po-pulação descreve as pessoas queestão danificando as decorações queforam instaladas pela Prefeitura deNatal para a Copa do Mundo. Se-gundo o secretário municipal deServiços Urbanos, Raniere Barbo-sa, foi investido cerca de R$ 1,6milhão para tornar a cidade a "maisbonita entre as sedes da Copa doMundo". Porém, uma parcela dapopulação que não tem respeito nembom senso, se aproveitou para "ras-gar o erário público".

Em uma ronda pelos setores dacidade que estão decorados, a re-portagem do Jornal de Hoje identi-ficou alguns pontos que foram alvodesses vândalos. Na passarela dePotilândia, na Zona Sul de Natal,está a parte da decoração que foimais depredada. Oito bandeiras ins-taladas estão rasgadas.

"Isso é coisa de gente que nãotem o que fazer. Impressionantecomo as pessoas não cuidam dopróprio patrimônio. Uma pessoaque fez isso simplesmente rasgou di-

nheiro, o nosso dinheiro. Um ab-surdo que mereceria ser investiga-do", disse Silveira Marques, en-quanto atravessava uma das aveni-das mais movimentadas de Natal.

Miriam Araújo, 53, funcionáriade uma escola na região, tambémjulgou o caráter dos responsáveispelo ato. "Um absurdo. Típico demarginais e de pessoas sem a menorinteligência. O que tinha para serfeito em protesto com a Copa já

passou. Não adianta mais nada,muito menos esse tipo de ação",disse.

A passarela de Lagoa Nova, emfrente a dois shoppings da cidade,também tem registro de bandeirasrasgadas. No Alecrim, a ausênciade outras bandeiras que tambémfazem parte da decoração dá sinalde que foram arrancadas, segundoos próprios comerciantes instaladosna área.

De acordo com Raniere Barbo-sa, a reposição das decorações da-nificadas só deverá acontecer nosdias mais próximos ao início daCopa do Mundo, quando a cidadereceberá reforço da guarda nacional,guarda municipal, Polícia Civil eMilitar. "Teremos que apelar paraisso, pois se fizermos a recuperaçãoagora corremos o risco de voltar aser alvo de vandalismo. Infelizmen-te essas pessoas não têm noção da

importância que a Copa do Mundorepresenta para Natal", afirmou.

Sobre a recuperação, o secretá-rio da Semsur disse que a Prefeitu-ra de Natal não terá um gasto extra."Enquanto o contrato com a em-presa prestadora do serviço de con-fecção e aplicação da decoração es-tiver valendo, a responsabilidade derecompor as peças danificadas édeles. Isso significa que nós não te-remos gastos extras", afirmou. O

contrato com a empresa Servlight seencerra no próximo dia 10 de junho.

"Natal foi reconhecida pela Fifacomo a cidade mais bonita em ter-mos de decoração para a Copa. Issoé um diferencial para nós, que es-taremos recebendo nos próximosdias 172 mil turistas e 85 emisso-ras de televisão de todo o mundo.Deveríamos aproveitar essa oportu-nidade e não deixar a cidade feia",afirmou.

Em função das especulações en-volvendo o valor das corridas detaxi do Aeroporto Internacional Go-vernador Aluízio Alves, o Departa-mento Municipal de Trânsito de SãoGonçalo do Amarante divulgou osvalores que serão praticados por qui-lometragem. A partir deste sábado(31), data do início das operações doterminal, a tarifa cobrada será de R$

2,00 por quilômetro rodado.Segundo Paulo Roberto, diretor

do Demutran, a tarifa fixa foi esta-belecida em acordo com os taxistasque vão prestar o serviço no novoterminal. O órgão também realizouum estudo de distâncias pra fixar osvalores por quilometragem. Um pas-sageiro que, por exemplo, pagavaR$ 57,00 do aeroporto Augusto Se-

vero até o Hotel Parque da Costei-ra vai passar a pagar R$ 63,00 emrelação ao Aeroporto de São Gon-çalo.

Paulo informou ainda que a ta-rifa de R$ 2,00 reais será aplicadaapenas para os veículos do aeropor-to e que os demais taxistas de SãoGonçalo vão acompanhar a mesmatarifa de Natal, sendo o início do re-

lógio R$ 4,55, bandeira 01 R$ 2,35e bandeira 03 R$ 3,75. “Fixamosesses valores pensando no desen-volvimento do município e o menorcusto para os passageiros. São Gon-çalo, que vai receber os turistas quevirão para a Copa do Mundo, tem amenor tarifa se comparada a outrascapitais sedes da competição”, en-fatizou.

Tarifa de táxi do Aluízio Alvesserá fixada em apenas R$ 2,00

> DESPERDÍCIO

Decorações danificadas serão recuperadas pelas Prefeitura

No Alecrim, algumas bandeiras caíram dos enfeites nas ruas Nas passarelas sob a BR-101, vândalos rasgaram as decorações

Novos táxis do Aeroporto terão preço diferenciado neste início de atividades

APÓS DÉCADAS DE DEBATE SOBRE O PROJETO, TERMINAL ENTRA EM FUNCIONAMENTO AMANHÃ

Muitos trabalhadores ainda finalizavam as obras na véspera da inauguração Do lado de fora, vizinho ao terminal, uma “lagoa” se formou com o período chuvoso

José AldenirJosé Aldenir

José Aldenir

Wellington RochaWellington Rocha

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Relatório Anual daRevenda de Combustíveisé apresentado em Nataln Pela primeira vez, Natal foipalco da apresentação do Re-latório Anual da Revenda deCombustíveis 2014 - que acon-teceu durante a abertura do IXEncontro de Revendedores deCombustíveis do Nordeste.n O evento da Federação Na-cional do Comércio de Com-bustíveis e de Lubrificantescomeçou ontem à noite, no HotelSerhs, e contou com a presençado presidente da Fecombustíveis,Paulo Miranda Soares, que lis-tou os principais destaques do

setor no ano passado. n Em sua sexta edição, o re-latório compila os dados de de-sempenho do mercado de com-bustíveis de 2013, divididos porsegmento: gasolina, óleo diesel,biodiesel, etanol, lubrificantes,GNV e GLP. A publicação tam-bém abrange a evolução do mer-cado norte-americano no anopassado e traz os fatos mais rel-evantes nas áreas de Meio Am-biente, Legislações e Con-veniência.

Posto em Serra Caiadarecebe prêmio de melhorda rede ALE no Brasiln A ALE, quarta maior dis-tribuidora de combustíveis dopaís, premiou o Posto Raíssa,localizado em Serra Caiada(RN), por oferecer excelenteatendimento aos clientes e pro-dutos de qualidade, além de teratingido as metas do programade gestão "Clube ALE".n A revenda recebeu treina-mentos gratuitos, consultoria demarketing, brindes, placa dehomenagem, kit de divulgaçãodo título para exibir no pontode venda, manutenção de im-

agem, além de diversas ben-feitorias para o posto se tornarcada vez melhor para os seusclientes. n O premiado concorreu comcerca de 1.900 postos da redeem todo o país.n A iniciativa faz parte do pro-grama de fidelidade e gestão deresultados da companhia, "ClubeALE", em que revendedores efrentistas acumulam pontos, quepodem ser trocados por mais de400 mil prêmios, entre produtose serviços.n Além disso, o projeto incen-tiva os profissionais a aperfeiçoarcada vez mais os serviços presta-dos aos clientes por meio do re-conhecimento das boas práticasem atendimento e limpeza doposto. n Localizado em um ponto es-tratégico, no Centro de Serra Ca-iada, o Posto Raíssa investe con-stantemente no atendimento aosclientes para fidelizá-los. n Para o proprietário da reven-da, Romualdo Torres BezerraJúnior, o prêmio de melhor postodo mês é muito gratificante e otrabalho agora será para con-quistar o título de melhor do ano.

Sexta-feira O Jornal de HOJE 7Natal, 30 de maio de 2014Economia

MARCOS AURÉLIO DE SÁ [email protected]

HOJE na Economia

Empresas começarão a ser punidas por nãomostrarem valores de tributos aos consumidoresn A partir de 10 de junho, o Governo Federal co-meçará a punir as empresas que descumprirem aregra de demonstrar aos consumidores os valoresrelativos aos tributos na formação do preço deum produto.n Isso ocorre depois que as empresas brasileirasganharam um ano de prazo para se ajustarem a essaexigência. n A nova regra estabelece que toda venda ao con-sumidor de mercadorias e serviços terão que cons-tar, nos documentos fiscais ou equivalentes emiti-dos, o valor aproximado correspondente à totalida-de dos tributos federais, estaduais e municipais, cujaincidência influi na formação dos respectivos pre-ços de venda.n "As empresas tiveram um bom tempo para seadequarem, mas a maioria deixou para a última hora.Esta nova realidade tem o lado positivo que deve serexaltado, pois o consumidor terá uma visão mais clarado quanto paga de tributos na aquisição de cadamercadoria, o que também possibilita que possa exi-gir com maior propriedade seus direitos. Mas hátambém o lado negativo, pois, com a complexida-de do sistema tributário brasileiro, haverá dificulda-de para empresas fornecerem estas informações,principalmente as que não possuem um sistema deERP que englobe a tributação de cada produto",conta o diretor tributário da Confirp ConsultoriaContábil, Welinton Mota.n Um grande problema das empresas sobre o temaé a falta de informação. Isso porque os dados queconstarão no documento fiscal deverão ser obtidossobre a apuração do valor dos tributos incidentessobre cada mercadoria ou serviço, separadamente,inclusive nas hipóteses de regimes jurídicos tribu-tários diferenciados dos respectivos fabricantes, va-rejistas e prestadores de serviços, quando couber.n "Diferente de outros países, nos quais também sãodetalhados os valores pagos com tributos, o siste-ma tributário brasileiro é bastante complicado e cadaproduto tem particularidades nos pagamentos dos tri-butos (dependendo do regime de apuração adotadopela empresa), o que faz com que a adaptação nãoseja tão simples. Mas, ainda temos que esperar quea regulamentação seja feita para que tudo fique es-clarecido", explica o gerente da Confirp.n Uma alternativa para empresas é que em vez dedivulgar a informação nos documentos fiscais, po-derá ser passados os valores por meio de painel afi-xado em local visível, ou ainda por qualquer outromeio eletrônico ou impresso, de forma a demons-

trar o valor ou percentual dos tributos incidentessobre todas as mercadorias ou serviços.n Ou seja, os impostos incidentes sobre produtos eserviços terão que ser discriminados nas notas fis-cais ou afixados em cartazes em todos os estabele-cimentos comerciais do país. Além disto, sempreque o pagamento de pessoal constituir item de custodireto do serviço ou produto fornecido ao consumi-dor, deve ser divulgada, ainda, a contribuição pre-videnciária dos empregados e dos empregadores in-cidente, alocada ao serviço ou produto.

FBHA acredita que hospedagem teráresultado positivo durante a Copa n A ocupação dos estabelecimentos de hospeda-gem, que abrangem hotéis, pousadas, albergues,pensões e motéis, aponta resultados positivospara o setor nas 12 cidades-sede durante a Copado Mundo. n A Federação Brasileira de Hospedagem e Ali-mentação (FBHA) acredita que o número de quar-tos ocupados pelos turistas que virão para os diasde jogo alcançou as expectativas dos empresários. nDe acordo com as estimativas da Federação, o Riode Janeiro lidera o ranking com 98% de ocupação,seguido por Recife, com 90%. n A tabulação dos dados pela FBHA considera osperíodos de reserva para os dias de jogos, três diá-rias: a que antecede, o dia da partida de futebol e odia seguinte. n São Paulo, com 65% de ocupação, terá provavel-mente um índice menor do que registra nos mesesde junho e julho. Durante a Copa, a cidade deixaráde receber os eventos e os congressos de negóciosque mantêm a boa ocupação da hotelaria.n "Cada cidade-sede tem especificidades que estãodeterminando o número de reservas. De um modogeral, podemos dizer que a taxa de ocupação é po-sitiva, apesar dos percalços que o setor enfrentou du-rante a preparação para o Mundial de Futebol", ana-lisa Alexandre Sampaio, presidente da FBHA. n De acordo com Sampaio, em alguns casos a ocu-pação pode ser considerada muito boa, como Bra-sília, 70%, já que julho é período de recesso do Con-gresso Nacional e, consequentemente, os hotéis têmbaixas reservas, e também Porto Alegre, com 80%,por causa da proximidade com países da Américado Sul a cidade receberá muitos turistas da região,além de ter uma agenda de jogos que desperta gran-de interesse de torcedores. n Fortaleza terá uma taxa de ocupação de 75%;Natal, 70%; Salvador, 68%; Cuiabá, 65%; Manaus,65%; Belo Horizonte 62%; e Curitiba, 60%.

Se não fosse pela Copa doMundo, a entrada em funciona-mento do novo aeroporto de SãoGonçalo do Amarante e as obras demobilidade, o anúncio ontem dofim da barreira contra a febre af-tosa nos rebanhos, que tornou oRN oficialmente livre da doençamediante vacinação, seria a gran-de manchete do dia.

Hoje, o secretário de Agricul-tura, Pecuária e Pesca do Estado,Tarcísio Bezerra, comentou as ma-nifestações discretas que marca-ram o fim da restrição, que duran-te a última seca fez com que Per-nambuco e Ceará erguessem bar-reiras para impedir a entrada porterra de animais vindos do RioGrande do Norte.

“Foram dias terríveis para nóse que felizmente não voltarão maisa acontecer”, comemorou Bezerra,que prevê uma grande Festa do Boipara este ano. “Teremos animaisde todo o país podendo sair e en-trar, eliminando a quarentena queliquidava com os negócios dos cria-dores”, lembrou.

A decisão da Organização In-ternacional de Saúde Animal (OIE)já era esperada desde o ano passa-do depois do Estado perder pelomenos 35% de seu rebanho bovi-no para a seca que durou por todoo ano de 2012, entrando pelo anopassado. Para o secretário TarcísioBezerra, a conquista é histórica eé uma chance para que seleciona-dores e criadores mostrem todo opotencial de seus planteis. E teráum reflexo direto sobre o cresci-mento físico dos rebanhos.

O plano do Ministério daAgricultura agora é ampliar oacesso da carne brasileira, tantosuína quanto de aves, no exterior.Embora esses benefícios atinjamnum primeiro momento os maio-res rebanhos localizados nas re-

giões Norte e no Centro-Oeste,Tarcísio Bezerra acha que o sim-ples fato de poder receber e expormatrizes terá um efeito imediatosobre a atividade entre os cria-dores potiguares.

Com o reconhecimento obtidopelos oito estados ontem junto àOIE, sobem para 210 milhões ototal de animais que estão em zonaslivres de febre aftosa, ou seja, apro-ximadamente 99% do rebanho na-cional de bovinos e bubalinos em78% do território brasileiro. O go-verno investiu R$ 80 milhões emações de sanidade animal, nos úl-timos quatro anos nessas regiões.

O país possui agora 23 estadose o Distrito Federal reconhecidosinternacionalmente como livresde febre aftosa com vacinação eSanta Catarina continua sendo oúnico livre da doença sem vacina-ção. O próximo passo é alcançara meta de um país totalmente livreda doença.

Para Tarcísio Bezerra, a mu-dança de status da aftosa é uma vi-tória que não pode ser debitada ex-

clusivamente em ações de gover-no, mas à parceria entre produto-res e autoridades. “Não foi fácilpara ninguém manter aceitáveis osníveis de vacinação com o gadofraco por meses de uma seca cruel,mas no fim valeu a pena”, afirmou.

Perseguida há mais de uma dé-cada, desde 2006, com a criação doIdiarn, que executa a política dedefesa animal e vegetal no Estado,por várias vezes se anunciou o fimda barreira como iminente.

Hoje, um dos maiores criado-res do RN, José Bezerra Júnior,lembrou que o fim da barreira,além de beneficiar os selecionado-res que sofreram muito nos últi-mos anos, terá um impacto posi-tivo adicional sobre os exporta-dores de produtos primários, comofrutas e camarão.

“Não somos exportadores decarne e sim de camarão e frutas,que por causa da simples existên-cia de uma área de risco da aftosaperdiam na barganha comercialcom os importadores de fora”, lem-brou. “Isso agora deve acabar”.

Fim da barreira da aftosabeneficiará exportadoresRN FOI CONFIRMADO COMO LIVRE DA DOENÇA PELA OIE

Um dos mais tradicionais pon-tos de venda de fogos de artifício nãooferecerá o produto este ano. Deacordo com a Secretaria Municipalde Serviços Urbanos (Semsur), oscomerciantes do canteiro central daavenida Antonio Basílio (próximo aoHiper Bompreço da Prudente deMorais) estão dentro da área de res-trição comercial em torno da Arenadas Dunas.

Mas, muitos deles esperam queneste ano os produtos da Copa com-pensem as perdas com a impossibi-lidade de vender fogos de artifício.Isso é o que pensa a comercianteGeane Pinheiro Maciel. "AFifa falouque não podia, o que vai doer nobolso. É por isso que a gente estáprocurando tudo com tema do Bra-sil, por isso é que vai compensar",acredita.

Em ano de Copa do Mundo, elatambém oferece bandeiras, camisas,bermudas, chapéus, vuvuzelas, tia-ras e até brincos nas cores predomi-nantes da bandeira brasileira. Comapenas uma semana de vendas, essesprodutos já se firmaram como osmais procurados. Contudo, a tradi-ção do São João permanece comseu espaço garantido, principalmen-te com vestidos juninos. E até essaspeças típicas estão em clima de Copado Mundo.

Boa parte dos vestidos de GeaneMaciel tem as cores do Brasil. Elestambém são os mais caros, chegama custar R$ 120 a depender do ta-manho. Vestidos para meninas me-

nores e com outras cores podem sercomprados até por R$ 45. "Eu tam-bém tenho gravata, lencinho e cami-sa verde-amarela pra meninos",acrescentou a comerciante.

Juciara Ribeiro de Lima éoutra comerciante que se instala nocanteiro central da Antonio Basí-lio há 15 anos tanto no períodojunino quanto de carnaval. Nessesprimeiros nove dias no local, elagarante que os vestidos juninosnas cores nacionais lideram asvendas. "As escolas estão pedin-do mais esse vestido para acom-panhar a Copa", relatou.

Na banca de Juciara Lima, osvalores da vestimenta típica femi-

nina variam entre R$ 55 (vestidolilás mais simples) e R$ 75 (emverde e amarelo). No ano passa-do, ela conseguia uma receitamédia diária de R$ 450 com avenda dos produtos juninos.

Ela lembra que na copa de 2010(Copa da África do Sul), conseguiavender um valor superior ao queobtém em anos sem o evento. "Nacopa passada, era mais de R$ 500por dia", disse. Isso levando em con-sideração os fogos de artifício, queestavam liberados. "Esse ano nãopode botar fogos por causa da Fifa,No Rio Grande do Norte quem estámandando agora é a Fifa", criticoua comerciante.

Conforme a assessoria de im-prensa da Semsur, os vendedores defogos de artifício da área estão den-tro do raio de 1,5 quilômetro do es-tádio da copa, onde não se podehaver comércio ambulante. A res-trição da venda de fogos de artifíciotambém foi uma recomendação daPolícia Federal para evitar que ma-nifestantes usem esses artigos con-tra as forças de segurança.

Ainda segundo a assessoria deimprensa, o Corpo de Bombeirosfará vistorias nas bancas de arti-gos juninos. Caso encontrem o ma-terial proibido, eles poderão autuaro comerciante e em seguida comu-nicar a Semsur para a apreensãodos fogos de artifício. Para quemdeseja se divertir com os fogos, asecretaria recomenda a compra emcasas especializadas.

> OPORTUNIDADE

Artigos relativos à Copa substituema procura pelos fogos de artifício

Rebanho do RN não enfrentará mais barreiras para ser negociado pelo país

Produtos já no gosto dos consumidores

As tradicionais roupas juninas estãodevidamente caracterizadas para osjogos da Copa do Mundo, a maioriadelas em verde e amarelo

José Aldenir

Fotos: Heracles Dantas

SYLVIA SÁ - INTERINA

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8 O Jornal de HOJE Natal, 30 de maio de 2014 Sexta-feiraCidade

INCLUSÃO SOCIAL

ALESSANDRA BERNARDO

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Ajudicialização da saúde, quan-do uma pessoa recorre à justiça parareceber atendimento, fazer examemédico ou receber medicamentopelo Estado, é um dos principais en-traves enfrentados atualmente pelaSecretaria Estadual de Saúde Públi-ca (Sesap), no Rio Grande do Norte.O tema foi apresentado durante pai-nel temático realizado na manhãdesta sexta-feira (30), no II Seminá-rio de Direito à Saúde "SUS: Pos-sibilidades e Limites", na Escola deMagistratura (Esmarn), em Cande-lária. Na ocasião, foi discutida aindaa situação dos leitos das Unidadesde Terapia Intensiva (UTI), que tam-bém são alvos de ações judiciais.

Segundo o secretário da Sesap,Luiz Roberto Fonseca, o Estado pos-sui sete mil leitos em unidades desaúde, sendo aproximadamente 300de UTIs, mas a maioria deles é re-querida em ações judiciais que mui-tas vezes beneficiam pacientes jáem estado terminal, quando não hámais o que fazer. Ele disse que issofaz com que muitas pessoas que pos-suem chance de sobrevivência e queprecisem de um leito desses não te-nham acesso ao benefício.

"Muitas ações são para interna-ção de pacientes que estão indo mor-rer nas UTIs e, se formos imaginarque todos nós vamos morrer e quetodos vamos morrer dentro de umleito de UTI, então todos os leitosexistentes no Estado terão que ser deterapia intensiva, para atender à de-manda. É importante ter em menteque, para esse tipo de paciente, épreciso garantir paliativos e não umaterapêutica que não terá efeito algumdevido ao seu estado de saúde. Eintervir nisso é prolongar o sofrer dopaciente, em uma decisão não dele,mas da família, que não aceita aideia da morte", afirmou.

Luiz Roberto disse também queo número de leitos de UTI existen-

tes hoje atende à recomendação daOrganização Mundial da Saúde(OMS), que é de 4 a 10% do totalde leitos no Estado. Mas reconheceque o excesso de intervenções judi-ciais para atendimentos médicosacontece por uma insuficiência nasações promovidas pelo Estado paraatender às demandas da população.Somente no ano passado, a Sesapgastou R$ 40 milhões somente ematendimento às decisões judiciais.

"Mas será que é só isso ou tam-bém o surgimento de novas tecno-logias, muitas delas nem amparadasna questão da evidência médica, massimplesmente surgiu e a pessoa re-corre para ter acesso a métodos ca-ríssimos, e muitas vezes sem efeti-vidade, na expectativa de ficar bome a justiça defere baseada no princí-pio da esperança. Então, precisamosdiscutir o tema com atenção e respei-tar ambos os lados, tanto o executi-vo como o judiciário, para não co-locarmos o interesse individual nafrente do coletivo", afirmou.

Seminário debate judicializaçãoda saúde e leitos de UTI no RN MAIORIA DOS 300 LEITOS DE UTIS SÃO REQUERIDOS EM AÇÕES JUDICIAIS

Wellington Rocha

CMN discute políticaspúblicas para pessoas comnecessidades especiais

Dados da Organização das Na-ções Unidas (ONU) apontam que10% da população mundial - apro-ximadamente 650 milhões de pes-soas - possuem algum tipo de defi-ciência. No Brasil, essas pessoas sesomam em um grupo de 45 milhões,das quais 900 mil estão entre osnorte-rio-grandenses, um dos esta-dos com maior representação decasos de deficiência no país.

O alto número de pessoas que ca-recem de uma atenção especial re-quer também um alto padrão assis-tencial e de inclusão social, seja porparte das famílias ou pelo poder pú-blico. Em Natal, o vereador DicksonNasser Júnior (PSDB) colocou o as-sunto em pauta durante audiênciapública na Câmara Municipal deNatal, que reuniu nesta sexta-feira(30) diversas entidades e represen-tações que lutam pela causa.

"Aaudiência pública é uma opor-tunidade muito boa para informar aspessoas. Partindo daqui, todos nós te-remos mais esclarecimentos sobre odia a dia e as necessidades das pes-soas com deficiência", afirmou Dick-son Júnior, reforçando que as pessoasque necessitam de cuidados espe-ciais em função das inúmeras defi-ciências que vivem precisam de"menos desafios, mais superação”."Pretendemos sair daqui com ideiaspara projetos de lei a serem apresen-tadas ao Executivo Municipal, quepoderão também ter reflexo junto aoGoverno do Estado”, disse.

A oportunidade de ampliar asdiscussões e levar esclarecimentosà população contou com a partici-pação de instituições públicas, comoa Secretaria Municipal de Educa-ção (SME), o Ministério Público,Ministério Público do Trabalho eorganizações do Terceiro Setor queprestam assistência às pessoas comdeficiência.

Simone Cardoso, que tem umfilho portador da Síndrome de Down,foi uma das responsáveis pela reali-zação da audiência pública, ao se

colocar a buscar apoio junto ao poderpúblico. Segundo ela, pessoas comoo seu filho precisam constantemen-te de estimulação para poder, umdia, conquistar sua autonomia.

"Graças a Deus nunca faltounada para meu filho, mas a verda-de é que falta tudo para as pessoascom necessidades especiais. Prin-cipalmente o direito à Educação,que não se restringe ao fato dacriança ou adolescente estar em salade aula junto a outras pessoas, masdele ter direito a um acompanha-mento correto para seu desenvolvi-mento e boa aprendizagem", desta-cou. "Hoje meu filho estuda. Masaté encontrar uma escola para ele,isso me custou levar quatro 'não'dentro da própria rede particular deensino", afirmou Simone.

EDUCAÇÃO PÚBLICARepresentando a Secretaria Mu-

nicipal de Educação (SME), Fer-nanda de Carvalho, que trabalha naequipe voltada para a Educação Es-pecial, apresentou que atualmenteexistem mais de 1.800 crianças comnecessidades especiais matriculasna rede pública de Natal. Os dadossão do Censo 2013.

"O que enxergamos é que aindahá uma dificuldade de acolhimentopor parte das escolas, mesmo com ainstituição proporcionando profis-sionais de apoio. São diversas crian-ças, com inúmeras deficiências dife-renciadas, os quais precisam de cui-dados específicos. Gostaria do apoiode todos os envolvidos aqui parapensarem na possibilidade de am-pliar esses cuidados", afirmou.

Durante a audiência, o procu-rador do Ministério Público, Mar-cos Vinícius de Souza, destacouque ainda há carência no sistema degarantia e proteção dos direitos àspessoas especiais, que no cotidia-no sofrem não só por falta de inclu-são social, como também por faltaacessibilidade, mobilidade, educa-ção e causas multifuncionais.

Temas foram apresentados durante o II Seminário de Direito à Saúde realizado na Escola de Magistratura do RN

SUS Mediado diminui asdemandas judiciais no RN

Uma das medidas surgidas paratentar minimizar o alto número dedemandas judiciais para procedi-mentos médicos e outros itens re-lacionados à saúde foi a criação doSUS Mediado, desenvolvido na De-fensoria Pública do Rio Grande doNorte nos municípios de Natal,Mossoró e Caicó, desde 2012. Delá para cá, já foram firmados maisde 700 acordos entre o Estado e ospotiguares que pretendiam entrarna justiça para garantir o acesso àsaúde.

Segundo a defensora públicaCláudia Carvalho, o SUS Mediadopossui índice de 40% de resoluçãodos casos atendidos sem a neces-sidade de se entrar na justiça. "O ob-jetivo é criar mecanismos extraju-

diciais para resolver os conflitosexistentes de uma forma rápida eprecisa, sem desgastes físicos eemocionais para os pacientes", ex-plicou.

A procuradora do Rio Grandedo Norte, Adriana Torquato, falouque após a criação do SUS Media-do, o número de pessoas que pro-curavam o judiciário para entrarcom ação contra o Estado foi redu-zido em 50% e que isso diminuiutambém a sobrecarga que a deman-da gerava para a justiça potiguar."Antes, recebíamos uma média de20 pedidos por dia e hoje, registra-mos cerca de dez ações, o que émostra que o diálogo entre os ato-res têm sido uma boa forma de seresolver as coisas", afirmou.

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Em abril, o jornalista MikkelKeldorf causou polêmica com umdesabafo no Facebook em que recu-sava continuar no Brasil, após vertanta doença social nas ruas de For-taleza e do Rio de Janeiro. Foramdois anos e meio de preparativospara cobrir a Copa do Mundo, maiscinco meses em território brasileiro.Sua conclusão: o "Sonho se trans-formou em pesadelo". Segundo odinamarquês, tudo é feito para ludi-briar o estrangeiro, não para uso-fruto dos locais. Inclusive a matan-ça de meninos de rua, acusação quefez no mês passado, não sem gerarpolêmica - a eugenia urbana querafastar o lixo para ninguém sentir ofedor.

Agora Keldorff voltafortalecido, com ima-gens de seu triste docu-mentário "O Preço daCopa do Mundo"para mostrar parao mundo o quetodos nós sabe-mos: Diariamen-te, crianças eadolescentes sãojogados às traçase depois elimina-dos como aque-la velha cô-moda car-comidaque

não queremos. Depoimentos de ga-rotos pobres, presidentes de ONGse dos Direitos Civis no Rio mos-tram a realidade anárquica das gran-des cidades - trecho emotivo vemcom Allison, 13 anos, jovem vicia-do em crack, maconha e cocaína. Oescritor, também dinamarquês e pro-fessor da PUC-RJ, Karl Erik Schol-lhammer, fala que nada disso é sur-presa.

Keldorffvem de umpaís quecostumaficar notopode

listas que medem o grau de felici-dade nacional. Da mesma forma, oBrasil vai bem nessas enquetes -mais ainda com smartphone nobolso, televisor gigante na sala euma cinquentinha na garagem. Ale-gria, alegria! Mas o documentário éatonal. Desde a trilha sonora às ima-gens, tudo resul-

ta em tormentos para o expectador,quando concluído os 29min. Nadade novo é desvelado, mas, talvez, oolhar estrangeiro seja mais sensívelpara com essa patologia moral. Exis-te algo de podre no Reino Tropicalque não dá para esconder com tapu-mes, lonas ou outdoors. (C.C.).

Sexta-feira O Jornal de HOJE 9Natal, 30 de maio de 2014CulturaCultura

OLHAR ESTRANGEIRODesde março, o programa homônimo do Sportv, apresentado pelo ame-ricano Mark Lassise, exibe pontos positivos e negativos das sedes daCopa. Nesta semana, foi a vez de Curitiba, a mais europeia das capitais.O gringo constatou que cidades mais estruturadas têm enfrentado pro-blemas na construção do estádio e entorno - caso de São Paulo, PortoAlegre e da própria capital paranaense. Natal ficou bem na fita, com elo-gios à beleza natural e às informações em inglês (tem passeio pelasdunas e tudo o mais). Uma breve busca por Olhar Estrangeiro naGlobo.TV oferece os nove especiais feitos até agora.

ÓPIO DO POVOSe para o brasileiro futebol é religião, Roberta Sá não espera ajuda esta-tal para colaborar na reforma da sede da Igreja Católica em Natal. Ela vaisoltar a voz no show do dia 04 de junho, no Teatro Riachuelo (21h), paralevantar recursos para a revitalização da Catedral Metropolitana.

ZÉ LEZINO humorista Nairon Barreto, o Zé Lezin,apresenta, amanhã (31) e domingo(01), no Teatro Riachuelo, o show"Zé Lezin na Copa e na Cozinha"- 21h e 19h, respectivamente.Tema do momento, o maiorevento esportivo do mundomotivou novos causos e pia-das do humorista cearense que érecordista de público noNordeste. Ingressos na bilhete-ria do teatro ou emwww.ingres-sorápido.com.br.

RECITALNesta sexta-feira (30), a partir das 19h, o Recital Duo Português se apre-senta no Auditório Onofre Lopes da EMUFRN (rua Passeio dos Girassóis,s/n, Lagoa Nova). Com entrada gratuita, o projeto é dedicado à músicaportuguesa, com repertório que vai do Barroco ao contemporâneo. Maisinformações: (84) 3215-3633.

LIVROEspecialista na obra do filósofo alemão,Paolo D'Iorio refaz, através de cartas,documentos e anotações, a viagem quemudou os rumos da filosofia - entre1888 e 1889. "Nietzsche na Itália - Aviagem que mudou os rumos da filoso-fia" (Zahar Editores) mostra o impactoda sensualidade, da força solar e daalegria dos mediterrâneos. No pensa-mento do pai.

RIBEIRAFesta que promete, essa JamRock Vibration, logo mais às 22h, noArmazém Hall (Rua Chile, Ribeira). Com as bandas Rastafeeling,Eternamente Jah, Faces Negras e Chico Bomba& ZéBaga, o reggae cor-rerá olto. A entrada custa: R$ 10,00 até 00h, e tem um esquema de pagarR$ 30,00 já com a cerveja inclusa por toda a noite. Vendas e informa-ções: 9410-0660.

UMA FLOR DE DAMANesta sexta-feira (30), às 20h, tem "Uma Flor de Dama" (CE) na Casada Ribeira. É o último espetáculo da 1ª etapa do Palco Giratório 2014no RN. A peça fala sobre uma noite na vida de um travesti (classifica-ção: 18 anos). Para assistir, chegar ai teatro 1h antes da apresentaçãocom 1 kg de alimento não perecível e retirar o ingresso. A promoçãodo Sistema Fecomércio RN, através do Sesc, ainda levará o espetácu-lo para Santa Cruz (01/06). Mais informações:www.sesc.com.br/por-tal/site/palcogiratorio.

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> DOCUMENTÁRIO

O dedo duro

Fotos: Divulgação

Fotos: Divulgação

QUE VIRAM E DORMEMPeça “Arte”, com o ator Vladimir Brichta, está em cartaz neste

final de semana em Natal; texto da francesa Yasmina Reza trata

do universo masculino e é um dos mais montados no teatro atual

CONRADO CARLOS

EDITOR DE CULTURA

Vladimir Brichta estava em Bue-nos Aires e uma das peças de maiorsucesso em cartaz era “Arte”, adap-tação dos Hermanos para o texto dafrancesa Yasmina Reza. O impactoda narrativa que revela a inconstân-cia da amizade de três homens, apósum deles pagar caro por uma obrade arte e perguntar a opinião dosoutros dois, foi imediato. Logo re-solveu produzir uma versão brasilei-ra ao convidar os atores MarceloFlores e Claudio Gabriel na emprei-tada. Longe de investir no batidoconflito de gêneros, surge discus-sões sobre regras e convenções in-ventadas pelo homem para reter im-pulsos – o que quase nunca aconte-ce. É nessa aposta que “Arte” chegaa Natal para uma curta temporada(hoje e amanhã no Teatro AlbertoMaranhão). Sucesso por onde pas-sou, ela foi considerada um dos dez

melhores espetáculos de 2012, anoinicial da montagem.

Yasmina Reza é um dos princi-pais nomes da dramaturgia contem-porânea, com dezenas de monta-gens, em mais de 30 países. No Bra-sil, sob direção de Emílio de Mello,que também assina a tradução dotexto, os atores Vladimir Brichta,Marcelo Flores e Claudio Gabrielusam a inteligência e o bom humorpara falar da amizade, arte, compor-tamento, trabalho, relacionamento -turbilhão emocional que ataca, inclu-sive, o próprio relacionamento dotrio. Tudo a partir de um simplesquadro monocromático (branco)comprado pelo médico esnobe Sér-gio (Cláudio Gabriel) por 200.000reais. Seu amigo Marcos (MarceloFlores) fica inconformado com aatitude e busca o apoio de Ivan (Vla-dimir Brichta) para criticá-lo. Sâomais de 20 anos de amizade, e issodeve significar alguma coisa. Apeçateve três montagens no Brasil (1994,

1998 e 2006). “Homem discutir relacionamen-

tos é mais um dos sintomas da mu-dança comportamental dos anos2000. Hoje somos obrigados a pres-tar atenção em coisas que nunca va-liam a pena no passado, como cederespaço para mulher ter amizades,saber que ela também pode trair porpuro prazer e que mesmo ganhandobem, gosta de ver o homem pagar aconta”, diz o professor de portuguêsLeôncio Nascimento, certamente umdos presentes ao Teatro Riachuelona sessão de amanhã (31). Ele com-prou ingresso para ir com a esposa eum casal amigo, após ler uma críti-ca elogiosa na internet. “O teatrosempre me deixa as melhores im-pressões. Mais que o cinema ou a li-teratura. E quando eu li que as expe-riências masculinas eram abordadascom a graça que os atores têm, resol-vi comprar. Só que espero que minhamulher não ganhe mais munição”.

Leôncio sorri ao ser indagado

sobre o tipo de munição. “Arte pa-rece ser o tipo de peça que vou comela e passo o tempo todo ouvindo‘Tá vendo?’”. Escrito por uma filhade judeus iraniano e húngara, a peçarendeu, em 1995, o Prêmio Molièrede melhor autor para Yasmina, quealém de teatro, escreve romances eé atriz. Amudança de costumes, ditapelo professor, pode ser sentida nofato de o universo masculino ser re-tratado através da voz intima de umamulher. “Apesar de pensarem nos re-lacionamentos de uma forma bemdistinta de nós, elas nos entendemmais do que o contrário. Homem équase sempre egoísta”.

ARTEDias: Sexta (30) e sábado (31) Horários: 21HLocal: Teatro Alberto MaranhãoDuração: 100 minutosClassificação: 14 anosInformações: (84) 3222-3669

PARA AQUELES

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DIEGO HERVANI

REPÓRTER

O Rio Grande do Norte regis-trou mais uma morte em virtudeda meningite. Daniel Luz, de 37anos, natural de Fortaleza-CE, masque há quatro anos trabalhava comoagente penitenciário no presídioDoutor Mário Negócio, em Mos-soró, faleceu na última quarta-feira(28), em virtude de complicaçõesprovenientes da doença.

"Ele já vinha sentindo proble-mas há algum tempo, mas não davamuita importância. Na última sexta-feira (23), ele voltou para Fortale-za, onde morava. No mesmo dia elesentiu uma dor muito forte, prin-cipalmente no ouvido. Ele foi me-dicado no pronto socorro, mas nãomelhorou. Então ele foi levado parao Hospital José Frota, também aquiem Fortaleza. Mas a situação dele

piorou e ele faleceu na quarta-feira.O atestado de óbito dado pelos mé-dicos confirma que foi meningi-te", afirmou Jonas Luz, irmão deDaniel.

"Possivelmente, ele pegou adoença na penitenciária Mário Ne-gócio, onde trabalhava, pois co-meçou com uma gripe, depois umainfecção no ouvido, resultando emmeningite. Agora, estamos solici-tando que as autoridades da Secre-taria Estadual de Saúde enviemequipes para aquela unidade", fri-sou a presidente do Sindicato dosAgentes Penitenciários do RioGrande do Norte (Sindasp-RN),Vilma Batista.

A sindicalista ressalta que essesproblemas se agravam devido àsestruturas precárias dos presídiosdo Rio Grande do Norte. Segundaela, boa parte deles não dispõe deum sistema eficaz de esgoto e de-

jetos vazam para os pátios em áreasbem próximas ao convívio socialdos servidores e dos presos. "Essaé uma situação que precisa de ur-gência e de solução emergencial,pois estamos lidando com vidas.Infelizmente, perdemos o agenteDaniel Luz e não queremos ver ou-tros colegas mortos pela insalubri-dade do Sistema Penitenciário doRio Grande do Norte".

A presidente do Sindasp-RNainda denunciou que, tanto no pre-sídio Mário Negócio quanto naCadeia Pública de Mossoró, exis-te risco de contaminação por ou-tras doenças. "Além disso, temosrecebido constantemente relatosde encontro de barbeiros na uni-dade de Caraúbas e na própria pe-nitenciária Mário Negócio, emMossoró. Ou seja, o risco da con-taminação da doença de Chagas éalto", afirmou.

Sexta-feira10 O Jornal de HOJE Natal, 30 de maio de 2014 Cidade

Única corporação municipalque tem a segurança como atribui-ção e criada para proteger os benspúblicos da cidade, a Guarda Mu-nicipal de Natal (GMN) não temconseguido atender a demandaatual. Com o efetivo de 506 ho-mens, muitos locais ficam sem apresença da Guarda.

"Realmente o nosso efetivoatual é pequeno. Então nem todasas ocorrências nós podemos aten-der. Depende muito da situação.De imediato, acredito que o quesolucionaria esse problema seria aquestão das Diárias Promocionais.Assim conseguiríamos praticamen-te dobrar o efetivo diário nas ruas.Já que o pessoal estaria recebendopara trabalhar além do período nor-mal. Em questão de equipamen-tos, estamos bem servidos. Até ofinal do ano teremos até 35 viatu-ras para a cidade, com esse núme-ro podendo aumentar até junho de2015", destacou o comandantegeral da Guarda, João GilderlanAlves de Sousa.

Sobre um possível concursopara a Guarda, Giderlan afirmouque isso vem sendo conversadocom o prefeito Carlos Eduardo,mas ainda não existe uma data de-finida para ele acontecer. "Esta-mos conversando, ele autorizou aquestão do concurso, mas ele falouque precisamos esperar melhorar asituação financeira da prefeitura.Acredito que esse concurso não irásair antes do próximo ano".

Questionado se a Guarda temdado atenção especial apenas paraa Câmara Municipal e Prefeitura, ocomandante da GMN alegou que acorporação tem feito muito mais doque isso. "Isso não é verdade. Temosfeito um trabalho em todos os pré-

dios públicos. Como disse, hoje nãotemos efetivo para atender toda a de-manda. Mas estamos presentes emoutros locais. Se alguma praça tiverproblema, estaremos lá. Temos guar-das em Postos de Saúde para pro-teger a população. Estamos fazen-do o que nos cabe".

No último dia 20 de maio, umaaudiência pública discutiu como oMunicípio poderia ajudar a dimi-nuir a violência em Natal. Um dospontos discutidos foi exatamentereforçar a Guarda Municipal paraque ela pudesse fazer uma açãomais ostensiva nas ruas da capitalpotiguar. "Hoje a Guarda Munici-pal é utilizada apenas para fazer aproteção dos bens públicos. Maseu acredito que ela possa ser utili-zada em rondas ostensivas nas ruas.Para isso nós precisamos aumen-tar o efetivo da Guarda, que hoje

não seria suficiente para essa fina-lidade", destacou o vereador Feli-pe Alves.

"Guardas Municipais precisamandar armados. Não apenas comarmas leves, mas também com ar-mamento pesado. Precisamos levara Guarda Municipal para todos osmunicípios que ainda não possuem.Mas para isso precisamos de in-vestimento. O sonho de todo o ci-dadão é que a segurança públicatenha a mesma atenção e recursosda educação e saúde", completouo ex-general do Exército e atualsecretário de segurança do RN,Eliéser Girão.

De acordo com GilderlanAlves, esse trabalho ostensivo jávem sendo feito, muitas vezes emparceria com a Polícia Civil e Mi-litar. "As nossas viaturas sempreestão fazendo rondas na cidade,

principalmente no período da noite.Também fazemos missões intera-gindo com a Polícia Civil e Mili-tar. Por exemplo, fizemos um tra-balho em Felipe Camarão para ten-tar combater a questão do cracknaquela comunidade. Também par-ticipamos de algumas ações de se-cretarias do município. Tambémdamos apoio à Samu e escolas".

Apesar de não fazer parte dosistema de segurança pública doEstado que irá participar da Copado Mundo, a Guarda Municipaltambém tem feito um trabalho es-pecial para definir algumas açõesque serão realizadas no Mundial."Vamos apoiar as secretáarias doEstado que irão fazer algum tipo defiscalização no evento, como aquestão dos ambulantes. Tambémvamos ter guardas em eventos pelacidade, como a Fifa Fan Fest".

> BAIXO EFETIVO

Guarda Municipal não consegue atender demanda

ROMUA Ronda Ostensiva Munici-

pal compõe uma unidade de apóiotático da GMN, a ela cabe a mis-são de monitorar preventivamen-te e atuar sistematicamente emsituações de crise nas unidades,praças, logradouros e bens públi-cos municipais.

Dispondo de uma equipe trei-nada especificamente para agir nasdiversas situações delituosas aROMU também auxilia no âmbi-to do município em ações de segu-rança pública. Suas atribuições vãodesde a prática contínua de rondaspreventivas até apoio operacionalpermanente aos guardas munici-pais e aos cidadãos natalenses.

GAPAO Grupamento de Ação Patri-

monial trata-se de um destaca-mento da GMN que atua em pon-tos fixos e é responsável pela ma-nutenção da paz pública nas diver-sas unidades municipais.

A ele cabe a missão de zelarpela preservação do patrimôniopúblico, assim como pela seguran-

ça dos funcionários e cidadãosque fazem uso dos bens e servi-ços coletivos.

O GAPA atua de forma cida-dã em contato direto com a popu-lação informando, respeitando, me-diando crises e agindo com firme-za nos casos que assim convém.

GAAMO Grupamento de Ação Am-

biental foi criado através da Lei5.391, de 31 de outubro de 2002.A ele cabe a responsabilidade depreservar o patrimônio ambiental domunicípio, agindo em observaçãodo estrito cumprimento das normase recomendações expedidas pelaSecretaria Especial do Meio Am-biente e Urbanismo (Semurb).

O GAAM ainda tem a prer-rogativa de promover visitas e po-liciamento aos locais da cidadeonde existem ecossistema, ado-tando políticas educacionais dedivulgação para prevenção da na-tureza, analisando relatórios deimpacto ambientais, combatendocrimes ambientais, entre outrasmissões.

Os três grupamentos da Guarda Municipal de Natal

Agente é vítima da meningite e Sindicatopede intervenção em presídios do EstadoOUTRAS UNIDADES PRISIONAIS TAMBÉM ESTARIAM SOFRENDO

COM BARBEIROS, OS TRANSMISSORES DA DOENÇA DE CHAGAS

Barbeiros, insetos respon-sáveis pela transmissão daDoença de Chagas, foramencontrados na CadeiaPública de Mossoró

Natal possui apenas 506 homensna sua Guarda. Concurso aindanão tem data para realização

O Jornal de Hoje entrou emcontato com a Secretaria de Justi-ça e Cidadania do RN (Sejuc) eSecretaria do Estado de Saúde Pú-blica (Sesap) para saber quais me-didas seriam adotadas para inves-tigar o caso da morte de DanielLuz. "Até agora a Sejuc não foinotificada de nada. Nem sabemosonde foi que o Daniel pegou essa

doença, se é que foi mesmo menin-gite. É muito fácil culpar o siste-ma prisional por isso, quando nãose tem muita informação sobre oque realmente aconteceu. O quepodemos fazer é nos solidarizarcom a família", destacou JúlioCésar Queiroz, titular da Sejuc.

Já a Sesap soltou uma nota naqual afirma que está avaliando a si-

tuação. "Em relação ao caso doagente penitenciário do municípiode Mossoró, a Secretaria de Esta-do da Saúde Pública (Sesap), atra-vés da sua Subcoordenadoria deVigilância Epidemiológica (Suvi-ge), informa que as notificaçõesde casos suspeitos de meningitesão feitas pela secretaria de saúdedo município e encaminhadas para

a Sesap. Até a manhã de hoje a Se-cretaria não recebeu nenhuma no-tificação sobre este caso. Apesarde não ter sido comunicada porvias oficiais, a Sesap está investi-gando o caso junto ao estado doCeará (local de residência do pa-ciente) e avaliando a necessidadede aplicação de possíveis medidasde controle".

Pedido do Sindicato é para que Secretaria de Saúde envie

equipes para os presídios. Agente Daniel Luz (ao lado) trabalhava na Penitenciária

Mário Negócio (acima)

Sejuc e Sesap não foram notificadas

Fotos: O Câmera

Ce

did

a

Cedida

Fotos: José Aldenir

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Sexta-feira O Jornal de HOJE 11Natal, 30 de maio de 2014Cidade

Alex [email protected]

Por Reinaldo Azevedo

Não se trata de um evento trivial. Luiz Moura(PT-SP), deputado estadual, foi surpreendido numareunião na sede da Transcooper, uma cooperativade vans e micro-ônibus, de que ele é presidente dehonra, em companhia de 13 pessoas que, segundoa polícia, são ligadas ao PCC. Um assaltante debanco foragido participava do convescote. Segun-do a polícia, o encontro tinha o objetivo de plane-jar novos incêndios contra ônibus na capital. Osveículos atacados perten-cem invariavelmente a em-presas privadas, nunca àstais cooperativas.

Moura integra o grupopolítico de Jilmar Tatto, de-putado federal licenciado(PT-SP) e secretário deTransportes da gestão Fer-nando Haddad. O próprioTatto é muito influentenisso que já foi chamado"transporte clandestino",tornou-se "alternativo" eacabou sendo oficializado.Hoje, as cooperativas cele-bram contratos bilionárioscom a prefeitura.

Não há um só jornalis-ta ou um só político de SãoPaulo que ignorem o fato de que o PCC se imis-cuiu na área de transportes por meio de cooperati-vas. Em 2006, foi preso um sujeito chamado LuizCarlos Efigênio Pacheco, então presidente da Coo-per-Pam. Conhecido como "Pandora", o homemfoi acusado de financiar uma tentativa de resgatede presos de uma cadeia de Santo André. Ele negouligação com o crime organizado, mas disse que,por ordem de Tatto, então secretário de Transpor-tes da gestão Marta Suplicy, levou para a sua coo-perativa integrantes do PCC. O chefão petista re-peliu as acusações. Só não pode repelir a sua óbviaproximidade com as ditas cooperativas e o incen-tivo que deu, ao longo de sua carreira, a essa, válá, "modalidade de transporte".

Há muito tempo a PF já deveria ter se interes-sado por esse assunto --e não só em São Paulo.Seja o deputado Luiz Moura culpado ou não --jávolto a seu caso--, o transporte público tem sido umadas portas de entrada do crime organizado no Es-tado brasileiro. O setor está se transformando numa

lavanderia do dinheiro sujo, com tentáculos no Exe-cutivo e no Legislativo. Para saltar para o Judiciá-rio, se é que já não ocorreu, é questão de tempo.

Agora volto a Moura. Na quarta-feira, o depu-tado discursou na Assembleia Legislativa. Ele sedisse inocente e afirmou que está sendo persegui-do pela imprensa. Entenda-se por "imprensa", lei-tor amigo, aquela gente que decide noticiar o queé notícia, o que costuma incomodar os companhei-ros, daí que eles tenham convencido a presidenteDilma a abraçar a tese da "regulação da mídia". Li,

na quinta, nesta Folha, aseguinte declaração deMoura: "Hoje, a imprensa,indiscriminadamente, no-ticia que fui um ladrão,que fui um assaltante, sem-pre relembrando o passa-do. E a Constituição émuito clara: diz que todoo cidadão tem o direito dese recuperar".

Bem, em primeirolugar, ele realmente foi "la-drão e assaltante". E nãocumpriu os 12 anos depena a que foi condenadoporque fugiu. No dia 5 dejaneiro de 2005, ao obtero perdão judicial --e issotambém foi noticiado--, as-

sinou uma declaração de pobreza em juízo, afirman-do "ser pobre na acepção legal do termo, não tendo,portanto, condições de prover as custas e demaisdespesas processuais e o ressarcimento da vítima,sem prejuízo do sustento próprio e de sua família".Tadinho!

Quatro anos depois, ele já era dono de um postode gasolina onde funcionava um caça-níqueis. Aoconcorrer a deputado federal, em 2010, declarou àJustiça Eleitoral um patrimônio de R$ 5.125.587,92(mais de R$ 1 milhão por ano, desde aquela sua po-breza fabulosa). Pergunta: agora que é milionário,fez alguma coisa para "ressarcir a vítima"?

No PT, Moura já não é um qualquer. Na sua fes-tança de aniversário, a figura de destaque foi Ale-xandre Padilha, ex-ministro e pré-candidato do PTao governo de São Paulo. Discursou com entusias-mo. Se Padilha vencer, Moura poderá ajudá-lo a cui-dar da área de transportes, como ajudou Marta Su-plicy e Fernando Haddad. Está em sua honrada bio-grafia. (RA, na Folha de S. Paulo)

PEDRO SIMON, NO JB"A radicalização crescente acena com um futuro

muito ruim. Por isso, o apelo aos candidatos à presi-dência da República para um debate nacional. O Bra-sil frequenta as manchetes negativas no mundo intei-ro e está na hora de construir um clima de paz".

O PIBINHOA nação continua sustentada no agronegócio e

por isso não despencou ainda no abismo da econo-mia engessada. O pífio crescimento de 0,2% doPIB no 1º trimestre revelou que apenas a agrope-cuária obteve índice acima de 3%, o resto sequeratingiu os 2%.

OS AMERICANOSO governo dos EUA só faltou editar um manual

de viagem para os seus torcedores que virão ao Bra-sil. As recomendações são típicas para republique-tas latinas ou ditaduras orientais, um cuidado todoespecial para os americanos encararem a "Copa dasCopas".

PAÍS DA FLECHADepois que a imagem do índio atingindo um po-

licial com uma flecha circulou pela imprensa mun-dial, um novo ataque silvícola pode aumentar o medodos turistas da Copa. O mesmo grupo declarou guer-ra ao ministro da Justiça, Eduardo Cardozo.

SEGURANÇAO deputado estadual Nélter Queiroz (PMDB)

quer reforçar sua segurança pessoal com um mini-regimento policial. Notícias oriundas da região doAssu dizem que está foragido um pistoleiro que hápouco tempo fez ameaças de morte contra o parla-mentar.

DISTRITO FEDERALO governo petista no DF é tão desastroso (está-

dio mais superfaturado da Copa) que o ex-governa-dor José Roberto Arruda (PR), cassado em 2010, podevoltar nos braços do povo. Ele tem 23,9% na pesqui-sa O&P contra 16,2% de Agnelo Queiroz (PT).

ESTRÉIAAs salas das redes Cinemark, Moviecom e Ciné-

polis em Natal estão exibindo desde ontem "Malévo-la", o remake do desenho de 1959 da Bela Adorme-cida, tendo em destaque a atriz Angelina Jolie no papelda bruxa que persegue a bela Elle Fanning.

EM CARTAZEm exibição também os lançamentos "No Limite

do Amanhã", com Tom Cruise e Emily Blunt, e a co-média nacional "Os Homens são de Marte... E é pra

lá que eu vou", com Mônica Martelli, Eduardo Mos-covi, Paulo Gustavo e Marcos Palmeira.ARIADO NAS RAMBLAS

O craque Neymar revelou em entrevista à mídiaespanhola que quando desembarcou em Barcelonapara se apresentar ao clube, errou na leitura do GPSe foi bater no estádio "Cornellà-El Prat", do Espan-yol, e não em "Camp Nou", o palco sagrado do Barça.

EVARISTOA lenda viva do Flamengo, Barcelona e Real Ma-

drid, Evaristo de Macedo, postou no Twitter um agra-decimento pela crônica que publiquei ontem sobreele: "Caro Alex, me fez reviver momentos mágicos.Muito obrigado pela lembrança e pelo lindo texto.

O PO Parar tido do Crimetido do Crime

MISS COPA DO MUNDOA estudante colombiana de 25 anos, Daniel-la Ocoro Mejía, foi eleita na noite de ontema mulher mais bonita da Copa do Mundo noBrasil. O concurso foi realizado em Rust, no

sul da Alemanha, com 32 representantesdas seleções. A segunda colocada foi a

americana Felicia Kitchings, de 19, e a ter-ceira foi a equatoriana Laritza Párraga, 20.A vencedora recebeu 3 mil euros para gas-

tar durante o evento da FIFA.

A desculpa é quase sempre amesma, com raríssimas mudanças dediscurso. Todo início de ano, o prazofinal para uso da carteira estudantilda temporada anterior se transformaem uma verdadeira novela. Em2014, pasmem, já estamos no quin-to mês e, até agora, ainda é válidoo documento do ano passado. Pior,hoje foi determinada a prorrogaçãoda identidade até o final de junho,decisão tomada por meio de decre-to assinado pelo próprio prefeitoCarlos Eduardo e publicado no Diá-rio Oficial do Município.

Os motivos alega-dos pelo poder públi-co são semelhantes aosdo passado, que se re-petem há mais de umadécada, desde que esteredator ainda era umacriança nas salas deaula do Auxiliadora."Os colégios ainda nãoatualizaram os dadosdos estudantes esteano". Ou então, "os estudantes pre-cisam de mais tempo para tirar anova documentação". Ou ainda, "asentidades estudantis ainda não estãoregularizadas, precisam enviar suasinformações. Esse ano há, enfim,uma novidade: "as escolas não en-viaram o lay out das carteiras".

Ora, quem ganha com as segui-das prorrogações das carteiras estu-dantis? O poderoso Sindicato doTransporte Urbano de Natal (Se-turn) teria interesses em manter essavalidade interminável? Até onde vaia participação da Prefeitura nessaquestão? Os verdadeiros alunossaem no prejuízo? Será que cinco

meses é insuficiente para que as es-colas e seus alunos consigam se or-ganizar? E se em seis meses os dadosainda não tiverem sido informados,vão adiar para julho? E depois paraagosto?

Desde o seu princípio, a indús-tria das carteiras estudantis no RioGrande do Norte sempre esteve en-volvida em polêmicas. E, pelo visto,esta realidade não terminará tãocedo. Foi assim para extinguir o mo-nopólio das entidades, para criar aidentidade gratuita e, como se vê, atépara se definir uma data de valida-

de do documento.Uma verdadeirapiada, se a questãonão fosse tão impor-tante para a juventudepotiguar, dependentedo benefício da meiaentrada no transportepúblico e nos eventosculturais.

O que mais as-susta é perceber que

toda essa situação se repete de tem-pos em tempos, como se estivés-semos em um círculo vicioso, semque nenhum órgão fiscalizar le-vante sequer a mão para investigartamanha confusão por um direitoprevisto em lei. Onde está o Minis-tério Público e seus promotoresávidos por uma denúncia de gran-des proporções? E a Justiça, queapesar de sempre lenta, já tevetempo suficiente para abrir o olhoem cima do assunto? Cadê? Afinalde contas, será que ninguém nuncase perguntou quem ganha com essabanal prorrogação das carteiras es-tudantis?

‘Desde o seu princípio, aindústria das carteiras

estudantis no RN sempre esteve envolvida

em polêmicas.

Danilo Sá[email protected] / [email protected] / Twitter: @DaniloSa

“”

Gira Mundo

“Esse assunto está comple-tamente superado. Sai daminha vida a ação penal470 e espero que saia da

vida de vocês. Chega desseassunto”

JOAQUIM BARBOSA

AO ANUNCIAR SUA APOSENTADORIA DO STF,REFERINDO-SE AO PROCESSO DO MENSALÃO

TÁTICA ELEITORALO deputado federal Henrique

Eduardo Alves concedeu uma longaentrevista hoje pela manhã, na 94FM. E o peemedebista deixou bemclara qual será sua estratégia decampanha. Primeiro, é evitar o con-fronto direto com seu “amigo” Ro-binson Faria, como o mesmo fezquestão de enfatizar. Além disso, asrespostas as críticas já surgidas naimprensa estão na ponta da língua.

RESPOSTASProvocado sobre o argumento

de que, apesar dos 44 anos na Câma-ra, nunca havia atraído projetos parao RN, Henrique lembrou até mesmode recursos obtidos para obras naBR-101 na gestão do ex-governa-dor Geraldo Melo, em 90. Sobre des-conhecer problemas da saúde públi-ca, citou a opinião elogiosa de dire-tores respeitados de unidades hos-pitalares do Estado a seu respeito,divulgadas esta semana.

PRECAUÇÃOCom relação ao governo Rosal-

ba Ciarlini, vacinou. Relembrou quevotou em Iberê Ferreira em 2010,disse que aderiu ao governo para“contribuir” com o RN e que dei-xou a gestão após incontáveis ten-tativas de se fazer ouvir pela go-vernadora. E, por fim, ainda deixoubem claro que não receberá o apoioda Rosa, já que é hoje um crítico dasua gestão. Sobre o DEM, descon-versou, e disse que é preciso espe-rar uma posição da legenda.

REPERCUSSÃOEm tempo: as palavras ditas pela

presidente Dilma Rousseff em rela-ção a Henrique Alves, de que dese-jaria vê-lo como governador do RioGrande do Norte, durante reuniãocom integrantes do PMDB, aindanão foi deglutida pelos militantespetistas potiguares e seus represen-tantes com mandato. Não caiu bempara o PT do RN.

ADEUSO ministro Joaquim Barbosa

oficializou ontem sua decisão dedeixar o Supremo Tribunal Fede-ral. Entre críticos e fãs, o magistra-do deixa a função e consolida, devez, sua participação na história dademocracia brasileira. Sem ele, cer-tamente, o país continuaria sendo,para sempre, um dos únicos a ja-mais mandar corruptos para a ca-deia. Barbosa deu apenas o primei-ro passo.

SEM DESTAQUEO Rio Grande do Norte possui

hoje duas notícias de grande impor-tância que, devido ao momento vi-vido pelo Estado, quase não tive-ram direito a uma chamada de capanos jornais locais. Primeiro, o fatodo RN ter sido considerado árealivre da aftosa, algo buscado háanos. Segundo, o projeto do passelivre, aprovado pela Câmara deNatal ontem.

POLÊMICASCom a votação do passe livre,

os vereadores praticamente con-cluem o primeiro semestre de 2014tendo conseguido colocar em aná-lise os projetos mais polêmicos pro-metidos para a atual temporada. Areforma administrativa e o passelivre sempre foram apontados comoos principais calos da Câmara. É aluta.

VALORESA Prefeitura de São Gonçalo

resolveu colocar um ponto finalnas discussões em torno do valorgasto pelos turistas por uma corri-da de táxi do novo aeroporto paraos hotéis de Natal. O municípioanunciou hoje que o valor da tari-fa será de R$ 2,00 por quilômetrorodado, bem abaixo do cobrado emNatal, por exemplo, que é de R$2,35 na bandeira 1 e de R$ 3,75 nabandeira 2, no período noturno.Tiro certeiro da Prefeitura.

Divulgação

Quem ganha com a prorrogação das carteiras? Megafone

Divulgação

O ex-jogador RonaldoNazário, o Fenômeno, pelovisto, ainda vai dar muitoo que falar nessa Copa doMundo. Comentarista con-vidado da Rede Globo parao mundial, o ex-atleta foientrevistado na sabatinapromovida pela Folha deSão Paulo. Entre outrascoisas, disse ser favorávela que a polícia “baixe o cacete nos vândalos” que se misturam emmeio aos protestos. Ronaldo também voltou a criticar a Fifa e disseque o órgão está traumatizado com o Brasil e não realizará maiseventos no país tão cedo. É, tem sentido.

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w POSSE Ontem foi dia de posse do prefeito eleito em Mossoró pela eleiçãosuplementar, Silveirinha, para alegria do vice-governadorável Ro-binson Faria.

>>>Apesar do parentesco com o 'new' gestor da capital do Oeste, a go-vernadora Rosalba não compareceu.

>>>De deputados estaduais, presenças de Antônio Jácome (PMN) e Leo-nardo Nogueira (DEM).

>>>Mais deputados federais Fátima Bezerra e Fábio Faria, claro.

w NOVO SABOR...Em primeira mão para os "sushizeiros" de plantão: quem gosta da cu-linária oriental, vai entrar na cena gastronômica de Natal um novorestaurante japonês, o "Sushiria", especializado em fast-food de co-zinha fusion oriental.

>>>Anova e charmosa casa vai funcionar, a partir de 18 de junho, na Ave-nida Jaguarari, sob o comando dos empresários Leonardo Pascaret-ta, Diógenes Cabral, Marcelo Rabelo e Alexandre Alencar.

>>>Os convites de inauguração para a imprensa já começam a serdistribuídos.

w PREMIADOO empresário e vice-presidente da ABAV/RN, Abdon Gosson, con-tinua sendo bastante parabenizado. É que o seu hotel, o MajesticNatal, acaba de ser premiado pelo poderoso TripAdvisor com o "Cer-tificado de Excelência 2014".

>>>O prêmio, de grande prestígio internacional, reconhece os estabele-cimentos que recebem pontuações excelentes dos viajantes no Tri-pAdvisor, que é o maior site de viagem de mundo.

Sexta-feira12 O Jornal de HOJE Natal, 30 de maio de 2014

Daniela FreirePOLÍTICA E SOCIAL - [email protected]

Cidade

Ana Pitta recebendo Gracita Lopes e Mézia Araujo no lançamento do Anuário NDecor, com produção Chrystian de Saboya

Desaboya.com

A bela Suzana Schott curtindo o Arraiá dos Aviõesna Arena do Imirá

Bobflash

Os educadores-empresários Irany Xavier e Antônio Teófiloacabam de retornar de São Paulo, onde participaram da feiraEducar, a maior de educação da América Latina, e do V Congresso Anglo, sistema de ensino do qual o Complexo Educacional Contemporâneo faz parte

Cedida

Ao lado do marido-empresário Glênio Andrade, a educadora-CEI Mirassol, Maria Célia Andrade, era só sorrisos ao receber o Troféu Cultura das mãos dopresidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta,em noite de prestígio promovida por Toinho Silveira

Cedida

Mulheresnofds

...do deputado Fernando

Mineiro: "Anote aí: nas eleições

suplementares de Ipanguaçu

(domingo próximo) o povo vai

derrotar o candidato apoiado

pelo acordão estadual";

...do Estadão: "Dilma vai ser

eleita no primeiro turno, diz

Maluf";

...do líder do DEM na Câmara

Federal Ronaldo Caiado: "O

legado de Dilma é formado por

incompetência, inflação e

estagnação. #PIBinho".

GIRO PELO TWITTERw NÃO QUEREM JOÃO Uma briga de cachorro grande, mudapara os ouvidos do público, mas in-tensa nas entranhas, começa a tomarcorpo no âmbito dos partidos queapóiam a chapa do 'acordão', enca-beçada por Henrique Alves.

>>>Os aliados defendem a tese de queo deputado João Maia não é um bomnome para ser o candidato a vice doprojeto.

w ENVELHECEO detalhe é que um dos motivos ale-gados pelos que reclamam da pre-sença do parlamentar do PR no pro-jeto é o de que ele "envelhece achapa".

w ATITUDEE para ampliar mais ainda a rejeiçãoao seu próprio nome, João Maia tevea (infeliz?) ideia de lançar a suairmã, Zenaide, candidata a deputa-da federal.

>>>Agora é que a grita é geral.

w PROCURA-SEE o governadorável Robinson Faria,segundo 'cardeais' da política local,estaria enfrentando dificuldades paracaptar um candidato a vice-gover-nador à altura da chapa por ele en-cabeçada.

>>>Já teria convidado Antonio Jácome,que recusou.

>>>Gesane Marinho também teria dito'não'.

>>>Fábio Dantas, idem.

>>>Ainda de acordo com os tais'cardeais', só falta agora ele lançara campanha "Quem Quer Ser Vice?".

w QUIETOPré-candidato do PMDB ao Gover-no, Henrique Alves amanheceu hojena 94 FM para ser o entrevistadodo Jornal da Cidade.

>>>Para a surpresa, ele evitou atacar osadversários.

>>>Até mesmo quando foi questionadosobre as recentes críticas feitas con-tra ele pela deputada federal Fáti-ma Bezerra (PT) e também pelo de-putado José Dias (PSD), seu tio afim.

w À ESPERASobre o apoio do DEM, Henriqueevitou qualquer comentário com-prometedor, já que o senador JoséAgripino só quer falar depois da reu-nião de segunda-feira, onde irá ouviro diretório estadual.

w REJEITADAMas, Henrique deixou claro que nãoaceitará no seu palanque a gover-nadora Rosalba Ciarlini, mesmo queela deseje apoiar seu projeto de che-gar ao governo.

>>>"Seria incoerente a gente defenderuma mudança e aceitar o apoio dagovernadora. Seria praticamente im-possível esse apoio. Isso não temcomo aceitar", disse Henrique.

Coleção Inverno2014 Bain Douche

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Sexta-feira O Jornal de HOJE 13Natal, 30 de maio de 2014Cidade

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - [email protected]

Oque o planejamento urbano de uma cidade deve fazerquando tem o privilégio de ter um mar e, diante dele,uma avenida aberta como um gigantesco janelão?

Deve deixar a cidade assim, derramada à beira-mar, e quenada venha impedir a visão livre. Aqui, não. Aqui, SenhorRedator, a primeira coisa que se faz, é construir grandes oupequenos monstrengos, de preferência uns bem colados aosoutros, de tal maneira que, vistos de frente ou, tanto pior, emdiagonal, fechem a visão do mar como um paredão.

E a quem reclamar, se os arquitetos e urbanistas oficiaisquerem assim, e o prefeito aprova nas suas vistas quando,garboso, sente orgulho de tudo? Da vez passada foi assimfizeram com a praça do Conto do Mangue. Rebaixaram opiso e, como se fosse pouco, elevaram o muro com uma falsacerca de estacas finas sobre a alvenaria. E resultado: escon-deram o rio e o seu por do sol, aquele mesmo que, de tãobonito, fazia o prefeito Sylvio Pedroza algumas tardes cha-mar Câmara Cascudo para contemplarem.

Não é que os quiosques não possam conviver com apaisagem. Podem. Convivem no calçadão de Copacabana,para citar o exemplo de uma das mais famosas avenidas domundo. Mas com harmonia. Jamais numa concentração deedificações a ponto fechar a visão da belíssima amplidão semfim que só o mar proporciona a quem passa. Há de ser livre,pois, e assim mantido, na linha de visão de quem anda oupercorre de carro. Ou não é, no olhar dos nossos urbanis-tas oficiais, uma boa lição de arquitetura?

Alguns deles, mais impávidos talvez, argumentariamque a opção de concentrar os quiosques na faixa mais largaé uma forma racional de agrupá-los num só trecho, livran-do o resto da avenida. Não, não é. Melhor seria distribui-los, se possível nem tantos, evitar a formação de uma cor-tina, deixando que o mar fosse alcançado pelos olhos de quempassa. O calçadão, mesmo que a modernidade lhe tenhadado outros nomes e outros fins, ainda guarda o sentidoexato da nomenclatura antiga - passeio público.

Teria o prefeito andado por lá, ele que caminha ali todasas manhãs? Avaliado com seu próprio olhar o amontoadode quiosques? Seria bom que ele consultasse João Maurí-cio de Miranda, professor de arquitetura, nosso maior estu-dioso da história urbana da cidade, da evolução, mas tam-bém da involução muitas vezes patrocinada pelo poder pú-blico. Ou, tanto mais grave, pela omissão de quem é remu-nerado para defendê-la, ele que lança hoje, na Capitaniadas Artes, a segunda edição de sua bela foto-história.

Seria bom. Muito bom. Aliás, o ideal seria tê-lo comoum consultor, ele que foi secretário dessa área quando Ga-ribaldi Filho era prefeito de Natal. Seu acervo reúne ima-gens que formam um referencial histórico que se não servepara corrigir - é tarde, muito tarde! - pode evitar novos errosque deformem a fisionomia de uma cidade tão bonita quese já não é mais aquele vale branco entre coqueiros, dos ver-sos do poeta Ferreira Itajubá, ainda pode ser, entre os mor-ros, o rio e o mar, um belo lugar para se viver.

w MODELO - IO próximo governo será responsável por trêsdas quatro parcelas do aumento da PolíciaMilitar que terá a primeira no valor de 9%dos 32% pactuados. Assim vai acontecercom mais algumas outras categorias.

w ALIÁS - IIEm matéria de herança, o governador eleitoem outubro ou novembro deste ano vai tersobre a mesa a dívida de R$ 3,5 bilhões,soma de três grandes empréstimos. E umfuncionalismo lutando por aumento.

w COPA - IUma coisa é certa: as quatro seleções quejogam em Natal durante a copa encontrarãouma cidade suja, degradada em alguns pon-tos pelas chuvas e com uma das decoraçõesmais cafonas de toda sua história.

w COM... - IIUm risco a mais para o governo e a prefeitu-ra: se durante os jogos da Copa a segurança,a urgência do Walfredo Gurgel e os serviçosurbanos funcionarem bem, será uma provade que é possível mantê-los.

w HOJE Na Capitania das Artes - um projeto que nas-ceu na sua prancheta - o arquiteto e profes-sor João Maurício de Miranda autografa abela segunda edição do seu livro 'Natal Foto-Gráfico'. É um livro-documento.

w PARIS - IFicou bonito o ensaio do professor Américode Oliveira Costa - 'Imagens e Itinerários deParis'. Pelas fotos, as belíssimas ilustraçõesde Arthur Silveira, sobretudo pelo projetográfico do melhor bom gosto.

w HOJE - IIO texto é o mesmo da conferência do profes-sor Américo de Oliveira Costa em 1958,quando passou um mês em Paris e publicadainicialmente na revista Cactus. Será lançadohoje na Aliança Francesa às 17h.

w PILÃO - IAmanhã, sábado, das 9 ao meio dia, encon-tro no Sebo Vermelho, na Av. Rio Branco, nolançamento da segunda edição do ensaio deRaimundo Nonato de 1961: 'Em casa estábatendo no mato está calado'.

w DEPOIS - IINo outro sábado, o Sebo Vermelho lança apesquisa de Paulo Gastão, o homem queestuda o cangaço no Rio Grande do Norte,com frases de Lampião que formam quaseuma autobiografia do Rei do Cangaço.

w BRASILÉ justo que a deputada Fátima Bezerra feste-je a regulamentação da profissão de historia-dor, mas é bom não esquecer que o historia-dor neste Brasil vai ser reconhecido depoisde dezenas de outras profissões.

w JAPÃONossas autoridades médicas fizeram certobem recebendo com esmero a comitiva dosmédicos do Japão. Resta saber o eles vieramaqui. Como se saúde pública ou o que nãodeve fazer com a saúde do povo.

w SOMDomingo, primeiro de julho, às 16h30, noBosque dos Namorados, o show do Som daMata será com do Humberto Luiz Trio. Comsua mistura de samba, frevo, jazz e muitaimprovisação, informa Sá de Paula.

w CORAISPirangi é agora também uma das áreas depreservação da reserva de corais do litoralbrasileiro dentro do Plano de Ação Nacionalna defesa das grandes reservas. A vitória é daONG Oceânica que levou a luta.

w COMO?É verdade que o Abrigo Juvino Barreto pre-cisa ir às portas da Justiça para receber o quelhe é devido, do governo e da prefeitura?Então estamos diante de um espetáculo sór-dido que já bate todos os recordes.

Para esconder o mar?

O Supremo Tribunal Federal(STF), em decisão assinada peloministro Celso de Mello, reconhe-ceu o Andes-SN (Sindicato Nacio-nal dos Docentes das Instituiçõesde Ensino Superior) como um sin-dicato legítimo dos docentes, con-forme registro sindical parcial con-cedido pelo Ministério do Trabalhoe Emprego (MTE). A decisão vaicontra um mandado de segurançaimpetrado pelo Proifes (Federaçãode Sindicatos de Professores deInstituições Federais de Ensino Su-perior), que chegou a declarar oAndes como entidade ilegal.

A decisão do Supremo podepôr fim a uma intriga política-sin-dical entre as entidades represen-tativas dos docentes de Ensino Su-perior. Entretanto, membros doAndes-SN voltam a julgar a pos-tura da Federação. "Ao invés doSTF acatar o mandado de seguran-ça do Proifes, nos considerou umsindicato legítimo. A Federaçãotentou nos enfraquecer, mas elaque sempre foi irregular", expli-cou Raimundo Nonato, professorda Universidade Federal do RioGrande (UFRN).

O embate entre as entidadessurgiu quando o Adurn - Associa-ção dos Docentes da UniversidadeFederal do Rio Grande do Norte(seção local do Andes-SN) optoupor desfiliar do Sindicato Nacional,em 2010. Segundo Raimundo No-nato, o processo de desfiliação doAdurn teve inúmeras irregularida-des. Ele alega, por exemplo, que osindicato dos docentes da UFRNdescumpriu regras do estatuto, pre-judicando a categoria.

Bem como todas as entidadessindicais, os professores federaistambém têm representações locais,em cada estado da federação, sendounificados por uma entidade deâmbito nacional. Ao optar pela des-

filiação do Andes, o Adurn se fi-liou ao Proifes.

"Para que a desfiliação ocor-resse de maneira legal, o Adurndeveria ter realizado uma assem-bleia qualificada, com a participa-ção da maioria dos profissionaisfiliados, de modo que os profes-sores revelassem sua vontade. Masnão foi isso o que aconteceu", disse

Nonato. "Os professores da UFRNnão puderam optar pelo o que seriamelhor para eles".

Ainda de acordo com o pro-fessor Raimundo Nonato, outrosdocentes da UFRN, também insa-tisfeitos, irão lutar pela destituiçãodo Adurn e uma nova eleição."Queremos que eles devolvam osnossos bens, anulando também a li-

derança atual", afirmou. O docente Wellington Duarte,

vice-presidente da Adurn, rebateuas críticas do colega de profissão,alegando que ele "não aceitou adecisão da categoria dos professo-res". "É preciso esclarecer umacoisa: existe um público domina-do pelo PSOL e pelo PSTU [par-tidos políticos] e outro dominadopelos professores. Eu e o Adurnestamos do lado dos professores",destacou.

Em reportagem publicada nestevespertino no dia 16 de maio, Duar-te afirmou que a assembleia de des-filiação do Andes, pelo Adurn,ocorreu totalmente dentro da lega-lidade. "Tanto estava dentro da Leique o Andes entrou com uma açãojudicial e perdeu em todas as ins-tâncias", declarou.

DECISÃO DO STFPara o ministro Celso de Mello,

o acórdão do STJ "ajusta-se, inte-gralmente, à orientação jurispru-dencial que esta Suprema Cortefirmou a propósito da matéria emanálise", pois reconheceu a vali-dade jurídica do ato praticado peloministro do Trabalho que conce-deu, provisoriamente, o registroparcial ao ANDES.

"Essa orientação jurispruden-cial, hoje consagrada no enuncia-do constante da Súmula 677/STF,nada mais reflete senão o reconhe-cimento de que, embora a entida-de sindical possa constituir-se in-dependentemente de prévia autori-zação governamental - eis que éplena a sua autonomia jurídico-ins-titucional em face do Estado (CF,art. 8º, I) -, a Constituição nãovedou a participação estatal no pro-cedimento administrativo de efeti-vação, mediante ato vinculado, doregistro sindical", explica Mellona decisão.

STF reconhece Andes-SN comolegítimo representante dos docentesSINDICATO REPRESENTA PROFESSORES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

‘ ’Queremos que eles (Adurn) devolvam

os nossos bens, anulando também a liderança atual

RAIMUNDO NONATO

PROFESSOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN)

José Aldenir

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Sexta-feira14 O Jornal de HOJE Natal, 30 de maio de 2014

Poucas sagas conseguem uma sobrevida tão grandeno cinema como a de X-Men. Depois de "X-Men", "X-2", "X-Men: O Confronto Final", "X-Men Origins: Wolverine", "X-Men: Primeira Classe" e "Wolverine Imortal", chega "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido". E o que é melhor, asaga fica cada vez melhor.

O filme inicia em um futuro sombrio, onde os mutan-tes são caçados e exterminados por máquinas poderosas,chamadas Sentinelas. Essas máquinas conseguem imitaros poderes dos mutantes, tornando-se praticamenteinvencíveis.

Um pequeno grupo consegue reunir-se, em um recan-to inóspito da China, os poucos sobreviventes desta caça-da implacável. Wolverine (Hugh Jackman), ProfessorXavier (Patrick Stewart), Magneto (Ian McKellen), eTempestade (Halle Berry) conseguem unir-se a Kitty Pridee seu grupo,que tem semantido vivosgraças à capa-cidade da moçade enviar aconsciência dealguém ao pas-sado, e assimadivinhar ondeserá o próximoataque.

O sS e n t i n e l a sforam criadospor um cientistac h a m a d oBolívar Trask( P e t e rDinklage). A iro-nia é que ogoverno americano só desenvolveu a ideia a partir doassassinato de Trask por Mística (Jennifer Lawrence), eusou o DNA da mutante para desenvolver a capacidade deassimilação de poderes dos Sentinelas.

Xavier logo percebe que a única saída é usar essepoder de Kitty para voltar ao passado e evitar que Traskseja morto e os Sentinelas sejam criados. Porém, o únicoque suportaria um esforço tão brutal sem ser morto éWolverine, que terá que voltar quarenta anos no passado.

Sua missão será encontrar Xavier, Magneto e Místicajovens, e convencê-los a ajudar nesta missão. O problemaé que, à época, nenhum deles conhecia Wolverine, e todoseram inimigos mortais entre si.

Retornando no tempo, Wolverine encontra um Xavier(James McAvoy) desiludido e descrente da visão de mutan-

tes e humanos unidos. Ele é ajudado pelo fiel Fera (NicholasHoult), que consegue fazer com que o amigo volte a andar,graças a um soro criado por ele. O problema é que estemesmo soro bloqueia os poderes telepáticos de Xavier.

Se já seria difícil convencer o jovem Xavier a ajudá-lo,Wolverine ainda terá mais trabalho para explicar que seránecessário libertar Magneto (Michael Fassbender) de umaprisão no subsolo do Pentágono. Ele está detido lá por terparticipado do assassinato do presidente Kennedy. Elesconseguem libertá-lo graças à ajuda de Mercúrio (EvanPedters), que consegue mover-se a uma velocidade maiorque a do som.

O grupo então dirige-se para Paris, onde ocorrerá oevento onde Trask fora assassinado. Wolverine e seus ami-gos conseguem evitar o atentado, mas, as coisas não acon-tecem como planejado, principalmente porque Magneto

sempre tem suamaneira própriade querer resol-ver as coisas.

Com a con-fusão criada porMagneto, Traskconsegue o apoionecessário paraconstruir suasSentinelas. E seráem Washington,na cerimônia deapresentação dasnovas armas, quese dará o clímax,onde todos osenvolvidos tenta-rão chegar aosseus objetivos.

Mais umavez os efeitos especiais são estonteantes, e HughJackman surpreende com a vitalidade com que interpretaWolverine, sendo, aliás, o único ator a viver o mesmo per-sonagem em todos os filmes da série. Michael Fassbendere Jennifer Lawrence também dão muita vida aos seusdúbios personagens, e quem é uma atração à parte é PeterDinklage, vivendo o obsessivo vilão Trask.

Como é tradição neste tipo de filme, há uma cena pós-créditos, com uma dica do próximo filme dos X-Men. Nela,uma multidão no deserto grita "En Sabah Nur" e a imagemrevela a construção de uma grande pirâmide. En SabahNur é o próprio Apocalypse, um dos mutantes mais anti-gos criados pela Marvel, e um dos maiores inimigos dosX-Men. Ele será o vilão principal de "X-Men: Apocalypse",próximo filme da franquia, previsto para maio de 2016.

ESTREIA 1: "MALÉVOLA"Recriação do conto da Bela Adormecida, o filmeconta a história de Malévola (Angelina Jolie), que tinhauma vida idílica em um pacífico reino na floresta, atéo dia em que um exército de humanos invasores des-trói a harmonia da região, o que a torna uma ferozprotetora do seu povo. Vítima de uma traição, elamuda à medida que seu coração torna-se cada vezmais impiedoso. Movida pelo sentimento de vin-gança, para enfrentar o rei dos humanos, ela colo-ca um feitiço na filha dele, Aurora (Elle Fanning), fa-zendo com que a garota fique indecisa entre defen-der o reino dos humanos e o reino da floresta, de que aprendeu a gostar. Quando Malévola percebe que Aurora está prestes aestabelecer a paz entre os mundos, a vilã é obrigada a tomar uma decisão drástica. A direção é de Robert Stromberg. "Malévo-la" está em exibição nas Salas 4 e 6 do Moviecom, Sala 2 do Cinemark, Salas 2 e 5 do Natal Shopping, e Salas 4 e 6 do NorteShopping. Classificação indicativa dez anos. Cópias dubladas e legendadas, exibição em 2D e 3D. (T. O.: "Maleficent")

ESTREIA 2: "NO LIMITE DO AMANHÃ"Quando a Terra é tomada por alienígenas, Bill Cage (Tom Cruise) é obriga-do a juntar-se às Forças Armadas e ir para a linha de frente no dia do con-fronto final. Inexplicavelmente ele acaba preso no tempo, condenado a revi-ver esta data repetidamente. A cada morte e renascimento, Cage adquire maisconhecimento e, antecipando os acontecimentos, tem a chance de mudaro curso da batalha com o apoio da guerreira Rita Vrataski (Emily Blunt). Adap-tação do romance "All You Need is Kill", de Hiroshi Sakurazaka. A direção éde Doug Liman. "No Limite do Amanhã" está em exibição na Sala 5 do Mo-viecom, Sala 3 do Cinemark, Salas 2 e 5 do Natal Shopping, e Salas 4 e 6do Norte Shopping. Classificação indicativa 14 anos. Cópias dubladas elegendadas, exibição em 2D e 3D. (T. O.: "Edge of Tomorrow")

LIVROS DE CINEMA:

> LANÇAMENTOS EM DVD/BLU-RAY

"OPERAÇÃO SOMBRA - JACK RYAN"Jack Ryan (Chris Pine), após serferido no Afeganistão, conhece adoutora Cathy (Keira Knightley),por quem se apaixona. É quandoele recebe a visita de ThomasHarper (Kevin Cosnter), que traba-lha para a CIA e para quem passaa trabalhar às escondidas, semque nem mesmo Cathy saiba. Jackdescobre um complô orquestradona Rússia, que pode instalar ocaos financeiro nos EstadosUnidos. Com isso, ele viaja aMoscou com o objetivo de investi-gar Viktor Cheverin (KennethBranagh), o líder da operação. Odisco traz o filme com tela wides-creen anamórfico e Áudio emDolby Digital 5.1. (T. O.: "JackRyan: Shadow Recruit")

"CÓDIGO DA MÁFIA"Mike (Avelawance Phillips) e Tre(Malik Barnhardt) são irmãos quetentam seguir com suas vidas semdeixar um turbulento passado de

crimes atrapalhar seus caminhos.Logo após sair da prisão, a únicapreocupação de Mike é protegersua filha da ex-mulher. Mas a justi-ça que o espera nas ruas é bempior do que ele havia experimentadona cadeia. Para ajudar seu irmão,Tre concorda em fazer um últimoserviço para livrá-lo das garrasdesse submundo do crime. Filmecom formato de tela widescreenanamórfico e áudio em DolbyDigital 5.1. (T. O.: "Five Thirteen")

"JOGOS DO APOCALIPSE"Jacarta, Indonésia. O sr. Zimit(James D'Arcy) é um professor defilosofia que trabalha em uma escolainternacional. Um dia, ele resolvedesafiar os alunos de sua turma epropõe um jogo em que, dos 20jovens, apenas a metade será sele-cionada para viver com ele em umbunker, onde todos poderão se abri-gar de um desastre nuclear que tempor objetivo reiniciar a civilizaçãohumana na Terra. Entretanto, nãodemora muito para que os jovens

discordem das regras impostas peloprofessor e o deixem de fora do bun-ker, sujeito à radiação do apocalipseiminente. O disco traz o filme comformato de tela widescreen anamór-fico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T.O.: "After The Dark")

"A GRANDE BELEZA"Em Roma, durante o verão, o escritorJap Gambardella (Toni Servillo) refle-te sobre sua vida. Ele tem 65 anos deidade, e desde o grande sucesso doromance "O Aparelho Humano",escrito décadas atrás, ele não con-cluiu nenhum outro livro. Desdeentão, a vida de Jep se passa entreas festas da alta sociedade, os luxose privilégios de sua fama. Quando selembra de um amor inocente da suajuventude, Jep cria forças paramudar sua vida, e talvez voltar aescrever. Filme com tela widescreenanamórfico e Áudio em Dolby Digital5.1. (T. O.: "La Grande Bellezza").

ESTREIA 3: "OS HOMENS SÃO DE MARTE...E É PRA LÁ QUE EU VOU"Ironia. Essa é a definição ideal para a situação deFernanda (Mônica Maretlli), de 39 anos, que tra-balha organizando a cerimônia mais importante doimaginário feminino, o casamento, mas é soltei-ra. Forte devota do amor, a produtora lida com osmais diversos tipos de homem e reserva grandeparte do seu tempo à procura do par perfeito. Ofilme é uma adaptação da peça de sucesso ho-mônima que esteve oito anos em cartaz pelo Bra-sil e atraiu 1,5 milhão de espectadores. A direção é de Marcus Baldini. "Os Homens São de Marte... E É Pra Lá Que EuVou" está em exibição na Sala 7 do Moviecom, Salas 1 e 4 do Cinemark, Salas 1 e 6 do Natal Shopping, e Salas 1 e 3 doNorte Shopping. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: "Os Homens São de Marte... E É Pra Lá Que Eu Vou")

Filme da Semana: "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido"Fotos: Divulgação

"SUPER-HERÓIS NO CINEMA E NOS LONGAS-METRAGENS DA TV"Super-heróis no Cinema e nos Longas-metragens da TV, de André Morelli, reúne informações dos filmes - e dos quadrinhos quederam origem e a essas produções - em um trabalho voltado tanto para fãs de HQs quanto de cinema. O resultado é um traba-lho muito criativo, com mais de 150 filmes resenhados. Tudo acompanhado por mais de 1000 fotos que mostram um poucode cada produção. Pegue seu balde de pipoca, se ajeite na cadeira e boa leitura. 144 p - Editora Europa.

ClaqueteNewton Ramalho

O QUE ESTÁ EM CARTAZMaio se despede, cedendo lugar para Copa do Mundo e São João, chuvas, fogueiras e mais atropelos para os habitantes de Natal. Enquanto isso, nos cine-mas, as estreias são a ficção "No Limite do Amanhã", com Tom Cruise, a aventura "Malévola", com Angelina Jolie, e o nacional "Os Homens São de Marte...E É Pra Lá Que Eu Vou". Teremos também a re-exibição de "Taxi Driver - Motorista de Táxi", de Scorsese, e a pré-estreia de "A Culpa É das Estrelas".Continuam em cartaz "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido" (vejam na seção Filme da Semana), o blockbuster "Godzilla", "O Espetacular Homem-Aranha2: A Ameaça de Electro", e a animação "Rio 2. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe "Getúlio" e o drama "Sob a Pele", na Sessão Cine Cult,enquanto o Moviecom mantém "Copa de Elite", e "Mulheres ao Ataque". Lembro que a programação agora muda nas quintas-feiras.

Cidade

ESTREIA 4: "TAXI DRIVER - MOTORISTA DE TÁXI"Em Nova York, um veterano do Vietnã (Robert De Niro) é um solitário nomeio da grande metrópole. Assim começa a trabalhar como motorista detaxi no turno da noite e nele vai crescendo um sentimento de revolta pelamiséria, o vício, a violência e a prostituição que estão sempre à sua volta.Ele tem momentos de altruísmo ao tentar persuadir uma prostituta de 12anos (Jodie Foster) para ela largar seu cafetão, voltar para a casa de seuspais e ir para a escola. Porém, em contrapartida, compra quatro armas, earticula um atentado contra o senador que planeja ser presidente e paraquem sua amiga trabalha. A direção é de Martin Scorsese. "Taxi Driver -Motorista de Táxi" será exibido na Sala 5 do Cinemark, no sábado às23h55m, domingo às 12h30m e quarta-feira às 19h30. Classificação in-dicativa 14 anos. (T. O.: "Taxi Driver")

SESSÃO CINE CULT: "SOB A PELE" Um alienígena (Scarlett Johansson) chega à Terra e começa a percorrer estradas desertas e paisagens vazias em busca depresas humanas. Sua principal arma é sua sexualidade voraz... Mas ao longo do processo, ela descobre uma inesperadaporção de humanidade em si mesma. Ela vaga pela Escócia, e, por conta de sua aparência sedutora, captura incautos pelasestradas. Entretanto, ao longo do tempo, ela descobre-se atraída pela vida na Terra. O filme é baseado no livro homônimodo escritor holandês Michel Faber. A direção é de Jonathan Glazer. "Sob a Pele" será exibido na Sala 5 do Cinemark, na se-gunda-feira (2/6) e terça-feira (3/6), na sessão de 19h00. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: "Under the Skin")

PRÉ-ESTREIA: "A CULPA É DAS ESTRELAS"Diagnosticada com câncer, Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley)se mantém viva graças a uma droga experimental. Após passar anoslutando com a doença, a jovem é incentivada pelos pais a participar deum grupo de apoio e logo conhece Augustus Waters (Ansel Elgort), umrapaz que vai mudar completamente a sua vida. Na busca por respos-tas a um grande mistério, eles farão uma jornada surpreendente à Eu-ropa. Baseado no livro "A Culpa é das Estrelas", escrito por John Green.A direção é de Josh Boone. "A Culpa É das Estrelas" terá pré-estreia nasessão de meia-noite da próxima quarta-feira, na Sala 2 do Cinemark.Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: "The Fault In Our Stars")

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Vindo de uma derrota fora decasa por 1 a 0 para o Joinville, oAmérica tenta a recuperação diantedo Luverdense-MT, hoje à noite, às19h30, no estádio Nazarenão, emGoianinha, em jogo válido pela nonarodada do Caampeonato Brasileiroda Série B. Em oitavo lugar, com dezpontos, o alvirrubro vai encarar otime sensação do campeonato. Osmato-grossenses que subiram nesteano para a Segundona, estão entreos quatro primeiros colocados, ocu-pando a quarta posição, com 15 pon-tos.

Mas a boa campanha do Luver-dense não preocupar o técnico ame-ricano Oliveira Canindé. "Não que-remos que nada que não planeja-mentos aconteça. Apesar de respei-tarmos o adversário, que vem pas-sando por um bom momento, nãopodemos deixar que eles cheguemaqui como se fossem os donos dolugar. Aqui, quem tem que mandarsomos nós", afirmou Oliveira quetem apenas uma dúvida para o jogodesta noite em Goianinha. Ele aindanão definiu se sai jogando comAdriano Pardal ou Rodrigo Pimpãono ataque, ao lado de Max.

Com três cartões amarelos, otreinador teme perder Rodrigo Pim-pão para o próximo jogo contra oSampaio Corrêa, já que Pardal estáfora desta partida, pois seu contra-to com o América encerra neste sá-bado e a prorrogação do emprésti-mo deve levar pelos uma semanapara acontecer, já que o jogador seránegociado pelo Operário-PR ao Co-ritiba. Mas não é só Pimpão que

preocupa, Fabinho e Isac tambémestão pendurados.

LUVERDENSEO técnico Júnior Rocha vai co-

locar em campo a mesma equipeque venceu o Icasa por 1 a 0, pelaúltima rodada da Série B. O treina-dor teme apenas pelo desgaste físi-co da equipe, que vem enfrentandouma maratona de jogos fora de casa."Passamos mais tempo viajando doque nos gramados e isso pode afe-tar o rendimento do time", revelou.O único desfalque continua a ser oatacante Misael, que ainda sofre comuma contusão no joelho direito. Pro-blema que o tirou dos últimos trêsjogos. Com isso, Léo e Reinaldodevem continuar no ataque.

Sexta-feira O Jornal de HOJE 15Natal, 30 de maio de 2014Esporte

Fábio [email protected]

JERNS E COPAEstudantes do Complexo Educacional Contemporâneo participam neste

sábado (31) de uma Mostra Científica, cujo temas em destaque serão a Copado Mundo 2014, que tem Natal como uma das cidades sede, e a históriado Jern's, recontada desde a década de 1980 até os dias atuais. O eventoacontece das 8h às 12h, na unidade de Lagoa Nova. A entrada é gratuita.

MAIS UM CARIOCAOs clubes parecem combinar um revezamento na Série B. Depois de Flu-

minense, Botafogo e Vasco, agora é o Flamengo que flerta com o rebaixa-mento. O rubro-negro é o mais novo integrante do Z-4. O Mengão não vencehá cinco jogos e pelo jeito Ney Franco não irá durar muito tempo no cargo.

PARDAL FORAInteressante a questão envolvendo Adriano Pardal. O contrato

do jogador que está emprestado ao América pelo Operário-PR, en-cerra no sábado, mas só que o atacante já foi negociado ao Coriti-ba, que por sua vez cederá o atleta ao clube alvirrubro até o final doano. Confesso que está estranha essa transação. O Coxa na luta con-tra o rebaixamento e emprestando um jogador da qualidade de Par-dal. Acho que a situação não é tão simples assim. Vamos aguardar.

O técnico Zé Teodoro tem problemas para escalar o seu ataquehoje contra o Avaí. Beto e Dênis Marques foram vetados pelo DM eas opções de banco estão escassas. Mas quem conhece e já viu jogar,sabe que Gilmar tem qualidade. Está na hora do destaque do time nareta final Série B de 2013 recuperar a confiança e voltar a marcar gols.Gilmar só está ainda no ABC porque a diretoria credita em seu poten-cial, caso contrário já teria mandado embora. Jogando fora de casa, sempressão, e largando de cara entre os titulares, penso que hoje é o diado atacante reencontrar o velho futebol. O time alvinegro está numacrescente e Gilmar precisa aproveitar esse momento para reeguer-se tam-bém. Já Lúcio Flávio pode ter a chance de sair jogando e quem sabemostrar porque foi contratado. Quando a João Henrique, o atacante cheiode altos e baixos, precisa mostrar regularidade, caso contrário, conti-nuará recebendo críticas.

CAVALO PARAGUAIOTem muita gente pedindo respeito ao Luverdense só porque

bateu o Vasco e ocupa a quarta colocação da Série B. Sincera-mente, acho que não teremos dois cavalos paraguaios seguidosna Segundona. O primeiro foi a Chapecoense em 2013 e agoraos mato-grossenses. Se tiver coragem, Oliveira Canindé tem queentrar com Rodrigo Pimpão e Pardal, mais Max e decidir logoessa parada, pois o último jogo antes da Copa será fora de casacontra o Sampaio Corrêa.

99 ANOSO primeiro evento em comemoração aos 99 anos do ABC FC

será o Baile Preto & Branco. A festa temática terá a assinaturado colunista social Jota Oliveira e acontecerá nos salões do Olim-po Recepções, no dia 27 de junho, às 22h. O segundo evento co-memorativo vai ocorrer no dia 29 de junho, no estádio Frasquei-rão, às 7h30, com a tradicional missa de celebração e hasteamen-to da bandeira.

"BAIXAR O CACETE"O ex-atacante da Seleção Ronaldo Fenômeno afirmou nesta

quinta-feira que é preciso "descer o cacete" em manifestantesmascarados que promovam vandalismo durante protestos. A afir-mação foi feita durante uma sabatina com o ex-jogador realiza-da pelo jornal "Folha de S.Paulo". Um ídolo do futebol nacionalincitando à violência. Devia ficar calado, depois reclamam de Pelé.

LEONARDO SODRÉO jornalista Leonardo Sodré lança no próximo dia 05 de

junho mais um livro. Desta vez, "Eu Juro!", praticamente a con-tinuação do seu primeiro livro solo, "Crônicas do Beco da Lama",lançado em novembro de 2007, em Natal. O lançamento será noClube dos Radioamadores (Engenharia), no Tirol.

RECUPERAR A CONFIANÇADivulgação

AMÉRICA ENCARA O TIME SENSAÇÃO DA SÉRIE BALVIRRUBRO JOGA HOJE EM GOIANINHA CONTRA O LUVERDENSE-NT, QUARTO LUGAR DO CAMPEONATO

Time americano precisa recuperar os pontos perdidos na última rodada para o Joinville

AMÉRICA: Fernando Henrique;Walber, Cléber, Roberto Dias ePaulo Henrique; Jean Cléber, Fa-binho, Wanderson e Jeferson; Ro-drigo Pimpão ou Adriano Pardale Max. Técnico: Oliveira Canindé.

LUVERDENSE: Gabriel Leite; RaulPrata, Braga, Renato e Edinho;Carlão, Gilson, Washington e Ru-binho; Léo e Reinaldo. Técnico:Júnior Rocha.

ÁRBITRO: Diego Al. Real-RSLOCAL: estádio Nazarenão, emGoianinha-RNHORÁRIO: 19H30

FICHA TÉCNICA

COM VÁRIOS DESFALQUES,ABC ENFRENTA O AVAÍ

Com vários desfalques, o ABCvai até Florianópolis nesta sexta-feira (30) enfrentar o Avaí, às19h30, no estádio da Ressacada.Além de Dênis Marques, lesiona-do, o treinador Zé Teodoro nãocontará com o zagueiro Samuel,os volantes Somália e DanielAmora, o meia Moisés, todos en-tregues ao Departamento Médico.Já o atacante Beto está impedidode jogar por conta de forças con-tratuais, pois pertence ao clubeavaiano e está emprestado ao Mais

Querido.Ocupando a quinta colocação

com 13 pontos, o alvinegro preci-sa se recuperar da derrota sofridapara o Oeste, em pleno estádio Ibe-rezão, pela última rodada. "Nossaequipe não foi bem contra o Oestee agora está na obrigação de recu-perar esses pontos contra o Avaí.Mesmo com alguns desfalques im-portantes, esperamos encontrar oequilíbrio e vencer esse jogo",disse o técnico Zé Teodoro quedeve promove a estreia do zaguei-

ro Diego Jussani no lugar de Sa-muel. Para o ataque, Teodoro teráapenas Gilmar, Lúcio Flávio e JoãoHenrique.

O técnico interino do Avaí,Raul Cabral, contará com os re-tornos do meia Marquinhos e doatacante Roberto, que foram libe-rados pelo Departamento Médico.O volante Eduardo Costa tambémdeve ficar à disposição da comis-são técnica, mas ainda é dúvida. Setiver condição, o Avaí poderá teraté três mudanças.

AVAÍ: Vágner; Marrone, AntônioCarlos, Pablo e Eltinho; EduardoCosta (Júlio César), Tinga, Clé-ber Santana e Marquinhos; Ro-berto e Paulo Sérgio. Técnico:Raul Cabral (interino).

ABC: Gilvan; Madson, Suéliton,Marlon e Luciano Amaral; MichelSchmöller, Michel Benhami, Xuxae Rogerinho; João Henrique e Gil-mar ou Lúcio Flávio. Técnico: ZéTeodoro.

ÁRBITRO: Marcos Mateus Perei-ra-MSLOCAL: estádio da Ressacada ,em FlorianópolisHORA: 19H30

FICHA TÉCNICA

Técnico Zé Teodoro tem poucas opções de ataque para jogo em Floripa

Fotos: José Aldenir

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Bem antes da construção da Ponte Newton Navarro, o otáriodo escritório de contabilidade foi avisado pelo colega por volta das10 da manhã: "Corre pra balsa que a tua mulher está com outrocara dentro de casa na Redinha."

A balsa, todo mundo lembra, ficava na vizinhança entre aRampa e o Iate Clube no bairro de Santos Reis em Natal. Ligavaa cidade à praia da Redinha pelo Rio Potengi. Belo passeio. Ruimera quando entravam assaltantes. Pior era quando a polícia pren-dia e aparecia um espadachim libertário para soltar.

O otário do escritório saiu ligeiro de sua mesa onde datilogra-fava um memorando (ele odiava computador), pegou o ônibus lo-tado na Avenida Rio Branco, Centro, desceu no Mercado das Rocase caminhou, suado e ofegante, imaginando as gozações que já es-taria recebendo dos salafrários do serviço ao qual se dedicava comlealdade sacristã.

Passou pela cerca de arame farpado que protegia o terreno e, aose dirigir ao guichê para comprar a senha da viagem de ida, paroue pensou: "Mas peraí, eu não lembro de ter casado. Eu não sou ca-sado! E o que é que eu vou fazer na Redinha se eu não moro lá?"

Apé, em penitência, voltou pela Ribeira, subiu a Junqueira Aires,tomou a Ulisses Caldas, girou à direita e subiu as escadas sombriasdo pequeno prédio onde dava expediente.

Cabisbaixo, aguardou a gargalhada dos outros. Encontrou todosconcentrados em planilhas, balancetes, checagens de declaraçõesde Imposto de Renda, expressões contraídas e compenetradas. Ne-nhuma piada ou sacanagem, ninguém tripudiou.

Coragem dos centuriões de ocasião, o infeliz pigarreou alto, osoutros protestaram pela interrupção da jornada e ele agradeceu, co-movido, pelo "respeito" e por não ter sido metralhado de zombariasdo nível mais escroque. O pior dos cínicos, o autor do aviso que fezo rapazola de palhaço, respondeu com tédio cirúrgico:

- Você acha que nós perderíamos tempo rindo de você? Mermão,você é um otário, outro dia acreditou que Barrichello era piloto, quemúsica sertaneja é música e que Evair do Palmeiras merecia o lugarde Romário na seleção. Você não tem que agradecer, mas se con-formar. Rir de você pra quê? um otário pela própria natureza.

O otário chorou muito, pediu demissão, não aceitou acordo ofe-recido pelo chefe para receber indenização pelos longos anos decasa, ganhou uma miséria e meses atrás apostou a casa da mãe comquem nunca deixou de morar numa lábia de pirâmide financeira. Estãovivendo de favor na casa de uma tia solteirona e malcriada. Ele lavaroupas e pratos. Feliz.

>>>>>>Otários. Somos muitos, mas não somos todos. É preciso ser um

ingênuo, sem parecer agressivo, para se indignar com a declaraçãoda neta de João Havelange, filha de Ricardo Teixeira, a inabordávelJoana Havelange.

Ela, que entende de futebol tanto quanto eu de paraíso fiscal, éa presidente do Comitê Local da Copa do Mundo. Tutto in famiglia,sem nenhuma conotação cosanostresca. Joana transmite - observema foto - uma simpatia de quem adota três pobres por semana.

Joana Havelange, dona do poder de circular entre as pessoas etorná-las invisíveis, pelo hábito de não cumprimentá-las ou nemgrunhir um sorriso cerimonial, defendeu a Copa do Mundo dizen-do que não adianta protesto porque "o que tinha de ser roubado jáfoi". O que tem de extraordinário no que falou a Havelange her-deira?

Protesto não adianta, é preciso deixar a Copa do Mundo acon-tecer, o tempo de reclamar do evento já passou e agora é ver a bolarolando no gramado. Incendiar ônibus e fazer baderna é pra margi-nal, não para quem reivindica melhoria de vida.

Os escândalos, que sejam apurados nos rigores da lei e os cul-pados sejam punidos, o que no Brasil seria uma miragem tão sur-real quanto a arquitetura das arenas milionárias.

O Brasil destruiu patrimônios e desviou prioridades. Quem trou-xe a Copa do Mundo sabia que estava entregando a chave do paíspara o intendente Jerôme Valcke, da Fifa, investido bedel do Rio Gran-de do Norte dando sermões públicos em autoridades eleitas.

O intendente Valcke vociferou por escrito nas redes sociais sobreobras atrasadas e prazos que ele exige cumpridos até o dia 13 de junho,quando aqui haverá o superclássico México versus Camarões, tra-dicionalíssimas escolas do futebol mundial.

Joana Havelange se arrependeu depois, olhando por cima doombro e alegou "desatenção" ao proferir a frase que estarrece os cré-dulos e bons. Do contracheque mensal de R$ 120 mil nunca se tevenotícia de esquecimento no saque.

Patriotas: Joana Havelange é a própria frase. É uma Cinderelade sapatinhos luxuosos e sobrevoando de carruagem 4x4 diante deum país de defesa moral escancarada.

Ela é, bem remunerada e mal humorada, a versão viva da grã-fina criada pelo fantasma Nelson Rodrigues, que perguntou, histé-rica, ao chegar ao ex-Maracanã superlotado no Fla x Flu: "Quem éa bola?" É a natureza. Havelange.

É a natureza

Divulgação

Sexta-feira16 O Jornal de HOJE Natal, 30 de maio de 2014 Esporte

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - [email protected]

SEXTA-FEIRA SANTA

Depois de uma terça de res-saca, a sexta-feira de bençãospara alvinegros e americanos évital para uma trégua sossegadana Série B. O ABC está em quin-to e pega um Avaí embalado porvencer o Náutico em Recife. Du-reza.

AMÉRICAEm casa, só um caminho para

o América diante do Luverden-se: três pontos e aproximação doG-4. É preciso reaprender a ga-nhar em casa.

CAMARÃO ESTRAGADOSuportei 12 minutos de Ca-

marões 1x2 Paraguai, amistosopreparatório dos africanos para aCopa do Mundo. Eles estão nogrupo do Brasil. Invoquei enti-dades possíveis para recordar umtimaço comunitário estilo Con-

tinental do Carrasco ou Olim-piakos da Guarita de pior quali-dade. Não lembrei mais fraco.

FORÇA E LUZO sepultado Força e Luz

viveu bons tempos no início dadécada de 1970, quando o Gover-no do Estado investiu na monta-gem de bons times. No dia 30de maio de 1973, o ABC bateuno "clube elétrico"por 3x1 noCastelão (Machadão), dois deAlberi e um de Libânio, com Val-decy Santana descontando.

TIMESABC: Erivan; Sabará, Edson,

Quelé e Anchieta; Maranhão, Da-nilo Menezes (Soares) e Alberi;Libânio, Jorge Demolidor e Mo-raes. Força e Luz: Bastos; Nil-ton, Babau, Tito e Jerônimo; Ed-mundo, Valdecy Santana (Café)e Rocha; Izulamar, Ribeiro e Chi-quinho.

O secretário extraordinário deAssuntos Relativos à Copa (Seco-pa) de Natal, Demétrios Torres,disse que as obras de montagemdas arquibancadas móveis da Arenadas Dunas estão dentro do crono-grama e que o prazo para que tudoseja finalizado encerra no dia 8 dejunho. O anúncio foi feito após avisita técnica do secretário geral daFifa, Jérome Valcke, que pediu ag-ilidade nas obras internas e no en-

torno do estádio da Copa doMundo.

"Ele (Jérôme Valcke) apenasme pediu o cronograma da insta-lação das arquibancadas móveis,que deverá ser entregue, no máxi-mo, até o dia 8 de junho. Mas es-peramos que a instalação seja con-cluída até antes disso", disseDemétrios ao Portal da Copa.Mesmo com tom crítico utilizadopor Valcke através das redes soci-

ais, Demétrios Torres acredita queo secretário-geral ficou satisfeitocom o que viu na Arena das Dunas."Foi uma visita de rotina para ver-ificar os últimos detalhes da estru-tura da Arena das Dunas. O que foiconstruído aqui em Natal deixou osecretário geral da Fifa muito ani-mado, principalmente pelo designdo estádio", completou Demétrios.

Valcke pediu via twitter umcomprometimento maior dos na-

talenes. "Precisamos de compro-metimento total de todos os en-volvidos em Natal para garantir quetudo estará pronto para 13 dejunho", comentou, em referênciaao jogo entre Camarões x México,o primeiro que a arena receberá naCopa do Mundo.

Além da partida inaugural, aArena das Dunas também vai re-ceber Japão x Grécia; Itália xUruguai e Gana x Estados Unidos.

O técnico Luiz Felipe Scolariterá dois amistosos para testar otime antes da Copa do Mundo. Noprimeiro deles, contra o Panamá, nodia 3 de junho, em Goiânia, Fe-lipão já admite poupar jogadoresimportantes na equipe titular. É ocaso de Thiago Silva, capitão da se-leção brasileira. O zagueiro estána lista dos jogadores que precisamfazer trabalhos específicos de mus-culação e devem ser poupados detreinamentos no campo, comoaconteceu nesta quinta-feira, emTeresópolis.

O médico da seleção, José LuizRunco disse que está tudo bem como grupo, que apenas serão feitosalguns reparos. "Todos jogadores

estão em condições de treinar den-tro da programação. Aquele atletaque estiverem em outro treino nãosignifica que ele vai ser cortado. Agente está buscando pra que todostenham o mesmo equilíbrio mus-cular. No momento todos encon-tram-se em perfeitas condições, ev-identemente com necessidade dealguns reparos", afirmou Runco.O segundo amistoso do Brasil antesda Copa será contra a Sérvia, anti-ga Iuguslávia.

ARQUIBANCADAS MÓVEIS SERÃO ENTREGUES DIA 8DEMÉTRIO TORRES DIZ QUE ÚLTIMAS OBRAS DA ARENA ESTÃO DENTRO DO PRAZO

Secretário da Secopa acredita em entrega das arquibancadas antes do prazo final

THIAGO SILVA DEVE SERPOUPADO NOS AMISTOSOS

Capitão da seleção podeficar de fora dos jogos

contra o Panamá e Sérvia

José Aldenir

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