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PARASITOSES INTESTINAIS PROTOZOOSES AGENTE ETIOLÓGICO Amebíase Entamoeba histolytica Giardíase Giardia lamblia Criptosporidiose Cryptosporidium sp. Balantidíase Balantidium coli Isosporíase Isospora belli Sarcocistose Sarcocystis hominis Sarcocystis suihominis

17.Parasitoses Intestinais

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PARASITOSES INTESTINAISPROTOZOOSES AGENTE ETIOLÓGICO

Amebíase Entamoeba histolyticaGiardíase Giardia lambliaCriptosporidiose Cryptosporidium sp.Balantidíase Balantidium coliIsosporíase Isospora belliSarcocistose Sarcocystis hominis

Sarcocystis

suihominisDientamebíase Dientamoeba fragilis

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PARASITOSES INTESTINAISHELMINTÍASES AGENTE ETIOLÓGICO

1) Devido aos nematoídeos:

Ancilostomíase Ancylostoma duodenale Necator americanus

Ascaridíase Áscaris lumbricóides Enterobíase Enterobius vermiculares Estrongiloidíase Strongyloides stercoralisTricocefalíase Tricocephalus trichiurus

2) Devido aos cestoídeos

Teníase Taenia solium Taenia saginata

Himenolepíase Hymenolepis nana Hymenolepis diminuta

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ASCARIDÍASEETIOLOGIA

• Áscaris lumbricóides ( Nematóideo ) Cor rosada; cerca de 15 - 25 cm A fêmea é maior que o macho (até 40 cm)

EPIDEMIOLOGIA • Universalmente distribuida (1 bilhão de pessoas no mundo; ± 90 milhões no Brasil) • A mais frequente das parasitoses • Mais intensa nas regiões tropicais e sub-tropicais • Tanto mais, quanto maior a pobreza solo contaminado • Pó e insetos veiculam os ovos; de 2 anos com a parasitose é reinfestação

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ASCARIDÍASE- Ciclo Evolutivo• Habitat: intestino delgado ( se agrupam ); duram 10-24 meses• Fêmea elimina 240 mil ovos/dia, 60 -70 dias após contaminação• ovos 2 - 3 semanas para serem infectantes

Ovos deglutidos → larvas ( ID ) → fígado → coração D pulmões brônquios e traquéia via digestiva

oviposição

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ASCARIDÍASE - Patogenia/Clínica

• Sintomas respiratórios : comuns na fase larvária (Síndrome de Löeffler ):

- escarro rico em eosinófilos ; - eosinofilia• Sintomas TGI : - dor em cólica, periumbilical - náuseas - vômitos - meteorismo • Alterações mecânicas: - bolo de áscaris - obstrução do colédoco

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ASCARIDÍASE- Patogenia/Clínica

• Atividade inflamatória : - perfuração intestinal• Reação alérgica ou tóxica : - rinite - cefaléia - sibilos• Ação nervosa irritativa : - intranqüilidade - insônia - tiques - convulsões • Outros : - anemia - púrpura - hemorragia digestiva

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ASCARIDÍASE- Diagnóstico

• Clínico : eliminação e sintomas

• Laboratorial : EPF em 3 amostras

hemograma

RX : tórax; abdome

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ASCARIDÍASE- Tratamento e Prevenção

• Sais de piperazina: 60 - 70% + óleo mineral na obstrução. Leva à paralisia neuromuscular (flácida) do verme. As demais causam paralisia espástica

• Levamisol ( 80 e 150mg ) 90% dose única

• Mebendazol ( 100mg ) 80% 2 x/dia; 3 dias

• Albendazol ( 400mg ) 90% dose única OVICIDA

• Nitazoxanida (1ml/20mg) 7,5 mg/kg/dose 12/12h; 3 dias

• PREVENÇÃO: Vermífugo de 6/6 meses

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ANCILOSTOMÍASE ETIOLOGIA

• Ancilostoma duodenale e Necator americanus: mede 5 - 8 mm

EPIDEMIOLOGIA

• 60 milhões de pessoas; mais no Brasil• mais em regiões tropicais Anemia Tropical• mais em condições precárias de higiene • ambos tem ação semelhante• habitat: intestino delgado alto• forma rara de transmissão transplacentária: detectada

em crianças com 30 - 40 dias de vida

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ANCILOSTOMÍASE- Ciclo Evolutivo

L. filarióides p/pele → pulmões e arv. resp. ( 6 sem. viáveis )

deglutição

3 dias verme adulto(ID)

postura(6 sem)

L. Rabditóides ← ovos nas fézes

(1-2 dias)

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ANCILOSTOMÍASE- Patogenia/Clínica

• Pele: - máculas e eritema de pequenas proporções no local da penetração. Rara lesão típica no nosso meio.

• TGI : - ulcerações cápsula bucal prende-se a mucosa cólicas,

sangramento e astenia. Cada verme suga 0,06 - 0,09 ml/dia (N.A)

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ANCILOSTOMÍASE- Patogenia/Clínica

• Sistêmicos: - desnutrição - anemia severa - geofagia - hipoproteinemia

- anasarca - insuficiência cardíaca - óbito

• Sistema respiratório : - Síndrome de Löeffler

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ANCILOSTOMÍASE- Diagnóstico e Tratamento

• DIAGNÓSTICO: Clínico - astenia, anemia, baixo nível sócio-econômico

Laboratorial- hemograma – EPF em 3 amostras • TRATAMENTO:• Mebendazol• Albendazol ( 2 anos )• Nitazoxanida ( 1 ano)• Combater a anemia• Dieta hipercalórica• Uso de sapatos

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ESTRONGILOIDÍASE

ETIOLOGIA• Strongylóides stercoralis• A fêmea mede 2 mm

• Menos frequente que os demais parasitas

CICLO EVOLUTIVO

• As fêmeas liberam ovos já com larvas rabditóides dentro, que eclodem e são liberadas com as fezes.

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ESTROGILOIDÍASE- Ciclo Evolutivo

• Duodeno ou jejuno proximal

ar livre

transformam-se em filarióides infestantes

↓ ↓ (20 dias p/ ter-se Pele se deglutidas, não há ciclo pulmonar

larvas nas fézes)

Sangue

Pulmão → Faringe → Intestino

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ESTRONGILOIDÍASE – Ciclo Evolutivo

• Pode ocorrer também :

ciclo indireto auto exo - infecção auto endo - infecção

Isso o difere dos outros vermes, podendo haver invasão maciça com morte do hospedeiro mais comum em desnutridos e imunodeprimidos.

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ESTRONGILOIDÍASE - Clínica• Pobre : exceto em casos de hiperinfecção

• Pele : dermatite com prurido e placas eritematosas

• TGI : pirose dor epigástrica diarréia recidivante má digestão má absorção esteatorréia

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ESTRONGILOIDÍASE - Clínica

• Pulmão : Síndrome de Löeffler

Estrongiloidíase disseminada : início abrupto com dor abdominal difusa, distensão abdominal, febre e choque em conseqüência de sepsis por gram negativos.

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ESTRONGILOIDÍASE – Diagnóstico e Tratamento

• DIAGNÓSTICO- EPF- Hemograma : anemia eosinofilia : às vezes intensa• TRATAMENTO- Tiabendazol : 25 mg/kg/dose 2 x/dia por 3 dias; Repetir em 7 - 10 dias- Albendazol : 400 mg/dia por 3 dias ( 83% )- Outros: Ivermectina (DU) e Nitazoxanida

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OXIURÍASE

• ETIOLOGIA:

- Enteróbios vermicularis

Mede cerca de 1 cm; machos menores que as fêmeas

É infecção inofensiva, o homem é o único hospedeiro natural

Comum reinfestação

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OXIURÍASE – Ciclo Evolutivo

• Ovos deglutidos Eclodem no estômago → larvas (ID) Migração fêmeas à noite ( Cólon e reto ) fecundação Oviposição • Ovos: em 1 - 2 h são infestantes; são viáveis por até 3-6 semanas• Auto contaminação : → interna → externa

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OXIURÍASE- Clínica

• Inespecífica

• Mais comum : - prurido anal noturno

- insônia

• Sem eosinofilia : - não há invasão tecidual

• Vaginite e salpingite : - quando há migração aberrante

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OXIURÍASE – Diagnóstico e Tratamento

• DIAGNÓSTICO:- EPF em 3 amostras: melhor método fita

gomada

• TRATAMENTO:• Mebendazol• Albendazol• Pamoato de pirvínio: 10 mg/kg DU; repetir em 2

semanas• Ivermectina; Nitazoxanida Tratar todos em casa

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TRICURÍASE

• ETIOLOGIA- Trichiurus trichiura

• Muito freqüente : meio bilhão de casos no mundo

• Climas quentes• Forma : chicote, com 3 - 5 cm• Habitat : ceco e ascendente

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TRICURÍASE

• EPIDEMIOLOGIA

• Homem : Único hospedeiro conhecido• Mais em crianças• Transmissão : mãos, alimentos ou líquidos

contaminados• Os ovos podem ser levados por insetos• Os vermes se fixam à mucosa intestinal

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TRICURÍASE – Ciclo Evolutivo• Ovos maduros deglutidos → larvas(ID) ↓ 3-10 dias ceco e apêndice Oviposição (após 8 semanas)→ADULTOS (10 dias a 3 semanas) ↓ INFESTANTES • Cada fêmea coloca 3.000 - 10.000 ovos/dia• ± 90 dias após a contaminação, ocorre a oviposição

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TRICURÍASE - Clínica• Assintomáticos : - a maioria

• Queixas abdominais vagas : - cólica - distensão abdominal

• Anemia : - não é tão comum - um verme adulto suga 0,005 ml/dia

• Prolapso retal e enterorragia, associados ou não à diarréia : comum em infestação maciça

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TRICURÍASE – Diagnóstico e Tratamento

• DIAGNÓSTICO:

EPF em 3 amostras

• TRATAMENTO:

Mebendazol ( 70 - 90% )

Albendazol

Nitazoxanida

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GIARDÍASE• ETIOLOGIA: Giardia lamblia ( protozoário ) Muito comum em todo mundo

• CICLO EVOLUTIVO:

Cistos nas fezes Contaminação de alimentos e ingestão de cistos ( cada cisto libera 4 T ) Trofozoítas no intestino delgado( lesão epitelial e vilosidades) Transformação cística Eliminação pelas fezes

cistos : podem permanecer até 3 meses viáveis, mesmo em água clorada; 10-25 cistos já provocam doença

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GIARDÍASE

• PREVALÊNCIA:

2-5%: nos países de 1º mundo

20-30%: nos países de 3º mundo

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GIARDÍASE - Clínica

• Os sintomas ocorrem em 40 - 50% das crianças, após 8 dias de contaminação

• Assintomáticos → diarréia recidivante com : fraqueza, lassidão, dores epigástricas, náuseas, pirose, anorexia, meteorismo e perda de peso.

• Casos graves: Síndrome de má absorção• Compromete o crescimento das crianças• Causa freqüente de diarréia crônica na infância

O verme não é visível a olho nú

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GIARDÍASE – Diagnóstico e Tratamento

• DIAGNÓSTICO- Detecção dos trofozoítas ou cistos nas fezes ou por biópsia duodenal

• TRATAMENTO - Metronidazol : 20 mg/kg/dia em 3 tomadas

(5ml/200mg), por 5 a 7 dias; 60-100% de cura - Furazolidona : 10 mg/kg/dia em 2 tomadas

(5ml/50 mg), por 5 a 7 dias; 80-90% de cura - Secnidazol: 1mg(=1ml)/Kg em dose única;

79-98% de cura

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Giardíase- Tratamento

- Tizoxanida (derivado da nitazoxanida): droga lançada há pouco tempo no Brasil - Albendazol: 34-96% de cura com 5 doses

OBS: a nitazoxanida erradica 84% dos protozoários e 95% dos helmintos; droga lançada há pouco tempo no Brasil