165907600 La Esfera y El Laberinto Introduccion Manfredo Tafuri

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    Ttulo or ig inalL a s f e r a e i l l a b i r i n toA va ngua r d i e e a r c h i t e t t u r a da P i r a ne s i a g l i a nn i ' 70Versin caste l lana de F r a no e sc Se r r a Ca n ta r e l l ( i t a l i a no) , E s t e ve R i a m ba u Sa ur i ( f r a nc s )y F r a n c e s c A r l a C o r o n a s ( i n g l s y a l e m n )

    evis in bibl iogrf ica p o r J o a q u i m R o m a g u e r a i R a m i / X a v i e r G e l l i G u i x

    A 56 ?o / e . M / M L ^ I ^P r o v . lO-hsML- - VF e c h a / A ' J A c l kN o . o r d s n i _ l _

    G iu l io E in a u d i E d i to r e , s . p .a . , T u r in j 1980 )y pa r a l a e d i c in c a s t e l l a naE di to r i a l G us t a vo G i l i , S . A . , Ba r c e lona r " T $84N inguna pa r t e de e s t a pub l i c a c in , i nc lu ido e l d i se o de l a c ub i e r t a , pue de r e pr oduc i r se , a l -ma c e na r se o t r a nsmi t i r se e n f o r ma a lguna , n i t a mpoc o por me d io a lguno , s e a s t e e l c t r i c o ,qu mic o , me c n ic o , p t i c o , de g r a ba c in o de f o toc op ia s i n l a p r e v i a a u to r i z a c in e sc r i t a porpa r t e de l a e d i t o r i a l .Printed in SpainISBN: 84-252-1171-9D e p s i t o l e ga l : B* 6 .45 2 - 1984I m p r e s i n : H U R O P E , S . A . R e c a d e r o , 2 . B a r c e l o n a

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    Introduccin: El proyecto histrico SSV ti , t

    L le ga un mome nto ( no s i e mpr e ) e n l a i nve s t i ga c in , e n que , c omo e n un r ompe c a be -z a s , l a s p i e z a s e mpie z a n a c o loc a r se e n su s i t i o . Pe r o , a d i f e r e nc i a de l r ompe c a be z a s , e ndonde las piezas es tn todas a l a lcance de la mano y la f igura que se ha de componer esuna sola (y por e l lo , e l cont rol de la exac t i tud de las operac iones es inmedia to) , en la inves-t igac in, las piezas slo es tn disponibles en par te y las f iguras que se han de componert e r i c a me nte son m s de una . S i e mpr e e x i s t e e l r i e sgo de u t i l i z a r , c onsc i e n t e me nte o no , l a sp i e z a s de l r ompe c a be z a s c omo b loque s de un j ue go de c ons t r uc c ione s . Por e l l o , e l he c hode que t odo e s t e n su s i t io e s u n i nd i c io a mb iguo : o b i e n e s t a m os t o t a lm e n te e n l o c i e r t o ,o b i e n e r r a mos de l t odo . E n e s t e l t imo c a so , s e t oma c omo c ompr oba c in e x t e r na l a s e l e c -c in o l a a t r a c c in ( m s o me nos de l i be r a da ) de t e s t imonios , ob l i ga dos a c onf i r ma r l os p r e -supue s tos ( m s o me nos e xp l c i t os ) de l a i nve s t i ga c in . E l pe r r o c r e e mor de r un hue so ,c ua ndo e n r e a l i da d se e s t mor d i e ndo l a c o l a .1

    De esta manera, Cario Ginzburg y Adriano Prosperi sintetizan el cursolabern tico de l anlisis histrico y los* peligros a qu e est expue sto, en uno delos escasos libros recientes que tienen el valor de describir, no los resultados olm-picos y definitivos de una investigacin, sino su itinerario tortuoso y complejo.Pero, por qu proponer, al comienzo de un libro dedicado a las aventuras dellenguaje arquitectnico, el problema del rompecabezas ms propio de la laborde historiador? En primer lugar, se podra contestar que nuestra intencin esseguir una va indirecta. A quienes plantean el tema de la estructura arquitect-nica creemos que el trmino lenguaje se ha de admitir nicamente comom e t f o r a 2 vamos a proponerles el tema de la escritura crtica. Acaso la cr-

    1 . Ca r io G in z bu r g / A d r i a n o P r osp e r i , Giocho di pazienza. Un seminario sul Beneficiodi Cristo, T u r in , 1975 , p . 84 . L a r e f e r e nc i a a e s t e vo lu me n e xc e pc ion a l , que e xp one e n suse t a pa s , e n su i r y ve n i r , e n l os e r r o r e s supe r a dos , l a s duda s y l a s v i c i s i t ude s que c a r a c t e r i z a nla inves t igac in his tr ica , no es casua l . La pr imera par te de es te ensayo, como e l deG in z bu r g / P r ospe r i , e s f r u to de un t r a b a jo c om n , r e a l i z a do p or qu i e n e s to e sc r ibe j un toc on F r a nc o Re l i a y l os e s tud i a n t e s de H i s to r i a de l a A r qu i t e c tu r a de l I ns t i t u to U nive r s i t a r i ode A r qu i t e c tu r a de V e ne c i a , que , de a lguna ma ne r a , son sus c oa u to r e s . F r a nc o Re l i a hae xpue s to sus c onc lus ione s de l os se mina r ios a dos voc e s e n e l c u r so a c a d mic o 1976- 1977 e ne l a r t c u lo I I pa r a dosso de l l a r a g ione , e n Aut-aut, n. 161, 1977, p p . 107 a 111.2 . A c e p ta m os , a qu l a s r e f l e x ione s sobr e e l t e ma d e l l e ng ua j e a r t s ti c o que E mi l io G a -r r on i v i e ne e l a bor a ndo de sde ha c e a lgunos a os . V a se , e n pa r t i c u l a r , E mi l i o G a r r on i ,Progetto di Semitica, Bar i , 1972 (vers in cas te l la na : Proyecto de Semitica, E d i to r i a l G us -tav o G i l i , S. A. , Ba rce lo na , 1975) ; id . , Esttica ed epistemologa. Riflessioni sulla Critica,del giudizio, Ro m a , 1976; i d . , Pe r M a r c e l l o P i r r o . Su l s e n t im e n to , l a be l l e z z a , l e ope r a z io n ie l a s o p r a w i v e n z a d e l l ' a r t e , e n Pirro, U dine , 1977 . E s de un i n t e r s e x t r e mo, c r e e mos , queG a r r on i , pa r t i e ndo de K a n t , l l e gue a r e su l t a dos c ompa r a b l e s a l os que son f r u to de nue s -t ras re f lexiones sobre La genealoga de la moral, de N ie t z sc he , o sobr e e l Anlisis terminable

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    tica no constituye la especificidad histrica (y por tanto real) de las escriturasartsticas? Acaso la labor histrica no posee un lenguaje que, entrando perpe-tuamente en conflicto con la pluralidad de las tcnicas de formacin del ambiente,puede funcionar a modo de papel de tornasol para comprobar la adecuacin delos discursos sobre la arquitectura?As pues, slo en apariencia hablaremos de otras cosas. Incluso con dema-siada frecuencia, al indagar sobre lo que est en los mrgenes de un problemadeterminado, se nos presentan las claves ms fructferas para abordar este mismoproblema; sobre todo si ste se nos ofrece cargado de equvocos, como el queaqu nos hemos propuesto tratar.Precisemos ulteriormente nuestro tema. Arquitectura, lenguaje, tcnicas, ins-tituciones, espacio histrico. Estamos sencillamente alineando sobre un hilo ten-dido en el vaco una serie de problemas, cada uno de ellos con unos caracteresintrnsecos, o es lcito contestar los trminos utilizados, para reducirlos a unaestructura subyacente u oculta, en la que estas palabras hallan un significado

    comn sobre el cual pueden apoyarse? No hemos reducido casualmente a pala-bras la corporeidad de disciplinas histricamente estratificadas. En realidad,cada vez que la buena voluntad del crtico hace estallar su mala conciencia, cons-truyendo recorridos lineales que obligan a la arquitectura a transmigrar al len-guaje, ste a las instituciones y las instituciones a la universalidad omnicompren-siva de la historia, es necesario preguntarse por qu se da como actual una sim-plificacin que es totalmente ilcita.Despus de tantas demostraciones persuasivas acerca de la intranducibilidadde la arquitectura en trminos lingsticos, despus del descubrimiento a partirde De Saussure de que el mismo lenguaje es sistema de diferencias, despusde que se han puesto en duda las semejanzas aparentes de las instituciones, elespacio histrico parece disolverse, saltar en pedazos, identificarse con una apolo-ga de lo mltiple, descompuesto e inaferrable, como espacio del dominio. Acasono es ste el objetivo final de buena parte de la izquierda lacaniana, o de unaepistemologa del puro registro? Y por otra parte, la escritura arquitectnica, estefantasma que ya conocemos, desdoblado y multiplicado en tcnicas incomunica-bles entre s, no es ella misma institucin, prctica significante conjunto deprcticas significantes, multiplicidad de proyectos de dominio?Se puede hacer historia de tales proyectos sin salir de ellos, es decir, sinabandonar visiones de perspectiva de la misma historia, y sin preguntarse qu eslo que permite su existencia? Es necesario todava recordar que la globalidadde las relaciones capitalistas de produccin es a la vez condicin de cohesin yde difraccin de tcnicas, que el arcano de la mercanca fragmenta y multi-plica las relaciones que estn en la base de su reproduccin?Se le presentan al historiador una serie de interrogantes y ante ellos descubree interminable, d e F r e u d . E l p r o b l e m a r e s id e a q u e s c r i b e G a r r o n i ( " P e r M a r c e l l o P i r r o " ,c i t . p . 2) en esta particularidad e infinidad de modo s en que la particularidad se presenta.L a s c osa s no se p r e se n t a n c omo he c ha s a qu i e n qu i e r a c onoc e r l a s [ . . . ] e l mundo no se p r e -s e n t a c o m o y c o n o c i d o y a n a l i z a d o , a n t e s d e c u a l q u i e r i n t e n ^ n e i n o m o s c i t i v a y a n a l -t i c a [ . . . ] l a s c osa s son m s b i e n , de sde e s t e pu n to d e v i s t a ( ^ in a g o ta b l e s^ (.unerschpflich,d ic e K a n t e n l a Crtica de la razn pura), e n e l s e n t i d o d e q u e ~ p U t i k i r S e r d e t e r m i n a d a s yor ga n i z a da s , c on f i ne s c ognosc i t i vos , so l a me nte e n c ua n to a sume n un " pun to de v i s t a " , un" pr inc ip io o r ga n i z a dor " a de c ua do , e n r e l a c in c on c i e r t a c ons ide r a c in c i e n t f i c a .

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    la falta de homogeneidad de los materiales de su trabajo. Se trata de interrogan-tes que llegan hasta las races de la labor del historiador, uniendo indisoluble-mente la cuestin de los lenguajes, de las tcnicas, de las ciencias, de la arqui-tectura, a la de los lenguajes de la historia. Pero, qu historia? Con qu fines,a su vez productivos? Con qu objetivos de largo alcance?Las preguntas que nos estamos formulando parten de un presupuesto muyconcreto: en ellas la historia se ve como un ( pr od uc ir con todas las articulacio-nes del trmino. Produccin de significados, a partir de las huellas significantesde los acontecimientos, construccin analtica, nunca definitiva y siempre provi-sional, instrumento de de-construccin de realidades captadas. Como tal, la his-toria es determinada y determinante: es determinada por sus mismas tradiciones, (por los objetos que analiza, por los mtodos que adopta; y determina las transfor-maciones de s misma y de lo real que de-construye. Por ello, el lenguaje de lahistoria implica y asume los lenguajes y las tcnicas que actan en la produccinde lo real: ensucia aquellos lenguajes y aquellas tcnicas y es ensuciado por

    ellos. Desvanecido el sueo de un saber que se identifique inmediatamente conun poder, queda la lucha constante entre el anlisis y sus objetos, su tensinirreductible. Esta tensin es exactamente productiva : el proyecto histricoes siempre proyecto de una crisis.3E l c onoc imie n to i n t e r p r e t a t i vo ha e sc r i t o F r a nc o Re l i a 4 t i e ne un c a r c t e r c onve n-c i o n a l y e s u n a p r o d u c c i n , u n p o n e r un se n t ido e n- r e l a c in , y no de sc ubr i r el se n t ido . Pe r o , c u l e s e l s e n t i do de l ope r a r , de e s t a a c t i v ida d? Cu l e s e l l uga r de e s t a r e l a c in? Q uhay de t rs de la ' ' * 1 se r? Q u es , en f in , lo qu e

    f e n m e n o m s ri c o m p r e n s i b l e ; q u e p u e d e p r e -se n t a r se [v o r a n z u s t e l l e n ] me td i c a me nte s i n de c id i r na da sobr e su s ign i f i c a do l t imo . 5 H ea qu e l lmite de l a i n t e r p r e t a c in , e s de c i r , e l l uga r de l a de sc r ipc in [ . . . ] E n r e a l i da d , porme dio de l a c r t i c a y de l a p lu r a l i da d de l a i n t e r p r e t a c in , he mos a dqu i r i do l a f ue r z a deno querer contestar a l m un do su c a r c t e r e n igm t i c o e i nq u i e t a n t e , y a s , l a ge ne a log a seh a m a n i f e s t a d o c o m o crtica de l os va lo r e s , ha de sc ub ie r to su o r ige n ma te r i a l , e l c ue r po .

    Con ello, se plantea el problema de la construccin del objeto, disci-plinas, tcnicas, instrumentos analticos, estructuras de perodo largo que seha de poner en crisis; de una manera inmediata, el historiador se enfrenta conel problema de los orgenes, de los ciclos y de los fenmenos objeto de estu-dio. Y no es precisamente en el estudio de los fenmenos de perodo largo endonde la temtica del origen aparece como mitolgica? Aunque los tipos idealesde Weber o las estructuras conceptuales de Panofsky se presentan como abstrac-3. Va se , a pro p si to de es to , e l a r t culo de M assim o Cacc ia r i , Di a lcuni m ot ivi inW a l t e r B e n j a m i n ( d a " U r s p r u n g d e s d e u t s c h e n T r a u e r s p i e l s " a " D e r A u t o r a l s P r o d u z e n t " ) ,e n Nuova Corrente, n. 67, 1975, p p . 209 a 243 .4 . F r a n c o Re l i a , D a l lo spa z io e s t e ti c o a l i o spa z io de l l ' i n t e r p r e t a z ione , e n NuovaCorrente, n" . 68-69, 1975-1976, p . 412. A un qu e vase id . , T esto an a l t ico e ana l i s i tes tu a le ,e n V V . A A . , La materialit del testo. Ricerche interdisciplinari sulle pratiche significanti,V e r ona , 1977 , pp . 11 y s s . , y l a i n t r oduc c in a l vo lume n La crtica freudiana, M iln, 1977.5 . E l f r a g me nto c i t a do e s t e n Wille zur Macht, Le ipz ig, 1911, p . 489 (vers in cas te-l l a n a : En torno a la voluntad del poder, Edic ion es Pe nn sul a / Edi c ion s 62, S . A. , Barce-

    lona , 1973) , y e n F r i e dr i c h N ie t z sc he , Werke, e d . a l c u id a do de K . Sc h l e c h t a , M unic h , 1969 ,vol . I I I , p . 860 (vase la vers in cas te l lana de sus Obras, e n E d i to r i a l A ugus t a , S . A . ,Barce lona , 1970) .

    p u e d e s o p o r t a r f e n m e n o d e l c u e r p o e s e l

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    5Introduccinciones instrumentales, acaso no es en ellas dnde se plantea Indiferencia funda-mental entre inicio y origen? Por qu un inicio? No resulta ms productivomultiplicar los inicios, reconociendo que all donde todo se conjura para que yoreconozca la transparencia de un ciclo unitario se oculta un entretejido de fen-menos que pretenden que se les reconozca como tales?En efecto, el hecho de que el problema de la historia se identifique con eldescubrimiento de unos orgenes mticos implica una consecuencia totalmenteinserta en el positivismo ochocentista. Al plantear el problema de un origense presupone el descubrimiento de un punto o estadio final; un punto o estadioque lo explique todo, que gracias al encuentro con su antecesor originario, hagaaparecer una verdad determinada, un valor primario. Michel Foucault ha con-trapuesto a esta voluntad infantil de descubrir al asesino una historia que sepuede formular como genealoga.

    La genealoga escribe 6 no se cont rapone a la h is tor ia , como la v is in e levada yprofunda de la f i losofa a la mirada de topo del e rudi to ; a l cont rar io , se opone a l desp l ieguemetahistrico de las significaciones ideales y de las teleologas indefinidas. Se opone a labsqueda de l origen.No es casual que Foucault se apoye en Nietzsche para su arqueologa delsaber, hecha de pequeas verdades no aparentes, descubiertas con mtodo rigu-roso 7 El genealogista evita toda causalidad lineal, para evitar la quimera del ori-gen. Sin ello se expone a un riesgo provocado por las sacudidas, los accidentes, lospuntos dbiles o de resistencia que la propia historia presenta. No hay constanciade ninguna clase, en esta genealoga. Pero, sobre todo, no hay ningn reencuen-tro. La ciencia no est hecha para comprender, sino para cortar. 8Contra la wirkliche Historie, por tanto, un anlisis capaz de reconstruir elacontecimiento en su carcter ms agudo y nico, de restituir a la irrupcin delacontecimiento su carcter de ruptura. Pero, sobre todo, hacer pedazos lo quepermita el juego consolatorio de los reconocimientos. En realidad, reconocerpresupone lo ya conocido; la unidad de la historia el sujeto que se ha de reco-nocer se basa en la unidad de las estructuras sobre las que sta descansa, ytambin en la unidad de cada uno de sus elementos. Foucault explica claramenteel fin de este cruel querer conocer, exento de tentaciones consolatorias.Asumiendo sus d imensiones ms ampl ias escribe el querer conocer no se aproximaen modo a lguno a una ve rdad un ive rsa l ; no p ropo rc iona a l hombre un domin io pun tua l y

    sereno de la na tura leza ; a l cont rar io , no hace ms que mul t ip l icar los r iesgos; hace aumen-tar por doquier los pe l igros; derr iba las pro tecc iones i lusorias ; hace sa l ta r en pedazos launidad del su je to ; l ibera en l todo lo que se empea en d isociar lo y en dest ru i r lo . 9Es exactamente lo que haba preconizado Nietzsche en Aurora: El cono-cimiento escriba Nietzsche 1 0 se ha transformado en nosotros en una pasin6. M iche l Fo uca ult , Nietzsc he, la genea loga, la storia, en II Verri, n \ 39-40, 1972,p. 84 (version original: Nietzsche, la gnealogie, l 'histoire, en Homm age Jean Hyppolite,Paris, 1971).7 . Fr i ed r i ch N ie t z sche , U m ano , t roppo uma no , en Opere, ed . a l cu idado de G. Col l i/ M. Montinari , Miln, 1965, vol . IV, tomo II, p. 16.8 . Fou caul t , Nie tzsche , c it . , p . 95 (vase su volu me n: Nietzsche, Freud, Marx, Edi -tor ia l Anagrama, Barce lona , 1970).9. Ibid . , p. 103.10. F. Niet zsch e, A uro ra (429), en Opere, ci t . , vol . V, tom o I, pp. 215 y 216 (ver sion

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    El proyecto histrico 9que no teme ningn sacrificio y que no tiene, en ltimo trmino, ms que unsolo temor: el de extinguirse l mismo. Advirtiendo, en Ms all del bien y delmal, que podra incluso pertenecer a la constitucin fundamental de la existenciap-el hecho de que quien alcanza el perfecto conocimiento se encuentra con laanulacin .1 1Pero este lmite, este riesgo mortal, acaso no es el mismo que corre el len-(_ gua je que quiere teo rizar p erfecta me nte sobre s mismo? La transpare ncia cris-talina que se pretende de la historia, acaso no es anloga a lo que, segn Wittgens-tein, es el prejuicio de la transparencia cristalina del lenguaje? Qu garantastenemos de que, rompiendo y disociando estratificaciones que ya se reconocenen s como plurales, no se ha de llegar a una diseminacin como fin de s misma?En el fondo, al instituir, como hace Derrida, diferencias y diseminaciones, nosarriesgamos efectivamente a encontrar la anulacin preconizada y temida porNietzsche. Pero el verdadero peligro quiz no est ni siquiera aqu. El peligroque corren tanto las genealogas de Foucault las genealogas de la locura, dela clnica, del castigo, de la sexualidad, al igual que las diseminaciones de De-rrida, consiste en la re-consagracin de los fragmentos analizados al microscopio,como nuevas unidades autnomas y en s mismas significantes. Qu es lo queme permitir pasar de una historia escrita en plural a una puesta en cuestin deesta misma pluralidad?Es indudable que tanto Nietzsche como Freud creen que el lenguaje tericodebe comprender en s mismo la pluralidad: la pluralidad del sujeto, de la cien-cia, de las instituciones. Al descubrir que el lenguaje no es ms que uno de losmodos de organizar lo real, es necesario introducir la profunda disociacin de loreal. Es decir, que es necesario que quede claro que la historia no puede redu-cirse a una hermenutica, que no tiene como objetivo descubrir el velo de Mayade la verdad, sino que su funcin es ms bien romper las barreras que ella mismase construye, para proseguir, para sobrepasarse. Es intil identificar estas barrerascon las instituciones. Incluso el poder es plural: recorre clases sociales, ideologase instituciones, seccionndolas transversalmente. Sobre esto tambin .podemosestar de acuerdo con Foucault: el lugar del Gran Rechazo no existe; es necesarioconocerse dentro de los sistemas de poder.12En otras palabras, es necesario que quede bien claro que entre institucionesy sistemas de poder no existe una identidad perfecta. La misma arquitectura,como institucin, es todo lo contrario de un bloque ideolgico unitario; al igualque en otros sistemas lingsticos, sus ideologas actan de una manera que nadatiene de lineal. Hasta el punto de que es lcito sospechar que la misma crticade la ideologa arquitectnica, tal como se ha venido haciendo hasta ahora, hapasado cuentas a los aspectos ms aparentes e inmediatos de aquella ideologa,hecha de rechazos, de remociones, de introspecciones que reconocen el cuerpode su escritura. Desplazar la investigacin de un texto una obra, tal como senos ofrece, con todo su carcter de aparentemente completa a un contextocaste l lana: Aurora. Meditacin sobre los prejuicios m orales, Jos J. de Olae ta Editor, Bar-celona, 1978).11. Ibid. , Al di l del bene e del male (39), id. , pp. 46 y 46 (versin castel lana: Msall del Bien y del Mal, Edi tor ia l Al ianza , S. A. , Madrid , 19795).12. Vase M. Fouc aul t , La Volont de savoir, Pars 1976, en part icular pp. 123 y ss.

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    no es suficiente. El contexto encierra a la vez lenguajes artsticos, realidades fsi-cas, comportamientos, dimensiones urbanas o territoriales, dinmicas poltico-econmicas. Pero se va rompiendo continuamente a causa de accidentes tcni-cos: se rompe por las maniobras tcticas que se entrecruzan oscuramente conlas grandes estrategias, se rompe por causa de ideologas subterrneas, pero queactan a nivel intersubjetivo, se rompe por la actuacin de tcnicas de dominiodiversas, cada una de las cuales posee su propio lenguaje intraducibie.Es lo que, siguiendo las huellas de una lectura parcial de Nietzsche, reco-noca Simmel en Metafsica dlia morte:

    E l se c r e to de l a f o r ma e s t e n e l he c ho de que s t a e s f r on t e r a ; e s l a c osa mi sma y ,a l propio t iempo, e l cesar de la cosa , e l te r r i tor io c i rcunscr i to en e l cua l e l Ser y e l No-ms-ser de la cosa son una sola cosa .1 3Si la forma es frontera, surge el tema de la pluralidad de las fronteras, su jjpuesta en discusin. Por ello, el mismo Simmel, en su ensayo La moda, reco- ||

    noce quee l modo e n que nos e s da do c onoc e r l os f e nme nos de l a v ida nos ha c e a dve r t i r e n c a dapun to de l a e x i s t e nc i a una p lu r a l i da d de f ue r z a s ; s e n t imos que c a da una de e l l a s a sp i r a asupe r a r e l f e nme no r e a l , l imi t a su i n f in ida d e n r e l a c in c on l a o t r a y l a t r a ns f o r ma e n pur at e ns in y de se o . 1 4

    Aadiendo poco despus:Pr e c i sa me nte , por que e l de se o de pe r ma ne c e r e n e l da to , de se r i gua l e s a l os de m sy de ha c e r l o mi smo que ha c e n l os o t r os e s e l e ne migo impla c a b l e de l de se o que qu i e r e p r o -

    c e de r a nue va s y e spe c f i c a s f o r ma s de v ida , y c a da uno de e s tos dos p r inc ip ios se e nc a mi -na po r s ha c i a e l i n f i n i t o , l a v ida soc i a l ha de a pa r e c e r c om o un c a m po de ba t a l l a e n e l quec a d a p a l m o d e t e r r e n o e s d i s p u t a d o y las instituciones sociales aparecern como aquellasconciliaciones de breve duracin, en las cuales el antagon ismo de los principios, que con -tina actuando, ha asumido la forma externa de una cooperacin.15No se trata de convalidar por medio de Simmel el Freud de Eros y Thanatoso acto perverso, aunque siempre posible la metafsica del deseo de Deleuzey Guattari. Ms bien se trata de reconocer que la temtica de la frontera ntra^,.seca de las formas, de los, lmites del lenguaje, es parte integrante de una^crisisjdeterminada histricamente, ms all de la cual (aunque dentro de los signos;'

    que sta nos ha impuesto) estamos obligados a situarnos. Es decir, que solamentepodremos hablar de lenguaje sabiendo que no hay un lugar en donde se mani-fieste su pLej^ud_omnicomprepsiva, porque esta plenitud ha sido destruida his-tricamente. El fracaso de una ciencia de los signos en general de una semiolo-ga capaz de traducir un sistema lingstico a otro est ante nosotros. En elinfinito se podr dar la interseccin del sistema de diferencias de De Saussure13 . G e or g S imme l , ve r s in i t a l i a na e n Arte e civilt, e d . a l c u i d a d o d e D i o F o r m a g -g io y L uc io Pe r uc c h i , M i l n , 1976 , p . 67 ( ve r s in o r ig ina l : Zur Metaph ysik des Todes).1 4 . I b i d e m , L a m o d a , e n Arte e civilt, c i t . , p . 19 (vers i n or ig ina l : Z ur Psych ologie

    de r M ode . Soz io log i sc he S tud i e , e n Die Zeit, 12 de oc tu bre de 1895; va se su Sociologa,2 vo l s . Re v i s t a de O c c ide n t e , S . A . , M a dr id , 1977) .15. Ibid . , p . 21.

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    con el de la arquitectura, del ambiente fsico, de los lenguajes no verbales.. En elinfinito se podr intentar exorcizar la inquietud provocada por la percepcin delas rupturas epistemolgicas, recuperando la inocencia de los smbolos arque-tpicosj la pirmide, la esfera, el crculo, la elipse, el-laberinto, se instalarn comoestructuras permanentes de formas inexplicablemente cambiantes, para que elansia del arquelogo pueda apaciguarse con el reconocimiento de un eternoretorno a lo idntico. No se puede traicionar a Nietzsche de una manera msradical de lo que son capaces hoy los desatentos lectores de Cassirer.El problema estriba ms bien en descubrir por qu est todava presente estedeseo de certezas, y preguntarse si esta tentativa infantil de reconstruir una ple-nitud perdida por palabras desencantadas no es paralela al privilegio atribuidopor Lacan a la pura materialidad del significante. No hay ms que atender alanlisis de las formas los ectoplasmas de Borromini, de Piranesi o de Le Cor-busier se prestaran perfectamente al juego como eventos instantneos del Su-jeto y su reunificacin como manifestacin de la Palabra del Otro. En otraspalabras, la nostalgia por la sntesis dialctica est alimentada por el terror, enlas confrontaciones de diferencias que dominan juegos lingsticos y prcticosde poder, mltiples y dispersos en innumerables tramas; la tentacin de redes-cubrir un rescoldo domstico, resucitando con los instrumentos ms engaososel Yo pienso de Kant, figura en el seno de una crisis que opone barreras a ladireccin de la marcha.Por cunto tiempo todava habremos de recordar a los nostlgicos de lacentralidad que actualmente ya no hay otra posibilidad que la de trazar lahistoria que lleva al divorcio entre significante y significado, reconocer la crisisde aquel matrimonio inestable, concretando sus estructuras ms ntimas?Buscar una plenitud, una coherencia absoluta en la intervencin de las tc-nicas de dominio es poner mscaras a la historia; o mejor, es aceptar las mscarascon que se presenta el pasado. La misma crisis de la ideologa, teorizada porel gran pensamiento burgus, acaso no oculta la aparicin de prcticas signifi-cantes ms engaosas, situadas en los repliegues de las tcnicas de transformacinde lo real? Y si lo real es el lugar de un combate permanente, no ser necesariopenetrarlo para poner de manifiesto lo que en ello fuere menos evidente?

    P r e c i s a m e n t e p o r q u e N a p o l e n n o e r a n a d a e s c r i b e M a r x 1 6 pod a s i gn i f i c a r lo t odo ,sa lvo l mi smo [ . . . ] Fue e l nombr e c o l e c t i vo de t odos l os pa r t i dos c oa l i ga dos [ ] L a e l e c -c in de N a po le n so l a me nte pod a e xp l i c a r su s ign i f i c a do pon ie ndo e n l uga r de un nombr esus s i gn i f i c a dos ml t i p l e s .Por tanto, en lugar de unoCsignificados mltiples^-Tan slo asumiendocomo real esta pluralidad oculta se puede iMegtlir dsfruir el fetiche que secondensa-fin, torn o a un nom bre, un signo, un leng uaje, una ideologa. Con ellovolvemos directamente ajNietzsch4

    Ca da ve z que l os p r imi t i vos e s t a b l e c a n una pa l a br a e sc r ibe N ie t z sc he e n Aurora17c r e a n h a b e r h e c h o u n d e s c u b r i m i e n t o [ E n t d e c k u n g ] ; ha b a n t o c a do u n p r o b l e m a , y c on l ai l us in de ha be r lo resuelto, h a b a n c re a d o u n o b s t c u l o p a r a s u r e s o l u c i n . A c t u a l m e n t e e n16 . K a r l M a r x , Lotte di classe in Francia, R om a, 1961, pp . 172 y ss . (vers in cas te -l l a n a : Las-luchas de clases en Francia, E d i to r i a l A yu so , M a dr id , 1975) .17 . N ie t z sc he , Aurora, ci t . , p. 40.

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    t odos l os c onoc imie n tos he mos de t opa r c on pa l a br a s e t e r n i z a da s y dur a s c omo p i e dr a s ya n t e s n o s r o m p e r e m o s u n a p i e r n a q u e r o m p e r u n a p a l a b r a .Ya que el uso del lenguaje es una tcnica de dominio, no sera difcil reducirla observacin de Nietzsche a otros trminos. Toda la Contribucin a la crtica dela economa poltica de Marx realiza un filtrado y opera una reescritura que rom-pe palabras eternizadas y duras como piedras.Con estas palabras la crtica y no solamente la crtica arquitectnicaconstruye a menudo monumentos impenetrables. Las rocas se amontonan; sumultiplicidad queda oculta por edificios que fingen (y slo fingen) dar forma auna biblioteca imaginaria. O al contrario, dejando siempre a las rocas suindiscutible corporeidad, se excavan cavernas en sus intersticios. De esta manerala crtica se ve obligada a realizar viajes superfluos. Los fantasmas que encuentraen el falso espacio que ella misma ha delimitado cuidadosamente asumen losaspectos ms variados anlisis urbano, anlisis topolgico, anlisis semiol-gico aunque sea slo para ocultar al verdadero interlocutor que est en elfondo de la caverna: la sntesis dialctica.H a y una c r t i c a de l a s n t e s i s d i a l c t i c a ha obse r va do r e c i e n t e me nte Ca c c i a r i 1 8por que de e s t a s n t e s i s ha su r g ido una crisis q u e h a m a r c a d o h i s t r i c a m e n t e t o d a u n a f a s ede l de sa r r o l l o y de l E s t a do c on t e m po r n e o [ . . . ] S i a hor a r e su l t a ind e c e n t e ha b l a r de lPo l t i c o e n t r m inos m e ta f s i c os o de un l e ng ua j e suyo p r iv i l e g i a do e n pe r spe c t i va , om ni -c o m p r e s i v o , panopticon igua lm e nte i nd e c e n t e e s que r e r sa lva r l a s f o r m a s de l Po l t i c oc o m o i n s t i t u c i o n e s d e a l g u n a m a n e r a a u t n o m a s , e n r e l a c i n c o n l a c a d u c i d a d p r o p i a d eo t r os l e ngua j e s : a l a t r a ns f o r m a c i n c on s t a n t e de la s t c n i c a s , e n c uyo un ive r so e l Po l -t i c o r e s u l t a i n e x o r a b l e m e n t e v e n c i d o .

    La arquitectura como poltica es ya un mito tan gastado que no merece lapena que le dediquemos ms consideraciones. Pero si el Poder y las institu-ciones en las que se encarna habla muchos dialectos, el objeto de la historiaes el anlisis del enfrentamiento entre ellos. La construccin del espacio fsicociertamente es el lugar de una batalla : un anlisis urbano correcto lo demuestraampliamente. Que esta batalla no sea totalizadora, que deje mrgenes, restos,residuos, es tambin un hecho indiscutible. Aqu se abre un amplio campo deinvestigacin: investigacin sobre los lmites del lenguaje, sobre los lmites de lastcnicas, sobre los umbrales que dan espesor. El umbral, el lmite, la frontera,definen: radica en la naturaleza de esta definicin que el objeto as circunscritose convierta inmediatamente en evanescente. Se da la posibilidad de construir lahistoria de un lenguaje formal solamente destruyendo, paso a paso, la linealidad

    18 . M a ss im o Ca c c i a r i , II problem a del poltico in Deleuze e Foucau lt (Sul pensiero diautonoma e di gioco), t e x to c i c los t i l a do e n e l s e mina r io sobr e e l m todo a na l t i c o deM ic h e l Fouc a u l t ( M . Ca c c i a ri / F . Re l i a / M . T a f u r i / G . T e ysso t ) , D e pa r t a m e n to de H i s to r i ade l I V A V , 22 de a br i l de 1977 . ( A unque v a se t a mbi n a hor a II dispositivo Foucau lt, Vene-c ia , 1977, pp. 57 y ss . ) La c r t ica de Cacc ia r i se di r ige pr inc ipa lmente a l Vigilar y castigar d eFouc a u l t ( S ig lo X X I de E s t a pa E d i to r e s , S . A . , M a dr id , 1978) y a l d i logo e n t r e D e le uz e yF o u c a u l t , i n c l u i d o e n e l v o l u m e n Deleuze, Cose n z a , 1977. Pa r a un a u l t e r i o r a r t i c u l a c in de lt e ma , v a se e l e nsa yo in t r oduc t ivo y e l f i na l de l vo lume n de l p r op io M . Ca c c i a r i , Pensieronegativo e razionalizzazione, Pa d ua , 1977 . Pa r t i e nd o de l a s c ons id e r a c ione s de Ca c c i a r i , quepo r o t r a pa r t e m e r e c e n u l t e r i o r e s e spe c i f i c a c ione s^ a pa r e c e n e n g r a n m e di da a r b i t r a r i a s l a st e s i s e xpue s t a s e n e l pa nf l e to de Je a n^B u M U a r ^JDubl ier Foucaul t , Pa r s , 1977 (vers inc a s t e l l a n a : Olvidar a Foucault, P r e - T e x to s , V a l n c i a , 1978) .

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    de aquella historia y su autonoma: quedarn huellas, signos fluctuantes, cortesno cicatrizados. El movimiento del caballo puede historiarse como juegocompleto en s, acabado, y por ello tautolgico. Los lenguajes mltiples delas formas inducen as a descubrir que el lmite de las propias formas no encie-rran mnadas casualmente flotantes en su divina autotransformacin. La lneade frontera aquella que el formalismo riguroso de Shklovsky, el autor de Sobrela prosa literaria, o el de Fiedler y de Riegl han trazado con tanta sabidura entorno a las artes verbales y figurativas est all para sealar las superficies deimpacto que condicionan la interaccin de prcticas significantes con prcticasde poder dotadas de tcnicas especficas^Pero, cundo y por qu ha sucedido que los campos disciplinares hayan sidoreconocidos precisamente con tal especificidad que resulten intraducibies entre s,carentes de unificaciones trascendentales? Cundo y por qu la autonoma delas tcnicas se ha definido como crisis permanente, conflicto entre lenguajes, eincluso entre los distintos dialectos dentro de un mismo lenguaje? Nos ayudaalgo, en el campo de la arquitectura, reconocer su continua fragmentacin, desdeel siglo xviii hasta hoy, en reas disciplinares que solamente un idealismo retra-sado quiere ahora reducir a unidades operativas?Y a todo ello, una nueva pregunta: Es legtimo plantear la cuestin delcundo y del porqu sin someter a crtica, siempre y de nuevo, la temtica delorigen? O sea, que volvemos de lleno a la cuestin de la genealoga, tal como lahaba propuesto Nietzsche, como construccin, en sentido propio, instrumento(y por tanto, modificable y consumible) en manos del historiador.La genealoga histrica se presenta con todos los caracteres de un trabajo;trabajo de-constructivo y re-constructivo, trabajo que desplaza las rocas deNietzsche y las rene de nuevo, que produce significados, removiendo aquellosdatos. Con gran agudeza, Jean-Michel Rey ha relacionado las masivas omisio-nes que Nietzsche haba descubierto en la formacin de las lenguas, de losvalores, de las ciencias, con el trabajo de descifrado, que Freud indica comoprevio al anlisis.19

    E n l a d i s to r s in de un t e x to obse r va F r e ud e n Moiss y la religin mono testa20ha y a lgo a n logo a un homic id io . L a d i f i c u l t a d c ont ina no c ons i s t e e n l a pe r pe t r a c inde l a c to , s i no e n l a e l imina c in de l a s hue l l a s . Se r a p r e c i so r e s t i t u i r a l a pa l a br a Entstel-lung e l dob l e s i gn i f i c a do a que t i e ne de r e c ho , a unque a c tua lme nte se ha ya pe r d ido l a c os -tumbr e . E s t e t r mino no so l a me nte de be r a s i gn i f i c a r modi f i c a r e l a spe c to de a lguna c osa ,s ino t a mbi n pone r e n o t r o l uga r , de sp l a z a r ( v e r s c h i e b e n ) a o t r o l uga r . E s t e e s e l mot ivopor e l c ua l , e n nume r osos c a sos de a l t e r a c in de l t e x to pode mos c ons ide r a r que pue de e s t a r

    19. L a leng ua f i losf ica ha escr i to Jean-Mich e l Rey no h a po did o es tab lecersec o m o " a u t n o m a " o " u n v o c a " m s q u e e n r a z n d e u n a o m i s i n m u c h o m a y o r , e s d e c i r ,de una r e moc in de c i s iva , l a de su p r oduc c in , de su t e j i do me ta f r i c o , de sus p r s t a mos , desus d b i tos , de l c on jun to de su t r a ma . Son los e f e c tos de e s t a omis in ma s iva l o que N ie t z sc hevue lve a i nsc r ib i r e n su t e x to , por me d io de l a p r c t i c a de l a doble inscripcin, d e u n re d o -b l a m i e n t o / r e f u s i n , d e u n a t r a d u c c i n p r o d u c t i v a . T r a b a j o c o m p l e t a m e n t e a n l o g o a l d e d e s -c i f r a do e f e c tua do por F r e ud . ( Je a n- M ic he l Re y , I l nome d l i a s c r i t u r a , e n II Verri, n. ' 39-40,1972, p . 218.2 0 . S i g m u n d F r e u d , M o s e i l m o n o t e s m o , e n Gesammelte Werke, vo l . X V I , p . 144( ve r s in c a s t e l l a na : M oiss y la religin mono testa, e n Escritos sob re judaismo y antisemi-tismo, A l i a nz a E d i to r i a l , S . A . , M a dr id , 1970 , o e n e l vo l . I X de Obras Completas, B ib l i o t e c aN ue va , M a dr id , 1975) .

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    4 Introduccinen a lguna parte , aunque modif icado y separado de su contexto , lo que se ha recogido ( dasUnterdackte y lo que se ha negado. Pero no s iempre es fc i l reconocerlo .

    Intentemos volver el discurso sobre s mismo. El lenguaje de la historia, olos lenguajes codificados del anlisis crtico, no son tambin hablados por unaserie de censuras, de represiones, de negaciones? La crtica del texto, la crticasemntica, la lectura iconolgica, la sociologa del arte, la genealoga de Foucault,nuestra propia crtica, no son acaso tcnicas que solamente descifran ocultandolas huellas de homicidios perpetrados ms o menos conscientemente? Dicho deotra manera, se podra afirmar que tambin el lenguaje de la crtica, el lenguajeque debera desplazar y romper rocas, es l mismo una roca. Cmo utili-zarlo de manera que no se convierta en instrumento de un rito sagrado?Quizs ahora quede ms claro el peligro que encierran los anlisis de Blan-chot, de Barthes, de Derrida. Asumiendo voluntariamente los semblantes plura-les de objetos igualmente descritos de una manera plural tanto las obras lite-rarias como las ciencias humanas aquellos lenguajes crticos se obligan a nosobrepasar el umbral que separa un lenguaje de otro, un sistema de poder deotros sistemas de poder. stos pueden infringir obras y textos, construir genea-logas fascinantes, iluminar hipnticamente nudos histricos resueltos con lecturasa conveniencia. Pero han de negar la existencia de un espacio histrico. Es indu-dable que la ciencia tiene por objeto cortar y no unir. Y es igualmente cierto quela verdadera metfora supersignificante, hasta el punto de resultar impenetrable,es la linealidad del discurso cientfico; del discurso que por definicin ha elimi-nado de su seno toda metfora. Por tanto, no protestamos contra la aceptacinde la metfora y del aforismo en las ciencias histricas. El verdadero problema jconsiste en proyectar una crtica capaz de ponerse continuamente en crisis ellamisma, poniendo en crisis lo real. Lo real, obsrvese bien, y no solamente sussecciones individualizadas.Volvamos a Marx: si los valores penetran dentro de las ideologas que renue-van los deseos iniciales, podemos interpretar estas ideologas como representa-ciones delirantes, en sentido freudiano. Por otra parte, una representacin deli-rante se produce socialmente; la historia de la socialdemocracia alemana demues-tra que el mito de la fraternidad y de la paz rompe verticalmente la gran estra-tegia de Bismarck, al igual que las fuerzas que se oponen a ella. Pero aquel mitorompe y reunifica los troncos de la propia oposicin, con prcticas significantesdistintas. Lassalle, Kautsky, las diferentes corrientes expresionistas, el grupo dela Aktion, el espartaquismo, el dadasmo berlins, el utopismo de la GlserneKette y del Arbeitsrat fr Kunst resultan hablados por instrumentos ricos enintersticios; y se trata de intersticios a travs de los cuales pueden penetrar lasgrotescas ideologas populistas.de Darr y de Rosenberg. Hemos de maravillar-nos al constatar afinidades entre el anarquismo supermstico de la Alpine Archi-tektur de Taut y las caprichosas ideologas del Blut-und-Bodenl 2 1 Con todo,

    21 . Con todo , cons ide ramos como un debe r rech aza r una i n t e rp re t ac in demas i adol inea l de los procesos que s iguen muchos temas propios de las ideologas expresionis tas ytardorromnt icas , y que se t raducen en la prc t ica nacionalsocia l i s ta como nos parece que esla que sost iene e l ensayo de John Elderf ie ld , Metropol i s , en Studio International, volu-men CXXCIII , n . 944 , 1972, pp . 196 a 199 , o en e l vo lumen, por o t ro lado aprec iab le , deGeorge L. Mosse , La nazionalizzazione delle masse, Bolonia, 1975 (versin original: The

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    aquellas representaciones delirantes resultan histricamente necesarias. Suturandoel malestar de la civilizacin, permiten la supervivencia de la propia civiliza-cin. Pero como diques que contienen unas fuerzas en ebullicin, actan comoatascos que no es fcil despejar. La de-construccin de estos diques es tarea delanlisis histrico. Pero no para asistir a posibles epifanas del sujeto individualo colectivo, o para celebrar la puesta en marcha de torrentes de deseos que final-mente quedan libres para estallar.En cuanto representacin, la historia tambin es fruto de una remocin, deuna negacin. El problema consiste en hacer de aquella negacin una abstraccindeterminada: dar una direccin de ma rcha a la labo r terica. Justame nte, Ma rxhabla de abstraccin para el anlisis de la economa poltica.La [abstraccin determinada ) solamente es tal si conoce sus propios lmites;es decir, si est constantemente dispuesta a ponerse en crisis, si, al transformary al despedazar el material de sus propios anlisis sus propios diques ideol-gicos se transforma y rompe ella misma y su propio lenguaje con ella. As, lacrtica es un trabajo, en sentido literal, tanto ms fecundo cuanto ms conscientees de sus propios lmites. Aunque no sea lcito complacerse en esta conciencia.El nudo terico que se ha de abordar es cmo construir una historia que,despus de haber roto y descompuesto la aparente solidez de lo real, despus dehaber desplazado las barreras ideolgicas que ocultan la complejidad de lasestrategias de dominio, alcance el corazn de la estrategia; es decir, que lleguea sus modos de produccin. Pero aqu se comprueba la existencia de una nuevadificultad: los modos de produccin, en s aislados, no explican ni determinan.Ellos mismos estn anticipados, retrasados o atravesados por corrientes ideol-gicas. Una vez aislado un sistema de poder, su genealoga no puede ofrecersecomo universo completo en s mismo; el anlisis debe ir ms all; ha de hacerchocar entre s los fragmentos inicialmente aislados, ha de poner en causa loslmites que se ha imp uesto. E n cu an tojrtrab aj o , el anlisis no tiene fin: es,como reconoce Freud, por naturaleza'yzflnzg^ 22Pero en este punto aparece un nuevo problema: la ideologa no acta nuncacomo fuerza pura. No solamente ensucia la praxis y es ensuciada por sta,sino que se entrelaza con otras ideologas, a menudo antitticas. Se podra afir-mar que las ideologas actan por grupos y se extienden capilarmente en laconstruccin de lo real. Negacin del sujeto, sacralidad de lo banal, ascesis deSchopenhauer, devastacin y reafirmacin de la materia, celebracin del arcanode la mercanca y desesperacin frente a sta estn indisolublemente enlazadasen las poticas de las vanguardias negativas. La aparicin de la ideologa deltrabajo traducida en imgenes ascticas, propia de las corrientes arquitectnicasy figurativas radicales y constructivas, desplaza los factores que componenNationalisation of the Masses. Political Symbolism and Mass Movement in Germany fromthe Napoleonic Wars through the Third Reich, N u e v a Y o r k , 1 9 7 4 ; v a s e d e l a u t o r : La cul-tura nazi, E d ic ione s G r i j a lbo , S . A . , Ba r c e lona , 1973) . M s r i c a y a r t i c u l a da e s l a l e c tu r ar e a l i z a da e n e l l i b r o de G ia nc a r lo Buonf ino , La poltica culturle operaia. De Marx e Las-salle alia Rivoluzione di Novem bre: 1859-19 19, M i l n , 1975 , que d i sc u t imos e n e s t e vo lume n ,e n l a pa r t e I I , c a p . I V .2 2 . S . F r e u d , D i e e n d l i c h e u n d d i e u n e n d l i c h e A n a l y s e , e n Gesammelte Werke,vo l . X V I ( ve r s in c a s t e l l a na : Anlisis terminable e interminable, en vol . IX de O . C. , c i t . ) ,y e l c ome nta r io que ha c e F . Re l i a e n l a i n t r oduc c in a La critica freudiana, ci t . , p p. 45 y ss.

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    6 Introduccinaquella trama; pero la Neue Sachlichkeit hunde sus propias races en las descom-posiciones macabras de la Morgue de Gottfried Benn. As, la ramificacin ideo-lgica no es un todo finito: puede llegar a serlo, una vez agotados sus objetivoshistricos como sucede hoy, mostrando una viscosidad que se ha de comba-tir, pero que primero se ha de analizar en sus caractersticas peculiares.

    No quisiramos que se nos entendiera mal. No queremos en absoluto can-tar himnos de alabanza a lo irracional o interpretar los conjuntos ideolgicos enuna actuacin compleja como rizomas, al modo de Deleuze y Guattari. 23Precisamente consideramos necesario no hacer rizomas con aquellos conjun-")tos. Ya que est implicada con los objetos y los fenmenos que analiza, la crticahistrica ha de saber jugar en el filo de la navaja que hace de frontera entre el 1distanciamiento y la participacin. Aqu reside la fecunda incertidumbre delpropio anlisis, su ser interminable, sTT contin uo volver siem pre y d e n uevo sobreel material examinado y a la vez sobre s mismo.Una nueva duda se presenta a propsito de esto. Reconociendo que ideolo-gas y lenguajes rocas de Nietzsche y construcciones delirantes de Freudson producciones sociales, se caera en un idealismo fcil al considerar que suexplanacin terica, por medio del anlisis histrico puro, sera capaz de unaremocin eficaz y operativa.Sera intil lacerar los mtodos de la crtica operativa y mejor sera lla-marla normativa para evitar equvocos siempre posibles sobre nuestras inten-ciones reales, dejando intactos los principios en que se basa. Una produccinsocial lucha con producciones sociales alternativas: esto nos parece evidente.Hemos de invocar un mtico intercambio dialctico entre el intelectual colec-tivo y las disciplinas reestructuradas? Este camino, que todava no podemoseximirnos de seguir, no es acaso el tradicional del trasvase de experiencias sub-jetivas en instituciones que han quedado sin analizar y consideradas, en definitiva,como intocables?Quiz no sea posible todava ofrecer respuestas vlidas y concretas a nues-tro interrogante, pero es importante apreciar su carcter central para el debateactual, y precisamente como problema claramente poltico. Quienes no quieranmitificar el espacio de la teora, se han de enfrentar hoy con este problematodava no resuelto: ja socializacin y la productividad del espacio histrico- ^Anlisis y proyecto: dos prcticas sociales divididas y conectadas entre s porun puente, por ahora artificial. Volvemos al tema inquietante del anlisis inter-minable. Interminable por sus caractersticas internas, por los objetivos que,como tal, se ve obligado a proponerse. Pero este anlisis sin lmites, para entrar

    23. Vase Gi l les Deleuze / F l ix Guat ta r i , Rizoma, Par ma y Lucc a , 1977 (vers in ori -g ina l : Rhizome [Introduction], Par s, 1976; versi n cas tel la na: Rizoma [Introduccin],Pre-Textos , Valencia , 1977). El r izom a escriben Deleuze / Gu at tar i es una an t igenealo-g a . El r izoma procede por variac in , expansin , conquis ta , cap tura , inyeccin . En oposic ina la graf a , a l d ibujo o a la fo tografa , en oposic in a los ca lcos , e l r izoma se reduce a unpape l que ha de se r p roduc ido , cons t ru ido , s i empre desmon tab l e , mon tab l e , con en t radas ysa l idas ml t ip les , con sus l neas de fuga [ . . . ] e l r izoma es un s i s tema acnt r ico , no je rrqui -co y no s igni f icante , s in genera l , s in memoria organizadora o au tmata cent ra l , n icamentedefin ido po r una c i rcu lac in de es tados (Ib id . , p . 56) . Un a cr t ica p un tua l de l fe t ich ismode la teora en Deleuze y en su escuela se encuent ra en e l a r t cu lo de M. Cacciar i , "Ra-z ional i t" e "i rraz ional i t" ne l la c r i t ica de l po l t ico in Deleuze e Foucaul t , en Aut-aut,n. 161, 1977, pp. 119 a 133.

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    El proyecto histrico 4en la praxis, se ve obligado a marcarse unos confines, aunque sean provisionalesy parciales. En otras palabras, el trabajo histrico se ve obligado a traicionarseconscientemente: la pgina final de un ensayo o de una investigacin es necesaria;pero se ha de interpretar como una pausa, que sobreentiende unos puntos sus-pensivos. Por lo dems, una pausa es tanto ms productiva cuanto ms ha sidoprogramada.As pues, este trabajo necesita avanzar por tiempos, construyendo sus pro-pios mtodos como soportes en perenne transformacin; lo que decide los modosde esta transformacin es siempre el material sobre el que se ejerce. La historiaexactamente como el anlisis freudiano en su ncleo ms profundo no esi solamente una terapia. Poniendo en duda sus propios materiales, los reconstruye,reconstruyndose continuamente. Las genealogas que traza son tambin barre-ras provisionales, de la misma manera que el trabajo analtico est muy lejos dequedar inmune a los condicionamientos de las prcticas significantes o de losmodos de produccin. El historiador es un trabajador en plural, lo mismo quelos sujetos sobre los que ejercita su trabajo. As, existe un problema de lenguajeen la historia. En cuanto crtica de prcticas significantes, deber remover pie-dras, removiendo sus propias piedras. La crtica slo habla si la duda con queaborda lo real se vuelve contra ella. Operando en sus propias construcciones, lahistoria incide con un bistur sobre un cuerpo cuyas cicatrices no cerradas toda-va cuartean lo compacto de las construcciones histricas, las problematizan,impiden que se presenten como verdad.El anlisis entra as en lo vivo de una serie de combates y asume los carac-i-toes de una lucha. Lucha contra la tentacin de exorcizar enfermedades, de/1 " - curar , lucha con tra sus propios instrumentos, lucha contra la contemplacin.

    t Por ello, todo anlisis es provisional; todo anlisis se ocupa solamente de me dirlos efectos que pone en marcha para cambiarse, en razn de los cambios que sehan producido. Las certezas que la historia presenta se han de leer, por lo tanto,como expresin de mudanzas: no son ms que barreras o defensas-queocultanla realidad de la escritura histrica. La cual incorpora la (^certidumbre: una/ historia verda dera no es aquella que se arro pa con pruebas fillogicas indis-V J cutibles, sino la que recoge su propia arbitraried ad, que se reconoce como edifi-cio inseguro.Esta caracterstica del trabajo historiogrfico se mide, repetimos, con losprocesos que l mismo provoca: exactamente, estos procesos deciden sobre lavalidez de la construccin provisional, ella misma presentada como material parareinterpretar, analizar, superar. Pero en este punto vuelve a aparecer la cuestinrelativa a los materiales de la historia. Frente a la historia se delimitan camposde investigacin preestablecidos de una manera artificial: se trata de las cienciasy de las tcnicas de la transformacin de lo real, de los sistemas de dominio, delas ideologas. Cada uno de estos campos de investigacin se presenta con su| propio len gua je: y lo que este lengua je com pletam ente form alizado oculta es sui tensin a fundirse en un lenguaje omnicomprensivo, es su tender a otra cosa. La[ distancia que separa la palabra de las cosas el divorcio entre el significante ylo significado, acaso no es instrumento de tcnicas diferenciadas de dominio?Acaso sirve de algo limitarse a comentar aquellas tcnicas? Despedazarlas, .reve-lar su arbitrariedad, poner de manifiesto las metforas ocultas, acaso no com-porta individualizar nuevos espacios histricos?

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    8 IntroduccinEl espacio histrico no instituye vnculos improbables entre lenguajes diver-sos, entre tcnicas alejadas entre s. Ms bien explora lo que expresa esta dis-tancia; sondea lo que se presenta como un vaco, intenta hacer hablar la ausenciaque parece campar en aquel vaco.Es, pues, una operacin que cala en los intersticios de las tcnicas y de loslenguajes. Operando en los intersticios, el historiador no pretende ciertamentesuturarlos: ms bien quiere hacer emerger lo que se ve en los confines del len-guaje. As, el trabajo histrico pone en cuestin el problema del lmite, se con-fronta con la divisin del trabajo en general, tiende a salir de sus propios confines,proyecta la crisis de las tcnicasjiadas: Por tanto, historia com0 proyecto de crisis No hay ninguna garantasobre la validez en absoluto de esteproyecrorn hay en l ninguna solucin.Habr que acostumbrarse a no pedir pacificaciones a la historia. Pero tampocoser preciso pedirle que recorra senderos interrumpidos hasta el infinito, para

    detenerse atnita en los linderos del bosque encantado de los lenguajes. Si sequiere descubrir lo que lo separa de otros, se ha de abandonar el sendero: a me-nu do la .prctica del poder ocupa todo el bosque insondab le. Y esto es lo quese ha de romper, lo que se ha de talar, lo que se ha de recorrer siempre denuevo. No nos hacemos ninguna ilusin sobre el poder desmitificador del anlisishistrico por s mismo: sus tentativas para cambiar las reglas del juego no gozande ninguna autonoma. Pero en cuanto prctica social prctica que se ha desocializar hoy se ve obligado a entrar en una lucha que pone en duda suspropias connotaciones. Dentro de esta lucha, la historia ha de estar dispuestaa arriesgarse: a arriesgar, en el lmite, una inactualidad provisional.Cmo se han de insertar estas premisas en lo especfico de la escrituraarquitectnica? Ya hemos advertido que tambin aqu es bueno instituir unsistema de diferencias, identificar una constelacin de prcticas diversas, cadauna de ellas con su propia historia, a construir por va arqueolgica. Volvamosal comienzo de nuestro discurso: arquitectura, tcnicas, instituciones, gestinurbana, ideologas y utopas, slo en los momentos ms felices al menos parael historiador se encuentran en una obra o en un sistema formal. Sobre todo,desde la poca de la Ilustracin, tal encuentro es invocado por el trabajo inte-lectual; pero solamente porque la fragmentacin del ordo clsico ha dispersadoy diferenciado los distintos enfoques de la construccin del ambiente fsico. Sehan escrito muchas historias para otras tantas tcnicas. Pero precisamente en laarquitectura, a menudo resulta ms productivo partir de los fragmentos y de lasintenciones abandonadas como tales, para remontarse a los contextos en que seinsertan obras que en otros casos parecen mudas.Una obra fracasada, un intento no realizado, un fragmento, no plantean,al azar, problemas ocultos por el acabado de obras que han adquirido la dignidadde textos? Los errores de perspectiva de Alberti o los exagerados ludigeometrici de Peruzzi, acaso no hablan con mayor evidencia de las dificultadesintrnsecas de la utopa humanista, de lo que son capaces los monumentos enque se aplaca el ansia que aflora en estas tentativas incompletas?Y para comprender hasta el fondo la dialctica, tensa entre los extremosde lo trgico y de lo banal, que informa la tradicin de las vanguardias del si-glo xx, no s ms til dirigirse a las alucinadas bufonadas del Cabaret Voltaire,

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    El proyecto histrico 19en lugar de examinar las obras en que aquel trgico y aquel banal se reconciliancon la realidad?La manipulacin de las formas tiene siempre un objetivo que trasciende laspropias formas. Este constante ms all de la arquitectura es el resorte quehace saltar los momentos de ruptura de la tradicin de lo nuevo. Precisamente 'con este ms all el historiador est llamado a medirse. No tenerlo constan-temente presente comporta adentrarse en las arenas movedizas, hechas de subli-mes mistificaciones, sobre las que reposa la monumental construccin del Movi-miento Moderno.As estamos obligados a una constante labor de desmontaje, frente al objetode nuestra investigacin. Lo cual presupone el examen qumico de aquellas are-nas movedizas, su anlisis hecho con reactivos de naturaleza opuesta a ellas.24Esto implica poner el acento en una dialctica: la que se va instituyendopoco a poco en el tiempo, entre trabajo concreto y trabajo abstracto, en el signi-ficado marxista de los trminos. De esta manera, la historia de la arquitecturapuede ser leda sobre la base de parmetros historiogrficos relativos, a la vez,a las vicisitudes del trabajo intelectual y a los desarrollos de los modos y de lasrelaciones de produccin.La historia de la arquitectura asume aqu diversos objetivos. Por un lado,se va poniendo en situacin de describir crticamente los procesos que condi-cionan el aspecto concreto de la invencin proyectual; es decir, la autonomade las opciones lingsticas y su funcin histrica, como captulo especfico dela historia del trabajo intelectual y de sus modos de recepcin. Por otra parte,se incluye en la historia general de las estructuras y de las relaciones de produc-cin; en otras palabras, se la hace reaccionar en relacin con el desarrollo deltrabajo abstracto.Con este criterio, la historia de la arquitectura siempre aparecer comofruto de una dialctica no resuelta. La combinacin entre anticipaciones intelec-tuales, modos de produccin y modos de consumo ha de hacer saltar la sn-tesis contenida en la obra. All donde se da como un todo finito, es necesariointroducir una disgregacin, una fragmentacin, una diseminacin de susunidades constitutivas. Ser necesario realizar un anlisis separado de estos com-ponentes disgregados. Relaciones de encargo, horizontes simblicos, hiptesis devanguardia, estructuras del lenguaje, mtodos de reestructuracin de la produc-cin, invenciones tecnolgicas, se presentarn as desprovistas de la ambigedadconnatural a la sntesis mostrada por la obra.Es evidente que ninguna metodologa especfica, aplicada a los componentesy aislada de esta manera, podr dar cuenta de la totalidad de la obra. Icono-

    24. Un a u l te r ior observacin de Foucaul t resp ond e de a lguna mane ra a lo que hemosexpresado . Se ha de concebi r e l d i scurso como una v io lencia que hacemos a las cosasescribe, en todo caso , como una prc t ica que imponemos; y prec isamente en es ta prc-t ica los eventos de l d iscurso ha l lan e l p r inc ip io de su regular idad . Otra reg la , l a de la exte-rioridad: no se ha de i r de l d iscurso hacia su ncleo in ter ior y ocul to , hac ia e l corazn de unpensamiento o de un s igni f icado que se mani f ies te en l ; s ino que a part i r de l d iscurso mis-mo, de su aparic in y de su regular idad , se ha de i r hac ia sus condic iones ex ternas deposibil idad, hacia lo que da lugar a la serie aleatoria de aquellos eventos y que fi ja susl mi tes (Michel Foucaul t , L'ordine del dicorso, Turin, 1972, p. 41; versin original: L'Ordredu discours, Par s , 1970; vers ion caste l lana: El orden del discurso, Tusquets Edi tores , Bar-celona, 19802).

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    logia, historia de la economa poltica, historia del pensamiento, de las religiones,de las ciencias, de las tradiciones populares podrn apropiarse separadamente delos fragmentos de la obra disgregada. Para cada una de estas historias, la obratendr algo que decir. Desmembrando una obra de Alberti, se podrn iluminarlos ejes cardinales de la ca intelectual burguesa en formacin, la crisis del histo-ricismo humanista, la estructura del mundo simblico del Quattrocento, la estruc-tura de una relacin particular de encargo (mecenazgo), la consolidacin de lanue va divisin del trab ajo en el m bito de la produc cin en la construccin. Pero JMnguno_de estos componentes servir para explicar la obra. El acto crtico con-sistir en una recomposicin de los"Fragmentos, una vez historizados: en su re-montaje. Jakobson y Tynianov, seguidos en cierto modo por Karel Teige y JanMukarovsky, hablaban de relaciones continuas entre las series lingsticas y lasextralingsticas.25 L a historizacin com pleta de los mltiples com pone ntes no y7lingsticos tendr, en este sentido, dos efectos: el de romper el crculo mgico vdel lenguaje, obligndole a revelar los fundamentos en que se apoya, y el depermitir la recuperacin de la funcin del propio lenguaje.Y con esto volvemos a nuestro tema inicial. Estudiar cmo acta un len-gu aje significa com probar su incidenc ia sobre ca da un a de las esferas extralin- jgsticas obtenidas con la diseminacin de la obra. Llegados a este punto, nosencontramos con dos alternativas: o bien, siguiendo a Barthes y a la NouvelleCritique, nos dedicaremos a multiplicar las metforas del texto arquitectnico,desdoblando y variando hasta el infinito las valencias libres, su sistema deambigedad especfico,26 o bien recurriremos a factores externos a la obra, extra-os a su construccin aparente.

    25 . Con s id r e se , po r e j e m plo , e l t e x to de Y u r i T y n ia n ov / Rom a n Ja k obs on , V opr os ii z uc e n iya l i t e r a tu r i i j a s ika , e n Novy Lef, n . 12, 1927; los dos autores a f i rman que lacor re lac in ent re las se r ies l i te ra r ias y las ot ras se r ies his tr icas t iene sus leyes es t ruc tura lespr op i a s , a su ve z some t ida s a a n l i s i s . Re spe c to a l f o r ma l i smo de Shk lovsky , e s t a mos a n t eun r e c onoc imie n to de l a a u tonoma de l a n l i s i s de l s i s t e ma de s i s t e ma s , que se ha dec ons ide r a r c o r r e l a t i vo a l de sc ubr imie n to de l va lo r de l a i n t e gr a c in d in mic a de l os ma te r i a -l e s , c o m o f u n d a m e n t o d e l a o b r a . V a s e Y . T y n i a n o v , O l i t e r a t u r n o i e v o l u c i i , e n Archaistyi rtovatori, L e n ingr a d o 1929 , pp . 30 a 47 , r e p r o du c ido e n T z ve t a n T od or o v ( e d . ) , I jormalistirussi, T u r in , 1968 , pp . 127 y s s . ( ve r s in c a s t e l l a n a : Teora de la literatura de los formalistasrusos, S ig lo X X I de E sp a a E d i to r e s , S . A . , M a dr id , 1967); a u nq ue v a se t a m bi n , S t e phe nBa n n / John E . Bow l t , Russian Formalism, N u e va Y or k , 1973. E l v nc u lo e n t r e e l pe nsa m ie n-t o d e M u k a r o v s k y y d e T y n i a n o v / J a k o b s o n h a s i d o o b s e r v a d o i g u a l m e n t e e n S e r g i o C o r d u a s ,Introduzione a fan Mukarovsky. La funzione, la norma e il valore estetico corne fatti sociali,T u r i n , 1 9 7 3 ; y t a m b i n v a s e J . M u k a r o v s k y , Il significato dell'estetica, T u r in , 1973 ; ve r s ino r i g i n a l : Studie z estetiky, P r a ga , 1966 ( ve r s in c a s t e l l a na : Escritos sobre Esttica y Semi-tica del Arte, E d i to r i a l G u s t a vo G i l i , S . A . , Ba r c e lona , 1977). Con todo , s e ha de ob se r va rque e n t a l e s obr a s ( y e n l a s de K a r e l T e ige , poc o c onoc ido t oda v a e n I t a l i a ) , l a e x t e ns inda da a l c onc e p to de se r i e e x t r a e s t t i c a e s t o t a lme n te l imi t a t i va y t r a d i c iona l ( i b id . , pp . 259y s s . ) . Pe r o t oda v a m s l imi t a t i va nos pa r e c e l a u t i l i z a c in que ha c e N or be r g- Sc hu lz de l aps icologa de la Gestalt, de l a s t e o r a s de P i a ge t , de Be nse , de E hr e nz w e ig , e n e l i n t e n to d ede f in i r un m todo a na l t i c o que e ng lobe t oda l a obr a a r qu i t e c tn i c a . V a se Chr i s t i a n N or be r g-S c h u l z , Intenzioni in architettura, M i l n , 1967 ; ve r s in o r ig ina l : Intentions in Architecture,L ondr e s , 1963 ( ve r s in c a s t e l l a na : Intenciones en Arquitectura, E d i to r i a l G u s t a v o G i l i , S . A . ,Ba r c e lona , 1979) .26 . V a se Rola n d Ba r the s , Critique et vrit, Pa r s , 1965 ( ve r s in c a t a l a na : Crtica iVeritt, L l ib r e s de S ine r a , S . A . , Ba r c e lona , 1969 ; ve r s in c a s t e l l a na : Crtica y verdad, Si -g lo X X I de E spa a E d i to r e s , S . A . , M a dr id , 1972) , y Se r ge D oubr ovsky , Pourqu oi la nouvellecritique. Critique et objectivit, Par s , 1967. Pero e l l mi te (y a la vez la m x im a ex pres i n)

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    Los dos caminos son legtimos: la eleccin slo depende de los fines quenos propongamos. Puedo optar por sumergirme en lo que hemos definido comoel crculo mgico del lenguaje, transformndolo en un pozo sin fondo; es el caminoque la llamada crtica operativa ha seguido hace tiempo, sirviendo, como man-jares a punto para consumir, sus arbitrarios y pirotcnicos desdoblamientos de/ vMiguel ngel, de Borromini o de Wright. Pero siguiendo este camino debo tenermuy en cuenta que mi objetivo no es hacer historia, sino dar forma a un espacioneutro, en el cual se hacen ondear, ms all del tiempo, un amasijo de metforascarentes de espesor._Slo voy a pedirle que me fascine, que me engae agrada-blemente.En caso contrario, deber medir la incidencia real del lenguaje sobre lasseries extralingsticas con las cuales est conectado. Es decir, deber medir dequ manera la introduccin de una concepcin mensurable del espacio figurativoreacciona, en contacto con la crisis de la burguesa renacentista; de qu modola disgregacin del concepto de forma responde a la formacin del nuevo uni-verso metropolitano; de qu modo la ideologa de una arquitectura reducida aobjeto irrelevante, a mera tipologa, a proyecto de reorganizacin de la indus-tria de la construccin, se inserta en una perspectiva real de gestin alternativade la ciudad.27 La combinacin de trabajo intelectual y de condiciones produc-tivas ofrecer, en tal caso, un parmetro vlido para recomponer el mosaico delas piezas resultantes del desmontaje analtico realizado antes. Hacer volver aentrar la historia de la arquitectura en el mbito de una historia de la divisinsocial del trabajo no quiere decir precisamente retroceder a un marxismo vul-gar; no quiere decir borrar los caracteres especficos de la propia arquitectura.Al contrario, stos quedarn resaltados mediante una lectura capaz de colocarpartiendo de parmetros comprobables el significado real de las opcionesproyectuales en la dinmica de las transformaciones productivas que stas ponenen marcha, que retrasan, que intentan impedir. Es evidente que este planteamientoquiere en cierto modo responder al interrogante propuesto por Walter Benjamin,cuando en Autor como Productor indicaba que tena una importancia secundaria ^lo que la obra dice de las relaciones de produccin, para situar en primer plano,al contrario, la funcin propia de la obra dentro de las relaciones de produccin.28Todo esto tiene dos consecuencias inmediatas:de l pr of und iz a r e n l a s me t f o r a s de l a obr a , por pa r t e de Ba r the s , s e pue de c ompr oba r e nl a s v e r d a d e s d e m a s i a d o v e r d a d e r a s , e x p r e s a d a s e n s u v o l u m e n II piacere del testo, T u r i n ,1975; vers in or igina l : Le Plaisir du texte, Pa r s , 1973 ( ve r s in c a s t e l l a na : El placer deltexto, S ig lo X X I de E spa a E d i to r e s , S . A . , M a dr id , 1974) .27 . V a se sobr e e s to e l c a p tu lo L ' a r c h i t e t t u r a c om o " ogge t to t r a sc u r a b i l e " e l a c r is id e l l ' a t t e n z i o n e c r i t i c a , e n M a n f r e d o T a f u r i , Teora e storia dell'architettura, Ba ri , 19764 (ver -s in c a s t e l l a na : Teoras e historia d e la arquitectura. Hacia una nueva concepcin del espacioarquitectnico, Ed i tor ia l La ia , S . A. , Barc e lona , 1972) .2 8 . V a s e W a l t e r B e n j a m i n , L ' a u t o r e c o m e p r o d u t t o r e , e n Avang uardia e rivoluzio-ne, T ur in , 1973 ; ve r s ion o r ig ina l : D e r A utor a l s P r oduz e n t , e n Versuche ber Brecht,Fr a nkf ur t a m M a in , 1971 ( ve r s ion c a s t e l l a na e n e l vo lume n: Iluminaciones 3 . Tentativas so-bre Brecht, T a ur u s E d ic ione s , S . A . , M a dr id , 1977) . U n a l e c tu r a c r t i c a i na c e p t a b l e de l e nsa yod e B e r j a m i n p u e d e v e r s e e n e l t e x t o d e J r g e n H a b e r m a s , Zur Aktualitt Wa lter Benjam in,Fr a nkf ur t a m M a in , 1972 ; ve r s in i t a l i a na e n Comunit, vo l . X X V I I I , n. 171 , 1974 , pp . 211a 245.

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    22 Introduccina) E n relacin con la historiografa clsica, obliga a revisar todos loscriterios de- periodizacin; la dialctica ante s citada (traba jo conc reto, tra ba joabstracto) de hecho vuelve a proponerse con caracteres originales solamente alldonde funcione un mecanismo de integracin entre prefiguracin intelectual ymodos de desarrollo productivo. Y es funcin del anlisis histrico reconocer

    tal integracin, con el fin de construir unos ciclos estructurales, en el sentidoms exacto del trmino.b) Resp ecto al debate sobre el anlisis del lengu aje artstico, el mtod opropuesto desplaza la atencin desde el plano de la comunicacin inmediata alde los significados sobreentendidos. Es decir, obliga a medir la productividadde las innovaciones lingsticas, obliga a someter el reino de las formas simb-licas al filtro de un anlisis capaz de poner, a cada instante, en causa la legiti-midad histrica de la divisin capitalista del trabajo.La necesidad de este cambio radical de criterios analticos ya se deduce

    implcitamente del objetivo central de nuestra investigacin, que es el papel his-trico de la ideologa. Dando por descontada la superestructuralidad de estaltima, se abre como campo original de investigacin la historizacin de susintervenciones concretas en lo real. De hecho, cada vez resulta ms urgente unaexigencia: el rostro ambiguo de la superestructura no ha de quedar a merced des mismo. Es necesario evitar que se multiplique hasta el infinito, en el vertigi-noso juego de espejos que presupone como especficamente propio; pero estoslo es posible si conseguimos entrar en el castillo encantado de las formas ideo-lgicas, provistos de un filtro que funcione como antdoto eficaz para la hipnosis.Los parmetros propios de una historia de las leyes que permiten la exis-tencia de una arquitectura, por tanto, se han de invocar como hilos de Ariadnacapaces de desbrozar los senderos intrincados que recorre la utopa; para pro-yectar, sobre un trazado rectilneo, el salto de caballo institucionalizado porel lenguaje potico.Era esto precisamente lo que pretenda subrayar Viktor Shkolvsky cuandohablaba del salto del caballo,29 refirindose al recorrido del lenguaje potico.Como el movimiento discontinuo del caballo en el juego del ajedrez, la estructurasemntica del producto artstico da un salto, en relacin a lo real, pone enmarcha un proceso de distanciamiento (ya lo comprendi as Bertolt Brecht),se organiza como perenne surrealidad.30 Todo el esfuerzo de un filsofo comoMax Bense se concentra en definir las relaciones entre esta surrealidad y eluniverso tecnolgico del cual parte y al cual vuelve y en ello resulta ejemplarel arte de vanguardia como estmulo a la innovacin continua y permanente.A este propsito, es necesario hacer distinciones precisas. Definir tout courtla ideologa como expresin de falsa conciencia intelectual es, por lo menos, intil.

    29. Vase Vic tor Shklovsky , La mossa del cavallo, Bari , 1967; versin original: ChodKonia, M osc y Berl n, 1923. Qu erem os se alar, a pro ps ito de el lo, la significat iva ob serva-c in de Shklovsky , a propsi to de la obl icu idad del procedimiento ar t s t ico : e l cabal lono es l ib re , se mueve de f lanco , porque e l camino rec to le es t vedado.30 . Van se , en part icu lar , de Ma x Bense , Aesthetica, Bad en-B aden , 1965 (versi n cas-t e l l ana : Esttica. Con sideraciones metafsicas sobre lo bello, Edic iones Nueva Vis in , S.A.I .C. ,Buenos Aires, 1973), y Gerusch in der Strasse, Baden-Baden y Krefe ld , 1960. Vase e l exce-len te volumen de Giangiorg io Pasqualo t to , Avanguardia e tecnologa. Walter Benjamin, MaxBense e i problemi dell'estetica tecnolgica, Ro m a, 1971.

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    Ninguna obra, ni la ms pedestre y fracasada, consigue reflejar una ideo-loga preexistente a ella. Por lo que se refiere a las teoras del reflejar y delespejo, la discusin ya termin hace tiempo. Pero el salto que la obra realizaen relacin a lo distinto de s est repleto de ideologa: pese a que sus formas nosean completamente explicables. Se podr reconstruir su estructura especfica,aunque advirtiendo que entre la ideologa incorporada en los signos de la obray los modos corrientes de produccin ideolgica existe siempre un margenambiguo.Ms inmediato ser reconocer la manera cmo funciona aquel salto, enrelacin con lo real; cmo llega a compromisos frente al mundo y cules son lascondiciones que permiten su existencia.A ello se ha de aadir una consideracin ulterior. El esfuerzo preeminentede gran parte del arte y de la arquitectura de vanguardia ha consistido en reducir,hasta llegar a anular, aquel salto entre la obra y lo que no es la obra, entre elobjeto y sus condiciones de existencia, de produccin, de uso.

    Una vez ms, las ideologas invocadas en apoyo del quehacer arquitect-nico, o que lo sostienen, multiplican sus aspectos, invitan a una operacin crticacompleja.^A una ideologa que se plasma en el orden existente, de valor pura-mente documental, se contraponen en la historia por lo menos otros tres modosde produccin ideolgica:a) Un a ideologa progresista tpica de las vangu ardias histricasque propone una toma de posicin global de lo real: se trata de la vanguardiacomo rechazo de toda mediacin, de la que ha hablado Fortini 3 1 y que, ante laprueba decisiva de los hechos, se ha visto enfrentada con estructuras de media-cin del consenso, que la han reducido a mera propaganda.t Una ideologa regresiva, es decir, una utopa de la nostalgia, per-fectamente expresada, a partir del siglo xix, por todas las formas de pensamien-to antiurbano, desde la sociologa de Tnnies, desde el intento de oponerse a lanueva realidad mercantilizada de la metrpoli, con propuestas que tienden a re-cuperar mitologas de origen anarquista o comunitario.c) Un a ideologa que insiste directam ente en la reform a de institucionesprimarias relativas a la gestin urbana, territorial o del sector de la construccin,anticipando no solamente autnticas reformas de estructura, sino tambin nue-3 1 . F r a n c o F o rt i n i, D u e A v a n g u a rd i e , e n W . A A . , Avanguardia e neoavanguardia,

    M il n , 1966 , pp . 9 a 21 . L a c on t r a d i c c in y e l c onf l i c to e nc a r na dos por e l a r t i s t a de va n-gua r d i a e sc r ibe For t i n i " ignor a n l a d i a l c t i c a " . Son " yux ta pos i c ione s" o a l t e r na t i va s po-l a r e s e n t r e sub j e t i v ida d a bso lu t a y ob j e t i v ida d a bso lu t a ; e n t r e i r r a c iona l ida d a bs t r a c t a ose a , e l r e c ha z o d e l m om e n to d i sc ur s ivo , d i a lg ic o , e n f a v or de l a a soc i a c in de la me mo r i ainvo lun t a r i a y de l sue o y r a c iona l ida d a bs t r a c t a , e s de c i r , c ognosc ib i l i da d por l a v ad i sc ur s iva , e n l a a c e pc in pa r t i c u l a r na tu r a l i s t a y pos i t i v i s t a de l a i de a de " r a z n" . L a va n-gua r d i a se r e f ug i a e n uno o e n o t r o e x t r e mo o l os v ive s imul t ne a me nte , de una ma ne r aque b i e n c onoc e l a t r a d i c in m s t i c a ( i b id . , pp . 9 y 10) . V a se t a mbi n de F . For t i n i , A va n-g u a r d i a e m e d i a z i o n e , e n Nuova Crrente, n . 45, 1968, p p. 100 y ss . N o to do e l discu rso deFor t i n i e s c ond iv i s ib l e : pe r o c r e e mos que su i n t e r p r e t a c in de l a va ngua r d i a c omo a use nc i ad e m e d i a c i n t o m a d a d e u n m o t i v o d e L u k c s p u e d e s e r a m p l i a d a u l t e r i o r m e n t e . R e -c ha z o y c onse nso no so l a me nte no e n t r a n e n d i a l c t i c a pa r a l a va ngua r d i a ( a me nudo unose oc u l t a ba jo e l c a muf l a j e de l o t r o ) , s i no que se sus t r a e n t a mbi n a t oda me dia c in e nr e l a c in c on l o r e a l , donde , c on t odo , p r e t e nde n i r r umpi r . E s to pue de da r l uga r a impor -t a n t e s r e p l a n t e a m ie n tos m e todo lg i c os e n el e s tud io de l a s va n gua r d i a s h i s t r i c a s .

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    24 Introduccinvos modos de produccin y una nueva disposicin de la divisin del trabajo;se trata, por ejemplo, de la tradicin progresista americana, del pensamiento yde las obras de Olmsted, de Clarence Stein, de Henry Wright, de Robert Moses.

    En todo ello no hay ninguna clasificacin abstracta. Lo repetimos: las ideo-logas actan siempre en franjas, se entretejen, a menudo se revuelven sobres mismas en su decurso histrico. Es tpico el caso de la ideologa antiurbana que,con la obra de Geddes y Unwin y su confluencia en los filones del Conservacio-nismo y del Regionalismo norteamericanos de los aos veinte, asume connotacio-nes inditas, fundando las tcnicas modernas del planning territorial.As tambin, un mismo ciclo de obras y a este propsito, el ejemplo deLe Corbusier es extremadamente revelador puede ser valorado mediante cri-terios de juicio distintos, presentndose a la vez como un captulo interno delconjunto de la vanguardia y como instrumento de reforma institucional.Es muy importante no confundir los diversos planos de anlisis. Es decir,es necesario filtrar con mtodos diferenciados unos productos que se interfierende maneras distintas, en el cuadro del conjunto productivo. Especifiquemos msesto: siempre ser posible realizar un anlisis puramente lingstico de asenta-mientos como Radburn o los Greenbelt Cities del New Deal norteamericano.Pero un mtodo como ste el nico vlido para dar cuenta de la obra de Mel-nikov o de Stirling resultara inadecuado para colocar correctamente aquellaspropuestas en su propio contexto: que es el de la relacin entre renovacin ins-titucional de la gestin econmica de los operadores pblicos y reorganizacin dela demanda a nivel de la construccin.A quienes nos acusaran de eclecticismo metodolgico, les responderamosque no son capaces de aceptar el papel de transicin (y, por tanto, ambiguo) quehoy por hoy ha asumido una disciplina desmembrada y multiforme como es laarquitectura.Todo ello implica tambin adoptar un sentido extremadamente lato parael trmino arquitectura. Est claro que la validez de los anlisis que propone-mos puede medirse de una manera muy particular en la edad moderna y con-tempornea desde la crisis del sistema feudal hasta hoy y por tanto cruzandoacepciones del trabajo intelectual ligadas a las transformaciones de la economade la construccin que no pueden reducirse a un denominador comn.La dificultad puede ser evitada atribuyendo un significado fugaz y flexibleal concepto de arquitectura.Es decir, que ser necesario hacer caer la artificiosa mitologa ligada al con-cepto de obra. Aunque no, como propone Foucault, para establecer una inefa-ble primaca de la palabra pronunciada annimamente, ni para reasumir los slo-gans queridos de la infancia del Movimiento Moderno.La historia del urbanismo contemporneo no coincide exactamente con lahistoria de las hiptesis de la vanguardia. Ms an, como algunas investigacionesfilolgicas recientes han permitido descubrir, la tradicin del urbanismo reposasobre bases construidas fuera de cualquier vanguardia; sobre la mdicalisation de

    la ville que tanto quera el pensamiento fisiocrtico, sobre la taxonoma de fina-les del siglo xviii, de los espacios de servicio, sobre las teoras ochocentistas deBaumeister, Stbben, Eberstadt, sobre la praxis del Park Movement, en EstadosUnidos, sobre el regionalismo francs e ingls. Ello impone una relectura radical

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    El proyecto histrico 25del entramado de esta historia con la otra, paralela, de las ideologas del Movi-miento Moderno: siguiendo este mtodo, muchos mitos estn destinados a de-rrumbarse.Para desenmaraar un manojo de hilos enredados artificialmente entre s,hemos de disponer paralelamente muchas historias independientes, para recono-cer despus, en donde existan, las dependencias mutuas o, ms a menudo, los con-flictos. El ms all a que tiende, por definicin, la arquitectura moderna nose ha de confundir con la realidad de la dinmica urbana. La productividad dela ideologa se comprueba comparando los resultados con la historia de la pol-tica econmica encarnada en la historia urbana.

    Los fenmenos que han permitido la confrontacin directa entre escriturasartsticas y realidad productiva sealan un recorrido extremadamente complejoy cuyos inicios no se pueden hacer coincidir mecnicamente con el advenimientode la Revolucin Industrial. Robert Klein ha sealado las etapas de un procesode prdida del referente para el ciclo del arte moderno, y Andr Chastel haobservado acertadamente la afinidad entre el enfoque de Klein y el de Benjamin.

    Esta cont rad icc in [ la agona de la reefrencia y su t ransformacin ca le idoscpica] es-c r ibe K le in 3 2 es , en l t imo anl i s i s ep is temolgico , comparable con las aporas de l ob je todel conocim iento . Cm o se pue de af i rma r, ms a l l de la imagen , una n orm a no f igurada,u n telos de la figuracin en relacin con el cual se mide la imagen? Tarde o temprano, seha de hacer descen der es ta refer encia en la misma o bra ; se ha d e te rm inar con todo pensa-miento que pone fuera de s mismo un su je to y un obje to y cuya l t ima palabra , ya insegurapor su postulado inicial , ha sido el psicologismo en la fi losofa y el impresionismo en elarte.La relacin entre referentes, valores y aura es inmediata: no se da una his-toria de las tentativas actuales de reducir la obra al puro ser del acto que mimalos procesos del arte y tampoco se da una historia del intento que ha hecho laarquitectura moderna para romper la barrera entre el lenguaje de las formas y elde la historia si no es en contraposicin dialctica con el ciclo histrico del clasi-cismo. Pero significa tambin captar una doble caracterstica: la aparicin de unmodo de produccin intelectual con el que todava estamos obligados a ajustarcuentas y de una concepcin del lenguaje totalmente proyectada en la direccinde referentes, que la dialctica de la Ilustracin se encargar de destruir.

    Por esto, la historia del clasicismo refleja la dificultad del arte contemporneo;por esto, el mtodo que estamos intentando adoptar se ha de poder aplicar, conlas debidas puntualizaciones, a la prehistoria de la civilizacin burguesa. En otraspalabras, el ciclo abierto por la racionalizacin visual introducida por el huma-nismo toscano puede ser de espejo retrovisor un espejo en el que se reflejanlos fantasmas de la mala conciencia actual para una historia encaminada abuscar los inicios de la Zivilisation capitalista.38Y a propsito de ello, podemos incluso aceptar la advertencia de Adorno: 3 432. Robe rt Kle in , La form a e l'intelligibile, Tu rin , 1975, p. 455; versin original: Laforme et l'intelligible, Pars , 1970. Sob re la relaci n entr e Klein y Be njam in, vase la I ntro-

    duccin de Andr Chaste l a l vo lumen c i t . , pp . XI y XII .33. Un m agistra l anlisis diacrn ico en este sentido , en el ensay o de M . Cacc iari , VitaCartesi i est simplicissima, en Contropiano, 1970, n. 2, pp . 375 a 399.34 . Theodo r -W . A dor no , Teora estetica, Turin, 1975, p. 66; versin original: Aesthe-

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    26 IntroduccinLa teora de l aura , manejada de una manera no d ia lc t ica , conduce a abusos . Puedeperm i t i r fa l s if icar , hac indo la pasar co mo pal abr a de orden , aquel la desart icu lac in de l a r teque se va imponiendo en la poca de la reproducib i l idad tcnica . El aura de la obra dearte no es solamente el ahora y el aqu de el la, segn la tesis de Benjamin, sino tambin todolo que la obra rem i te a l m s "a l l de la fecha biHda d [ . . . ] Inc lus o las obras desenc antadasson a lgo ms de lo que para e l las no ser a oportuno . El valor de exposic in que en e l lasdebera sust i tu i r e l aura de l valor de cu l to es una imago de l proceso de in tercambio .El resultado de este razonamiento, en realidad, no modifica mucho la te-sis de Benjamin, quien podra muy bien admitir que el valor de exposicines imago del proceso de intercambio, aunque solamente en obras que no hayanincorporado integralmente aquel proceso. En la proposicin de Adorno se dejaentrever una nostalgia, que se evidencia en sus lneas sobre expresin y cons-truccin : la categora de lo fragmentario concluye, a propsito del contras-te entre integridad y desintegracin de la obra no es la de la singularidad con-tingente: el fragmento es aquella parte de la totalidad de la obra que resiste a la

    propia totalidad.35

    Ms all de esta nostalgia, queda el problema de manejar de forma dialc-tica