20

Document1

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Desporto na U. Minho 20 anos de FADU e o nome da AAUM volta a figurar entre os melhores do desporto universitá- rio em Portugal. Sete são as no- meações “minhotas” nesta gala (apenas ultrapassada pela Acadé- mica com nove) que evidenciam o carimbo de qualidade da AAUM no desporto em Portugal. E não temos curso de desporto... 2 8 .S E T .1 0 / / A C A D É M IC O DANIEL VIEIR A DA SILVA // danie [email protected]

Citation preview

Page 1: Document1
Page 2: Document1

SEGUNDA PAGINA

FICH

A TÉC

NIC

A // Jo

rnal O

ficial da A

ssociação

Acad

émica d

a Un

iversidad

e do

Min

ho

. // Terça-feira, 28 setembro

2010 / N128 / A

no

5 / Série 3 // DIR

ECÇ

ÃO

: Vasco Leão

// EDIÇ

ÃO

: Dan

iel Vieira da Silva 77 R

EDA

ÃO

: An

a Cristin

a, Cátia A

lves, C

láud

ia Rêg

o, D

iana So

usa, Ed

uard

o R

od

rigu

es, Elsa Mo

ura, Fran

scisco Vieira, H

elena So

fia Co

sta, Joan

a Gram

oso

, Són

ia Ribeiro

, Són

ia Silva, Tânia R

amô

a // CO

LAB

OR

AD

OR

ES: Cátia C

astro, Jo

sé Reis, // G

RA

FISMO

: Dan

iel Vieira da Silva e Lu

ís C

osta // M

OR

AD

A: Ru

a Francisco

Mach

ado

Ow

en, 4710 B

raga // E-M

AIL: jo

rnalacad

emico

@ru

m.pt // TIR

AG

EM: 2000 exem

plares

Nova imagem, novas ideias, novos rostos, mas a mesma ambição e vontade de aprender. O ACADÉMI-CO volta no início de mais um ano lectivo com a determinação de continuar a ser um laboratório prático de jornalismo para muitos alunos. É com enorme prazer que vemos novos colaboradores a chegar ao jor-nal e ouvir, por parte daqueles que já abandonaram este “barco”, palavras de agradecimento por aquilo que o ACADÉMICO fez por elas e pela sua experiência na área. É essa a nossa missão e nela estruturada toda a nossa vontade de trabalho.Nesta primeira edição demos a palavra ao presidente da AAUM. Claro está, a Acção Social no Ensino Superior é um tema fracturante. E tem razões para o ser, uma vez que a situação é tudo menos pacífica e reconfortante para os estudantes universitários. A morosidade e indefinições que nos acompanham desde Fevereiro continuam a incomodar quem defende os estudantes.Uma última palavra aos novos alunos. Aproveitem esta vossa passagem pela Universidade do Minho. São os melhores anos das vossas vidas, ainda por cima naquela que é a “melhor academia do país”.Aproveitem esta nova imagem, este novo grafismo… Desfrutem daquilo que temos para vos dar ao lon-go de todo este ano em que vos vamos acompanhar neste que é o único semanário académico do país. ACADÉMICO… Um jornal feito por e para estudantes!

28.SET.10 // A

CA

DÉM

ICO

EDITO

RIA

LB

AR

ÓM

ETRO

Para publicares a tu

a opin

ião n

o A

CA

DÉM

ICO

, envia o

texto co

m u

ma

seman

a de an

tecedên

cia à publicação

do

jorn

al para:jo

rnalacad

emico

@ru

m.pt. O

auto

r deve id

entificar-se co

m o

primeiro

e ú

ltimo

no

me e n

úm

ero d

e alun

o.

Esta rúbrica preten

de ser u

m espaço

aberto para q

ue to

do

s possam

in

teragir co

m o

jorn

al, através da expo

sição d

e qu

estões relativas à U

M

e o m

eio en

volven

te. Os texto

s serão pu

blicado

por o

rdem

de ch

egad

a.

Desporto na U. Minho20 anos de FADU e o nome da AAUM volta a figurar entre os melhores do desporto universitá-rio em Portugal. Sete são as no-meações “minhotas” nesta gala (apenas ultrapassada pela Acadé-mica com nove) que evidenciam o carimbo de qualidade da AAUM no desporto em Portugal. E não temos curso de desporto...

Acção Social no Ensino SuperiorUma situação que se vai arras-tando desde Fevereiro irá, agora, fazer-se sentir na pele dos estu-dantes com todo este atraso. A inexistência de normas técnicas para o cálculo da bolsa, assim como o atraso da publicação do novo regulamento eram situa-ções completamente escusadas. Demasiado grave a meu ver.

Universidade do MinhoNovo ano... Novos alunos no Ensino Superior. A Universidade do Minho volta a destacar-se no panorama nacional como sendo uma das instituições de Ensino Superior Público com melhor taxa de colocação. A qualidade de ensino e excelência na área da formação em grande parte dos cursos é chave para o sucesso.

NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

DA

NIEL V

IEIRA

DA

SILVA // daniel.silva@

rum.pt

Page 3: Document1

PÁGINA 03 // 28.SET.10 // ACADÉMICO

LOCALPaisagens transmutadas olhadas em BragaEsta edição conta com 15 exposições e mostra a forma como a mão humana interage com a natureza envolvente. Os Encontros da Imagem decorrem até final de Outubro.

JOSÉ REIS

[email protected]

“Em nada atrás da edição do ano passado”, apesar dos cortes orçamentais que per-passam todos os segmentos culturais neste ano, já arran-cou a 2ª edição do Encontros da Imagem (EI) de Braga, este ano sob a temática ge-ral das “Transmutações da Paisagem”.Ou, por outras palavras, as de Rui Prata, comissário ge-ral dos EI, “a forma como o homem interage com a pai-sagem”, um cenário plasma-do, de diversas maneiras e em diferentes visões, em todas as exposições. Este ano, são 15 as mostras que fazem os encontros de fotografia mais antigos do país – e ainda no activo. A mais importante – ou, pelo menos, aquela que tem uma maior dimensão expo-sitiva e mediática – é a ex-posição colectiva patente no Mosteiro de Tibães, “uma mostra com nomes fortíssi-mos da cena internacional, que veio a custo zero em termos de aluguer”, o que demonstra, para Rui Prata,

“a enorme generosidade dos artistas”, num ano em que o subsídio do Ministério da Cultura português bai-xou “cerca de 65 por cento” em relação ao ano anterior. Mesmo assim, “é essa boa vontade dos artistas que mantém viva a chama dos Encontros, que são um dos acontecimentos culturais mais importantes da cida-de”, revela o comissário, acrescentando que os mes-mos “projectam a cidade a nível internacional”.

Homem ligado à natureza (ou vice-versa)

São 13 os locais que acolhem as exposições até final de Outubro. Nesta edição, são quatro os novos espaços a receberem exposições. A sa-ber: o Espaço Cultural Pedro Remy, a galeria Show Me, o Museu Pio XII e a Bibliote-ca Lúcio Craveiro da Silva. Exposições que retratam a acção humana na nature-za ou a ligação do homem ao espaço natural, como a mostra de Emanuel Brás pa-tente no Museu D.Diogo de Sousa, que “evoca de forma subtil pequenos elementos

humanos na natureza e a forma como o homem aca-ba por intervir na natureza” ou ainda a exposição de Ma-nuel Sendon no Museu da Imagem, “uma ligação mui-to interessante do homem com a arquitectura recente”, enumera Rui Prata.Todo o menu de exposições pode ser consultado em www.encontrosdaimagem.com.As exposições ficam paten-tes até final de Outubro, com entrada totalmente gra-tuita.

Lonely as can be. Uma das fotografias de Tiago Silva Nunes expostas nos Encontros da Imagem

Vírgilio Ferreira conquista Emergentes DST

O fotógrafo português Vir-gílio Ferreira foi o vencedor do Emergentes DST, prémio que visa estimular a criativi-dade fotográfica. Segundo o júri, na série “Uncanny Pla-ces”, apresentada a concur-so, “o autor recorre a uma

exposição dupla para cons-truir as suas imagens, o que permite dotá-las de uma perceção visual com ironia e representar a hierarquia vi-sual atribuída aos objectos”. O vencedor irá receber 7500 euros.

Page 4: Document1

PÁGINA 4 // 28.SET.10 // ACADÉMICO

Recepção ao caloiro ‘10 já tem cartaz definido. E tu, vais soltar o animal que há em ti?ELSA MOURA

[email protected]

O início de mais um ano lectivo significa mais uma recepção ao caloiro no Pavi-lhão Multiusos de Guima-rães. Este ano a actividade organizada pela AAUM de-corre de 11 a 14 de Outubro. A primeira noite é marcada pelas tradicionais Serenatas

Velhas, no Largo da Oliveira em Guimarães. Dia 12 dá-se início a verdadeira festa de recepção aos novos alunos da UM. Souls of Fire e Mar-celinho da Lua marcam a primeira noite de concertos no Pavilhão Multiusos de Guimarães. Dia 13 é dia de Latada, onde as ruas de Gui-marães são invadidas por todos os “caloiros” da UM

que, mais um ano, ‘ensur-decem’ a cidade vimaranen-se. À noite há mais festa no Multiusos, e este ano todas as atenções estão centradas no António, mais conhecido por Toy.A última noite da Recepção ‘10 terá no palco Anaquim, Pedro Abrunhosa, e Miguel Rendeiro, que será o dj de serviço para deixar a maior

Academia do País ao rubro até às 6h30.Durante as três noites os au-tocarros sairão de Braga das 21h30 às 02:00, na Paragem da Quinta dos Peões, e o re-gresso a Braga será entre as 04:00 e as 6h30.Os bilhetes para estudantes oscilam entre os 7 euros na terça e quarta-feira e oito euros na quinta-feira. Os

não-estudantes podem ad-quirir bilhete para terça por 10 euros, sendo que para as noites de quarta e quinta-feira pagam mais um euro que na anterior. Já o bilhete geral custa 15 euros.A venda de bilhetes será feita nas Sedes da AAUM e nos Gabinetes de Apoio ao Aluno. Todas as informa-ções em: www.aaum.pt

FILIpA [email protected]

Na passada segunda-feira, teve lugar a Cerimónia de Acolhimento aos novos alunos. Contrariamente a anos anteriores, os caloiros assistiram à sessão confor-tavelmente sentados, livres de pinturas, “cânticos de guerra” e brincadeiras, para que a cerimónia fossem en-carada com a seriedade e a imponência que lhe são de-vidas.Foi após o Hino da Uni-versidade, a ser ouvido por todos os presentes, que se seguiu o discurso do Reitor

António Cunha, o qual pre-sidiu a sessão, da qual inter-veio também o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), Luís Rodrigues. António Cunha começou por saudar os novos alu-nos, apresentando a Uni-versidade do Minho (UM) como um “investimento no futuro, uma casa de conhe-cimento, trabalho, mas tam-bém de lazer e convivência que em muito contribuirão para a formação de todos os seus alunos, através da cul-tura, das artes e do despor-to”. O Reitor afirmou ainda que a UM será para estes uma parceira, enaltecendo a qualidade dos seus estu-dantes, “evidenciada pelas

elevadas notas de entrada em muito dos seus cursos”. Acrescentou ainda que, “a partir de hoje, temos um compromisso com o vosso futuro e queremos ajudar a construí-lo”.Já o discurso do presidente da AAUM focou-se espe-cialmente numa das gran-des fragilidades do ensino superior público em Portu-

CAMPUSSolenidade q.b. nas boas-vindas aos novos alunos

gal: a questão de atribuição das bolsas de estudo e do novo regulamento recen-temente aprovado, do qual ainda se desconhecem as novas “regras técnicas” que regem o seu cálculo. Segundo Luís Rodrigues, prevê-se que cerca de “40% dos bolseiros da UM em 2009/10 poderão perder a bolsa no próximo ano lec-

tivo (2011/12)”, lamentando que “os estudantes que pas-savam mais dificuldades eram aqueles que ficavam imediatamente abaixo da fronteira do sistema de ac-ção social e, por isso, sem direito a bolsa. Com este regulamento serão mais os estudantes a passar por es-tas dificuldades”. Este ga-rantiu ainda que a AAUM não baixará os braços nem cairá em “discursos fáceis e demagógicos. Não defen-deremos o ensino superior gratuito, mas também não esqueceremos as fragilida-des sociais de um país que tem de investir na sua qua-lificação”, afirmou Luís Ro-drigues no seu discurso na cerimónia.

Pavilhão desportivo encheu-se para receber novos alunos

Nuno Gonçalves/Dicas

Page 5: Document1

CAMPUSPÁGINA 05 // 28.SET.10 // ACADÉMICO

Aluna da UM na fase final de concurso ibero-americano de fotografiaAnA LOpES

[email protected]

Ana Ferreira, aluna do se-gundo ano de Arquitectura da UM, venceu a 1ª edição do concurso nacional uni-versitário de fotografia, Fo-toUniversia. Competindo com 1144 fotografias, Ana Ferreira ganhou o 1º lugar na categoria ‘Os meus ami-gos’ com uma foto intitu-lada ‘Social Meeting’ que arrecadou 286 votos da con-tagem online e que lhe va-leram um iPod. Para além disso a aluna terá a oportu-nidade de participar na fase final do concurso que se re-alizará entre 1 de Novembro e 1 de Dezembro e que conta com edições em 22 países.Ana Ferreira reconhece que “ter vencido foi muito bom”. “Não estava à espera”, su-blinhou a estudante, sendo

que agora pode dar asas a este hobbie que “surgiu há uns anos”, inoculado num sentimento de pertença ao mundo da arte que a jovem fotógrafa admite ter sem-pre sentido. A fotografia vencedora “foi tirada numa festa com os meus amigos”, diz Ana em declarações à RUM/ACADÉMICO que afirma também que “adoro fotografia e tento sempre participar nos eventos”. A aluna do curso de Arquitec-tura havia já sido distingui-da duas vezes no concurso de fotografia do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Caixa Geral de Depósitos.O concurso apresenta uma vertente lúdica que acom-panha o principal objectivo do mesmo que se debruça na procura e descoberta de novos talentos na área da fotografia junto do mun-do académico. Para isso,

os concorrentes poderiam participar em diferentes categorias como “A minha universidade”, “A minha cidade”, “Os meus amigos”, “As minhas viagens” e “Os meus locais preferidos”, ten-do sido premiados alunos de várias universidades de todo o país como a Univer-sidade do Minho, o Instituto Politécnico de Castelo Bran-co, a Universidade do Porto e a Universidade da Beira interior.Assim, esta aluna de 19 anos habilita-se ao prémio final de 3000€ ao qual se soma uma câmara fotográ-fica profissional.Contudo, na final, Ana Fer-reira entende que “é ainda mais difícil” conseguir de novo a vitória pois a con-corrência é internacional. A votação decorrerá no site http://foto.universia.pt, no qual é também possível ob-

UM com “voto” no parlamento globalELSA MOURA

[email protected]

Foi assinado um Protocolo de colaboração entre a Uni-versidade do Minho (UM) e o Parlamento Global, no passado dia 22 de Setembro, no Salão Nobre da Reitoria,

no Largo do Paço, em Braga.O protocolo tem como fina-lidade: “o estabelecimento de acções de cooperação em domínios que forem consi-derados de interesse mútuo, no âmbito do projecto edito-rial do Parlamento Global”, bem como contribuir para a formação dos estudantes de Ciências da Comunicação da UM, apoiando à realiza-ção de projectos académicos

que sejam importantes para o Parlamento Global.Na página do Parlamento Global (www.parlamento-global.pt) haverá a partir de agora um link para o portal da UM, tal como no portal da UM para o Parlamento Global.Esta parceria permite de agora em diante que os es-tudantes possam produzir conteúdos de interesse para

a publicação no Parlamento Global.A UMinho fará uma dispo-nibilização de especialistas para participar na discussão em torno de debates par-lamentares na Assembleia da República, e organizará deslocações de grupos de estudantes de diferentes ci-clos de estudos e de áreas di-versas para participarem na discussão à volta de debates

servar as obras a concurso e novidades acerca do FotoU-niversia. O vencedor inter-nacional do concurso será

no parlamento.O Protocolo foi assinado pelo Reitor da Universidade do Minho, António Cunha, pelo Dr. Francisco Pinto Balsemão, pela SIC e tam-bém como presidente do Conselho de Administração do Grupo Impresa (Expres-so), e ainda pelo Padre João Aguiar Campos, do Grupo Renascença comunicação multimédia.

revelado a 15 de Dezembro, sendo que ainda não são conhecidos os nomes dos jurados.

Pormenor da foto ‘Social Meeting’, vencedora na categoria “os meus amigos

Page 6: Document1

PÁGINA 06 // 28.SET.10 // ACADÉMICO

CRIStInA SILvA

[email protected]

Realizado no passado dia 22 de Setembro, o peddy paper organizado pela Associação Académica da Universida-de do Minho (AAUM) teve como principal objectivo dar a conhecer aos novos alunos a Universidade do Minho, a cidade de Braga mas, princi-palmente, os novos colegas de academia.A actividade baseou-se na união de alunos em grupos, onde um(a) ‘chefe’ coorde-nava as actividades que cada equipa tinha de realizar. Essas mesmas tinham como objectivo um maior conhecimento das instala-ções da universidade e dos pontos estratégicos da ci-dade, a qual passará a ser a primeira casa destes novos alunos. O espírito de união foi nota dominante durante todas as actividades integradas neste peddy paper.Dentro da Universidade, a ‘viagem’ passou pela canti-na, o pavilhão, a biblioteca e os serviços académicos. Todos os funcionários e alunos se mostraram com grande disponibilidade para

explicarem todas as respos-tas às perguntas que os no-vos alunos lhes colocavam.Com um pé fora da Univer-sidade, caminhou-se rumo ao centro da cidade de Bra-ga, onde se visitaram locais como o jardim da Senhora-a-branca, Museu Nogueira da Silva, o Bar Académico, a Reitoria da UM, entre mui-tos outros. Em cada local esperava-se uma actividade e vários de-safios. Na opinião de alguns alunos “foi fantástico perce-ber como a cidade se rodeia de alegria, vivacidade, jar-dins perfeitos, um ambien-te universitário nunca visto e um acolhimento a alunos novos ainda maior”. Na opinião de alguns estu-dantes esta junção de alu-nos de cursos diferentes foi bem conseguida: “Pen-so que a partilha de vivên-cias diferentes fez com que abríssemos horizontes para um futuro mais moderno e alargado”, afirmaram.

Satisfação era visível entre novos alunos e guias... Sen-timento de missão cumpri-da

Segundo a aluna Rita Batis-ta, de Biologia Aplicada, “o

peddy paper foi muito inte-ressante. “Conhecemos a cidade onde iremos passar os próximos anos, conhecemos pessoas de outros cursos com qua-lidades e opiniões diferen-tes”, disse.Também Carla Pinho, aluna de Ciências da Comunica-ção, afirma que “o peddy pa-per foi uma excelente opor-tunidade de conhecermos a universidade e os pontos mais importantes da cidade.

Apesar de cansativo pelo tempo que demorou, foi bom para conhecer pessoas de outros cursos e as activi-dades foram interessantes, principalmente a parte do scatch publicitário.”Os guias também manifes-taram a sua opinião sobre esta actividade e, segundo os alunos João Mendes (En-

fermagem) e Tiago Oliveira (Engenharia Biológica), “o peddy paper foi uma manei-ra de conhecerem a cidade onde vão morar os próximos três/quatro anos. Foi importante conhecerem alunos de outros cursos, mas o fundamental foi co-nhecerem a sua Universi-dade.”

Novos alunos à descoberta da cidade

A iniciativa deu a conhecer a academia, mas também os principais locais da cidade

Actividades do acolhimento começaram logo no primeiro dia de matrículas

Page 7: Document1

UNIVERSITÁRIOPÁGINA 07 // 28.SET.10 //ACADÉMICO

DIAnA ISABEL SOUSA

[email protected]

Da Universidade de Évora surgiu um veículo inovador para todos os que enfren-tam o trânsito das cidades: o citadino eléctrico. A viatura eléctrica, que mis-tura os conceitos de carro e scooter, tem autonomia para 100km e pode atingir os 70 quilómetros hora. O projecto do citadino eléc-trico foi pensado para um concurso de ideias promo-vido pela Universidade de Évora. O engenheiro mecânico Ri-

cardo Melro e alguns estu-dantes do curso de Mecatró-nica foram os responsáveis pela sua concretização. O veículo é um conceito novo que parte do princípio que, no trânsito, o condutor pre-cisa de uma viatura mais leve, fácil de manusear, mas, simultaneamente, se-gura. Tem duas rodas à frente e uma atrás, carroçaria em chapa preta, cobertura, cin-tos de segurança e até baga-geira. O citadino eléctrico é estrei-to como uma mota, contudo permite conduzir com um passageiro atrás de forma mais confortável.

Ricardo Melro vê mesmo esta viatura como o futuro nas cidades: “Uma pessoa, quando está no meio do trânsito, precisa de se deslo-car rapidamente e um Fer-rari não lhe vale de nada”, disse o engenheiro mecâni-co à agência Lusa.Para além do mais, é de sa-lientar que o citadino eléc-trico é um veículo amigo do ambiente, pois pode ser car-regável em qualquer tomada e porque faz pouco, ou mes-mo nenhum, barulho.

O protótipo que mistura o conceito de carro e scooter esteve em exposição, desde o dia 22 a 26 de Setembro, na feira Portugal Tecnológi-co, na FIL, em Lisboa. Os seus responsáveis já esta-beleceram alguns contactos

no sentido de procurarem investidores interessados na comercialização do seu veículo.Este é, assim, um produto totalmente português que se situa na vanguarda tec-nológica.

Ricardo Melro, engenheiro responsável pelo projecto, encara esta viatura como o futuro nas cidades

UNIVERSITÁRIOO veículo citadino do futuro

Veículo já tem cintos de segurança e os bancos são feitos de... cortiça

Segurança, mobilidade e facilidade de utilização, as vantagens deste veículo

Page 8: Document1

EDUARDA FERnAnDES

[email protected]

A cidade de Guimarães jun-tamente com a “capital do Minho”, Braga, inauguram os primeiros postos nacio-nais de carregamento para veículos eléctricos. Amiga do ambiente em fun-ção do aproveitamento das energias limpas, Guimarães adere aos veículos eléctricos e à rede de abastecimento, passando a constar do Pla-no de Mobilidade Eléctrica nacional. “MOBI.Gmr”, é o

nome do projecto desenvol-vido pela cidade, que visa a renovação do tráfego por ve-ículos eléctricos e a inserção de uma Rede de Bike Sha-ring, resultante de um pro-cesso de colaboração com a Universidade do Minho. A autarquia vimaranense tem vindo, prontamente, a colaborar na implantação da rede piloto para a mobi-lidade eléctrica nacional, totalizando os vinte e cinco municípios.Braga, cidade integrada na fase -piloto visa, da mesma forma, a implantação de

postos de abastecimento eléctricos pelos seus conce-lhos. Foi na Praça do Mu-nicípio, frente aos Paços do Concelho, que se inaugurou o primeiro posto de rede nacional integrada de carre-gamento de veículos eléctri-cos. A rede “MOBI.E” propõe-se a criar condições para a di-fusão do veículo eléctrico. A sua credibilidade possi-bilitou o recrutamento de parceiros, tais como, a “Re-nault-Nissan” e a “Siemens” que se comprometeram a

colaborar com a designada rede. Portugal é já um dos países pioneiros no desen-volvimento de uma política integrada para a mobilidade eléctrica e para uma rede de carregamento no âmbito na-cional. Neste sentido, várias entidades, como universida-des e empresas, têm vindo a cooperar no sentido de posi-cionar Portugal como o pre-cursor no desenvolvimento e adopção de novos modelos energéticos, tirando, dessa forma, partido das regalias provenientes das fontes re-nováveis.

NACIONALPostos de carregamento eléctrico em Braga e Guimarães

PÁGINA 08 // 28.SET.10 // ACADÉMICO

JOAnA GRAMOSO

[email protected]

Com o intento de facultar uma experiência profícua aliado ao fomento de um sentimento de utilidade no mundo laboral, o Parla-mento Europeu (PE) oferece estágios remunerados a pes-soas com deficiência, num programa que já conta com 9 edições, A iniciativa surge no senti-do de promover a igualdade de oportunidades entre ho-mens e mulheres portado-res de deficiência, facilitan-do a sua futura inserção no mercado de trabalho. Deste modo, estes estágios têm a duração de 5 meses não prorrogáveis, decorrerão em Bruxelas e no Luxemburgo e encontram-se abertos a titulares de diplomas uni-versitários ou de estabeleci-mentos de ensino equipa-ráveis, bem como a pessoas cujas habilitações não sejam de nível universitário. Para

além disso, os participan-tes devem ter completado 18 anos de idade à data do início do estágio e compro-var a sua deficiência, através de um certificado médico ou do cartão de deficiente emitido por uma autoridade nacional. De notar que os estágios não conferem aos estagiários o direito a um futuro emprego no PE pois os funcionários são recru-tados através de concursos organizados pelo EPSO (Eu-ropean Personnel Selection Office). Os candidatos que forem seleccionados vão ter uma bolsa mensal, um sub-sídio adicional relacionado com a deficiência, um reem-bolso das despesas de deslo-cação efectuadas no início e no fim do estágio e ainda um seguro de saúde.É importante salientar que, de entre inúmeros objecti-vos gerais deste programa que abrange toda uma acção construtiva ao estagiário, o próprio PE assume como objectivo último gerar uma

consciencialização geral, até mesmo do pessoal integran-te do Parlamento, no que concerne à problemática da deficiência, não esquecendo os imensos entraves e pre-conceitos que esta acarreta em si.Mais do que uma experiên-cia profissional única trata-se, por isso, de uma valori-zação pessoal.As candidaturas encon-tram-se abertas até dia 15 de Outubro, sendo que os estágios terão início dia 1 de Março de 2011, prolongan-do-se até ao último de Julho.

PE abre estágios a pessoas com deficiência

Estágios não conferem o direito a um futuro emprego no parlamento europeu

O abastecimento de viaturas eléctricas é já uma realidade em Braga e Guimarães

Valorização pessoal, um dos objectivos destes estágios

do Parlamento Europeu

Page 9: Document1

UNIVERSITÁRIOPÁGINA 09 // 28.SET.10 //ACADÉMICO

INQUÉRITO

Recém chegada de Aveiro à academia minhota a aluna de Ciências da Comunica-ção tem grandes expectati-vas para os anos na univer-sidade. Espera conseguir acabar o curso no tempo previsto e acha importante fazê-lo com uma boa média.No primeiro impacto com a universidade, a aluna revela que tinha receio das praxes, mas passada uma semana o balanço é positivo. Desde professores às for-mas de acolhimento da uni-versidade, a estudante diz ter gostado muito.Como filha única que é, Carla Pinho confessa que tem uma ligação muito for-te com os pais e que consi-derou esta separação um choque. Contudo, depois da chegada a Braga e com a ajuda das praxes, a integração foi mas fácil do que aquilo que pen-sava: “se não fosse a praxe não conhecia a maioria dos meus colegas”.

Natural de Viana do Cas-telo, João Vieira mudou-se para Braga para ingressar na sua primeira e única op-ção na candidatura ao ensi-no superior, “é o cumprir de um sonho”.As expectativas são muito elevadas para este percurso académico. Baseado naquilo que ouviu de colegas mais velhos, an-seia viver os melhores anos da sua vida, principalmente o ano de caloiro e espera ainda terminar a licencia-tura nos três anos previstos.Em relação ao primeiro im-pacto ao entrar na univer-sidade, achou de imediato que era muito grande e diz ainda ter pensado que se iria perder.Confessa que esta semana lhe pareceu passar muito rápido. Com muitas actividades e poucas aulas, João Vieira diz ainda não ter tido es-paço para sentir saudades, revelando também que não espera sentir muita falta do lar já que sabe que ao fim de semana vai sempre a casa.

Nestes anos que se avizi-nham, o novo aluno minho-to espera “fazer um pouco de tudo”. Do divertir ao estudar, Si-mão acredita haver espaço para tudo. Quer empenhar-se em tirar um curso com boas notas e arranjar em-prego no final.Residente e natural de Bra-ga, pensa que talvez se não estivesse no seio familiar a vida académica seria vivida com mais liberdade, mas mesmo assim tenta não fal-tar a todas as actividades.Considera que o seu percur-so académico não seria pre-judicado se estivesse longe dos seus pais – acredita ter a responsabilidade suficien-te para ser autónomo.Acha a universidade muito diferente da escola secun-dária em todas as metodo-logias.O primeiro impacto na uni-versidade foi marcado pelo contacto com a praxe que, segundo o novo aluno, está a funcionar como integra-ção em todos os aspectos: para conhecer novos colegas e a própria universidade.

Em relação às expectativas para estes anos que se se-guem, Diana Correia espe-ra que o curso lhe abra gran-des portas para o futuro.Apesar de não ter sido a sua primeira opção, está muito entusiasmada, acha o cur-so interessante, espera que corra tudo bem e não se mostra nada arrependida. A aluna de LLE espera ainda obter uma boa média, fazer amigos e arranjar emprego pela cidade bracarense.Não vive na zona de Braga, sendo que a sua residência em tempo de aulas é ainda em Vila das Aves de onde é natural. Está a tentar arran-jar alojamento perto da uni-versidade já que considera ser muito cansativo deslo-car-se todos os dias a casa, tendo em conta a escassez de transportes.A estudante refere ainda que a universidade é muito diferente do secundário em todos os aspectos. O impacto desta primeira semana foi positivo segun-do Diana “deu para conhe-cer os meus novos colegas”.

JOãO VIEIrA1º ANO //

OPT. E CIêNCIAS DA VISãO

SIMãO ArAúJO1º ANO //

CIêNCIAS DA COMUNICAçãO

DIANA COrrEIA1º ANO //

LíNGUAS E LIT. EUrOPEIAS

IOlAndA lIMA [email protected]

O novo ano lectivo começou e a Universidade do Minho recebeu os novos alunos. de diversas partes do país são muitos os “caloiros” que ingressam agora na vida académica. na maior parte dos casos, os agora estudantes universitários ingressaram no curso que sempre sonharam. Têm muitas expectativas em terminar o curso no tempo previsto, acreditam haver tempo para a diversão e para o estudo e esperam, ansiosamente, por um lugar no mercado de trabalho.

O ACAdÉMICO foi falar com os recém-chegados à academia minhota e quis saber como tem sido este período de adaptação e quais são as expectativas para este percurso universitário.

CArLA PINhO1º ANO //

CIêNCIAS DA COMUNICAçãO

Que expectativas tens para os teus anos na Universidade do Minho ?

Page 10: Document1
Page 11: Document1

DAnIEL vIEIRA DA SILvA*[email protected]

* com a colaboração de Cláudia

Fernandes e Sónia Ribeiro

A acção social é um tema fracturan-

te neste início de ano. Como reage a

AAUM a este problema?

Este tema da atribuição de bolsas, do regulamento da Acção Social marca este início de ano lectivo pelo pior sentido. Estamos em ple-no início de ano lectivo e temos um regulamento de atribuição de bolsas que é publicado no início do mês de Setembro mas que carece, ainda, da publicação das respectivas normas técnicas, ou seja, aquelas regras que irão determinar o cálculo dos rendimentos do agregado familiar, as capitações do agregado familiar e que nos irão permitir saber que alte-rações é que este novo regulamento irá, ou não, implicar, de que formas é que as alterações que este novo regulamento impôs vem ou não alterar o universo de bolseiros, vem ou não alterar a noção de estudante economicamente carenciado.É uma situação que nos custa enca-rar e aceitar mais ainda quando esta discussão foi iniciada juntos das instituições em Fevereiro de 2010.

A quem é que atribuis a culpa princi-

pal para este atraso?

A AAUM não gosta de atribuir cul-pas, mas, por outro lado, gosta que se assumam responsabilidades e, nestes atrasos, há responsabilida-des políticas que têm que ser assu-midas. Claro que aqui, essas res-ponsabilidades não são assumidas nem pelos estudantes, nem pelas instituições de Ensino Superior e respectivos serviços que têm que analisar esses processos. Portanto, se aqui alguém tem que assumir as respectivas responsabilidades pela inexistência de regras técnicas, pelo atraso na publicação deste regula-mento, tem que ser o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Supe-rior e, em última análise, a Direcção Geral do Ensino Superior.

A AAUM tem algum plano para so-

lucionar os problemas mais graves que

podem existir em relação às dificulda-

des financeiras de alguns estudantes?

Acima de tudo, a AAUM vem nesta fase pressionar de todas as formas que entende coerentes e produtivas junto de quem de direito, no sentido de agilizar este processo, no sentido de dar reais contributos na constru-ção do mesmo. Portanto, se é muito fácil para o ministério dizer que os argumentos e preocupações das as-sociações não têm fundamento, en-tão que nos apresentem as normas técnicas para nos tranquilizarem,

go altíssimas e encerramentos na indústria e outros sectores preocu-pantes. Sendo a região do Minho o reflexo do país, não poderemos nunca coadunar com uma redução e limitação dos apoios sociais e dos direitos que assistem a estes estu-dantes carenciados, que de outra forma poderão perder as suas con-dições de acesso e de permanência no ensino superior.

O Minho, vai ter duas capitais euro-

peias em 2012: Juventude em Braga

e Cultura em Guimarães. Em Braga

vê-se a AAUM como um parceiro es-

sencial neste projecto. O que é que já

está a ser feito? Já há algo em concreto

porque de outra forma continuare-mos, para sua insatisfação ou não, a defender os nossos interesses, a dar conta daquelas que são as preocupa-ções dos estudantes e a lutar por um direito que assiste aos estudantes, sem o qual se podem ver privados de dar continuidade à sua formação.Naturalmente que, aqui, não só a AAUM, como os SAS e a reitoria da UM, terão toda a preocupação em garantir que serão accionados os mecanismos internos necessários para assegurar essas condições bási-cas de sobrevivência no sistema do ensino superior a esses estudantes.A nível prático, há ideia de quantos

estudantes da UM podem sair do sis-

tema de acção social?

Assumindo que o “bolo” da Acção Social permanecerá o mesmo, é claro interpretar que um reforço de uns será feito à custa de outros. E esses alunos que serão prejudicados para que os mais carenciados vejam a sua bolsa reforçada, são os que estavam nos últimos escalões do sistema, sendo que estes represen-tavam, em 2009/2010, 40% de um universo superior a 5 500 bolseiros na UM. Portanto, numa região par-ticularmente afectada a nível sócio-económico, esta questão dos apoios sociais é particularmente sensível, uma vez que estamos numa região deprimida, com taxas de desempre-

ENTREVISTALUíS RODRIGUES

PÁGINA 11 // 28.SET.10 // ACADÉMICO

Presidente da AAUM aborda os temas quentes do Ensino Superior. Acção Social, Gabinete do

Empreendedor, nova sede e recandidatura num exclusivo ACADÉMICO/RUM

Luís rodrigues preocupado com os atrasos na Acção Social, atribui responsabilidades ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

Luís Costa

Page 12: Document1

no sentido de ser o “tal” parceiro?naturalmente que a AAUM fica sa-

tisfeita quando a Câmara Municipal

de Braga, através do seu vereador da

Juventude, o arquitecto Hugo Pires, vê na AAUM um parceiro primor-dial neste projecto da capital euro-peia da juventude. Certamente que a AAUM vê também as populações quer da cidade de Guimarães, quer de Braga, como um parceiro essen-cial em muitas outras actividades. Relativamente à questão da capital europeia da Cultura, a AAUM tem todo o interesse em se envolver e em envolver os estudantes. No que toca à capital europeia da juventu-de, em Braga, há alguns projectos mais palpáveis e que têm conhecido alguns desenvolvimentos, nome-adamente o Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo que será lança-do no dia 26 de Outubro. Este é um projecto claramente voltado para as saídas profissionais dos estudantes na Universidade do Minho procu-rando promover o auto-emprego e consciencializar os mesmos da im-portância do espírito de iniciativa enquanto saída profissional efectiva para os recém-licenciados.

Em que vai consistir esse Gabinete do Empreendedor?Não querendo levantar totalmente o véu, posso adiantar que este gabine-te terá um nome, em si, empreende-dor. - Liftoff - procurando dar exac-tamente aquela ideia de descolagem para um outro patamar, procuran-do promover uma cultura empreen-dedora, divulgando e apoiando no-vas ideias e projectos empresariais, ao mesmo tempo que trabalhará no sentido de formar e informar a co-munidade académica sobre temas relacionados com oportunidades de negócio, com a criação, gestão e internacionalização de empresas. Nesta fase temos reunidos alguns parceiros que identificamos como essenciais onde naturalmente se in-clui a UM e a Câmara Municipal de Braga. A interacção do “Liftoff” com algumas unidades curriculares, a criação de tertúlias e seminários re-

lacionados com esta temática, a pro-moção de algumas visitas a parques tecnológicos - funcionando, ao mes-mo tempo, como um interface com os estudantes - serão alguns dos vectores deste gabinete que estará situado no campus de Gualtar e que se pretende tenha um trabalho de proximidade com todos os alunos, através de uma agenda periódica muito bem definida.

Neste início de ano chegam novos alunos à universidade. Tu também já passaste por este processo há uns anos atrás. O que encontras de diferente na Universidade do Minho relativamente a anos anteriores?Principalmente, encontro-me a mim diferente, fruto das vivências que tive o privilégio de ter ao lon-go destes anos e muito fruto das experiências associativas e extra-curriculares que a universidade por si só não teria a capacidade de me proporcionar. Não querendo puxar a brasa à sar-dinha da AAUM, certamente que o trabalho desenvolvido pela Associa-ção Académica junto dos estudan-tes ao longo destes anos - anterior-mente até à minha entrada para a associação - é extremamente impor-tante na formação de cada indivíduo que passa por esta casa.A Universidade do Minho é certa-mente uma casa de eleição, é certa-mente uma instituição de renome nacional e internacional e os no-

vos alunos devem ter a noção que entraram para uma das melhores instituições de ensino superior em Portugal e na Europa. Vês a UM e a AAUM ainda mais pró-ximas dos estudantes do que há uns anos atrás? Vejo que é uma universidade quase única no panorama de ensino supe-rior em Portugal. Esta universidade é uma referência ao nível do ensi-no, da investigação, mas é também uma referência por aquilo que faz para a sociedade, por aquilo que permite aos estudantes e aos indiví-duos que forma para a sociedade e para o mundo do trabalho.

liftoff será o nome do Gabinete do Empreendedor da AAUM apresentado a 26 de OutubroNa cerimónia solene de boas-vindas à UM notou-se a ausência de qualquer conotação à praxe académica. A que se deveu esta questão?Esta sessão sendo solene e sendo uma sessão de acolhimento institu-cional teria que ser entendida como tal. E no primeiro contacto em que os estudantes estão de mente aberta e completamente desformatados e receptivos a toda a informação, não se deve criar entropia à volta da mes-

ma, que a Universidade e a AAUM quis dar aos estudantes. Num am-biente mais efusivo certamente que algumas mensagens não seriam transmitidas com o efeito que era pretendido, nomeadamente a apre-sentação que foi feita da Universida-de e de todos os seus serviços até às respectivas intervenções, não só da AAUM, mas também do Reitor da Universidade do Minho.

Nove meses de mandato, não é ainda tempo de fazer balanço, mas perspec-tivar os próximos três meses em que o mandato vigora. Qual é o próximo passo?Não em jeito do balanço, mas dando conta aqui de algumas coisas que marcaram estes nove meses, pode-mos falar a nível desportivo das con-quistas que foram alcançadas, colo-cando a AAUM no terceiro lugar do ranking europeu da EUSA, e con-quistando oito das quinze meda-lhas que a Federação Académica de Desporto Universitário trouxe para Portugal ao longo dos campeona-tos europeus. A esse nível também uma palavra de apreço a todos os técnicos, ao DDC e aos SASUM que contribuem em muito para o suces-so destes resultados desportivos da AAUM. Noutro âmbito, arrisco-me a dizer que as assembleias e forma-ções de delegados, que contaram com aproximadamente com quatro centenas de delegados, foram das mais participadas de que há memó-ria, conjuntamente com as Assem-bleias e Fóruns de Núcleos. Sabe-mos que a proximidade física destes estudantes com a AAUM continua a não ser a ideal e pertendemos, por isso mesmo, concentrar esforços - no que resta do mandato - para que a construção da nova sede seja uma realidade no mais curto espaço de tempo possível.

… Está mais próxima essa construção?Eu acredito que esteja mais próxi-ma, têm sido feitas reuniões nesse sentido e falta aqui identificar defi-nitivamente aquele que será o local da nova sede, para que se conheçam

desenvolvimentos palpáveis no que toca à sua construção. Acredito que até ao final deste mandato teremos novidades interessantes relativa-mente a este projecto.

Poderá ser novamente o Luís Rodri-gues a assumir a liderança de uma nova equipa ao fim deste primeiro mandato? O tempo o dirá, os desafios são cer-tamente muitos até Janeiro, altura em que termina o mandato desta direcção, ainda um mês antes have-rá eleições para os variados órgãos da AAUM. Certamente que esta direcção estará disponível para con-tinuar a servir os estudantes. Essa é a minha convicção e é a convicção de que desta direcção surgirá uma equipa de trabalho forte, dedicada e com um enorme sentido de respon-sabilidade que tem para com todos os estudantes, representando-os descomprometidamente e acima de tudo com o maior espírito de companheirismo, solidariedade e defendendo os seus colegas da mes-ma forma que se estão a defender a si mesmos.

Mas com ou sem Luís Rodrigues?Só o tempo o dirá.

Queres deixar alguma mensagem de boas-vindas aos novos companheiros que estão na Universidade do Minho? Este é o iniciar daquele que será o melhor ciclo da vida de cada estudante que entra para a UM. Arrisco-me a dizer que são aqueles anos que nunca mais esquecemos e para isso devemos usufrui-los da melhor maneira. Devemos querer aprender, porque estamos nesta casa para aprender, para crescer e o primeiro esforço deve ser feito no sentido de aproveitar todas as con-dições de excelência que a Universi-dade do Minho coloca ao dispor dos estudantes, ao nível do ensino, ao nível da investigação e que um dia mais tarde dêem continuidade à sua formação e que escolham esta casa - que certamente estará cá para os acolher da melhor maneira.

ENTREVISTA PÁGINA 12 // 28.SET.10 // ACADÉMICO

Novo website da AAUM pretende ser veículo priveligiado de comunicação entre a Associação e os estudantes

Gabinete do Empreendedor é uma das apostas da AAUM

Luís Costa

Luís Costa

Page 13: Document1

REPORTAGEMPÁGINA 13 // 28.SET.10 // ACADÉMICO

Encontros UM reúnem Mário Soares e Pinto Balsemão para debater a República

MARIA JOãO QUIntAS

[email protected]

A segunda sessão dos En-contros UM, que decorreu na passada quarta-feira na Reitoria da Universidade do Minho, juntou importantes figuras da República portu-guesa para debater a evolu-ção desta ao longo dos seus cem anos de existência. Má-rio Soares, Francisco Pin-to Balsemão, João Aguiar Campos e Artur Santos Silva foram os convidados deste colóquio, que partilha-ram com uma sala cheia as suas experiências de vida e reflexões sobre o estado da República em Portugal. O debate abriu com Má-rio Soares, um dos funda-dores da democracia em

Portugal, que afirmou: “a República tem coisas boas e coisas más, mas a verda-de é que está consolidada e está para durar”. O ex-Presidente da República afirmou-se, convictamente, republicano, socialista e laico e confessou que o seu maior orgulho é ter lutado durante 32 anos contra a di-tadura. “Não é fácil bater-se contra uma ditadura, mas eu bati-me”, conta Mário Soares. Acrescenta, ainda, que: “A República é demo-cracia, liberdade, igualdade e fraternidade”. Não deixa de referir os 36 anos de paz civil e democracia funcional em Portugal, acrescentando que a República tem vindo a ser muito bem consciencia-lizada pelo povo, o que lhe dá um grande prazer.Pinto Balsemão, presidente do grupo Impresa, tem uma

visão mais crítica e centra-se mais no presente e no futuro do que, propriamen-te no passado da República em Portugal. O Fundador do PSD acredita que Portu-gal é um país de impunida-des, onde a justiça não ac-tua a tempo e horas. Acusa ainda os portugueses de se lamuriarem constantemen-te, mentalidade que é fatal para a nação. O ex-primeiro ministro afirma: “Há qual-quer coisa que está a emper-rar o funcionamento desta República pós-25 de Abril”. Pinto Balsemão considera necessária uma maior inte-gração política na Europa, uma vez que “precisamos mais da Europa do que ela precisa de nós”, refere. O militante n.º 1 do PSD re-alça a necessidade de refor-mas na justiça, na educação e na administração pública.

“Enquanto não resolvermos as questões de infra-estru-tura política, enquanto não fizermos as grandes opções, enquanto não fizermos as reformas que implicam o

consenso, que não deve en-vergonhar ninguém, por mais vocações que tenha-mos continuaremos assim a ser lamurientos e a viver na impunidade”, concluiu Pin-to Balsemão.Artur Santos Silva, presi-dente da Comissão Nacio-nal para as Comemorações

do Centenário da Repúbli-ca, considerou o regime po-lítico implementado a 5 de Outubro de 1910 como “um movimento cultural regene-rador”. Atribuiu aos ideais republicanos a responsa-bilidade pela afirmação da liberdade e da dignidade da pessoa humana, pelo com-bate à pobreza e à desigual-dade e pela construção de um Estado de Direito. Artur Santos Silva não deixou de agradecer à Universidade do Minho por todas as iniciati-vas que esta tem promovido para celebrar o centenário da República. A sessão terminou com a intervenção do cónego João Aguiar Campos, presiden-te do grupo Renascença, que fez uma reflexão mais prospectiva, apelando à for-mação para a cidadania e à participação dos jovens.

O centenário da República

Portuguesa foi o mote

para o debate que reuniu

importantes figuras

políticas.

Para Francisco Pinto

Balsemão a crise não

é insolúvel, mas é

preciso ter provas de

confiança

Mário Soares assegura que as crises financeiras sempre existiram e é preciso ter calma

Page 14: Document1

TECNOLOGIAE INOVAÇÃO

PÁGINA 14 // 28.SET.10 // ACADÉMICO

liftoff apresenta...

> 29 de NOVEMBRO ‘10Início de apresentação de candi-daturas do Concurso de Ideias “Atreve-te 2010”;

> 26 de OUTUBRO ‘10

Abertura oficial do Gabinete do Empreendedor AAUM

LIFTOFF

> 3 de Dezembro ‘10Limite de entrega de Candidaturas “Atreve-te 2010”

A Associação Académica da Universidade do Minho encon-tra-se a preparar a abertura do projecto que tem como Visão ser um ponto de referência na Universidade do Minho no apoio ao empreendedorismo qualificado, tendo ainda como Missão fomentar e apoiar o espírito empreendedor da co-munidade académica da Universidade do Minho.Estamos em contagem decrescente!!!Levantamos aqui um pouco do véu da actividade deste ga-binete.O “Concurso Atreve-te 2010” é dirigido aos estudantes do ensino superior e tem como principal objectivos:- Incentivar os estudantes universitários a desenvolver ideias de negócio para a criação de novas empresas; - O desenvolvimento do espírito de iniciativa nos diversos sectores de actividade;

- Contribuir para o aumento e crescimento da Economia Portuguesa; A apresentação de candidaturas deverá ocorrer entre 29 de Novembro e 3 de Dezembro de 2010. Do total das candida-turas efectuadas serão pré-seleccionados 30 projectos que apresentem maior potencial de negócio e maior cariz ino-vador. As dez melhores ideias de negócios terão ajuda profissional na elaboração do plano de negócios, na obtenção do finan-ciamento e serão acompanhadas durante o ano seguinte à constituição da empresa.

Mais informações em: www.aaum.ptou através do email: [email protected]

Tens uma ideia de Negóc

io?Tens uma ideia

de Negócio?Concorre até 3 de Dezembro

Prémio Caixa Geral de Depósitos - 20.000€ Prémio TMN - 10.000€ Prémio IEFP - 5.000€

Concorre até 3 de Dezembro

Estás à altura do desafio? Estás à altura do desafio? Comissão Organizadora: Apoios: Com o Alto Patrocínio:

twittadasGOREtI FARIA

[email protected]

Google Street View em DebateUm clique em earth e eis que se encontra à nossa frente a casa onde a Sofia está a viver em Itália – com sorte, ainda vemos a Sofia à janela – cor-tesia do Google Street View. Palmas? Vários países não têm tido muita vontade de aplau-dir perante a possibilidade de terem as suas ruas e os que por elas andam perscrutados a partir de qualquer canto do mundo. A Alemanha, que tem assumido um dos papéis prin-cipais no debate privacidade vs Google, definiu na semana

passada um prazo de três me-ses para que sejam apresenta-das pela Google propostas de auto-regulação que combatam a alegada negligência de priva-cidade.

Tem Asas, Come Sementes e Ganha à Internet de Banda Larga em VelocidadeAfinal, parece que os pom-bos fazem mais do que nos surpreenderem com prendas inoportunas. Uma iniciativa levada a cabo por Trefor Da-vies, com o objectivo de evi-denciar a ineficiência e extenu-ante lentidão da Internet de banda larga em algumas zonas rurais do Reino Unido, resul-

tou numa corrida de cerca de 100 km entre dois pombos-correio – equipados com um cartão de memória que con-tinha um vídeo – e um upload desse mesmo vídeo através das referidas conexões rurais. O resultado? Pombos um, banda larga zero. Numa altura em que muitas questões têm de ser resolvidas via internet, a necessidade de apelar para este tipo de situação é irrefu-tável.

Telemóvel com Facebook ou Facebook com telemóvel?Foram várias as razões que es-tiveram na génese dos rumor-es de que o Facebook estaria

a desenvolver um telemóvel. Por um lado, a Google e a Apple, que cada vez mais se apresentam como concorren-tes do Facebook, já desenvolv-eram os seus telemóveis. Por outro lado, Erick Tseng, que esteve envolvido na criação do telemóvel da Google, foi contratado pelo Facebook. No entanto, os rumores foram rejeitados pelo porta-voz da rede social ou, melhor dizen-do, não foram confirmados na sua integridade. A haver telemóvel deverá ser lançado na Europa durante a primeira metade de 2011, de acordo com artigo publicado pela Bloomberg.

Cinco Mil Amigos no Facebook? É Narcisista!Sofia e outros cinco amigos alteraram as suas fotografias de perfil. Terá esta informação implicações sobre a personali-dade da Sofia e dos outros cin-co amigos? De acordo com um estudo realizado por uma es-tudante de Psicologia da Uni-versidade de York, no Canadá, poderá ter. Recorrendo a uma amostra de 100 utilizadores do Facebook, com idades com-preendidas entre os 18 e os 25 anos, Soraya Mehdizadeh che-gou à conclusão, entre outras, que os jovens mais narcisistas eram aqueles que mais tempo passavam na rede social.

Page 15: Document1

FRAnCISCO vIEIRA

[email protected]

Mais um ano passa, mais uma época futebolística termina e uma nova surge. Pouco tempo após o início da época chega-nos um novo Pro Evolution Soccer. A data prevista de lançamento na Europa é a 30 de Setembro, já esta quinta-feira. É de afirmar que desta vez a Ko-nami, empresa que desen-volve e produz a saga PES, esmerou-se bastante. PES 2011 apresenta-se de cara la-vada, com um sistema gráfi-

co diferente mas ao mesmo tempo familiar. A jogabili-dade foi drasticamente al-terada. A movimentação de 360º foi aperfeiçoada, foi implementado um núme-ro sem fim de animações/movimentos, o sistema de passe funciona agora como o de remate (com a barra de força) e tornou-se muito mais real, sendo que é preci-so apontar mesmo para o lo-cal/jogador para o passe ser conseguido com sucesso. A inteligência artificial do ad-versário foi também modifi-cada, sendo que a defesa fica mais na expectativa em vez de “ir à queima”. Tudo isto

rápido numa situação de contra-ataque, por exemplo. O único ponto fraco deste PES é, sem dúvida, o licen-ciamento das equipas, tendo apenas duas ligas completa-mente licenciadas (Francesa e Holandesa). No entanto é de realçar uma nova presen-ça: a Taça Libertadores da América do Sul. Nunca um PES anterior teve tantas li-cenças, nem de tantas partes do mundo. Benfica, Braga, Porto e Sporting continuam a marcar presença! O editor foi amplamente melhorado, podendo o utilizador cons-truir estádios. Concluindo, PES 2011 aparenta ser o jogo de futebol de eleição este ano, melhorando em todos os aspectos em relação ao seu predecessor. Uma com-pra obrigatória para todos os amantes do futebol!

PES: liberdade total

PÁGINA 15 // 28.SET.10 // ACADÉMICOTECNOLOGIA E INOVAÇÃO

CátIA ALvES

[email protected]

O trabalho conjunto entre o Ministério da Ciência, Tec-nologia e Ensino Superior e a Fundação para a Com-putação Científica Nacional (FCCN) tem permitido a re-dução de custos em comu-nicações nas Universidades e Politécnicos nacionais. A FCCN é, de resto, a entidade que gere e desenvolve a rede nacional de comunicações de dados de alto débito no sistema científico e do ensi-no superior (RCTS).Esta redução de 4 para 3,3 milhões de euros em co-municações, verificada en-tre o primeiro semestre de 2009 e o primeiro semestre de 2010, deve-se à imple-mentação de um sistema

de chamadas através da In-ternet, também conhecidas por “voz sobre IP” ou VOIP (Voice over Internet Proto-col). Este sistema possui inú-meras vantagens, de entre

as quais, a fácil instalação e utilização (sendo que em algumas áreas nem sequer é necessário um compu-tador, basta um pequeno adaptador no telefone), bem como, a possibilidade de ar-

mazenamento de telefone-mas (este sistema converte as conversas telefónicas em dados áudio digitais que podem posteriormente ser reproduzidos). A implementação deste

sistema representa uma re-dução de cerca de 20% nas comunicações, no primeiro semestre deste ano, estima-se, aliás, que no final do ano a redução possa atingir 1,7 milhões de euros.

O sistema VOIP gera poupança no ensino superior

Pro Evolution Soccer é um jogo quase perfeito. Com lançamento previsto para 30 de Setembro, este jogo promete revolucinar.

resulta numa espectacular dinâmica de jogo, tornan-do-se, porém, mais difícil construir jogadas e marcar golos, o que ao ser conse-guido demonstra ser muito

mais gratificante do que em qualquer outro PES. A velo-cidade de jogo foi diminuí-da, aproximando-se mais da realidade, tornando-se o jogo automaticamente mais

Sistema VOIP ganha cada vez mais adeptos pelo mundo

Cristiano ronaldo é um dos jogadores com melhor

“skill” no jogo

Page 16: Document1

CULTURApeixe:avião voltam à vida de “madrugada”Neo-realismo emerge das águas filipinasCátIA CAStRO

[email protected]

«Lola» é um melodrama que faz renascer o neo-realismo mais puro. Mas o grande trunfo chama-se mesmo Filipinas, onde é rodado o filme e de onde é natural o realizador Brillan-te Mendoza.Lola quer dizer avó em fili-pino. Neste filme há duas avós. Mas há mais coisas em comum entre estas duas mulheres. São pobres e am-bas atingidas por uma tra-gédia.O neto de uma mata aci-dentalmente o neto de ou-

tra. Enquanto uma vai ten-tar pagar o funeral do neto morto, a outra tenta encon-trar uma maneira de tirar o neto da prisão. Uma tarefa quase herculeana para as duas anciãs.Propositadamente na época das monções, numa cidade próxima de Manila, o filme foca os problemas sociais deste povo que se desloca durante quase todo o ano em canoas. E se esta mise-rável Veneza da Ásia não chega para impressionar o espectador, a ineficácia da justiça acerta em cheio. A começar pelos tribunais, que em caso de homicídio, sugerem que as partes fa-

çam um acordo amigável.Dirigido por Brillante Men-doza, realizador de “Massa-gista” ou mais recentemente “Kinatay“, o filme é fasci-nante pelo seu lado semi-documental e, ao mesmo tempo, simbólico. A água está em todo o lado. Há ain-da a forma crua e autêntica como retrata a realidade fili-pina, da velhice e até da pró-pria luta pela sobrevivência.Uma história de vida e mor-te que venceu o prémio do júri no Festival de Veneza do ano passado.Em conjunto é exibida a curta “A History of Mutual Respect”, de Gabriel Abran-tes e Daniel Schmidt.

PÁGINA 16 // 28.SET.10 // ACADÉMICO

“Madrugada” é o segundo álbum de originais dos peixe:avião. Um disco com um som assumidamente mais rock, com convidados especiais e prendas para os fãs

cine rum: “lola”

Lola Sepa (Anita Linda), a avó que reclama justiça

Page 17: Document1

cd rum: «Coconut», 2010 Domino

Archie bronson outfit

JOSÉ REIS

[email protected]

“Bye Bye Radiohead; We-lcome Flaming Lips”. Os peixe:avião soam diferentes neste novo trabalho disco-gráfico, de nome “Madru-gada”.Isso fica garantido após uma primeira audição. E garanti-da é também a mudança de cadeiras nas referências di-rectas: Thom Yorke, que ti-nha lugar cativo em todos os temas de 40.02 dá agora lu-gar agora aos Flaming Lips, com as baterias saturadas, as guitarras estidentes e as vozes distorcidas.Soam diferente e estão di-ferentes: mais velhos, mais conscientes do som que fazem, mais conhecedores

pEDRO pORtELA

[email protected]

«Coconut» é o terceiro ál-bum do trio britânico Ar-chie Bronson Outfit e coloca um ponto final na ansiosa espera de quatro anos após o muito elogiado «Derdang Derdang».Diz o adágio popular que quem espera sempre alcan-ça e isso assenta como uma luva a este disco, que amplia o alcance da música criada por Sam Windett (voz e gui-tarra), Dorian Hobday (bai-xo e guitarra) e Mark Cle-veland (bateria) ao injectar na sua mescla poderosa de rock psicadélico e viscera-lidade pós-punk uma dose descontrolada de tendência dançante, que vem a ser a principal novidade des-te terceiro volume de uma carreira que começa a dei-xar marcas importantes no indie-rock.A este impulso ascendente

da criatividade musical dos Archie Bronson Outfit não é alheia a presença do produ-tor Tim Goldsworthy (DFA, LCS Soundsystem, Rapture, ...), que soube aprimorar ao pormenor a rudeza incon-formada dos riffs de guitar-ra e a energia fervilhante do trio, mas cravejando cada tema de uma pulsante com-ponente funk que respeita toda a sua essência musical mas que lhe adensa a capa-cidade incisiva, tornando-a mais urgente, mais enérgi-ca, mais detonadora e mais eficaz.Um disco merecedor da nossa admiração!

dos caminhos de Portugal, mais cuidadosos com o as-pecto visual (destaque para as gravatas e blazers e das fotografias promocionais ao novo álbum.Esperamos encontrá-los assim em qualquer rua de Braga).

Som mais maduro

Ao fim de dois anos, ti-nham, obrigatoriamente, que estar diferentes.“Este som, posso dizê-lo, é mais maduro, fruto do trabalho feito após o lança-mento do primeiro álbum (40.02, em 2008)”, refere Luís Fernandes, guitarrista dos peixe:avião.Mais pensado, construído em conjunto – “no primei-ro álbum, quando ainda não nos conhecíamos bem, cada um compunha em casa, gravava e mandava aos

outros, e assim se iam com-pondo os temas”, refere An-dré Covas, guitarrista -, com um som mais forte, fruto de uma bateria mais apurada e de um arranjo instrumental mais cuidado.Aliás, do primeiro para o se-gundo álbum nota-se uma maior uniformidade musi-cal, sons mais homogéne-os e músicos convidados a abrilhantar o naipe de onze novos temas.“Convidámos a Manuela Azevedo, dos Clã, porque é um nome conhecido e quem queríamos trabalhar [uma das vozes de “Fios de Fumo”], e o pianista Bernar-do Sasseti, ele que vem mais da área do jazz mas dá aqui um contributo importante à nossa música [em “Detalhes De Um Plano” e “Palavras Que Não Falam”]”, destaca José Figueiredo, baixista da banda.

TOP RUM - 38 / 201024 SETEMBRO

1 PEIXE AVIÃO - No jogo da quimera2 BUNNYRANCH - Where am I? Where are you?3 B FACHADA - Os discos do sérgio godinho4 MÃO MORTA - Novelos da paixão5 ARCADE FIRE - The suburbs6 BIG PINK, THE - Dominoes

7 PELTZER - A story to tell me8 NATIONAL, THE - Blood-buzz ohio9 DRUMS, THE - Best friend10 GRIZZLY BEAR - Two weeks11 SLIMMY - Be someone else12 POP DELL’ARTE - Ritual transdisco13 CLÃ - Golden skans14 COURTEENERS, THE - You overdid it doll15 ALTO! - Gin tonic - we are the no ones conquering china16 ANDERSEN MOLIÈRE - Os sonhadores17 VAMPIRE WEEKEND - White sky18 AEROPLANE - We can´t fly

19 FRANKIE CHAVEZ - The train is gone20 NOISERV - The sad story of a little town

POST-IT27 Setembro > 1 Outubro

PEIXE AVIÃO - Um Acordo QualquerAEROPLANE - SuperstarSHIT ROBOT - Losing My Pa-tience

Braga

Dança28 de SetembroRomeu e Julieta Theatro Circo

Música1 de OutubroÓpera, Canções e JazzTheatro Circo

2 de OutubroSerenata ao Fado – Grupo de

Fados e Serenatas da UMTheatro CircoTeatro

5 de OutubroA cabeça do BaptistaTeatro Circo

28 de SetembroAno Europeu da luta contra a pobreza e a exclusão social – Laboratório de Jornalismo RUMFnac Braga

Guimarães

28 de SetembroCafé Falado – ArquitecturaCCVF

Exposições11 de Setembro a 26 de Dezem-broHistories of Mutual RespectCCVF

Barcelos1 de OutubroSUBSCUTA – PeltzerAuditório da Biblioteca de Bar-celos

Famalicão

Cinema30 de SetembroNoites de Cineclube – Líbano de Samuel MaozCasa das Artes

agenda cultural

rum box

PÁGINA 17 // 28.SET.10 // ACADÉMICO

Concertos de promoção

A banda prepara a todo o gás o regresso aos palcos. Os concertos de apresenta-ção estão já agendados: a 9 de Outubro no Theatro Cir-co, em Braga; a 14 de Outu-bro no Lux, em Lisboa. Mas, desta vez, os peixe:avião qui-seram dar uma prenda aos seus fãs: na compra do novo álbum nas lojas FNAC rece-bem automaticamente um bilhete para os concertos de apresentação.Bastam, apenas, 11,99 euros a saírem do bolso.

Page 18: Document1

Minho em força na gala FADU

SCBraga/AAUM com ambição acrescidaEDUARDO RODRIGUES

[email protected]

No passado dia 30 de Agosto, a equipa do SCBraga/AAUM iniciou os trabalhos com muita ambição e com objectivos bem delineados. O projecto deste ano passa por ir o mais longe possível na Taça de Portugal e conseguir melhorar as classificações obtidas em anos anteriores, ou seja, terminar a prova nos dois primeiros lugares, que dão acesso ao esca-lão máximo do futsal português.Neste seguimento, a direcção bracarense assegurou a per-manência da equipa técnica, composta pelos treinadores Pedro Palas e Luís Silva, um reconhecimento do bom tra-balho realizado anteriormente. E, na mesma senda, o ga-binete médico continua sob os cuidados do fisioterapeuta Pedro Rodrigues. Quanto aos atletas, o núcleo duro da equipa mantêm-se. Da época passada transitam 12 jogadores: os guarda-redes Pli, Skat e Hélder, além de, André Machado, Coroas, Rui Coroas, Ricardinho, Lino, Fabrício, Ferrugem, Faria e Ser-ginho. E, com o intuito de construir um grupo ainda mais coeso, ingressam neste projecto quatro atletas, nomeada-mente, Pedrinho (ex - Módicus), Zé Rui (ex – Académica de Coimbra) e os ex – juniores Peixoto e Ricardo. No que diz respeito às saídas, deixaram de fazer parte do plantel do SCBraga/AAUM os jogadores Rui Anão, Tiago Vilaça, Luís Resende e José Magalhães. Neste início de época a formação bracarense já realizou al-guns testes e o balanço até o momento é bastante positivo, registando-se quatro vitórias nos quatro jogos disputados. O SCBraga/AAUM continua a sua preparação e, no próxi-mo fim-de-semana, disputa um quadrangular no recinto do vizinho Nogueiró. No sábado, enfrentam a formação dos Piratas de Creixomil (III Divisão), enquanto os da casa jo-gam perante o Contacto Futsal (Distrital). Para o domingo fica reservada a final do torneio e a decisão do 3º e 4º lugar. No dia 02 de Outubro, os arsenalistas estreiam-se em competições oficiais. Viajam até ao Porto para enfrentar a formação do Gondomar, numa partida a contar para a 1ª eliminatória da Taça de Portugal. E, na semana seguinte, inauguram a sua participação no campeonato nacional, com a deslocação ao Lamas Futsal, conjunto que na época passada terminou na 9ª colocação.

CLáUDIA RÊGO

[email protected]

No próximo dia 6 de Outu-bro, a Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) irá organizar, na Figueira Foz, uma Gala Des-portiva. Esta será já a terceira edição de galas desportivas organizadas pela FADU que celebra este ano o seu 20º aniversário. Minho e Coim-bra são as duas academias do país com mais atletas/equi-pas/técnicos nomeados para receber os galardões atribu-ídos pela FADU. Eduardo Rodrigues do curso de Enge-nharia de Gestão Industrial, apresenta-se como um dos mais fortes candidatos na conquista do prémio. É de salientar que Eduardo Rodri-gues foi campeão nacional universitário e obteve meda-lha de bronze nos europeus e mundiais universitários. Em relação à equipa feminina de voleibol da universidade minhota, apesar de esta ter conquistado o tetra, no cam-

PÁGINA 18 // 28.SET.10 // ACADÉMICO

DESPORTOCANOAGEMNuno Barros sagra-se campeão do mundoO atleta português Nuno Bar-ros conquistou, este sábado, a medalha de ouro na prova de C1 dos mundiais de maratona de canoagem, que decorrem em Barcelona.O canoísta do CN Ponte de Lima garantiu assim a segunda medalha portuguesa na com-petição, depois de Fernando Pi-menta ter conquistado o bronze em K1 sub-23, no dia anterior.

NATAçãODuplo concerto dos U2 vai traz-er um novo tapeteOs U2 estão na cidade dos es-tudantes no próximo fim-de-semana para dois concertos. O evento toma imediatamente conta da arena verde da Aca-démica, numa apreciação... bem intencionada: o relvado que serve as galas futebolísti-cas da Briosa sofre de inúmeras imperfeições e prejudica, sig-nificativamente, a missão dos craques que ali evoluem. O ta-pete verde pede reforma, von-tade que será satisfeita depois de os rapazes de Dublin se des-pedirem do público português.

INSÓLITOSer mascote para atacar... Outra mascoteBrandon hanning precisou de um ano para colocar o seu pla-no em prática, mas conseguiu. hanning vestiu a pele de «ru-fus», e esperou pela entrada em campo de «Brutus», a mas-cote dos adversários. Quando o rival atravessou o relvado, Brandon «rufus» hanning cor-reu na sua direcção e aplicou-se uma placagem. “E esta hein?”

desporto.zipby DVS

peonato nacional universitá-rio, e de ter conseguido um honroso 6º lugar no cam-peonato europeu, não deverá conseguir alcançar o prémio de melhor equipa, vendo-o fugir para a sua rival, a equipa de futsal feminina da Académica, campeã na-cional e europeia. No sector masculino, as equipas de an-debol e futsal tiveram ambas boas prestações ao conquis-tarem o ouro nos nacionais universitários e a prata nos europeus, sendo por isso de esperar que se afirmem na gala FADU como dois dos mais fortes candidatos ao galardão desta categoria. No que diz respeito à categoria de melhor treinador do ano, a AAUM vai exibir-se com três nomeados em cinco pos-síveis. Com todos estes resul-tados positivos, espera-se que no próximo dia 6, os talentos da universidade minhota possam regressar à capital do Minho com mais alguns ga-lardões, que tanto irão hon-rar a academia.

Page 19: Document1
Page 20: Document1