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1 OS UTILITARISTAS Índice Jeremy Bentham William Nassau Senior Jean-Baptiste Say

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OS UTILITARISTAS

Índice• Jeremy Bentham• William Nassau Senior• Jean-Baptiste Say

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Jeremy Bentham

A ciência de Bentham• Bentham é um grande adepto da obra “A Riqueza das Nações”. Ele

passou a pensar nos termos da obra e a utilizar sua linguagem.

• Para ele a ciência deveria se voltar para o mundo real, já que é feita exatamente “para beneficiar a raça humana”. Nesse sentido, acreditava que as leis econômicas teriam de ser obtidas empiricamente, de forma indutiva e não dedutiva.

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O princípio da utilidade• Bentham coloca no centro de seu foco o indivíduo e sua percepção de

felicidade.• Esta percepção de felicidade toma a forma, em Bentham, de um cálculo

de dor e prazer, feito mentalmente por todos os homens. • Este autor acreditava que levando em conta o prazer obtido ou

esperado com determinada ação, seria possível descrever com precisão o comportamento humano.

• A riqueza é composta por todos os objetos que satisfazem as necessidades humanas, ao que podemos acrescentar que a riqueza de uma sociedade é a soma da riqueza de todos seus membros.

• Aqueles que são muito ricos extraem menos prazer dela do que aqueles que nada possuem,então ele propôs a redistribuição de renda dos ricos para os pobres.

Jeremy Bentham

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O princípio da utilidade (cont.)• Sua primeira obra econômica é o “Defence of Usury” e é uma crítica

aos escritos de Smith.• Em 1793 publica o “Manual of Political Economy”.• Bentham foi um livre-cambista , mas acreditava na atuação do governo,

e mais ainda, acreditava que esta precisava ser organizada e planejada.

• Por isso dedicou parte de sua obra “ Manual of Political Economy” à discussão de como o Estado deveria agir e auxiliar os setores produtivos e comercial.

• Em 1801 Bentham escreve “ The True Alarm” sobre as conseqüências de um processo inflacionário.”

Jeremy Bentham

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As proposições de Senior• Suas maiores contribuições para o desenvolvimento da economia

foram: 1. A teoria da abstinência como explicação para os lucros; 2. A teoria do valor-utilidade; 3. Sua interpretação à Lei dos Pobres e a discussão metodológica que

trouxe à tona.• Ele acreditava que a Economia Política deve tratar essencialmente da

produção de riqueza e nunca do bem-estar social ou “felicidade”. • Sempre que se arrisca discutir tais temas, o economista político é

obrigado a lançar mão da ética e da moral, defendendo determinada porção da sociedade contra o restante.É assim que a ciência se degenera em mero debate ideológico

William Nassau Senior

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As proposições de Senior (cont.)• Para alcançar-se o rigor científico, ou ausência de juízos subjetivos, deve-

se buscar na produção de riquezas leis gerais que a regulam.A partir destas, a ciência econômica poderá construir seu instrumental analítico.

• Pensando de tal maneira, Senior postulou cinco princípios nos quais acreditava que a economia política deveria fundar suas bases, são eles:

1. “A riqueza consiste de todas aquelas coisas, e somente daquelas coisas, que são transferíveis, limitadas em quantidade, e as quais, direta ou indiretamente produzem prazer ou permitem que se evite a dor.

2. “Que toda pessoa deseja obter , com o mínimo sacrifício possível, tantos artigos de valor quanto forem possíveis.”

3. “Que a produtividade do trabalho, e de todos outros instrumentos que produzem riqueza, podem ser indefinidamente aumentados pelo uso de seus produtos, como meios de nova produção.”

William Nassau Senior

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As proposições de Senior (cont.)4. “Que, com a produtividade agrícola mantida constante, o trabalho adicional

empregado na terra em uma dada região, produz um retorno menos do que proporcional. ”

5. “Que a população de uma dada região é limitada pelos costumes e por maus de natureza física, ou pela deficiência dos meios utilizados para obter artigos de valor.

A impossibilidade da satisfação • “A utilidade não é uma qualidade intrínseca às coisas que dizemos úteis;

ela meramente expressa a relação destas com as dores e os prazeres da humanidade.”

• Para Senior o valor é dado pela utilidade, permutabilidade e intensidade da oferta,

• “Sendo esta última aquela que tem maior influência no valor, pois determina o valor relativo.”

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A impossibilidade da satisfação (cont.)• O comportamento do ser humano é dirigido para a obtenção do máximo

de prazer(utilidade) com o mínimo esforço ou dor.

• A satisfação nunca é alcançada por aqueles que desenvolvem este comportamento pois sempre existirão novas necessidades ou níveis mais altos de prazer a serem atingidos.

• Daí decorre que, sendo as necessidades subjetivas e não comparáveis, um indivíduo, mesmo possuidor de grande riqueza, tem fortes motivos para buscar mais riqueza.

• Assim a produção de mercadorias nunca poderia exceder a busca pela satisfação das necessidades individuais.

• A superprodução é impossível.

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Salário, renda e lucro• “A preocupação central de Senior em suas discussões sobre os salários

foi uma exposição da doutrina do fundo de salários.”

• Esta doutrina compreende o salário como determinado pela quantidade de bens-salário disponíveis e o número de trabalhadores que estão dispostos a trabalhar.

• Outro fator que regularia a magnitude do salário seria os controles populacionais. Os controles mais eficazes consistiam em manter os pobres sempre sob o “constante e extremo medo da escassez”. Para este autor, o sofrimento destes é parte do preço que se paga pela prosperidade do resto da sociedade.

• O papel do capitalista é tão vital e presume um sacrifício tão grande como o do trabalhador.Isso pois é somente quando aquele se abstém do consumo que cria os meios da nova produção.

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Salário, renda e lucro (cont.)• A abstenção é um custo, uma e é exatamente esta sua natureza que

legitima a apropriação do lucro. A abstinência é a “ fonte mais importante de prosperidade de uma nação.”

• A renda é uma remuneração pela posse de uma propriedade ou habilidade extraordinária, capaz de dar origem a mais riqueza do que os demais meios: “Era um retorno de qualquer propriedade que tivesse poder de monopólio, porque o objeto possuído não podia ser livremente produzido.”

• Desta forma, o lucro obtido com a exploração de um capital herdado pode ser chamado de renda, assim como o “ talento fora do comum” de um trabalhador.

• Com isso, a remuneração como diferencial de cada uma das três classes definidas pelos clássicos perde sua razão de ser. Daí a concepção de Senior de que a sociedade é um todo em harmonia.

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O Tratado de Say

• Quanto à grande obra de Say, o Tratado de Política Econômica, nos é dito que: “O Tratado foi ‘o primeiro livro que ofereceu uma exposição didática, seguindo um plano rigoroso, do conjunto da ciência econômica. ’Ele tem as qualidades e defeitos de uma manual, um bom manual.”

• Neste livro, o foco analítico de Say se coloca sobre a produção.

• Para determinar o objeto de tal estudo, Say define a Economia Política de forma a restringi-la, eliminando a formalização matemática e estatística, bem como quaisquer considerações de natureza política.

• Para Say “ A economia política só se transformou numa Ciência quando se tornou uma ciência de observação.”

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Valor e produção

• O determinante do valor das mercadorias é a utilidade.

• Daí deriva a divisão do trabalho e a organização produtiva em si.

• No centro do sistema está o empresário, intermediário entre consumo e produção. Sua função é fazer com que esta se adapte às necessidades daquele.

• Em seu Tratado, Say, nos revela que a produção organizada levaria a humanidade a alcançar de forma sucessiva, graus de prosperidade mais altos, não existindo obstáculos a esta evolução.

A lei dos mercados• O enunciado geral da lei dos mercados de Say é: “É a produção que

cria mercados para os produtos”

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A lei dos mercados (cont.)• O raciocínio que fundamenta este enunciado é o seguinte: A produção de

um lado presume a remuneração de fatores, e de outro implica na oferta de mercadorias. Ou seja, a produção faz-se tanto de custos como de receitas, sendo que parte de seus custos são, por sua vez, a receita dos trabalhadores, com a qual adquirem mercadorias.

• Nesse sentido, temos aí algo mais abrangente e ambicioso do que uma identidade.A grande decorrência desta lei, é, quando vista desta maneira, a seguinte: “...desequilíbrios parciais e temporários, em certos mercados, são sempre possíveis; porém, uma superprodução geral é impossível. A lei de Say expressa a tendência do sistema capitalista ao equilíbrio dinâmico de períodos longos.”

• Tal Lei está apoiada em algumas hipóteses fundamentais, que devem ser reveladas:

• “A oferta de moeda ajusta-se, automaticamente, à procura de moeda.”A moeda aí só desempenha sua função de meio de troca.

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A lei dos mercados (cont.)• Os mercados não têm barreiras à entrada;

• O progresso técnico aumentaria sempre a produção, gerando mais empregos;

• “A natureza dos produtos adapta-se sempre, naturalmente, às necessidades da sociedade.”

• O empresário possui racionalidade plena.

• Desta lei, surgem algumas implicações imediatas:

• Todos os recursos produtivos( principalmente trabalho e capital) são totalmente utilizados;

• A concorrência (alimentada pela racionalidade) atribuída aos agentes econômicos faz com que os mercados, quando se desequilibrarem, voltem rapidamente ao equilíbrio.

• “O progresso técnico aumenta a renda real de todos os agentes econômicos.”

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• BENTHAM, J.Jeremy Bentham's economic writings.London:Published for the Royal Economic Society by Allen & Unwin, 1952-54

• HUNT, E. K.História do Pensamento Econômico.Rio de Janeiro : Campus, 1987

• Madrid : Tecnos, 1971

• SAY, J.B.Tratado de Economia Política. São Paulo: Abril Cultural, 1983

• SENIOR, N.Selected writings on economics. New York : A. M. Kelley, 1966

• SPENGLER, J. J.El pensamiento económico de Aristóteles a Marshall:Ensayos.

Bibliografia