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5/21/2018 09122008 Dissertacaocompleta Final
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Diretrizes para o
em papelo onduladomovimentadasentre empresascom base em
Designde embalagens
sistemas produto-servio
Dissertao de MestradoUniversidade Federal do Paran
Curso de Ps-Graduao em DesignSetor de Cincias Humanas, Letras e Artes
Prof. Aguinaldo dos Santos, PhDOrientador:
2008
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DiretrizesparaoDesigndeembalagensempapeloonduladomovimentadasentreempresascombaseemsistemasprodutoservio
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CLUDIOPEREIRADESAMPAIO
DIRETRIZESPARAODESIGNDEEMBALAGENSEMPAPELOONDULADO
MOVIMENTADASENTREEMPRESASCOMBASEEMSISTEMASPRODUTO
SERVIO
Dissertao apresentada como requisito parcial obtenodograudeMestreemDesign,ProgramadePsGraduao em Design, Setor de CinciasHumanas,LetraseArtesdaUniversidadeFederaldoParan.
Orientador:Prof.Dr.AguinaldodosSantos
CURITIBA
2008
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TERMODEAPROVAO
CLUDIOPEREIRADESAMPAIO
DIRETRIZESPARAODESIGNDEEMBALAGENSEMPAPELOONDULADOMOVIMENTADASENTREEMPRESASCOMBASEEMSISTEMASPRODUTO
SERVIO
DissertaoaprovadacomorequisitoparcialobtenodograudeMestreemDesign,CursodePs
GraduaoemDesign,SetordeCinciasHumanas,LetraseArtesdaUniversidadeFederaldoParan,
pelaseguintebancaexaminadora:
________________________________________
Orientador:
Prof.Dr.AguinaldodosSantos,PhDProgramadePsGraduaoemDesign,UFPR
________________________________________
Professoraconvidada:ProfDra.MaristelaMitsukoOno
ProgramadePsGraduaoemDesign,UFPR
________________________________________
Professorconvidado:Prof.Dr.EugnioMerino
ProgramadePsGraduaoemDesign,UFSC
CURITIBA
2008
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DEDICATRIA
Dedico esta dissertao a meu av Brandsio Pereira, por me incentivar a fazer o quemaisgostodesdecriana Design mesmosemsaberoqueissosignifica,eaToshiyukiSawada, pela amizade e exemplo, e por me incentivar a tornarme professor epesquisadorquandoeuaindaeragraduando.
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AGRADECIMENTOS
Ao CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico, pelaconcessodebolsadepesquisaparaoProjetoCFG,quedeuorigemaestadissertao.
s professoras Dras. Lbia Patrcia Peralta Agudelo e Maristela Mitsuko Ono, pelasvaliosas contribuies na Banca de Qualificao desta dissertao, e ao professor Dr.EugnioMerinoporaceitaroconviteparaaBancadeDefesa.
Volkswagen do Brasil, pela oportunidade de realizao do estudo de caso, eespecialmenteaDevaniMoraes,peloapoiodado.
Embrartportodooapoiodadonosrealizaodestadissertao,mastambmrealizaodepesquisasnoNDS,desde2003,especialmenteaSamueleDanielLeiner,eaSrgioWosch,peladisponibilidadeegenerosidade.
Aos professores Carlo Vezzoli (Instituto Politcnico de Milo) e Arnold Tukker (TNO),
pelaspreciosas
consideraes
sobre
ocontedo
desta
dissertao.
A todos os professores do Mestrado emDesign da UFPR, e especialmente a AntnioMartinianoFontoura,pormeajudaramelhorarcomoprofessor;MaristelaMitsukoOno,por me mostrar que no pode haver sustentabilidade sem respeito cultura; eStephaniaPadovani,pormemostraraimportnciadeseterserenidadenoquesefaz.
A todos os pesquisadores do Ncleo que tem trabalhado comigo desde 2003, eespecialmenteaRosanaAparecidaVasques,VivianedaCostaRocha,GustavoToniettoeDiego Silvrio, Letcia Seleme Corra, Kelli C. A. S. Smythe, Nelson Luis Smythe Jr., eTatianaBaumgrotz,meuscompanheirosecompanheirasdoProjetoDesignemPapeloOndulado e Projeto CFG, que muito me auxiliaram na coleta e anlise dos dados
presentes
nesta
dissertao.
AocursodeDesigndaUniversidadePositivo,pelaoportunidadedeaplicarnaprticaosconhecimentosadquiridosduranteomestrado,eaosalunosValdirOliveira,RosngelaVieira, IuriAlencarCoutinho,CristianeFerreira,GabrielaMuraroeAngelitaZanini,poracreditaremnopotencialdoDesignsustentvelcomo temadeTrabalhodeConclusodeCurso,eemmimcomoorientadornestetema.
Ao meu orientador, Professor Dr. Aguinaldo dos Santos, pelo apoio, incentivo econfiana permanentes, desde quando iniciei como pesquisador, mas principalmente,pelaslidaamizadeconquistada,baseadaemvaloresquenuncaficamultrapassados.
Finalmente,agradeodecoraoaAndra,minhamulher,peloamor,compreensoe
dedicaoincondicionais
durante
arealizao
do
mestrado.
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SUMRIO
SUMRIO.................................................................................................................................
9
LISTADETABELAS.................................................................................................................. 13
LISTADEQUADROS................................................................................................................ 14
LISTADEFIGURAS.................................................................................................................. 15
LISTADESIGLAS..................................................................................................................... 17
RESUMO................................................................................................................................ 19
ABSTRACT.............................................................................................................................. 21
1. INTRODUO................................................................................................................. 23
1.1.
CONTEXTODAPESQUISA...........................................................................................
23
1.2. PROBLEMA............................................................................................................. 231.3. OBJETIVO............................................................................................................... 231.4. PROBLEMTICA....................................................................................................... 23
1.4.1. Design................................................................................................................... 241.4.2. SistemasProdutoServio(PSS).............................................................................241.4.3. Justificativaambiental.......................................................................................... 251.4.4. Justificativaeconmica......................................................................................... 291.4.5. Justificativasocial................................................................................................. 32
1.5. DELIMITAO......................................................................................................... 341.6. DESCRIOGERALDOMTODO.................................................................................. 351.7. ESTRUTURAGERALDADISSERTAO............................................................................ 36
2.
SUSTENTABILIDADEPOR
MEIO
DO
DESIGN.....................................................................
39
2.1. CONCEITOSDESUSTENTABILIDADE.............................................................................. 392.2. UMBREVEHISTRICODOPERCURSODASUSTENTABILIDADEEDODESENVOLVIMENTOSUSTENTVEL 392.3. CONTEXTOFILOSFICODADISSERTAO:ASCORRENTESDEPENSAMENTOSCIOAMBIENTALISTAEODESIGNSUSTENTVEL............................................................................................................ 45
2.3.1. Desenvolvimentoxcrescimento........................................................................... 452.3.2. Cornucopianismo.................................................................................................. 452.3.3. Adaptativismoouambientalismo......................................................................... 462.3.4. Comunalistas:ecomarxistas,ecofeministaseecologistassociais........................472.3.5. Ecologiaprofunda................................................................................................. 482.3.6. Discusso.............................................................................................................. 48
2.4.
SUSTENTABILIDADENAPRODUOECONSUMODEBENSESERVIOS.................................502.4.1. Produosustentvel............................................................................................ 51
2.4.1.1. Ecologiaindustrial:definioeobjetivos....................................................................... 512.4.1.2. Sistemasfimdetubo(endofpipe)edePrevenodaPoluio(PPouP2).................512.4.1.3. ProduoMaisLimpa(cleanerproduction).................................................................... 52
2.4.2. Consumosustentvel............................................................................................ 532.4.3. Discusso.............................................................................................................. 54
2.5. ABORDAGENSPARAODESIGNSUSTENTVEL................................................................. 542.5.1. NveisdeatuaodoDesignparaasustentabilidade..........................................542.5.2. Foconoproduto:oEcodesign............................................................................... 56
2.5.2.1. ODesignparaociclodevida(lifecycleDesign)............................................................. 56
2.5.3. Foconosistema:PSSSistemasProdutoServio................................................59
2.5.3.1.
Oconceito
de
PSS
...........................................................................................................
59
2.5.3.2. Tiposdesistemaprodutoservio(PSS)......................................................................... 60
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2.5.3.3. AsbarreirasevantagensparaaimplementaodesistemasPSS................................. 662.5.3.4. EstratgiasdecomunicaoparasuperarbarreirasaosPSS......................................... 682.5.3.5. MtodosparaDesigndeSistemasProdutoServio(PSS)............................................. 692.5.3.6. Outrasferramentas....................................................................................................... 73
2.5.4. DISCUSSO........................................................................................................... 73
3.
EMBALAGEMESUSTENTABILIDADE................................................................................ 75
3.1. EMBALAGEM:CONCEITOS,DEFINIESEFUNES.........................................................753.1.1. Funesdaembalagem........................................................................................ 753.1.2. Sistemadeembalagem........................................................................................ 763.1.3. Finalidadeeutilidade........................................................................................... 77
3.2. TAXONOMIADEUSODASEMBALAGENS....................................................................... 773.2.1. Classesdeembalagens......................................................................................... 773.2.2. Embalagensbusinesstobusiness(B2B)............................................................... 78
3.3. AVISOORTODOXADOPROJETODEEMBALAGENS.........................................................793.4. REDUODERESDUOSEMEMBALAGENSEODESENVOLVIMENTOSUSTENTVEL.................80
3.4.1. ExemplosdereduoderesduosemembalagensB2B.......................................82
3.5.
VISOSISTMICADAGERAODESOLUESSUSTENTVEISPARAALOGSTICAEEMBALAGEM833.5.1. Embalagemelogstica.......................................................................................... 83
3.5.2. ReduoderesduosemembalagenseosSistemasdeGestoAmbiental..........853.5.3. Sustentabilidadedaembalagemnacadeialogstica...........................................86
3.5.3.1. Sustentabilidadenacompradematriaprima............................................................. 863.5.3.2. Sustentabilidadenalogsticainterna............................................................................. 873.5.3.3. Sustentabilidadenatransformao............................................................................... 883.5.3.4. Sustentabilidadenalogsticaexterna............................................................................ 903.5.3.5. Sustentabilidadenomarketing...................................................................................... 903.5.3.6. Sustentabilidadenosserviospsvenda...................................................................... 913.5.3.7. Sustentabilidadenalogsticareversa............................................................................ 913.5.3.8. Sustentabilidadeeotransporte.................................................................................... 92
3.5.4. Sustentabilidadeapartirdoprojetointegradoprodutoembalagem..................93
3.6.
PAPELOONDULADOEEMBALAGENS.........................................................................
94
3.6.1. ContextotecnolgicodasEmbalagens................................................................. 943.6.2. Papeloondulado:definioeclassificao........................................................953.6.3. Brevehistricodopapeloondulado................................................................... 973.6.4. Ciclodevidatpicodopapeloondulado............................................................. 973.6.5. Impressonopapeloondulado........................................................................ 1003.6.6. Abordagenscontemporneasparaaplicaoemembalagensempapeloondulado 100
3.6.6.1. AtcnicadeproduoCFGparaopapeloondulado................................................. 101
3.6.7. Discusso............................................................................................................ 103
4. MTODODEPESQUISA................................................................................................. 107
4.1.
CARACTERIZAODOPROBLEMA
..............................................................................
107
4.2. SELEODOMTODODEPESQUISA.......................................................................... 1094.3. ESTRATGIADEDESENVOLVIMENTO.......................................................................... 1094.4. CRITRIOSDESELEODOESTUDODECASO.............................................................. 111
5. PROTOCOLODECOLETAEANLISEDEDADOSDOESTUDODECASO01EDOMETAESTUDODECASO.................................................................................................................. 113
5.1. VISOGERAL....................................................................................................... 1135.1.1. Etapasdapesquisadecampo............................................................................ 114
5.1.1.1. Etapa01:Diagnstico.................................................................................................. 1145.1.1.2. Etapa02:Avaliaodasituaoinicial........................................................................ 1155.1.1.3. Etapa03:GeraodeNovosconceitos........................................................................ 1175.1.1.4. Etapa04:Avaliaodanovaproposta......................................................................... 119
5.1.1.5.
MetaEstudo
de
caso:
Validao
Externa
do
Estudo
...................................................
119
6. RESULTADOSEANLISE................................................................................................ 121
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6.1. SELEODAEMPRESA............................................................................................ 1216.2. CARACTERIZAODAEMPRESA................................................................................ 1216.3. SELEODOPROCESSOEOBJETODEPESQUISA............................................................ 1226.4. RESULTADOSDACOLETAEANLISEDEDADOS............................................................. 123
6.4.1. Relaoentreosstakeholders............................................................................ 1236.4.1.1.
Descrio
do
sistema
atual
(System
Map)
....................................................................
123
6.4.1.2. AnlisedoSistema....................................................................................................... 125
6.4.2. Mapeamentodoprocesso(fluxodemateriaiseinformao)............................1256.4.3. Descriodasoperaes(observaodiretacomregistrofotogrfico..............1276.4.4. Dadosdocumentais............................................................................................ 1306.4.5. Anlisedomapeamentodoprocessoedosdadosdocumentais.......................1316.4.6. Descriodasembalagens:caixasdepapeloondulado...................................1326.4.7. Entrevistasparacomplementaodacoletadedadosevalidaointernadosdadoscoletadosnaobservaodiretaenosdocumentos...................................................1336.4.8. Anlisequalitativaambientaleconmicadosistema(SDOMEPSS)..................134
6.4.8.1. ProblemasencontradosnosistemaepossveissoluesluzdasestratgiasdePSS1346.4.8.2. Problemasencontradosnaembalagemepossveissoluesluzdasestratgiasde
ecodesignno
contexto
de
PSS
.........................................................................................................
136
6.4.9. Anlisequantitativaambientaldosistema(ACVcomSimapro)........................1376.4.10. Requisitosparaonovoconceito......................................................................... 141
6.4.10.1. Requisitosdosistema................................................................................................... 1416.4.10.2. Requisitosdaembalagem............................................................................................ 142
6.4.11. Outrosaspectosrelevantesparaonovoconceito..............................................1436.4.11.1. SugestesdadaspelosespecialistasdaVolkswagen.................................................... 144
6.4.12. Discusso............................................................................................................ 1456.5. PROPOSIODENOVOSCONCEITOS.......................................................................... 146
6.5.1. Cenriospara2016considerandoonousodaschapelonas(eliminaodasembalagensedoPSS).......................................................................................................... 146
6.5.1.1. Cenrio01:Impermeabilizaoeletrosttica............................................................... 1466.5.1.2. Cenrio02:robsinteligentes..................................................................................... 147
6.5.1.3.
Cenrio03:
Sistema
de
cabos
flexveis
.........................................................................
149
6.5.2. Cenriospara2016considerandoousodaschapelonas(PSSagregandovaloraociclodevidadaembalagem)........................................................................................... 150
6.5.2.1. Cenrio04:Reduodonmerodechapelonasnodesenvolvimentodoautomvel.1506.5.2.2. Cenrio05:Mscarareutilizvel(PSSagregandovaloraociclodevidadaembalagem) 1516.5.2.3. Cenrio06:Alimentaoportubos(PSScomfocoemresultadosfinais).................... 152
6.5.3. Cenriospara2006considerandoousodaschapelonas(PSScomvaloragregadoaociclodevidadoproduto)................................................................................. 153
6.5.3.1. Cenrio07:Caixaretornvelindividual........................................................................ 1536.5.3.2. Cenrio08:kitintegradopormodelodeautomvel................................................... 156
6.6. ANLISEDOSCONCEITOSPROPOSTOS........................................................................ 1586.6.1. AnliseComparativadosCenriosLuzdoPSS.................................................158
6.6.2.
Resultadosdo
workshop
.....................................................................................
159
6.6.3. AnlisedoconceitodePSSescolhido,atoreseinteraes.................................1606.6.4. Anlisequantitativaambientaldoconceitodesistemaescolhido(ACVcomSimapro) 161
6.7. RESULTADOSDOMETAESTUDODECASO................................................................... 1656.7.1. Estudodecasonaempresa2(Fiat).................................................................... 165
6.7.1.1. Caracterizao.............................................................................................................. 1656.7.1.2. Descrioeanlisedosistema,atoreseinteraes(SystemMap)............................. 1666.7.1.3. AnlisedosproblemasencontradosnosistemaluzdasestratgiasdePSS..............1676.7.1.4. AnlisedosproblemasencontradosnaembalagemluzdasestratgiasdePSS.......168
6.7.2. Estudodecasonaempresa3(Correios)............................................................. 1686.7.2.1. Caracterizao.............................................................................................................. 1686.7.2.2. Anlisedosistema,atoreseinteraes(SystemMap)................................................ 1706.7.2.3.
AnlisedosproblemasencontradosnosistemaluzdasestratgiasdePSS..............170
6.7.2.4. Problemasencontradosnaembalagem....................................................................... 171
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6.7.3. Estudodecasonaempresa4(indstriadecabeotes)......................................1716.7.3.1. Caracterizao............................................................................................................. 1716.7.3.2. Anlisedosistema,atoreseinteraes(SystemMap)............................................... 1736.7.3.3. AnlisedosproblemasencontradosnosistemaluzdasestratgiasdePSS.............1746.7.3.4. AnlisedosproblemasencontradosnaembalagemluzdasestratgiasdePSS.......175
6.7.4.
Anlisedo
Meta
Caso
x
Estudo
de
Caso
.............................................................
175
6.7.5. Comparaoentreoconceitopropostoeometaestudo..................................1756.8. PROPOSIODEDIRETRIZESPARAPSSEMEMBALAGENSRETORNVEIS............................177
6.8.1. DiretrizesparaPSScomfoconosistema............................................................ 1776.8.2. DiretrizesparaPSScomfoconaembalagem.....................................................178
6.8.2.1. EtapasdePrproduoeproduo:.......................................................................... 1786.8.2.2. Etapadetransporte/uso:............................................................................................. 1796.8.2.3. Etapadefimdevida.................................................................................................... 180
7. CONCLUSO................................................................................................................. 183
7.1. CONCLUSOGERAL................................................................................................ 1837.2. CONSIDERAESSOBREOMTODO.......................................................................... 1847.3. CONSIDERAESSOBREOESTUDODECASO................................................................ 1847.4.
CONSIDERAESSOBREAPESQUISADECAMPO........................................................... 185
7.5. SUGESTESDETRABALHOSFUTUROS........................................................................ 186
8. REFERNCIAS................................................................................................................ 189
8.1. APNDICE1...................................................................................................... 1938.2. APNDICE2...................................................................................................... 1958.3. APNDICE3...................................................................................................... 1978.4. APNDICE4...................................................................................................... 1998.5. APNDICE5...................................................................................................... 2048.6. APNDICE6...................................................................................................... 2068.7. APNDICE7...................................................................................................... 2108.8. APNDICE8...................................................................................................... 212
8.9.
APNDICE9......................................................................................................
214
8.10. APNDICE10.................................................................................................... 216
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LISTADETABELAS
TABELA1.PRODUODEPAPELOONDULADOEMMILHESDEMETROSQUADRADOSPORCONTINENTE..............
29
TABELA2.EXPEDIOANUALDECAIXAS,ACESSRIOSECHAPASDEPAPELOONDULADONOBRASIL....................30
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LISTADEQUADROS
QUADRO21.ASTRSDIFERENTESABORDAGENSDEPSSEMCOMPARAOCOMPRODUTOSTRADICIONAISDE
ALGUMASINDSTRIAS.................................................................................................................. 60
QUADRO22.ESTRATGIASDECOMUNICAOPARASUPERARBARREIRASIMPLEMENTAODEPSS................68
QUADRO31.NMEROSDOMERCADOGLOBALDEEMBALAGEM.................................................................. 94
QUADRO41.FREQNCIADEPUBLICAESSOBREPSSDE1996A2007..................................................108
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LISTADEFIGURAS
FIGURA11.DISTRIBUIODOCONSUMODEEMBALAGENSDEPAPELOONDULADOPORSETOREM%SOBRE
TONELADASEMMAIO/2005........................................................................................................ 30FIGURA21.LINHADOTEMPOCONTENDOALGUNSDOSFATOSMAISMARCANTESRELATIVOSSUSTENTABILIDADE
AMBIENTALESOCIAL.................................................................................................................... 40FIGURA22.OSQUATRONVEISDEATUAODODESIGNPARAASUSTENTABILIDADE........................................55FIGURA23.FASESDOCICLODEVIDAEESTRATGIASDEMINIMIZAODEIMPACTOSAMBIENTAIS......................57FIGURA24.FURGODERECARGADEPRODUTOSDELIMPEZADAALLEGRINI...................................................62FIGURA25.ESTOJODEEMBALAGENSRETORNVEISPARAPRODUTOSDELIMPEZAALLEGRINI............................62FIGURA26.PAINISDEAQUECIMENTOSOLARAMGINSTALADOSNOTETODEUMARESIDNCIA........................64FIGURA27.PISCINAAQUECIDACOMOSPAINISSOLARESAMG.................................................................. 64FIGURA28.POSSIBILIDADESDEUSODOMDULOALIMENTADOPORENERGIASOLAR.......................................65FIGURA29.MDULOGREENSTARINSTALADOEMREGIORURAL................................................................ 65
FIGURA31.FUNESDAEMBALAGEM
...................................................................................................
75
FIGURA32.FLUXOTPICODEEMBALAGEMB2B....................................................................................... 79FIGURA33.DECISESLOGSTICASQUEAFETAMOAMBIENTE...................................................................... 86FIGURA34.ESTRUTURADOPAPELOONDULADO.................................................................................... 95FIGURA35.ILUSTRAODEONDULADEIRAANTIGA................................................................................... 97FIGURA36.CICLODEVIDATPICODOPAPELOONDULADOEMEMBALAGENS................................................98FIGURA37.PROCESSOKRAFTDEPRODUODEPAPEL.............................................................................. 99FIGURA38.DETALHEDASDOBRADIASEMEMBALAGEMCOMUSODOCFG................................................101FIGURA39.MQUINAAUTOMATIZADADEPRODUODEEMBALAGENSEMPAPELOONDULADOCOMATCNICA
CFG....................................................................................................................................... 101FIGURA310.EXEMPLOSDEUTILIZAODATECNOLOGIACFGEMEMBALAGENS..........................................102FIGURA311.EMBALAGEMEMCFGPARAEQUIPAMENTO,PRODUZIDAPELASHIZUOKA.................................102
FIGURA
4
1.
REPRESENTAO
ESQUEMTICA
DO
MTODO
DE
PESQUISA
UTILIZADO
........................................
110
FIGURA42.RELAOENTREASFASESDAPESQUISADECAMPOEASFASESDOMEPSS..................................113FIGURA51.CHAPELONASTRANSPORTADASNASCAIXASDEPAPELO.......................................................123FIGURA52.SYSTEMMAPDOSISTEMAATUAL........................................................................................ 124FIGURA53.MAPEAMENTODOPROCESSONOSISTEMAATUAL................................................................... 126FIGURA54.DESCARREGAMENTODASEMBALAGENSAPARTIRDECAMINHOTIPOSIDER................................128FIGURA55.DESCARREGAMENTODEEMBALAGENSCOMEMPILHADEIRAELTRICA.........................................128FIGURA56.EMBALAGENSCOMFILMEPLSTICOEPALETEDEMADEIRA.......................................................128FIGURA57.ESTOQUEDEMATERIALNOPRODUTIVOCOMEMBALAGENS(NPM).........................................128FIGURA58.CARRINHOELTRICOUSADONALOGSTICAINTERNA................................................................ 128FIGURA59.EMBALAGENSESTOCADASNOALMOXARIFADOINTERNO..........................................................128FIGURA510.EMBALAGENSPLSTICASEMBUFFERMETLICOPARAALIMENTAODAPRODUOCOM
CHAPELONAS(UBS)............................................................................................................... 129FIGURA511.MESACOMEMBALAGENSPLSTICASCOLOCADASOBOVECULO,PARAAPLICAODASCHAPELONAS
(UBS)..................................................................................................................................... 129FIGURA512.APLICAODASCHAPELONASNOSVECULOS(UBS)..........................................................129FIGURA513.RESDUOSSLIDOSORIUNDOSDAETAPADEIMPERMEABILIZAO...........................................130FIGURA514.RESDUOSDEEMBALAGENSEOUTROSMATERIAISEMCAAMBAFONTE:VOLKSWAGEN...............130FIGURA515.CAAMBAUTILIZADAPARARESDUOSSLIDOS..................................................................... 130FIGURA516.EMBALAGENSEMPAPELOONDULADOUTILIZADASPARAOTRANSPORTEDECHAPELONAS........133FIGURA517.EMBALAGENSEMPAPELOONDULADOUTILIZADASPARAOTRANSPORTEDECHAPELONAS........133FIGURA518.RVOREDEIMPACTOSAMBIENTAISDAEMBALAGEMDEPAPELOONDULADONASITUAOEXISTENTE
.............................................................................................................................................. 139FIGURA519.NVELDEIMPACTOAMBIENTALDAEMBALAGEMDEPAPELOONDULADONASITUAOEXISTENTE,POR
CATEGORIADEIMPACTO............................................................................................................. 139FIGURA520.CONFIGURAESDASCHAPELONASNECESSRIASPARAOSTRSTIPOSDEVECULOSPRODUZIDOS
PELAVOLKSWAGEN................................................................................................................... 144
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FIGURA521.STORYBOARDDOCENRIO01.......................................................................................... 147FIGURA522.SYSTEMMAPDOCENRIO01.......................................................................................... 147FIGURA523.STORYBOARDDOCENRIO02........................................................................................... 148FIGURA524.SYSTEMMAPDOCENRIO02.......................................................................................... 148FIGURA525.STORYBOARDDOCENRIO03.......................................................................................... 149
FIGURA526.SYSTEMMAPDOCENRIO03
..........................................................................................
149
FIGURA527.STORYBOARDDOCENRIO04.......................................................................................... 150FIGURA528.STORYBOARDDOCENRIO05.......................................................................................... 151FIGURA529.SYSTEMMAPDOCENRIO05.......................................................................................... 151FIGURA530.STORYBOARDDOCENRIO06.......................................................................................... 152FIGURA531.SYSTEMMAPDOCENRIO06.......................................................................................... 153FIGURA532.STORYBOARDDOCENRIO07.......................................................................................... 153FIGURA533.SYSTEMMAPDOCENRIO07.......................................................................................... 154FIGURA534.PROPOSTADECAIXARETORNVELDESMONTVELEMPAPELOONDULADO,INDIVIDUALPARACADA
TIPODECHAPELONA.................................................................................................................. 156FIGURA535.STORYBOARDDOCENRIO08.......................................................................................... 156536.PROPOSTADECAIXARETORNVELDESMONTVELEMPAPELOONDULADO,FORMANDOUMKITINTEGRADO
PARACADA
MODELO
DE
AUTOMVEL
............................................................................................
157
FIGURA537.SYSTEMMAPDOCENRIO08.......................................................................................... 157538.RVOREDEIMPACTOSAMBIENTAISDAEMBALAGEMNAPROPOSTADEKITINTEGRADO...........................162FIGURA539.NVELDEIMPACTOAMBIENTALDAEMBALAGEMNOSISTEMAEXISTENTEENANOVAPROPOSTA,POR
CATEGORIA.............................................................................................................................. 163FIGURA540.COMPARATIVODEIMPACTOAMBIENTALENTREASITUAOINICIALEANOVAPROPOSTA,POR
CATEGORIA.............................................................................................................................. 164FIGURA541.SYSTEMMAPDOSISTEMAADOTADOPELAFIATNOMETAESTUDODECASO.............................167FIGURA542.SEQNCIADEDESMONTAGEMEEMPILHAMENTODOSISTEMAEMBRAPACK.............................169FIGURA543.SYSTEMMAPDOSISTEMAADOTADOPELOSCORREIOSNOMETAESTUDODECASO.....................170FIGURA544.PALETESPLSTICOSUTILIZADOSPARAOTRANSPORTEDECABEOTESAUTOMOTIVOS...................173FIGURA545.SYSTEMMAPDOSISTEMAUTILIZADOPELOFABRICANTEDECABEOTES....................................173
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LISTADESIGLAS
ABIGRAFAssociaoBrasileiradaIndstriaGrficaABNTAssociaoBrasileiradeNormasTcnicas
ABPO
Associao
Brasileira
de
Papelo
Ondulado
ABRASAssociaoBrasileiradeSupermercadosABREAssociaoBrasileiradeEmbalagemANAPAssociaoNacionaldeAparistasASLOGAssociaoBrasileiradeLogsticaB2BBusinesstobusinessB2CBusinesstoconsumerCEMPRECompromissoEmpresarialparaaReciclagemCfD NationalCentreforDesign RoyalMelbourneInstituteofTechnologyCFSDCentreforSustainableDesign/UKCFGCushionFolderGluer
CNUMAD
Conferncia
das
Naes
Unidas
para
oMeio
Ambiente
eDesenvolvimento
D4SDesignforSustainabilityECREfficientConsumerResponse(RespostaEficienteaoConsumidor)EMUDEEmergingUserDemandsforSustainableSolutionsEPRExtendedProducerResponsibility(ResponsabilidadeEstendidadoProdutor)FSCForestStewardShipCouncilIBGEInstitutoBrasileirodeGeografiaeEstatsticaICCAInternationalCorrugatedCardboardAssociationInnopse Innovation Studio and Exemplary Developments for Product ServiceEngineeringIPCC Intergovernamental Pannel of Climate Changes (Painel Intergovernamental de
MudanasClimticas)
ISOInternationalStandardOrganizationITIACNRIstitutodiTecnologieIndustrialieAutomazioneConsiglioNazionaledelleRicercheIUCN International Union for Conservation of Nature (Unio Internacional paraConservaodaNatureza)LCALifeCycleAnalysis(ACVAnlisedoCiclodevida)LCCLifeCycleCosting(CustodoCicodeVida)LCCALifeCycleCostingAssessment(AvaliaodoCustodoCiclodevida)MEPSS Methodology for Product Service Systems (Metodologia para Sistemas
ProdutoServio)
NPMNonproductiveMaterial(MaterialnoProdutivo)ONGOrganizaoNoGovernamentalPBRpaletepadrobrasileiroPITCEPolticaIndustrial,TecnolgicaedeComrcioExteriorProSecCoProductandServiceCodesignRFIDRadioFrequencyIdentificationRMITRoyalMelbourneInstituteofTechnologySASocialAccountabilitySDOMEPSSSustainableDesignOrientingToolkit(FerramentadeOrientaoaoDesignSustentvel)
SGA
Sistema
de
Gesto
Ambiental
SOLINETSolutionsforInnovativeNetworks
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SusProNetSustainableProjectsNetworkUNEP United Nations Environment Programme (PNUMA Programa de MeioAmbientedasNaesUnidas)UNESCOOrganizaodasNaesUnidasparaaEducao,aCinciaeaCultura
WCED
World
Comission
for
Environment
and
Development
(CMMAD
Comisso
MundialparaoMeioAmbienteeDesenvolvimento)WCSD World Council for Sustainable Development (Conselho Mundial para oDesenvolvimentoSustentvel)
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RESUMO
EstadissertaotratadopapeldoDesigncomoatividadequefavoreaasustentabilidadeambientalde embalagens em papelo ondulado movimentadas entre empresas (B2B), e prope o uso de
diretrizes
de
projeto
baseadas
em
sistemas
produtoservio
(PSS).
Para
tanto,
utilizou
se
como
estratgia de pesquisa o estudo de caso, realizado em uma indstria automotiva da regiometropolitanadeCuritiba/PRnoperodode2006a2007,seguidodemetaestudodecasoformadoporoutrostrsestudosdecasocomplementares.Comoobjetodepesquisa,estudouseembalagensde papelo ondulado e sua logstica, e que so utilizadas para o transporte de peas plsticasdestinadas proteo da parte inferior dos veculos durante o processo de impermeabilizao. Areviso bibliogrfica inclui temas como o aumento mundial no consumo de embalagens e seuimpactosobreomeioambiente,aimportnciadaembalagemnoprocessologsticoentreempresaseseu impactoemcadaumadasetapasda logstica.Discutesetambmsobreopapeloondulado,seuuso,relevnciaepossibilidadesemembalagensB2B.Soapresentadasediscutidastambmasabordagensdeecodesignedesistemasprodutoservio(PSS),bemcomoalgumasmetodologiasde
Design
especficas
para
cada
uma
destas
abordagens.
Em
seguida,
propese
o
PSS
como
uma
estratgia efetiva para a reduo dos impactos ambientais por considerar de forma sistmica oproblema,considerandooenvolvimentodosvriosatores(stakeholders).Propesetambmousode um mtodo especfico de PSS, o MEPSS, composto de cinco fases, e o estudo de caso estruturadoapartirdousodastrsprimeirasfasesdestemtodo,quesoaanliseestratgica,aexplorao de oportunidades e o desenvolvimento do novo conceito. O estudo de caso envolve arealizao de pesquisa de campojunto indstria automotiva estudada, e abrange as fases dediagnstico da situao existente, anlise do diagnstico, interveno, anlise da interveno evalidao. A abordagem de Design baseada no ciclo de vida da embalagem (life cycle Design) utilizada ao longo do estudo de caso, e complementada pelo uso de ferramentas de avaliaoqualitativaequantitativa,comooSDOMEPSSeaAnlisedoCiclodevida.Adissertaofinalizada
com
a
proposio
de
diretrizes
deDesign
baseadas
em
PSS
para
embalagens
B2B
em
papelo
ondulado.
Palavraschave:embalagensB2B;papeloondulado;sistemasprodutoservio;diretrizesdeDesign
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ABSTRACT
This dissertation deals with the use of Design as an activity that favors the environmentalsustainabilityofcorrugatedcardboardpackagesusedbetweencompanies (B2B),andconsidersthe
use
ofDesign
guidelines
based
in
product
service
systems
(PSS).
For
this,
it
adopted
as
research
strategy based on case study which was carried out within an automotive manufacturer in theMetropolitanRegionofCuritiba,StateofParan,intheperiodof20062007.Itsresearchobjectwascorrugatedcardboardpackagesand its logisticsused fortransportationofplasticpartsdestinedtothe protectionof the inferiorpartof thevehiclesduring thewaterproofingprocess.The literaturereview includessubjectsastheworldwide increase intheconsumptionofpackagesand its impactontheenvironment,the importanceofthepackage inthe logisticprocessbetweencompaniesandits impact in each one of the stages of the logistics. It is also reviews the main characteristics ofcorrugatedcardboard, including itsuseandrelevance forpackagingB2B.Moreover, itreviews theapproaches for ecodesign and ProductService Systems (PSS). After that, the PSS is chosen as anhypothesis of effective strategy for the reduction of the environmental impacts of packaging B2B.
Theresearch
method
included
the
use
of
aprotocol
for
PSS
Design
proposed
by
van
Halen,
Vezzoli
andWimmer(2005).Thecasestudyinvolvesafieldstudywiththephasesofdiagnosisoftheexistingsituation, analysis of the diagnosis, intervention, analysis of the intervention and validation. Theapproach ofDesign based in the package life cycleDesign is used throughout the case study, andcomplemented fortheuseofqualitativeandquantitativeevaluationtoolssuchasSDOMEPSSandLifeCycleAnalysis.ThedissertationpresentsaproposalforPSSDesignguidelinesforB2Bpackages,specificallyforthosepackagesmadeoutofcorrugatedcardboard.
Keywords:B2Bpackages;corrugatedcardboard;productservicesystems;Designguidelines
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Captulo 01
Introduo
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1. INTRODUO
1.1.Contextodapesquisa
A presente dissertao foi desenvolvida dentro de um projeto de pesquisa
intitulado Desenvolvimento de Embalagens e Produtos para Exportao Utilizando a
TecnologiaCFGparaoPapeloOndulado.Esteprojetoteveduraodedoisanos(de
agostode2005aagostode2007),efoifinanciadopeloConselhoNacionaldePesquisae
Desenvolvimento CNPqeAgnciaFinanciadoradeEstudosePesquisas FINEP.Foram
concedidastrsbolsasdepesquisa,sendoduasparaIniciaoCientfica(IC)eumapara
DesenvolvimentoTecnolgicoIndustrial(DTI).
Alm disso, o projeto foi apoiado com acesso a materiais de consumo e a
informaes de produo e mercado pelas duas empresas que so objeto desta
dissertao,sendoumamontadoradeveculos(VolkswagendoBrasil)euma indstria
deembalagens empapeloondulado (Embrart). O projetode pesquisa supradescrito
abrangeu trs estudos de caso, e esta dissertao referese especificamente ao
primeiro,destinadoao desenvolvimentodeembalagens retornveisparao transporte
decomponentesautomotivos.
1.2.Problema
Comoreduziroimpactoambientaldousodaembalagemempapeloondulado
movimentadaentreempresas?
1.3.Objetivo
Propor um mtodo de Design de sistemas produto servio (Product Service
Systems, ou PSS) voltadas a embalagens em papelo ondulado movimentadas entre
empresas,demodoareduziroimpactoambientaldasmesmas,edediretrizesparaeste
mtodo.
1.4.Problemtica
Este trabalho prope que a utilizao de sistemas produtoservio (PSS) pode
minimizaro impactoambientaldousodeembalagensmovimentadasentreempresas.
Para contextualizar e justificar esta proposio, so apresentadas a definio de
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sistemas produtoservio, e dados relativos s trs grandes dimenses da
sustentabilidade:ambiental,econmicoesocial.
1.4.1. Design
OICSIDdefineDesigncomo:
...uma atividade criativa que busca estabelecer as
qualidades multifacetadas dos objetos, processos,
servioseseussistemasemtodososciclodevida.Alm
disso,designofatorcentraldehumanizaoinovadora
das tecnologias e fator crucial nas trocas culturais e
econmicas
(ICSID,
2008).
Nesta definio atualizada percebese uma preocupao com as implicaes
sociais,econmicaseambientaisdaatividadededesign,aqualreafirmadaquandose
definemastarefasprincipaisquecabemaodesigner,poissegundooICSID(opcit):
Odesignbuscadescobrireavaliarrelaesestruturais,
organizacionais, funcionais, expressivas e econmicas,
comatarefade:
Aprimorarasustentabilidadeglobaleaproteo
ambiental(ticaglobal);
Trazerbenefcioseliberdadeparatodaa
comunidadehumana,usuriosfinais,produtorese
protagonistasdemercado,individuaisecoletivos
(ticasocial);
Garantiradiversidadeculturaladespeitoda
globalizaomundial(ticacultural);
Forneceremprodutos,serviosesistemas,formas
quesoexpressivasde(semiologia)ecoerentescom
(esttica)suacomplexidadeprpria(ICSID,2008).
Deveseressaltar,nestadefinio,queaatividadededesignnoserestringe
configuraodeprodutosindustriais,mastambmaserviosesistemas.
1.4.2. SistemasProduto-Servio(PSS)
Sistemas
Produto
Servio
(PSS)
podem
ser
definidos,
segundo
o
UNEP
(2002),
comooresultadodeumainovaoestratgica,commudananofocodosnegciosdo
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planejamento e venda de produtos fsicos to somente, para a comercializao de
sistemas de produtos e servios que, em conjunto, que so capazes de atender a
demandas especficas dos clientes. Brezet et al (2001) ressalta ainda a dimenso
ambientaldos
PSS,
afirmando
que
servios
eco
eficientes
so
sistemas
de
produtos
e
servios que so desenvolvidos para causar um mnimo impacto ambiental com o
mximodevaloragregado.
Com base nestas definies, percebese o potencial destes sistemas para a
sustentabilidadetantoeconmicaquantoambiental,oquejustifica,emparte,adefesa
dousodaestratgiadePSSnestadissertao.
1.4.3. Justificativaambiental
ConformeBrodyeMarsh(1997),asembalagenssoresponsveisporcercade
65% do volume global de resduos. Esta situao revela a necessidade de se procurar
reduzir a necessidade de embalagens no padro de consumo da sociedade atual e,
simultaneamente, o desenvolvimento de embalagens com materiais ecologicamente
corretos.
ManzinieVezzoli (2002)argumentam queo impactoambientalcausadopelos
produtos
industriais
(e
por
suas
embalagens)
no
pode
ser
combatido
apenas
com
o
uso
demateriaismenosimpactantes,queaestratgiamaisfreqentenomeioindustrial.
preciso,segundoestesautores,estratgiasmaisavanadasquepermitam,sepossvel,a
desmaterializao no consumo destes produtos. Neste caso, o uso de servios
associados s embalagens uma das alternativas que tm se mostrado ambiental e
economicamenteviveis.
Para Levy (1999), o desenvolvimento de solues mais sustentveis em
embalagens de responsabilidade de todos os atores envolvidos na cadeia de
fornecimento: fornecedores de matriaprima, fabricantes e montadores de
embalagens, distribuidores, revendedores e mesmo usurios (empresas que utilizam
embalagensemseusprodutos).
O aumento no consumo de matriaprima virgem para embalagens vem
ocorrendoemtodoomundoetambmnoBrasil(verdetalhesnoitem1.5.3),apesarda
taxa de reciclagem do papelo ondulado no pas ser relativamente alta, 77,3%,
conforme o CEMPRE (2006), e boa parte do papelo ondulado produzido no pas ter
parte da composio em material reciclado, em torno de 18%. Embora esta matria
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primavirgemprovenhadeflorestasmanejadas,principalmentedepinuseeucalipto,h
vrios impactos ambientais associados a este tipo de explorao, devido s extensas
reas de monocultura, como, por exemplo, as alteraes na qualidade do solo e na
cadeiaalimentar
dos
animais
que
habitam
estas
regies.
Apesar
disso,
em
2006,
iniciou
se no Brasil a produo de papelo ondulado com certificao Forest StewardShip
Council (FSC), o que o reflexo de uma demanda emergente por produtos com esta
caracterstica.
Alm da certificao de origem da matriaprima, h tambm a estratgia de
ampliarotaxadereciclagemdamatriautilizadanaembalagem.ConformeoCEMPRE
(2006),aquantidadedemadeiraeconomizadacomasubstituiode fibrasvirgensde
celulosepor
uma
tonelada
de
aparas,
considerando
se
uma
perda
de
20%
nas
aparas
(devido a impurezas) de 4 m. Isto equivale a dizer que uma tonelada de aparas
correspondeaumrendimentolenhosodeumareaplantadadeat350m.
No consumo de energia, podese afirmar que se economiza mais de 50%,
quandosecomparaaproduodepapelmiolocomaparas,comaproduodecelulose
e papel (CEMPRE, 2006). Apesar disto, h na reciclagem um alto consumo de gua e
energia, que pode ser minimizado se as embalagens no fossem descartadas
precocemente.
Finalmente,hnoprocessodereciclagemdopapeloonduladoacontaminao
causada pela freqente mistura de diferentes materiais no descarte. Papel e papelo,
presentes em grande quantidade entre os resduos descartados pelas empresas, so
freqentementedescartadossujosderesduosorgnicosemisturadoscommateriaisde
difcilseparao,comogramposmetlicos,colas,vernizesetintas.
Aproduoderejeitos(tudoaquiloquenoseaproveitanatriagemdopapelo
onduladoequeacabasendodestinadoincineraoouaterrossanitrios),emmdia,
de 42% (GRIMBERG; BLAUTH, 1998). A incinerao, embora seja uma forma de
produo de energia, contribui para o aquecimento global, devido emisso de CO,
principal gs causador deste efeito, segundo o IPCC (2006). Mesmo em grandes
indstriasquepossuemcertificaoambientalpodeocorreresteproblema.
Percebese,apartirdessesdados,queareciclagemdasembalagensB2Bjno
maissuficienteparaminimizaro impactoambientalcausadopelodescartecrescente
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de papelo ondulado e de outros materiais, seja pelo consumo de gua, energia e
matriaprima,oupelacontaminaocomoutrosmateriais.
Outro aspecto importante que nem sempre as empresas exigem de seus
fornecedores certificao ambiental dos processos, e menos ainda dos produtos
adquiridos, embora tenha havido um crescimento neste sentido, conforme Epelbaum
(2004). Isto se torna um problema para as empresas que possuem certificao
ambiental, na medida em que esta certificao traz consigo a responsabilizao do
produtorpeladestinaoderesduos(EPR,ouExtendedProducerResponsibility).
NoBrasil,encontraseemtramitaonocongresso,jhvriosanos,oProjeto
de Lei dos Resduos (PL 203/91), que institui a Poltica Nacional de Resduos Slidos,
seusprincpios,objetivoseinstrumentos,equeestabelecediretrizesenormasparao
gerenciamento dos diferentes tipos de resduos slidos, conforme o Relatrio
Preliminar do Projeto de Lei 203/91 (2002). Este Projeto de Lei define que Art. 43
Compete aos estabelecimentos industriais e de minerao a responsabilidade pelo
gerenciamentocompletodeseusresduos,desdeasuageraoatadestinaofinal.
Muitoembora,napocadestadissertao,aindaestafosseumaLeiaguardando
aprovao no Congresso Brasileiro, alguns estadosj se encontram adiantados neste
aspecto, como o Paran, que possui uma lei especfica, tambm chamada Lei de
Resduos.Esta leidefinequeArt.4. Asatividadesgeradorasderesduosslidos,de
qualquer natureza, so responsveis pelo seu acondicionamento, armazenamento,
coleta, transporte, tratamento, disposio final, pelo passivo ambiental oriundo da
desativaodesua fontegeradora,bemcomopelarecuperaodereasdegradadas
(Lein12493,de22deJaneirode1999).
Mas,almdeleisquebuscamminimizarosimpactosgeradospelosresduos,os
governos tm sido pressionados pela sociedade a estabelecer metas scioambientais
delongoprazo,inclusivenoBrasil.Comisso,oobjetivodestadissertaoalinhasecom
asestratgiasdedesenvolvimentodelongoprazodoPlanoPlurianual(PPA)20042007
doGovernoFederal,ecomaAgenda21Nacional.
No caso do PPA, o estudo alinhase com o Mega Objetivo II, que busca o
Crescimento com gerao de trabalho, emprego e renda (...) ambientalmente
sustentvel e redutor das desigualdades sociais, especialmente no item 21, que se
propeamelhorar
agesto
eaqualidade
ambiental
epromover
aconservao
euso
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sustentvel dos recursos naturais, com nfase na promoo da educao ambiental
(PLANOBRASIL,2004).Desta forma,aproposiodediretrizesdeprojetoparaPSSem
embalagens sustentveis busca principalmente reduzir os impactos ambientais das
atividadesindustriais,
com
maior
eficincia
no
uso
de
recursos
eenergia
e
reduona
emissoderesduosegasestxicos.
No caso daAgenda 21 Nacional, este trabalho alinhase com as diretrizes do
captulo 21, referente ao manejo ambientalmente saudvel dos resduos slidos, e
captulos29e30,sobreofortalecimentodopapeldocomrcioedaindstria(AGENDA
21NACIONAL,2007).Nesteltimo,otrabalhoest ligadodiretamentepromoode
umaproduomaislimpaedaresponsabilidadeempresarial.
Almdisso,aproposiodeusodeserviosdeembalagensmaissustentveis
coerentecomainiciativadaUNESCO/ONUempromover,noperodoentre2005e2014,
a Dcada da Educao para o Desenvolvimento Sustentvel, que consiste de amplos
esforosvoltadoseducaoparaasustentabilidade,envolvendoosvriossegmentos
dasociedade,inclusiveasempresas.NoBrasil,estainiciativafeitaemcooperaocom
o Ministrio do Meio Ambiente para a execuo do Programa Nacional de Educao
Ambiental(ProNEA).
Quanto sustentabilidade na poltica industrial, Campanrio e Silva (2004)
propemasustentabilidadecomoumentreonzecritriosnormativosparaelaborao
deumapolticaindustrial,comentandoqueapolticaindustrialdeveprocurarconciliar
os parmetros bsicos do desenvolvimento sustentvel preservao da natureza,
eliminao da pobreza, crescimento econmicoegarantiapara as geraes futuras,
comaexploraodosrecursosnaturaisparaatenderaosinteressesnacionais.
A poltica industrial brasileira no explicita esta preocupao, e a sintonizao
destadissertaocomaPoltica Industrial,TecnolgicaedeComrcioExteriorPITCE
(2005)seddevidoaoobjetivodestadeinduziramudanadopatamarcompetitivoda
indstria brasileira, rumo maior inovao e diferenciao de produtos, almejando
competitividadeinternacional.Ainseroprincipalmentenosaspectosdeinovaoe
desenvolvimento tecnolgico, inclusive com apoio oficial s parcerias universidade
empresa,pormeiodoCNPq.
Este o caso do projeto de pesquisa Desenvolvimento de embalagens e
produtos
para
exportao
utilizando
a
tecnologia
CFG
para
o
papelo
ondulado,
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DiretrizesparaoDesigndeembalagensempapeloonduladomovimentadasentreempresascombaseemsistemasprodutoservio
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desenvolvido pelo Ncleo de Design e Sustentabilidade da Universidade Federal do
Paranem20062007,equeoriginouestadissertao.
1.4.4. Justificativaeconmica
Em termoseconmicos,ovalordomercadoglobaldeembalagensestimado
em500bilhesdedlares,entre1e2%doPIBmundial(Packforsk,2001),eomercado
de alimentos o maior consumidor mundial de embalagens, com cerca de 35% (The
Packaging Federation, 2004a). O mercado mundial de embalagens est em franco
crescimentoe,emparticular,omercadodeembalagensdepapeloondulado,escopo
destetrabalho,querespondeporaproximadamente38%detodoomercadomundialde
embalagemeapresentaprevisodecrescimentode4,2%aoano(EMBALAGEMMARCA,
2005).SomenteosetordealimentosmovimentaemtornodeUS$176bilhesem2004,
ehexpectativadequecontinuarcrescendoataxasde4,6%aoano,comprevisode
cerca de US$ 216 bilhes para 2009. Contudo, o maior crescimento (7,1%) dever
acontecernosetordemedicamentos(EMBALAGEMMARCA,2005).
Segundoa ICCA(2005),asiaograndeprodutormundialdeembalagensde
papeloondulado,commaisde53milhesdemetrosquadradosecrescimentode9%
em apenas um ano. Com isso, os asiticos dominam mais de um tero do mercado
mundial de papelo ondulado. A produo norteamericana e europia quase
equivalente,compoucomaisde40milhesdem/cada,conformeilustraaTabela1.
Tabela1.Produodepapeloonduladoemmilhesdemetrosquadradosporcontinente
CONTINENTE 2003 2004 CRESCIMENTOEM%
sia 48,537 53,036 9,0
Amricado
Norte
41,255 42,367 2,7
Europa 40,862 41,563 1,7
AmricaCentraledoSul 7,441 8,163 9,7
Oceania 2,272 2,324 2,3
frica 1,660 1,693 2,0
TOTAL 142,126 149,147 4,9
Fonte:ICCA(2005)
QuantoaosprodutoresdaAmricaLatina,apesardaparticipao inferiorde
asiticos, norteamericanos e europeus, significativo o crescimento de quase 10%
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entre os anos de 2003 e 2004, o mais alto entre todos os mercados produtores (ver
Tabela1).
OBrasiltemumpapel importantenestecrescimento,poisproduzcercade3,9
milhesdospouco mais deoitomilhesde m2depapelo onduladoproduzidospela
AmricaCentrale doSul, ouseja, quase metadeda produoda AmricaLatina. Nos
ltimos cinco anos, o mercado brasileiro tem oscilado entre 3,7 e 3,9 milhes de m,
comumaquedasignificativaem2003,anodeturbulnciaeconmicanopas,emquea
produocaiupara3,4milhes,conformemostraaTabela2(ABPO,2005).
Tabela2.Expedioanualdecaixas,acessriosechapasdepapeloonduladonoBrasil
ANO TONELADAS 1.000M
2000
2.048.937
3.737.772
2001 2.061.022 3.701.603
2002 2.144.113 3.920.175
2003 1.885.916 3.464.750
2004 2.106.832 3.918.961
Fonte:ABPO(2005)
Assim como nos dados apontados por EMBALAGEMMARCA (2005), no Brasil
tambm a indstria alimentcia a grande consumidora do papelo ondulado,
absorvendo mais de um tero de toda a produo (ABPO, 2005). O mesmo estudo
apontaqueumadistribuiomistaocupaosegundolugar,eaproduodechapasfica
na terceiraposio.Emseguida,a indstriade fumose tabacos,com7,69%,superaa
indstriaqumica,fruticultura,floriculturaeavicultura(videogrfico11).
Figura11.Distribuiodoconsumodeembalagensdepapeloonduladoporsetorem%sobretoneladasemMaio/2005Fonte:ABPO(2005)
Com este crescimento generalizado, h uma necessidade cada vez maior de
diferenciaopois,segundoPorter(1992),humaestreitarelaoentreodesempenho
econmico das empresas e a criao de diferencial competitivo. Este pode ser obtido
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pelo menos de trs formas: por diferenciao de produtos e/ou servios, por criao
e/ouexploraodenichosdemercado,oupelocustodeseusprodutos(PORTER,1992).
No caso da diferenciao, Ottman (1994), citado por Epelbaum (2004) afirma
queempresasqueapresentamdiferencialsustentvelnosprocessoseprodutospodem
explorloemtermosdemarketing,criandoumposicionamentoevalornicoparaseus
clientes. Desta forma, produtos ou servios com este diferencial podem destinarse a
nichos de mercado especficos formados por consumidores que valorizam a questo
scioambiental(OTTMAN,1994citadoporEPELBAUM,2004).ManzinieVezzoli(2002)
colocam que os sistemas produtoservio levam em considerao necessidades
especficas dos clientes, buscando atendlas ao mximo e, ao mesmo tempo,
minimizandooimpacto
ambiental.
Essadiferenciaopossvel,porqueasociedadeemgeralmostrasecadavez
mais informadaeexigentequantoatuaoambientaldasempresas.SegundoPorter
(1985),aanlisecompetitivadasempresasnasltimasdcadaspassouaser feitapor
uma diversidade de atores com preocupaes distintas. ONGs, comunidades, rgos
governamentais, investidores,seguradoraseamdiatmpapelcadavezmaisdecisivo,
com reflexos na mudana de percepo de valor ao longo da cadeia de produo e
consumo.
Rundh (2005) coloca a embalagem como possvel elemento de vantagem
competitiva, embora ainda pouco explorada pelas empresas, que tm sido foradas a
reavaliar suas estratgias devido internacionalizao e globalizao crescente dos
negcios. Com isto, percebese um grande potencial de melhoria em termos de
competitividade a partir do Design desde que considerado em uma abordagem
sistmica, focada no apenas na embalagem em si, mas em todo o processo de
produoedistribuio.
As exigncias quanto a processos e produtos mais limpos so as mais
significativas, conforme Epelbaum (2004). Com isso, segundo ele, houve um grande
crescimento na implantao dos chamados sistemas de gesto ambiental (SGAs) e de
certificaesparaestessistemas,sendoaISO14001amaisconhecida.
Nocasodoscustos,asempresasbuscamatingiroscustosmaisbaixostantode
produoquantodedistribuio,apartirdamximaeficinciaoperacional,parapoder
oferecer
aos
clientes/consumidores
preos
mais
baixos
nos
produtos
do
que
os
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concorrentes. Porm, segundo Epelbaum (2004), o balano econmico de qualquer
estratgia que venha a ser implantada deve levar em conta no apenas custos
financeiros pontuais (custo de implantao de um novo sistema de embalagem ou o
preoda
embalagem),
mas
custos
financeiros
globais
(recursos
humanos,
tempos
de
espera, estoques, tratamento dos resduos gerados) e seu tempo de amortizao
(payback).
Conforme Lee e Lye (2003), os trs componentes principais do custo da
embalagemsoamodeobra,oequipamentoeomaterial.Stern (1981)apontaque
apenas cerca de 10% do custo da embalagem devese ao material de que ela feita,
sendoo restante relacionado aoprocessoprodutivoe logstico,que incluigastos com
transporte,custo
de
armazenagem,
tempos
de
espera,
entre
outros
fatores.
Segundo Lazl (1990), aproximadamente 9% do custo de qualquer produto
deveseembalagem,eoutrosautoresapontamqueaembalagemrepresentaentre15
e 50% do preo de venda do produto contido (RAUCH ASSOCIATES, 2002; Harckham,
1989;BristonandNeill,1972).
Morabito,MoraleseWidmer(2000)apontamqueosetor logstico,namaior
partedasempresas,oquemaisconsomerecursosfinanceiros,oqueindicaumgrande
potencialdeatuaoparaoDesignemtermosdeembalagensoperacionalmentemais
eficientes. H, tambm, uma srie de outros custos envolvidos no tratamento e
destinao dos resduos industriais, entre eles os de embalagens, que podem ser
minimizados, por exemplo, pelo reuso das mesmas. O aumento da eficincia
operacionaleaminimizaoderesduossoaspectosinerentesaoconceitodesistema
produtoservio,conformeHalen,VezzolieWimmer(2005).
Almdaminimizaodecustos,outroaspectoderelevnciaeconmicaligado
eficincia operacional, segundo o UNEP (2001), a maximizao da produtividade. As
embalagenspodemtornarseumelementodeaumentodaprodutividade,seplanejadas
dentro de uma viso sistmica, considerando outras funes, alm da proteo e
transporte, como a comodidade na produo (ex.: caixasdispensers) e o controle
inteligentedeestoque(ex.:etiquetasRFIDidentificaoporrdiofreqncia).
1.4.5. Justificativasocial
No mbito das empresas brasileiras, crescente o nmero de aes ligadas
responsabilidade social. No entanto, a eqidade ejustia entre os stakeholders ainda
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representam um desafio, pois a maior parte das relaes empresariais fortemente
baseada em relaes custobenefcio de curto prazo. Os sistemas produtoservio, ao
contrrio,baseiamsefundamentalmenteemparceriasdelongoprazo(HALEN;VEZZOLI;
WIMMER,2005).
Muitas empresasj implantaram sistemas de gesto ambiental e obtiveram a
certificao ISO14001 (EPELBAUM, 2004), mas ainda pequeno o nmero de
organizaesbuscandoacertificaosocial.Jexisteminiciativasnestesentido,comoa
SocialAccountability8000(SA8000),voltadacertificao,eanormaABNTNBR16001,
sobrerequisitosparasistemasdegestoemresponsabilidadesocial(ABNT,2004).Ouso
de indicadoresscioambientaisdoInstitutoEthos(ETHOS,2006)permitesempresas
fazeruma
auto
anlise
do
desempenho
scio
ambiental
que
pode
ser
transformado
em
umrelatrioparaposteriorcomparao(benchmarking)comaconcorrncia.
Para2008,esperaseaconclusodanormaISO26000,quenotemopropsito
decertificao,masdeorientaoparaaimplantaodesistemasdegesto.Apesarde
nohaveraexignciadasempresasseremcertificadasemgestoambiental(ISO14001)
para adequarse NBR16001, Ursini e Sekigushi (2005) apontam que as corporaes
familiarizadascomacertificaoambiental teromuitomais facilidadedecertificao
deresponsabilidade
social.
Por
conseguinte,
denota
se
que
podero
apresentar
tambm
condiesdeimplementaraabordagemdePSScommaisfacilidade.
Aquestodacoesosocialoutrodesafioparaasempresasbrasileiras,embora
ajustiabrasileiraconsidereadiscriminaoumcrimeinafianvel.Damesmaforma,a
influncia na identidade cultural regional e no bem estar das comunidades onde as
empresasseinstalam,eaexploraopredatriaderecursoslocaisnorenovveisainda
ocorrememvriaspartesdopas.Estesaspectossoconsideradosna implantaode
umPSS,
portanto,
para
que
aempresa
adote
esta
abordagem
de
negcio
preciso
que
elaseconsideredeformaresponsvelestasquestes.
Comrelaoaobemestaregeraodetrabalhoerenda,relevanteofatode
que, no Brasil, muitas das pessoas de baixa renda trabalham na atividade de coletar,
separar, vender e reciclar resduos. O papelo ondulado um dos materiais mais
presentesdevidoaograndeusoemembalagens.DadosdoIBGE(2002)mostramquea
atividade de catar papel empregava, em 2002, ao redor de 25.000 pessoas nas
unidadesde
separao
de
lixo.
H
tambm
os
chamados
catadores
de
rua
ecarroceiros,
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cujaatividadeinformalenvolvecercade200milpessoasnoBrasil(ANAP,2005).Nesse
contexto,umaestratgiaque impliquena reduodageraoderesduosdepapelo
onduladonasempresasdevetambm levaremcontao impactosocialnestaatividade,
umavez
que
os
maiores
afetados
seriam
das
classes
mais
pobres.
Cabe ressaltar que as mudanas decorrentes de melhorias ambientais nas
embalagens movimentadas entre empresas podem influenciar nos aspectos sociais
ligadosaessaatividade,comoageraodetrabalhoerendaeascondiesdevidadas
pessoas.Destaforma,estetrabalhoconsiderou,comoescopodeestudo,empresasque
destinamseusresduosaempresasespecializadas,pressupondo,portanto,quenoh
um impactodiretonageraodetrabalhoerendaparaoscatadoresautnomos,mas
apenasnaquelas
atividades
ligadas
s
empresas
de
coleta
de
resduos.
No
entanto,
necessrio um estudo mais aprofundado para verificar o real impacto no nvel de
empregodestasltimas.
Todos os aspectos ambientais, econmicos e sociais anteriormente discutidos
formam o pano de fundo desta dissertao, e apontam para a necessidade de novas
estratgias de negcios nas empresas quanto movimentao de embalagens. No
mbito doDesign sustentvel, propese o foco de pesquisa e desenvolvimento no
apenasnas
embalagens
em
si,
mas
em
todo
osistema
produtivo
elogstico
empresarial.
Neste sentido, este trabalho procura contribuir para adimensoambiental da
sustentabilidade por meio do estudo de sistemas alternativos para embalagens
movimentadasentreempresas.Aseguir,apresentadaadelimitaodoestudo,eem
seguidaomtododepesquisautilizado.
1.5.Delimitao
O
objeto
de
estudo
compreende
embalagens
de
papelo
ondulado
para
produtos noperecveis movimentadas entre empresas, com nfase nas questes
ligadas dimenso ambiental da sustentabilidade, muito embora na anlise teamse
consideraes tambm sobre as dimenses econmicas. A dimenso social no ser
estudadanestetrabalho.
O recorte geogrfico dos dados coletados nesta pesquisa abrange a
movimentaointerestadualdeembalagensB2BentreacidadedeSoPauloeacidade
deSo
Jos
dos
Pinhais,
na
Regio
Metropolitana
de
Curitiba,
Paran.
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1.6.Descriogeraldomtodo
Omtododepesquisaadotadooestudodecaso,realizadoemumaindstria
montadora de automveis da regio metropolitana de Curitiba/PR. A fundamentao
terica para este trabalho foi feita a partir de reviso de literatura relacionada
sustentabilidade,comumrecortetericoparaoDesignsustentvel,embalagensB2Be
opapeloonduladonestecontexto.
A pesquisa de campo foi realizada em cinco etapas: diagnstico, avaliao da
situao inicial, interveno, anlise da nova proposta e validao da proposta de
interveno. Devido ao fato desta dissertao relacionarse abordagem de sistemas
produtoservio (PSS), a pesquisa foi feita utilizando etapas e ferramentas de um
mtodoespecficoparaodesenvolvimentodePSS,oMEPSS.
Oprotocolodecoletadedadosrelativoetapadediagnstico,eenvolveuo
uso de ferramentas verbais e visuais, para a obteno de dados tanto quantitativos
quanto qualitativos (LAUREL, 2003), pois, nas fases seguintes de avaliao (tanto da
proposta inicial quanto da interveno) buscouse avaliar de forma quantitativa e
qualitativa os dados obtidos. O diagnstico inclui entrevistas semiestruturadas,
observaodireta,registrofotogrfico,eacoletadedadosquantitativosdaembalagem
no sistema logsticoprodutivo da empresa, como quantidade, composio e peso das
matriasprimas e insumos, tempo e distncia de transporte e operaes internas.
Foramcoletadastambmamostrasdecomponentesutilizadosdaempresa.
A anlise dos dados foi feita de forma quantitativa e qualitativa tanto para a
situao inicialmenteencontradaquantoparaapropostade interveno,eenvolveuo
usodasferramentasACVAnlisedoCiclodevida(anlisequantitativa),comousodo
Software Simapro7 na verso educacional, e SDOMEPSS (anlise qualitativa). A
visualizao tanto do sistema atual quanto do proposto foi feita com o uso da
ferramentaSystemMap, do MEPSS. Para a anlise tambm foi realizado tambm um
workshopcomespecialistasdaindstriaestudadaedeumfornecedordeembalagens.
Paraa interveno,foramutilizadasferramentasdecriaotambmpresentes
no MEPSS, como as diretrizes deDesign sustentvel (MANZINI e VEZZOLI, 2002) e os
storyboards para proposio de cenrios futuros, alm dobrainstorming clssico com
usodeanalogias.
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Avalidaodoestudofoifeitaapartirdacomparaocomosresultadosobtidos
emummetaestudodecasoformadoportrsestudosdecaso,emtrsoutrasempresas
queutilizamembalagensretornveisemseusrespectivosprocessoslogsticos.
1.7.Estruturageraldadissertao
Ocaptulo1(INTRODUO)apresentaoproblema,sugereahipteseedefineo
objetivo da dissertao, a partir de justificativas ambientais, econmicas e sociais.
Delimitatambmoescopodapesquisaeotipodeempresanaqualserrealizada,bem
comoomtodoaserutilizado,eosprocedimentosdecoletaeanlisededadoseda
intervenoproposta.
O
captulo
2
(EMBALAGEM
E
SUSTENTABILIDADE)
apresenta
a
reviso
de
literatura sobre quatro temas principais: sustentabilidade, Design sustentvel,
embalagens e papelo ondulado, e o relato de estudos de caso similares ao tema
pesquisado.
No captulo 3 (MTODO DE PESQUISA)justificase a escolha do mtodo de
pesquisa, e descrevese o estudo de caso realizado junto a uma montadora de
automveis da Regio Metropolitana de Curitiba. So apresentados os critrios de
seleoda
empresa
edo
processo,
oprotocolo
de
coleta
de
dados
utilizado,
eaforma
deapresentaoeavaliaotantodosdadoscoletadosdasituaoencontradaquanto
dapropostademelhoria,eoprocessodevalidaoutilizado.
Nocaptulo4(RESULTADOSEANLISES)sodescritososresultadosdapesquisa
decampo,eaavaliaoqualitativaequantitativadosdadosobtidostantonasituao
encontradaquantonaintervenoproposta,comoauxliodasferramentasSDOMEPSS
e ACV Anlise do Ciclo de vida. So apresentados tambm os resultados de um
workshop
realizado
para
coletar
opinies,
crticas
e
sugestes
de
profissionais
especialistasdaempresaedeumfornecedordeembalagenssobreosdados.
A partir dos resultados obtidos, e da comparao destes com os obtidos em
outrostrsestudosdecasoreportadosnarevisobibliogrfica,sopropostasdiretrizes
de Design de sistemas produtoservio para embalagens em papelo ondulado
movimentadasentreempresas.Estaumadascontribuiescentraisdapesquisa,pois
se entende que, para que sejam atingidos os objetivos propostos no Captulo 1
(INTRODUO),aexistncia
de
uma
teoria
do
Design
de
embalagens,
com
conceitos,
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metodologiaseferramentasdeDesignsustentvelorientadasespecificamenteaosetor,
condioparaefetivamenteinovarnabuscaporprticasmaissustentveis.
Nocaptulo5(CONCLUSO)finalizaseotrabalhocomumadiscussosobreos
resultados da pesquisa realizada, e sugeremse possibilidades de continuidade de
pesquisaapartirdelacunasdetectadasnarealizaodesteestudodecaso.
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Captulo 02
Sustentabilidade
por meio do Design
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2. SUSTENTABILIDADEPORMEIODODESIGN
2.1.Conceitosdesustentabilidade
A palavra sustentabilidade definida no dicionrio Aurlio (2006) como a
qualidade do que sustentvel ou como um estado que se deseja atingir. Esta
definioabstrataadquireumsentidoprticoquandorelacionadastrsdimensesda
existnciahumana:ambiental,socialeeconmica.
A sustentabilidade ambiental referese, conforme Manzini e Vezzoli (2002), s
condiessistmicassegundoasquais (...)asatividadeshumanasnodevem intervir
nosciclosnaturaisemquesebaseiatudooquearesilinciadoplanetapermite(...),no
devemempobrecerseucapitalnatural,quesertransmitidosgeraesfuturas.
A sustentabilidade social, segundo o UNEP (2006), est associada a questes
como: respeito identidade e diversidade cultural, incluso das minorias,
marginalizadosedeficientes,bemestarsocial,trabalhoemcondiesadequadasesem
anecessidadedegrandesdeslocamentos,geraoeequilbrionadistribuioderenda,
acesso alimentao, gua potvel e servios de sade, escolarizao e abolio do
trabalhoinfantil,dentreoutrostemas.
Asustentabilidadeeconmicaapresentaumaligaobastantefortecomasocial
pelageraodetrabalhoerenda,masconsideratambmadimensodasempresas,de
todos os portes. Segundo D4S (CRUL e DIEHL, 2006), alm da lucratividade,
fundamental para as empresas a gerao de valor tanto para ela quanto para os
stakeholderseconsumidores.estevalorquepodepermitirsempresasposicionarem
sedeformacompetitivanomercado.
Estasconsideraescompemoconceitodedesenvolvimentosustentvel,que
consiste em um desenvolvimento que satisfaa as necessidades do presente sem
comprometer a capacidade das geraes futuras satisfazerem as suas prprias
necessidades(BRUNDTLANDetal,1987).
2.2.Um breve histrico do percurso da sustentabilidade e do
desenvolvimentosustentvel
Aproblemticadoimpactodasatividadesindustriaisnoplanetanoumtema
recente,embora
somente
na
ltima
dcada
tenha
ganho
intensidade
de
divulgao
e
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debate por uma parcela maior da sociedade. Segundo Foladori (2001, p. 113),
possivelmente surgiu com o conservacionismo em reao industrializao no sculo
XIX, a partir do livro Man and Nature de Marsh (1864). No entanto, a questo do
crescimentopopulacional
desenfreado
eseus
possveis
efeitos
j
havia
sido
estudada
porMalthusem1798,emEnsaiosobreoprincpiodapopulao(verFigura21).
Figura
21.
Linha
do
tempo
contendo
alguns
dos
fatos
mais
marcantes
relativos
sustentabilidadeambientalesocial
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Na virada do sculo XIX para o sculo XX, prosseguiu com a criao de
sociedadesdeproteonaturezanosEUA,Canad,Chile,PortoRicoeUruguai,dentre
outros pases, bem como de parques e reservas. A questo ambiental tornase
particularmentecrtica
com
odetonamento
da
bomba
atmica
em
Hiroshima,
ao
tornar
claro o quanto a capacidade tecnolgica pode afetar a biosfera e gerar danos que se
perpetuam por dcadas aps este evento. A criao da Unio Internacional para
Conservao da Natureza IUCN, em 1948, foi a primeira grande tentativa de
organizaonogovernamentalvoltadaapensarestratgiasdeconservao.
A Organizao da Naes Unidas definiu 1957 como o Ano Geofsico
Internacionale,nestemesmoano,foi iniciadaamediodaquantidadededixidode
carbonona
atmosfera,
no
Hava.
Na
dcada
de
60
houve
um
crescimento
substancial
das discusses ambientais, sempre fortemente ligadas s questes polticas e
econmicas, como a Guerra do Vietn. Com isto, houve um grande crescimento dos
movimentos ambientalistas,antinucleares epacifistascomo oGreenPeace, OsAmigos
daTerraeosVerdesalemes.
Papanek (1971) foi um dos primeiros a defender uma postura social e
ambientalmentemaisresponsvelporpartedoDesign,emsuaspublicaesDesignfor
theReal
World
Human
Ecology
and
Social
Change
(1971,
eapropor
uma
nova
forma
de atuao emTheGreen ImperativeEcologyandEthics inDesignandArchitecture
(1995).
A questo social tambm ganha cada vez mais importncia nesta poca, e
questes como o crescimento populacional e seu impacto no meioambiente, j
levantadasdesdeMalthus(17661834)eMill(18061873),foramreforadasporautores
como Ehrlich e Ehrlich (1972), em Population, resources, environment. Neste mesmo
ano,oClube
de
Roma
publicou
Os
limites
do
crescimento,
sobre
as
relaes
entre
produo industrial,crescimentopopulacionaleexploraoderecursos,prevendoum
limitesuportvelpelanaturezadeapenascemanos,casoestemodelodesequilibrado
fossemantido.Esteummarco importantepois,pelaprimeiravez,cogitouse frearo
crescimentocapitalista(FOLADORI,2001,p.115).
Tambm em 1972 houve, em Estocolmo, a primeira Conferncia das Naes
UnidassobreoMeioAmbiente,quetevecomoresultadoumadeclaraoquecontm
tantoos
problemas
ambientais
quanto
aproposio
de
se
preservar
oplaneta
para
as
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geraes futuras. Isto defendido por meio do uso de tecnologias limpas nos pases
desenvolvidosetransfernciaderecursosfinanceirosetcnicosparaaqueleschamados
depasesemdesenvolvimento.
Criouse tambm o Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente
PNUMA (PNUMA, 2006), e a Comisso Mundial para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento CMMAD (CMMAD, 2007). tambm relevante o trabalho da
ComissoBarilochenaAmricaLatina,propondonovamenteocrescimento limitado,a
partir da limitao da exportao dos recursos naturais, em claro contraponto ao
sistemacapitalistadeproduoeconsumo.
AcatstrofenucleardeChernobyl,em1986,umadasmarcasdadcadade80,
provocando grandes impactos ambientais e humanos pela Europa e questionamentos
sobreosavanoscientficos.Umdosautoresmaislidosnadcadade80sobreecologia
JamesLovelock,que,emGaia:ANewLookatLifeonEarth(1982),consideravaaTerra
comoumgrandeorganismovivo.
Tambm neste ano foi criado o programa cientfico Global Change, que
influencia no ano seguinte o trabalho da Comisso Mundial para o Meio Ambiente
WCED(19841987),dirigidopelaexprimeiraministradaNoruega,GroBrundtland.Esta
comissoproduzo informeOurCommonFuture,quepelaprimeiravezutilizaotermo
desenvolvimentosustentveldeformaexplcitaepropequeosproblemasambientais,
sociaiseeconmicossejamtratadosdeformaintegrada(BRUNDTLANDetal,1987).
No final dos anos 80 foi criado o Grupo Intergovernamental de Estudos sobre
ClimasIPCC(1988),eem1991,iniciaseumfundodeproteoaomeioambientepara
pasesemdesenvolvimento,criadopelaONUeBancoMundial,oGlobalEnvironmental
Facility. No ano de 1992 ocorre a Conferncia da ONU sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (CNUMAD) no Rio de Janeiro, com resultados prticos bastante
limitadosquantoreduodasemissesdeCOoudo impactosobreas florestasea
biodiversidade,porexemplo.
neste evento, tambm chamado de Rio92, que se produz a Agenda 21, um
conjuntodeaesformadopor31pontosvoltadostantoafrearoimpactoambientalda
produo e consumo quanto a promover o desenvolvimento mais equilibrado dos
pases, tanto no mbito social quanto econmico. A partir do slogan Pe