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INDICADORES:

OPINIÃO - Página 2

Berilo de Castro

Elísio Augusto Medeiros e Silva

Maciel Matias

João da Mata Costa

Gileno Guanabara

DanielaFreire

Página 12

w Ninguém acredita na tesegovernista de que Betinho to-mou o PP sozinho.

AlexMedeiros

Página 11

w Bandidos apostam nos órgãospúblicos e nem fundação cul-tural está escapando.

Marcos A. de Sá

Página 7

w Anorc atua no sentido de evi-tar autuações trabalhistas naFesta do Boi 2013.

ESCREVEM ARTIGOS NA EDIÇÃO DE HOJE

Quarta-feira R$ 1,00 w jornaldehoje.com.brAno XVI w NATAL-RN, 9 DE OUTUBRO DE 2013 w Nº 4.760

w Natalenses adesivam carroscom fotos de Che Guevara, íco-ne socialista morto há 46 anos.

VicenteSerejo

Página 13

w Caso estivéssemos em anode eleição municipal, será queo prefeito vetaria o Passe Livre?

TúlioLemos

Página 3

CONRADO CARLOS

INTERINO

> “RN SUSTENTÁVEL”

GOVERNADORA OTIMISTACOM DINHEIRO DO BANCOMUNDIAL PARA OBRASROSALBA DIZ QUE FOI “A MELHOR NEGOCIAÇÃO” QUE JÁ FEZ EM SUA

VIDA E ESPERA CHEGAR AO FINAL DO ANO COM MUITAS AÇÕES INICIADAS

POLÍTICA 3

Wellington Rocha

> GREVE DOS BANCÁRIOS

Procon/RN quer intervenção,mas Procon/Natal pede calma

CIDADE 6

A governadora Rosalba Ciarlini confirmou na manhãde hoje, durante visita às obras do Terminal Marí-timo de Passageiros, no Porto de Natal, que o “RNSustentável” será lançado no próximo dia 25 de ou-tubro com a presença de representantes do Banco

Mundial. Para a primeira etapa do programa, que be-neficiará todas as cadeias produtivas do Rio Gran-de do Norte, serão disponibilizados 360 milhões dedólares, do total de US$ 540 milhões previsto no con-trato assinado semana passada em Brasília.

> FALTA NEUROLOGISTA

Centro de ReabilitaçãoAdulto funciona com10% da capacidadede atendimento

CIDADE 9

> DESVIOS...

Para procuradorda República, “a corrupção noRN só cresce”

POLÍTICA 5

> SEM DINHEIRO

Greve prejudicao comércio e vaicausar queda na arrecadação

ECONOMIA 7

> COPA NORDESTE

América fica no Grupo A eo Potiguar de Mossoró no C

ESPORTE 15

José Aldenir

Luana Rego/Procon

> SÉRIE B

Sena recuperaa confiança; Fernandes dá folga ao elenco

ESPORTE 15

Representantes da CEF e do BB explicaram a suspensão dos serviços nos caixas eletrônicos

Referência no tratamento de lesão medular, com vários tratamentos bem sucedidos, o CRI não admite pacientes há seis meses

Rosalba afirma: editais estão prontos e programa prioriza áreas importantes para o desenvolvimento

Quarta-feira2 O Jornal de HOJE Natal, 9 de outubro de 2013 Opinião

Amancio amancionatal@gmail.com / www.chargistaamancio.blogspot.com Artigo

O ofício deescrever

GILENO GUANABARA, advogado(gilenoguanabara@gmail.com)

O ofício de escrever trata do mister deler e garimpar palavras. Não apenas o sen-tido filológico das expressões, mas tambéma forma mais escorreita, a busca erudita demaior sentido e alcance, tendo em vista aquem se destina comunicar o objeto da ma-nifestação. Não se trata de um ofício espé-cie exclusiva que só os ungidos dos deusessão capazes de exercê-lo. Sendo assim, hámomentos de dúvidas, de correições, detrato sucessivo das palavras, a cada rabis-co e leitura, que torna exigível o reparo, odetalhe quanto a forma e o conteúdo, enfim,torna-se imensurável o prazer de cambiar aspalavras e vê-las mais exatamente com-preensíveis. O fato de ler a imprensa, suascrônicas diárias e colunas, faz bem.

Não me reporto à forma absolutamen-te irrepreensível do mestre Machado deAssis em sua produção literária. Mais pró-ximo de nós temos exemplos de lapsos deredação ou de revisão que subverteram osentido da palavra ou de orações inteiras.Para o conforto de Graciliano Ramos, umdos melhores estetas da nossa língua, a pa-lavra "estrambólico" se deveu a uma impe-rícia de revisão em um periódico. Na ver-dade, a intenção do articulista era a de re-ferir-se a um fato extravagante, esquisito,incomum. No entanto, com a circulação daedição, a palavra reinou a partir de então.O que devia ser estrambótico passou dora-vante a ser aceito como estrambólico.

A crônica carioca também incorreuem imperícias que distorceram o flagran-te, por mais factual se assemelhasse à ver-dade dos fatos. D. Pedro I, Imperador doBrasil, se dava o luxo de frequentar ambien-tes festivos, ainda que com as devidas cau-telas e protocolos. Pairava sobre sua ma-jestade a fama de conquistador e devora-dor de corações, sem o pejo de vulnerar sen-timentos angelicais de anjos femininos fe-ridos pelo ardor do cupido.

Na condição de simples mortal, D.Pedro também estava sujeito às intempé-ries da vida. Levou um tombo de umaégua, quando de um torneio esportivo, oque lhe causou uma luxação da perna. For-çado ficou a usar de um par de muletas, afim de cumprir os compromissos sociais.Atendeu a um convite que tratava de umafesta no bairro da Lapa boêmia, no Rio deJaneiro. Durante o evento não dançou nemexercitou seus dotes cavalheirescos, hajavista a sua perna acidentada. Ao se retirar,tarde da noite, os "paparazzi" de então cer-caram D. Pedro à busca de notícias do aci-dente. Foram dadas as explicações neces-sárias, enquanto o Imperador se ausentouconduzido em sua carruagem.

No dia seguinte, a principal manche-te do jornal carioca dava conta da saída àfrancesa do Imperador: "Sua Majestaderetirou-se furtivo do baile, amparado porum par de "mulatas". Se bem que de fácilconfusão, dada a fama do monarca, entre-tanto, o erro foi crucial haja vista que emvez de "muletas" a revisão deixou passar"mulatas", o que se tornou motivo de umacrise política no Império.

Dias desses, escrevi a palavra "enfiteu-ta do universo" que reportei ao amigo Ti-ciano Duarte, dadas as suas hostes maçô-nicas e desde que é acanhado o meu co-nhecimento da matéria. A dúvida veio-medepois e quase se instalou uma angústia,para conferir o sentido daquela referência.Volvi ao mestre Aurélio e dissipei a dúvi-da: "enfiteuta pessoa titular da enfiteusede um bem dominial". Afora o sentido téc-nico, o uso da expressão foi deveras cor-reto e apropriado.

Aproveito o ensejo dessa coluna paraagradecer o apoio singular de Marcos Au-rélio, da articulista de cultura, Anne Me-deiros, do Jornal de Hoje, ao possibilitara publicação das crônicas de que me valhocomo colaborador. Sob títulos e assuntosdiversos, me exponho ao encontro dos ami-gos e leitores desse conceituado jornal,emitindo opiniões, fatos e personalidadesque fizeram e fazem a vida nossa de cadadia mais feliz.

A publicação do livro "A Cidade doNatal e as historias do nunca" reuniu oPrefácio de João Batista Machado e a Apre-sentação de Ticiano Duarte, escudeiros daslutas democráticas recentes em nosso pais.De nossa parte distribuímos os convitesque nos foi possível.

Na noite de sexta-feira congregaram-se gerações de personagens que venceramos dissabores da escuridão política de 1964.Fizeram-se presentes políticos de geraçõesmais recentes, representantes daqueles quejá não se encontram entre nós, parentes esimpatizantes da cidade, todos para saberquais as "histórias do nunca" que temosguardadas dentro de nós. Uma felicidadegeral de reencontro. Wilma, Garibaldi, Ro-berto Furtado, Ney, Valério Mesquita, Her-mano, Carlos Eduardo, Aldo Tinoco, Ticia-no, Machadinho, Salésia, Cecy Dieb, Cam-pelo, Carlos Furtado, Josemá, George Câ-mara, Luis Lopes, Rubélio, Ivaldo, Nee-mias, Gilvan, me desculpem os demaisque se fizeram presentes.

A Cidade do Natal carece ver inscri-tas as suas histórias e seus atores. Sejamhistórias do nunca, sejam histórias outrasque estão à espera de serem contadas. Cum-pri a minha parte. A todos que atenderamao convite os recepcionei juntamente comos meus familiares. À Cidade do Natal quetrago e conheço repilo a conjura dita porMário de Andrade: "Nesta Rua Lopes Cha-ves/Envelheço e envergonhado/Não seiquem foi Lopes Chaves." Meus agradeci-mentos a todos os que me apoiaram nesseconluio. Que assim seja.

Estádio Juvenal Lamartine- O velho JL

Artigo BERILO DE CASTRO, médico(berilodecastro@hotmail.com.br)

Dia 12 de outubro de 1928, a cida-de em grande festa. Dia da inauguraçãodo Estádio Juvenal Lamartine - (JL),nome recebido em uma justa e honro-sa homenagem prestada pela Liga deDesportos do Rio Grande do Norte aoentão governador e reconhecido des-portista, Juvenal Lamartine de Farias(1874-1956), que fez a doação do ter-reno e bancou a sua construção. A es-critura do terreno foi registrada no car-tório do tabelião Miguel Leandro, meuavô materno.

Situado na avenida Hermes da Fon-seca, no aprazível e bucólico bairro doTirol, ladeado pela direita com o sítiodas freiras (área que abriga hoje o Ins-tituto Maria Auxiliadora e vários em-preendimentos imobiliários), pela es-querda com o abrigo Melo Matos, comsuas ativas oficinas de trabalho e, por tráscom o belo cenário natural do morro doEstrondo. Conhecido anteriormente porStadium Juvenal Lamartine ou campoda ARA (Associação rio-grandense deAtletismo) e posteriormente, comocampo da Liga Norte-rio-grandense deDesportos Terrestres (LNDT). O jogofestivo de inauguração foi entre as equi-pes do ABC FC e o Cabo Branco/ PB,com o escore final de 5x2 para o alvi-negro potiguar, marcando o primeirogol no Estádio o jogador Deão, do ABCFC. Sua capacidade máxima era de qua-tro mil pessoas. Recebeu a sua primei-ra iluminação no ano de 1946 e foi apo-sentado oficialmente em junho de 1972.

De meados para o final da décadade 1950, na minha adolescência e, re-sidindo na rua Mossoró, no bairro doTirol, bem próximo ao JL, comecei a fre-quentá-lo com muita assiduidade eapego.

Em início de 1958, já não maiscomo frequentador assistente e, sim,como participante ativo em seu grama-do, no certame oficial na categoria dejuvenil, estreei pela equipe do Riachue-lo Atlético Clube (RAC), time repre-sentante da Marinha do Brasil, que tinhacomo presidente e patrono o almiranteSilveira Lobo.

Já fazendo parte do calendário espor-tivo oficial da cidade, os encontros nasalegres noites das quartas-feiras e as belastardes dos domingos no JL, se consti-tuíam em momentos de muita descontra-ção, muita alegria e também, fato inusi-tado, era palco de apostas, as mais irre-verentes e imaginárias possíveis (quemmarcaria o primeiro gol; quais das travesentraria o primeiro gol da partida), sem-pre lideradas pelos veteranos e carismá-ticos apostadores Liliu,Tatu e Farol.

Foi no velho JL que presenciei jo-gadores de grande talento e mais altaqualidade, que até hoje guardo na lem-brança. Nomino alguns: Ribamar doABC e Manoelzinho do Alecrim, os me-lhores goleiros; Delgado, centroavantedo ABC FC, oriundo do futebol parai-bano, boa estatura, narigudo, impecávelnas bolas altas, mestre nos lançamentos,que infernizava a torcida americana comseus belíssimos gols de cabeça. O ini-gualável e imortal Jorginho; Saquinhoe Juarez Canuto, grandes vencedores egoleadores, a melhor dupla de ataque doAmérica da década de 1950; Pádua,quarto-zagueiro do RAC, de grande es-tilo e muita elegância; Nilson, quarto-zagueiro que atuou no ABC e depoisdefendeu o Botafogo carioca; Mauro eNei Andrade, dois excelentes laterais-es-

querdo; Ivo, meia-esquerda do RAC,depois Flamengo do Rio de Janeiro, umcraque na expressão maior da palavra;Lula, ponta-esquerda, dos melhores doBrasil, oriundo da equipe do Ferroviá-rio, que se consagrou no Internacionalgaúcho, Palmeiras paulista e finalmen-te seleção brasileira; o registro dos pri-meiros passos do também craque da se-leção brasileira, Marinho Chagas; o me-lhor meio de campo que já passou peloJL: Pedrinho e Valdomiro, pertencentesao Alecrim FC (1968).

Deixaram também os seus nomesregistrados na calçada da fama do JL,os competentes treinadores Pedro Tei-xeira (Pedrinho Quarenta) e Ferdinan-do Teixeira; o primeiro, campeão nosanos de 1964 e 1968 (invicto) e o segun-do, nos anos de 1985 e 1986, com oinesquecível bicampeonato. Todos ostítulos conquistados pelo glorioso Ale-crim Futebol Clube.

Quanto aos visitantes, Pelé, o fe-nômeno, o rei, o inquestionável, marcoua sua presença no velho JL no dia 12 dedezembro do ano de 1971, jogando con-tra a equipe do América FC; Garrincha,a segunda maior estrela do futebol bra-sileiro, vestindo a camisa gloriosa doAlecrim FC, no dia 4 de fevereiro do anode 1968, em um jogo amistoso contraa equipe do Sport Club de Recife e, umano depois, em 9 de fevereiro de 1969vestindo a camisa do Club de RegatasFlamengo contra o ABC FC; já bastan-te limitado pela artrose nos joelhos eno enfrentamento da difícil batalha con-tra o seu maior adversário - o alcoolis-mo; uma glória para o JL e para todosaqueles que os assistiram; o encanto dobelo futebol do meia-armador, o craqueDécio Esteves, do Bangu (seleção ca-rioca de 1958).

As torcidas se apresentavam deforma ordeira e disciplinada, sem gan-gues; os seus lugares eram preservadose respeitados, ficando restritas apenas àvibração, à euforia e ao entusiasmo.

Foi também no JL, que me apresen-tei, me identifiquei e me projetei no ce-nário do futebol local e regional, apesarde uma passagem de curta duração, quan-do de forma brilhante tive a felicidadede ganhar três títulos em campeonatosda cidade, e representar o meu Estado emcompetição entre seleções estaduais emcertame nacional, e, mais ainda, de fazerparte da seleção do século XX pela brio-sa equipe do Alecrim FC.

Na parede da memória, sinto sim,falta das alegres noites das quartas-fei-ras, das belas tardes de domingo; casacheia; da pequena e barulhenta torcidado Alecrim, da bola marrom, pesada ebem lustrosa, à custa de muita habilida-de na sua conservação. Das caminhadasde ida ou de volta para a sede do Amé-rica nos dias de jogos; dos "eternos" ze-ladores do Estádio, Manoel e Luciano;do grande amigo e presidente da Fede-ração Norte-rio-grandense de Desportos(FND) João Machado, com sua irreve-rência e verve privilegiada.

Percebo com muita tristeza hoje,que não existe mais a sua marcante fa-chada de arquitetura barroca, se encon-trando ocupada por lojas alugadas, quede maneira cruel, sem piedade e semestilo, mudaram por completo toda asua beleza original, despersonalizando-a, e consequentemente ocultando-a parasempre da memória e da história do fu-tebol potiguar. Que pena!

A leitura diária dos jornais

Artigo ELÍSIO AUGUSTO DE MEDEIROS E SILVA, empresário, escri-tor e membro da AEILIJ (elisio@mercomix.com.br)

Vovô Elísio acordava bem cedinhoe, entre um e outro café forte, preferi-velmente da marca São Luiz, aguarda-va a chegada dos jornais, enquanto ouviasuas programações favoritas no velhorádio alemão de ondas curtas. Ao ladoda casa, a movimentação da leiteria jáera intensa, com a chegada dos primei-ros fregueses.

Normalmente, quando o dia inicia-va a clarear, ele desligava o rádio paraouvir o canto dos passarinhos na fron-dosa goiabeira do quintal e aguardavaa chegada dos jornais.

Logo após a chegada dos jornais –"Diário de Natal" e "Correio do Povo"– ele se sentava na espreguiçadeira delona listrada do terraço, e passava à lei-tura minuciosa dos mesmos. Não per-dia muito tempo com as "manchetes"de primeira página, passava direto aosassuntos de seu interesse.

Embora apolítico, vovô era perfei-tamente fiel ao seu partido, cujo chefepolítico, Dinarte Mariz, era seu primolegítimo e amigo. Consequentemente,as notícias políticas lhe interessavam.

Dedicava-se à leitura silenciosa combastante atenção, detendo-se vez poroutra para algum comentário. Às vezes,algumas notícias o deixavam bastantecontrariado – franzia a testa, retorcia oslábios, em sinal de desaprovação.

Suas mãos ossudas e muito brancas,com veias salientes, e dedos manchadospela nicotina, manipulavam com desen-voltura as páginas dos jornais – que erambem mais finos que as atuais. Buscavaávido as notícias do seu interesse, e pa-recia saborear com prazer essas matérias.

Sempre que podia, eu sentava perto

dele, pois adorava o cheiro de tinta queexalava do papel pardo dos jornais. Asua leitura só era interrompida vez ououtra para levantar-se e tomar mais umcafé bem forte, que era seguido por vá-rios cigarros "Continental", sem filtro,o seu preferido.

O silêncio da casa só era cortadodiante de alguma notícia escandalosaou revoltante, em que vovô não conse-guia conter a sua indignação, levantan-do-se e comentando em voz alta com osfamiliares.

Vovô lia muito. Sua biblioteca erabastante organizada, tinha diversos livrosantigos e bem raros, muitos dos quaisautografados. Lembro-me de alguns en-cadernados em couro preto e papelãomarmorizado, páginas amareladas pelotempo, mas cuidadosamente preserva-dos dos fungos e insetos, nas estantes quetinham vindo do seu cartório em Caicó.

A leitura diária dos jornais deixavavovô sempre atualizado, pronto paraqualquer assunto, inteirado dos fatos dodia, antes do seu passeio matinal ao"Grande Ponto", na Cidade Alta, ondeos amigos de sempre o aguardavam an-siosos. Geralmente, era em frente à"Confeitaria Cisne" de Múcio Miranda,na Rua João Pessoa, que se reuniam.

Como sempre, antes de sair em seupasseio matinal, vovô dava alguns tele-fonemas, onde se inteirava mais dos úl-timos fatos e trocava opiniões com tioAldo, tio Florizel, tio Ademar...

Depois de ir até o "Grande Ponto",uma passadinha na "Importadora OmarMedeiros" na Ribeira nunca era demais– para se manter atualizado. Cumpria re-ligiosamente essa rotina diária.

Te segura, Francisco! Parte IIArtigo MACIEL MATIAS, médico (maciel.matias@terra.com.br)

No primeiro mês no novo cargo,Albino Luciani ficou repleto de gravesproblemas internos, realizando mudan-ças em toda a estrutura de comando econtrole do Vaticano, causando impac-tos em peças poderosas. Suas investi-gações sobre atividades corruptas e de-sonestas lançaram os responsáveis peloBanco do Vaticano, como Paul Mar-cinkus e outros, num medo profundo.Sua impaciência com a pomposidade daCúria causava indignação em algunscardeais. O Cardeal Cody, titular dadiocese de Chicago, uma das mais im-portantes dos Estados Unidos, tambémera investigado por desvio de dinheiro,desde o papado de Paulo VI. Reuniu-se com o Cardeal Baggio e discutiu oassunto. Falou das implicações da crisecom Villot, Benelli, Felici e Casaroli.A 23 de setembro, teve outra reuniãolonga com o Cardeal Baggio e ao final,comunicou que tomaria importantes de-cisões, nos próximos dias.

Em Chicago, pela primeira vez emsua longa e turbulenta história, o Car-deal Cody começou a sentir-se vulne-rável. Depois do Conclave, Cody par-ticularmente não dera a menor impor-tância ao italiano tranquilo que sucede-ra a Paulo VI.

Sindona, Calvi, Marcinkus e o Car-deal Cody: no curso das ações que jáiniciara, todos esses homens seriamdestruídos se Albino Luciani tivessesobrevivido.

– Tudo continuará a mesma coisa!Declarara Cody a um dos seus ami-

gos íntimos na Cúria.Quanto mais Luciani se mostrava

humilde, mais entusiasmados se torna-vam os fiéis. As mudanças pairavamno ar. Na aldeia do Vaticano havia es-peculações frenéticas. O Bispo Mar-cinkus e pelo menos dois de seus asses-sores mais chegados, Mennini e DeStrobel, estavam para cair. Isso era con-siderado um fato inevitável. O que maisagitava as mentes curiais era que haviatambém rumores de outras substitui-ções.

Um dos primeiros problemas queo novo Papa enfrentou foi com o Os-servatore Romano. Durante o mês an-terior, ele tivera motivos para se quei-xar do jornal em diversas ocasiões, cadanova edição diária proporcionava maismotivos de irritação para Luciani. Ojornal aderira rigorosamente aos dis-cursos escritos pela Cúria e ignorava oscomentários pessoais que o Papa acres-centava.

Diversos cardeais da Cúria desco-briram, horrorizados, que pouco antesdo Conclave, Albino Luciani fora en-trevistado a respeito do nascimento de

Louise Brown, conhecida como "pri-meiro bebê de proveta". A entrevistase realizara três dias antes da morte doPapa Paulo VI.

Numa mensagem pessoal aos paisde Louise Brown, Albino Luciani disse:"Seguindo o exemplo de Deus, que de-seja e ama a vida humana, eu tambémenvio os meus melhores votos de feli-cidades para a criança. Quanto aos pais,não tenho o direito de condená-los."

Houve reuniões secretas. Os quecompareciam a essas reuniões acha-vam que era evidente que se precisavadeter Luciani. Falaram da "traição aPaulo", uma maneira elegante de dizer"eu discordo".

No dia anterior à morte de Lucia-ni, na primeira página do OsservatoreRomano um artigo intitulado "Huma-nae Vitae e a Moral Católica", do Car-deal Luigi Ciappi, teólogo do círculopapal, demonstrava uma tentativa de-liberada de bloquear qualquer mudan-ça na questão do controle da natalida-de que Albino Luciani pudesse desejar.

Faltavam alguns minutos para as21h30min, Albino Luciani fechou aporta do gabinete e pronunciara as suasúltimas palavras.

–- Buona notte. A domani. Se Diovuole. (Boa noite. Até amanhã. Se Deusquiser.)

Seu cadáver seria encontrado namanhã seguinte, concluindo 33 dias depontificado. Informações discordantes,desaparecimentos de objetos pessoais eimpedimento de realização imediata daautopsia, impediram a veracidade dacausa da morte do Papa João Paulo I.O cardeal Villot conduziu todo o pro-cesso imediatamente após a morte deLuciani, sabendo que seria substituídocomo Secretário de Estado do Vatica-no.

Para o escritor inglês David Yal-lop, autor do livro "Em Nome de Deus– uma investigação do assassinato dopapa João Paulo I", não seria conve-niente, pois teria sido eleito pelos con-servadores simplesmente para cumprirordens. Mas, ao demonstrar carisma,liderança e, principalmente, disposiçãopara reformar os quadros e interferirno comando do Banco do Vaticano,teria despertado o receio de determi-nado grupo de prelados.

Um novo conclave foi iniciado, es-colhendo Karol Wojtyla, em outubro1978, primeiro papa não italiano, polo-nês, afastado da intimidade do Vatica-no e com grande envolvimento nasquestões políticas dos países socialis-tas. O Papa João Paulo II se encontra-va em posição excepcional para pôr emprática todos os planos de Luciani, mas

nenhuma das mudanças propostas porLuciani se converteu em realidade. Ocardeal Villot foi novamente confirma-do como Secretário de Estado. Codypermaneceu no controle de Chicago.Marcinkus continuou a controlar oBanco do Vaticano e a garantir que flo-rescessem as atividades criminosas emconluio com o Banco Ambrosiano.

Quando da falência fraudulenta doBanco Ambrosiano, Marcinkus dirigiao Instituto de Obras Religiosas - IOR,o Banco do Vaticano. Ele morreu nosEstados Unidos de morte natural. Osdois outros envolvidos no escândalo equebra fraudulenta do Banco Ambro-siano, foram assassinados: Michele Sin-dona e Roberto Calvi. Michele Sindo-na, apelidado de "banqueiro da máfia",foi envenenado na prisão, ao tomar ocafé da manhã, apesar de ter cela indi-vidual vigiada 24 horas. Roberto Calvi,chamado de banqueiro de Deus, apare-ceu enforcado numa ponte sobre o Ta-misa. Descobriu-se depois que já esta-va morto e o enforcamento era simula-ção.

O Banco do Vaticano ocupa 8º lugarglobal em lavagem de dinheiro. A pes-quisa foi realizada pela rede de organi-zações sociais francesas Voltaire, combase em dados fornecidos por autorida-des alemãs e suíças. No ano passado,o Instituto de Obras Religiosas (IOR),nome oficial do Banco do Vaticano,epicentro do problema, teria lavadocerca de 33 bilhões de dólares. PorDermi Azevedo, portal Carta Maior.

A escolha de Francisco, após a re-núncia de Bento XVI, envolve umaperspectiva de mudanças na conduçãoda Igreja Católica e na posição políti-ca do Vaticano. Neste momento, está ematividade uma comissão formada porcardeais e outros assessores do papaFrancisco, cuja missão é precisamentea de investigar os bastidores do IOR ede apresentar ao pontífice propostas demudanças radicais no banco. Não estáexcluída a possibilidade de fechamen-to do Instituto e a sua transformaçãonuma entidade que possa administrar osrecursos financeiros da cúpula da Igre-ja Católica Romana.

Vá ver que é por tudo isso que oPapa Francisco não quer morar no Pa-lácio Apostólico, aposentos reservadosao papa, pelo menos por enquanto, pre-ferindo permanecer na Casa SantaMarta, um local mais simples, cercadode pessoas comuns, sentindo-se mais se-guro. Como diz ele:

– Tenho medo de ficar sozinho,prefiro ficar cercado de pessoas.

– Te cuida Francisco, se não a turmate pega!

As ruas e pontes da minha cidadeArtigo JOÃO DA MATA COSTA, Prof. Depto de Física - UFRN (damata@dfte.ufrn.br)

Existe aí uma porção de coisasloucas para serem ditas. De cais e aisdespedidas .

Assim como o poeta ManoelBandeira também choro a falta dememória da minha cidade. Comoeram bonitos os nomes indígenas deNatal – nome que por si sol lá – já éum festa.

Rua dos Canindés, Caicós, Pa-jeús, Paianazes, Pegas, Paiatis, Toro-rós, Janduís, Tarairus (de onde deri-va os Trairis) e Jaguarari - o cacique.

Alecrim, o "Cais do sertão" ondetudo começou na minha vida. Cais.Porto. Pasárgada. Vozes, sons, ima-gens de um tempo da minha infân-cia. No cais chegamos nessa nau ca-tarineta. Das lapinhas e cirandas dotempo de Djalma Maranhão. Eu ban-dido, e Reinaldo mocinho brincandode bang -bang. Trocando figurinhana porta do Cinema São Luis.

Vindo de misto de Caicó / Noalecrim eu cheguei / Com um anode idade / Na rua nove me criei /Menino não tem idade / Foi lá queeu brinquei.

Alecrim, alecrim dourado que

nasceu no campo sem ser semea-do. Alecrim dos cabarés e marinhei-ros. Do picado e do arroz doce. DeLambretinha e Corisco. Do anfitea-tro formado pelo mercado, PraçaGentil Ferreira e bar Quitandinha.Onde eu vi Natal acontecer. Ondeassisti grandes comícios e shows.Hoje relembro abraçando velhosamigos e dizendo: foi bom viver.Cais sertão que nunca saiu dentro dagente. Chegada e partida de umaviagem nunca terminada.

Não permita Deus que esses bár-baros, iletrados e mal-intencionadosmudem esses nomes que fazem parteda nossa geografia sentimental porum nome de parente ou de um polí-tico. Vivi muito tempo na Rua dosCaicós. Rua que trago na alma gra-vada na memória e nos documentosque fazem parte da minha identidade.

No carnaval, na Rua dos Caicós(conhecida por Sete) no bairro doAlecrim, havia a famosa tribo de índiocom sede no Alecrim. Lá tomáva-mos cauim e brincávamos de bola demeia no chão batido.

O povo diz com nome certo. Ao

dar nome a uma rua ela faz parte danossa identidade e referencial.

Ruas onde pontificavam muitosdoidos queridos. Gosto dos doidos.Eles faziam a alegria da meninada.Saudades de Lambretinha, Corisco eMaria sai da Lata.

Outros riscam a vida de garran-chos e caminham por sobre a beira deum abismo de sombra e vertigemEm Natal se perde cada vez mais osreferenciais:

O Cinema Rio Grande virou igre-ja que não freqüento. O saudoso ci-nema São Luiz no Alecrim se trans-formou no Banco do Brasil perden-do a memória. O belo Cinema Poli-theana inaugurado há cem anos, hojeninguém sabe onde encantava.

AVelha Ponte da minha infânciahoje é uma carcaça de ferro, despre-zada e utilizada para emoldurar fai-xas de propagandas comerciais ou depolíticos. Ela faz parte de um tempo,da minha história que ficou sem maisesse referencial sentimental. Algoassim como um corte que me impe-de de ir e vir atravessando o rio daminha infância.

w w w . j o r n a l d e h o j e . c o m . b rDIRETOR-EDITOR

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Marcelo SáDIRETORA DE REDAÇÃO

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 3Natal, 9 de outubro de 2013Política

Túlio Lemostuliolemosjh@gmail.com

VETOO procurador do município, Car-

los Castim, anunciou ainda ontem, naRedeTVRN, antes da votação, que oprefeito Carlos Eduardo vai vetar oprojeto Passe Livre. Segundo ele, háinconstitucionalidade na matéria, quefoi aprovada pela unanimidade dospresentes em duas votações.

PRESSÃOSob o argumento da inconstitu-

cionalidade, caberá ao prefeito vetaro projeto. Porém, se não quiser re-ceber toda a pressão dos estudantesde Natal, deve apresentar projetocom teor semelhante, de origem doExecutivo, o que daria fim ao vícioalegado da inconstitucionalidade.

PERGUNTASherloquinho quer saber: 'Caso

estivéssemos em ano de eleição mu-nicipal, será que Carlos Eduardo ve-taria o projeto Passe Livre?". Res-posta: Nunca. Afinal, os políticosnão se acostumaram a enfrentar si-tuações delicadas com a verdade in-cômoda que gera insatisfação.

CHAPAO PT tem dois bons nomes para

disputar a eleição majoritária de2014: Fátima Bezerra e FernandoMineiro. Porém, os dois juntos sãoinviáveis; um anula o outro. Achance de haver uma chapa comMineiro governador e Fátima sena-dora é zero. Eleitoralmente peri-goso e estrategicamente incompa-tível com a o PT.

SALVADORO desembargador Amílcar Maia,

mais uma vez, foi o salvador da pre-feita de Mossoró, Cláudia Regina,do DEM. Votação empatada noTRE, eis que o presidente da CorteEleitoral desempata em favor da pre-feita mossoroense. Em outra opor-tunidade, o voto de Amílcar tam-bém foi usado para evitar que o pro-cesso transitasse em julgado, o queencerraria o processo com a cassa-ção da prefeita.

SALVADOR IIEm votação recente, Amílcar

Maia não só votou favorável a Cláu-dia Regina, como conseguiu mudaro voto de dois juízes que haviamvotado contra a prefeita. Depois dosargumentos do desembargador emfavor da prefeita do DEM, os juízes

'esqueceram' os próprios argumen-tos e mudaram o voto. Ou seja:Amílcar é o grande salvador de Cláu-dia Regina.

SALVADOR IIINa sessão de ontem, ele foi no-

vamente decisivo. Diminuiu a im-portância da utilização do avião doGoverno do

Estado dizendo que ato seme-lhante já havia sido feito por Lula;argumentou que as cassações a Cláu-dia Regina foram feitas por apenasdois juízes, também como forma dediminuir as quatro decisões contrá-rias já sofridas por ela; e até bateuboca com os juízes Eduardo Gui-marães e Virgílio Macedo, acusan-do-os de não estarem respeitando adecisão do TRE.

SALVADOR IVO problema é que o argumento de

Amilcar Maia acaba sendo falhoquando ele começa o voto dizendoque "cada julgamento é único" e ter-mina afirmando que o que vale para"o presidente, vale também para oprefeito e o governador". Ou seja: Jáque Lula voou no avião da FAB, deixaa Rosa voar no avião do Governo.

CANDIDATURASO período é fértil para o

'nascimento' e morte prematura decandidaturas majoritárias no RN.Na verdade, não há nada, absoluta-mente nada definido em relação a2014. Nem de um lado, o governis-ta; nem do outro, oposicionista. Háconversas, negociações e articula-ções. Definição passa longe. Pelomenos, por enquanto.

IDEALISTAO procurador da República

Paulo Sérgio Rocha, é o que podese chamar de um idealista. Temuma carga horária de cerca de 16horas diárias dedicadas ao ofício.Sempre é mais preocupado comprovas e argumentos do que comhorário. Seu compromisso é coma seriedade no serviço público. Éum verdadeiro combatente dos es-quemas e da corrupção.

IDEALISTA IIPaulo Sérgio Rocha, além de

atuar como procurador eleitoral, ten-tando minimizar os casos de cor-rupção eleitoral e fraude, tambématua na procuradoria da Repúblicana área de defesa do patrimônio pú-

blico, o que lhe rende muito tempodedicado a combater desvio de verbae corrupção em nosso Estado. Ine-

vitavelmente, às vezes seu trabalhonão é levado em consideração porquem julga.

A governadora Rosalba Ciar-lini (DEM) declarou na manhã dehoje, durante visita às obras deconstrução do Terminal Marítimode Passageiros, do Porto de Natal,que espera chegar ao final de 2013com várias obras do programa "RNSustentável" iniciadas. Na últimasexta-feira, ela assinou em Brasí-lia o contrato com o Banco Mun-dial, que prevê a liberação de 360milhões de dólares, do total de 540milhões de dólares previstos nocontrato.

Os recursos são destinadospara investimentos no Estado,como melhoria das cadeias pro-dutivas (turismo, agricultura irri-gada, pequenos negócios, aquicul-tura, pesca, apicultura, adminis-tração pública) e devem ser gastosnum prazo máximo de cinco anos.A governadora ressaltou, entretan-to, que muitas ações vinculadasao programa dependem de trâmi-tes burocráticos, como projetos,licitações e prazos, o que poderáatrasar o andamento. No entanto,ele ressalta que o mais importan-te foi a conquista dos recursos.

"Espero chegar ao final do anocom muitas ações sendo iniciadas.Agora tem prazo, licitação, e tudoisso demanda tempo. No entanto,o importante é que conseguimos,isso é projeto para o Estado, temprazo de cinco anos, para que osrecursos sejam utilizados, numtotal de 540 milhões. E o melhor:sem contrapartida financeira. Foia melhor negociação que já fiz naminha vida", afirmou.

LANÇAMENTORosalba confirmou a data ofi-

cial do lançamento do programa,que será o próximo dia 25 de ou-tubro. O marco para o início doprograma contará com a presençada diretora do Banco Mundial res-ponsável pelos recursos. "Tem todoum trâmite, passos a serem segui-dos, um cronograma do próprioBanco Mundial. Estamos com pré-agenda para o lançamento no pró-ximo dia 25, com a presença da di-retora do banco, que está nosEUA", explicou a governadora.

Segundo ela, o programa égrandioso e há um conjunto deagentes participando. "Há todo umgrupo de atores envolvidos, prefei-turas, entidades. É muito extenso.São 540 milhões de dólares nototal. Somente a primeira parte queestá aprovada são 360 milhões dedólares", enfatizou.

Rosalba comparou o RN Sus-tentável com o último programafeito pelo RN junto ao Banco Mun-dial. "Para se ter uma ideia, o pro-grama anterior foi de 22 milhõesde dólares. Nós vamos começar

com 360 milhões de dólares, sóna primeira etapa".

A governadora Rosalba afir-mou ainda que algumas áreas con-templadas pelo RN Sustentávelterão aplicação mais ágil dos recur-sos. No entanto, outras são maisdemoradas, em vista da qualifica-ção do gasto. "Tem todo um pro-cedimento. Os editais serão lan-çados, quase todos estão prontos,para os projetos. Tem áreas quevão ter mais agilidade, que é maisa questão de equipamentos. Ou-tras dependem de obras e outrastambém da definição com os ter-ritórios, daquilo que é mais im-portante para o desenvolvimentodo RN", afirmou.

"SETORES DE EDUCAÇÃO,SEGURANÇA E TURISMOSERÃO MODERNIZADOS"

Ainda segundo a governadoraRosalba Ciarlini, o RN Sustentá-vel prevê melhorias significativaspara setores importantes dos ser-viços essenciais e também do seg-mento econômico e do turismo.De acordo com ela, o programadestaca os setores de educação,saúde e segurança, que serão mo-dernizados.

"Na educação, estão assegura-dos recursos para 90 escolas queserão totalmente recuperadas e mo-dernizadas, além de todos os equi-pamentos para continuar a amplia-ção de todas as unidades de ensi-no e a modernização, colocandotodas as escolas em rede", expli-cou.

Na saúde, a governadora res-saltou a melhoria da rede hospita-lar, com reformas e diversas uni-dades do Estado. "Nós temos narede hospitalar, recursos para re-forma, melhorias, e equipamentospara uma série de hospitais", disse.

Na segurança pública, haveráinvestimentos em inteligência ereestruturação: "Segurança são re-cursos para a modernização, in-vestimentos em inteligência, rees-truturação, e também de ampliaçãodo videomonitoramento".

No turismo, o fato de o Esta-do já ter vários projetos em análi-se pelo banco facilitará o anda-mento dos investimentos. Ela des-taca que haverá melhoria nas es-truturas turísticas do Estado. "Te-remos as ligações das praia, tantodo litoral norte, quanto do sul, e acomplementação das várias as es-truturas turísticas de recebimento,sinalização, e outras melhorias".

"VAMOS DEIXAR NATALTODA SANEADA E CRESCERMAIS NA EDUCAÇÃO"

A governadora Rosalba Ciar-

lini aproveitou a visita esta manhãao Porto de Natal para anunciar adisponibilidade, pela Caixa Econô-mica Federal, dos recursos, novalor de R$ 500 milhões, para asobras de saneamento da capital doEstado. Segundo ela, os recursosgarantirão o saneamento de toda aZona Norte. Ela disse que o con-trato poderá ser assinado em breve.

"A Caixa comunicou que osrecursos do saneamento básico, daordem de R$ 500 milhões, para aZona Norte de Natal, já estão dis-poníveis. O contrato vai ser assi-nado agora. Vamos fazer a maiorobra que considero para Natal, queé o saneamento básico. DeixarNatal toda saneada", declarou agovernadora, bastante otimista.

De acordo com a governado-ra, essas são as contrapartidas doEstado para o RN Sustentável, quenão é financeira, mas a conta deobras e melhorias para a cidade.

Rosalba ressaltou, ainda, queos investimentos irão melhorar aqualidade do ensino ofertado noEstado. Ela disse que irá implan-tar um sistema permanente de ava-liação, uma espécie de "provinhaRN", a ser realizada a cada doisanos, para avaliar o ensino poti-guar. "Para a gente não dependerda prova nacional, que é a cadadois anos. Um ano vai ser nacio-nal, e no seguinte vai ser a estadualpara acompanhamento da melho-ria da qualidade de ensino", dissea governadora, frisando que o Es-tado era 26º lugar em qualidadede educação e que, durante o go-

verno dela, melhorou no ranking."Estamos agora em 23º lugar e euespero crescer mais na educação.Isso também faz parte desse acom-panhamento", frisou.

"NÃO QUEREMOS FAZER DO ATRASO NO SALÁRIO UMA REGRA"

Por fim, a governadora Rosal-ba Ciarlini também abordou o atra-so de parte dos salários do funcio-nalismo estadual. Ela ressaltou setratar de uma situação atípica, masque tem ocorrido em outros esta-dos também, dada a crise dos es-tados e municípios. "Não queremosfazer do atraso no salário umaregra", afirmou.

Ainda segundo a governado-ra, o problema do pagamento dafolha de pessoal se deveu à frus-tração das receitas do Estado pre-vistas para este ano. Os vencimen-tos do mês de setembro forampagos apenas a 92% dos servido-res. O restante deverá receber ama-nhã, dia 10.

"Nós estamos fazendo todoesforço porque isso (o salário dosservidores) para mim sempre foiuma prioridade muito grande, queé a garantia dos salários em dia.Infelizmente esse ano nós fomossurpreendidos pela frustração dereceitas, que dentro do mês paga-mos 92% do funcionalismo. 8%está sendo pago dia 10. Mas issoestá acontecendo em muitos Es-tados. Mas nós não queremosfazer disso uma regra", disse agovernadora.

Rosalba: “Espero chegar ao final do ano com muitas obras iniciadas”

Rosalba: “Nós estamos fazendo todo esforço porque isso (o salário dos servidores) para mim sempre foi uma prioridade muito grande, que é a garantia dos salários em dia”

GOVERNADORA VISITOU HOJE OBRAS DO TERMINAL MARÍTIMO E COMENTOU EMPRÉSTIMO JUNTO AO BANCO MUNDIALWellington Rocha

Wellington Rocha

Sobre a criação do Partido Re-publicano da Ordem Social(PROS), e a ida do aliado RicardoMotta, presidente da Assembleia,para ele, declarando "independên-cia política" em relação ao gover-no do Estado, a governadora Rosal-ba Ciarlini disse que "todos estamosunidos em nome de uma causaúnica, que é o Rio Grande do Norte"

"Acho que cada partido tem

suas linhas programáticas. Impor-tante é que todos estamos unidos emnome de uma causa única, que é oRN. O RN é maior que tudo", afir-mou ainda a governadora.

Ao falar sobre a cassação daprefeita de Mossoró, Claudia Regi-na, Rosalba disse que a prefeitacassada "tem tido muitas vitórias"e que espera que "a vontade dopovo seja respeitada".

Governadora fala sobreo PROS e cassação de Claudia Regina

Ricardo Motta ingressou no PROS, partido independente com relação ao Governo

CUIDADO!O fotógrarfo do JH, Wellington Rocha,

flagrou o momento em que a governado-ra Rosalba Ciarlini observa uma placa

que diz tudo a respeito da situação atual

Quarta-feira4 O Jornal de HOJE Natal, 9 de outubro de 2013 Política

DE BRASÍLIA - walgom@uol.com.br

Walter Gomes

LEITURA DINÂMICA

Aos trancos e barrancosEmbora cauteloso no emprego das palavras, sobretu-

do na adjetivação, o Fundo Monetário Internacional expõeo malogro do desempenho da economia do Brasil. Na aná-lise, divulgada ontem, situa o país em humilhante posiçãona perspectiva para o próximo ano. Segundo a análise, vaisegurar a lanterna no bloco das nações emergentes. O FMIreduziu o cálculo de crescimento nacional para 2014. Pas-sou de 3,2% , apontamento no relatório anterior para 2,5%no de agora.

nnn

A evolução poderá ser menor por causa da eleição paraa Presidência da República. A opinião é de dois economis-tas independentes dada ao birô da coluna na manhã destaquarta-feira, via correspondência eletrônica. Na campa-nha emocional - e, por isso, marcada por inconsequênciasno gerenciamento do patrimônio público -, o partido nopoder privilegia o objetivo nas urnas. É histórica a irrespon-sabilidade do governo na gastança para somar votos afavor da candidatura oficial.

nnn

Inflação incontida reduz a renda real dos nacionais. Omenor volume de dinheiro diminui o consumo. Mas, os com-plicadores que emperram o desenvolvimento vão adiante.Alguns exemplos, de acordo com o estudo do Fundo:

> Carga tributária fora dos parâmetros mundiais;> Dívida pública elevada, diferentemente do que apre-

goa o Palácio do Planalto;> Juros elevados (hoje, o Copom pode elevá-los aos

10%);> Manobras contábeis exóticas do Tesouro Nacional,

desde 2009;> Gastos das União, estados e municípios ao redor de

40% do PIB (Produto Interno Bruto).nnn

Registradas breves interrupções, a economia do Brasilcresce abaixo da média dos emergentes desde os anos 80.Um motivo sublinhado pelo FMI: a escolha política de pa-trocinar o maior aparato de proteção social fora do mundodesenvolvido.

Domínio do fatoRepetem-se elogios de políticos ao jornalista e escritor

Lira Neto.

Depois dos chefes de governo Fernando Henrique Car-

doso e Lula da Silva, quem aplaude a obra é Dilma Rous-

seff.

Ela acaba de ler o segundo volume da trilogia sobre o

ex-presidente Vargas – "Getúlio (1930-1945) – Do gover-

no provisório à ditadura do Estado Novo".

nnn

No próximo ano, chega ao leitor a terceira parte do tra-

balho: "Getúlio (1945-1954) – Da volta ao poder pelo voto

até o suicídio".

t Encontro marcado de

presidentes partidários.

Logo após o retorno de

Nova York, o senador

Aécio Neves (PSDB-MG)

reúne-se com o deputado

Roberto Freire (PPS-SP).

t Fernando Francischi-ni assume a liderança dabancada de 23 deputa-dos do Solidariedade, naCâmara. Representantedo Paraná, o parlamen-tar, agora no terceiro par-tido, é delegado da Polí-cia Federal. t Amanhã, o PSB fala ao

Brasil. No rádio, das 20h às

20h10. Das 20h30 às

20h40, na televisão. Eduar-

do Campos, candidato à

Presidência da República,

e Marina Silva, recém-filia-

da ao partido, explicam a

surpreendente aliança ofi-

cializada sábado. Em São

Paulo, aonde chegam hoje,

os dois assistirão juntos ao

programa.

t Incentivada por CidGomes, a secretária deEducação do Ceará, Izol-da Cela, filiou-se aoPROS. Ela foi incluída nalista de potenciais can-didaturas à sucessão dogovernador.t Mesmo enfraquecido -

dividido já estava há tempo

-, o PDT trata da sucessão

presidencial com o gover-

no (PT) e, pelo menos,

com um partido da oposi-

ção: PSB. A cúpula nacio-

nal do pedetismo está com

crédito político-eleitoral re-

duzido.

t Para refletir: "Tornar-se pai não é difícil. Difí-cil é sê-lo" (WilhelmBusch, poeta e pintoralemão).

A nova surpresaNa pauta, a sucessão no Palácio do Planalto.

Senador piauiense aparece, de repente, como "nome

em ascensão" para compor a chapa com o colega mi-

neiro Aécio Neves.

Trata-se de Ciro Nogueira (foto), presidente nacio-

nal do PP, legenda em fase de limpeza ética para che-

gar "purificada" à campanha eleitoral.

nnn

Advogado de 45 anos (completa-os em novembro),

Ciro foi deputado federal de quatro mandatos e está no

Senado desde fevereiro de 2011.

Divulgação

> INSATISFAÇÃO EM JANDUIS

O grupo político liderado peloex-prefeito de Janduís, Chico Tampa,que conta também com o atual vice-prefeito, João Neto (filho do ex-pre-feito), afastou-se da prefeita Lígia deSouza, do PSDB, segundo ele, insa-tisfeito com a falta de compromissoda prefeita com o povo de Janduís,assumido na praça pública durante acampanha eleitoral. "A prefeita nãoestá cumprindo nada do que prome-teu, a exemplo de estabelecer o pisosalarial para os professores e realizauma administração desastrada. Alémdisso é prepotente e ameaça quem acritica dizendo que processa quemcriticá-la. Age como se tivesse auto-ridade para processar as pessoas",disse o ex-prefeito.

Chico Tampa, que atualmenteestá no PPS, mas recebeu e aceitouconvite de Henrique Eduardo parase filiar ao PMDB, denuncia tambémdescaso nos setores de saúde e edu-cação com precariedade no trans-porte de pacientes porque 2 das 3ambulâncias existentes estão sempneu e sem bateria. Segundo Ele,na educação a situação não é dife-

rente com alunos sem aula porquenão tem professores e a merenda es-colar é de péssima qualidade. "As es-tradas vicinais estão intransitáveis.Mesmo recebendo uma máquina ni-veladora, a prefeita ainda não feznada nesse setor", constata.

NEPOTISMOLembrando que não existe ne-

nhum entendimento com gruposoposicionistas locais à prefeitaLígia de Souza, Chico Tampa de-nuncia também que existe nepo-tismo na atual administração mu-

nicipal de Janduís. "A prefeita em-pregou as irmãs, Sílvia Helenacomo secretária de Saúde, Maria deFátima Pinto como secretária deObras e Estela Brito como secre-tária de Finanças e Ação Social,além de um sobrinho conhecidopor Stênio na Controladoria do mu-nicípio. "A atual administração deJanduís é realmente um desastre",concluiu Chico Tampa.

DESRESPEITO AOSPROFESSORES

A presidenta do Sindicato dosProfessores de Janduís, LucieneCosta diz corroborar com as de-clarações do ex-prefeito ChicoTampa. Ela afirma que a prefeitaLígia de Souza prometeu melhorara educação, mas até agora nada foicumprido. "Estou decepcionadacom a prefeita e com sua maneirade administrar a cidade. Ela estádesrespeitando direitos legítimosdos trabalhadores como pagamen-to do piso salarial e concessão deum Plano de Cargos e Salários",observa. (JP)

A Assembleia Legislativa doRN aprovou, por unanimidade, oprojeto que dispõe sobre o pro-cesso eletrônico para a concessãode licenças ambientais peloIDEMA, que irá dinamizar a emis-são das licenças ambientais paraempreendimentos de baixo impac-to. De qualquer parte do Estado,o empresário vai poder solicitar olicenciamento e a resposta seráemitida no prazo de 3 a 15 dias.

O projeto de iniciativa do pre-sidente da Casa, deputado Ricar-do Motta (PROS) irá beneficiarcerca de 100 mil pequenas em-presas que faturam menos de R$3,6 milhões e serão beneficiadascom a aprovação da lei para obteras licenças ambientais. Atualmen-te, cerca de 60% dos processosem tramitação no IDEMA se en-quadram nos critérios para licen-ça eletrônica.

Quando estava tramitando eantes de ser aprovado pela Co-

missão de Constituição e Justiça(CCJ), os deputados receberamrepresentantes do governo, do Se-brae e de entidades governamen-tais, numa reunião na qual foramapresentados alguns pleitos dessasentidades e de outros setores daeconomia, que foram acrescenta-dos ao projeto original.

A Assembleia apresentou su-gestões de mudanças ao projetode lei, de iniciativa do Executivo,para adequar a matéria à legisla-ção ambiental vigente. O texto foidividido por seções com as se-guintes temáticas: Informatizaçãodo Processo Ambiental, ProcessoEletrônico e Disposições Geraise Finais.

O presidente da comissão, de-putado Hermano Morais (PMDB)afirmou que o projeto do RioGrande do Norte será uma referên-cia nacional. "Tivemos o máximode cuidado nesta Casa para tornaro projeto ainda melhor", disse.

Vice-prefeito Chico Tampa rompecom a prefeita Lígia de Souza

> PROCESSO MAIS RAPIDO

Assembleia Legislativa aprova projetopara concessão de licenças eletrônicas

Chico explica rompimento: “Prefeita não está cumprindo nada do que prometeu”

Wellington Rocha

JOAQUIM PINHEIRO

REPÓRTER DE POLÍTICA

O presidente do Diretório Es-tadual do PROS - Partido Republi-cano da Ordem Social, vereadorRafael Motta, informa que a novalegenda deverá ocupar os espaçosdo PSB na estrutura administrativado Governo Federal, particularmen-te no Ministério dos Esportes e Se-cretaria dos Portos, os dois princi-pais órgãos públicos comandadospelos pessebistas. A substituiçãoacontecerá em razão do afastamen-to político do PSB com o governoDilma Rousseff, recentementeanunciado pelo presidente nacio-nal do partido, governador de Per-nambuco, Eduardo Campos.

Com 300 prefeitos, 4 mil verea-dores, 28 deputados federais, 60deputados estaduais, sendo 3 pre-sidentes de Assembleia Legislativa- Roraima, Ceará e Rio Grande doNorte - o PROS transformou-se na7ª bancada do Congresso Nacionale deverá ser o 2º maior partido doRio Grande do Norte, segundo ava-lia o vereador Rafael Motta."Vamos iniciar um processo de in-teriorização e estruturação do PROSem todo o Estado, objetivando oseu crescimento e participação efe-tiva nas eleições do próximo ano",disse Rafael Motta.

POSIÇÃO NA ASSEMBLEIAQuestionado sobre qual será a

orientação e posição do PROS naAssembleia Legislativa, RafaelMotta informa que o partido deixouos parlamentares à vontade paravotar de acordo com suas consciên-cias. Ele admite, entretanto, queexistem deputados com posições, si-tuacionista e oposicionista, mastodos ficarão à vontade para votarcontra ou favorável as matérias en-caminhadas pelo Poder Executivo,segundo ele, “sempre preservando

características do partido baseadasna ética e na transparência”.

ATO SIMBÓLICOO presidente do PROS, verea-

dor Rafael Motta informa ainda,que o partido realizará um grandeato simbólico com a presença delideranças nacionais como o gover-nador do Ceará, Cid Gomes, pre-sidente nacional da legenda, depu-tado federal, Miro Teixeira, pré-

candidato a governador do Rio deJaneiro, além de lideranças locaise filiados de todo o Estado. "Oevento marcará o início das ativi-dades políticas do PROS no RioGrande do Norte e servirá tambémpara o início de uma grande cam-panha de filiação partidária e deconhecimento e interação entre oslíderes, filiados e simpatizantes donovo partido", ressaltou RafaelMotta.

PROS ocupará espaço deixadopelo PSB no Governo Federal

Rafael Motta revela planos: "Vamos iniciar um processo de interiorização e estruturação do PROS em todo o Estado”

José Aldenir

PRESIDENTE DA LEGENDA, RAFAEL MOTTA ANUNCIA A REALIZAÇÃO DE ENCONTRO

ESTADUAL AINDA ESSE ANO COM PRESENÇA DE LIDERANÇAS ESTADUAIS E NACIONAIS

Quarta-feira O Jornal de HOJE 5Natal, 9 de outubro de 2013Política

CIRO MARQUES

REPÓRTER DE POLÍTICA

Popularmente conhecido pelotrabalho na Procuradoria RegionalEleitoral (PRE), o procurador da Re-pública Paulo Sérgio Rocha tem umaatuação também destacada no com-bate a corrupção e improbidade ad-ministrativa. E não está sendo nadafácil seguir nessa missão, sobretu-do, devido ao grande volume deações com essa temática aqui no RioGrande do Norte. Em entrevista aoJornal das Seis, da 96 FM, Rocha re-velou que, na visão dele, a corrup-ção no Estado "só tem crescido"fruto, sobretudo, do mau uso do di-nheiro público federal.

"No Ministério Público Fede-ral, tenho sobre minha mesa, assimcomo todos os meus colegas, umnúmero crescente de casos a respei-to dos mais variados assuntos, comoEducação, Saúde, Minha Casa,Minha Vida, Fundef. No meu caso,do MPF, tudo que envolve recursofederal aqui termina sendo desvia-do, superfaturado, com licitações di-recionadas, enfim... Eu tenho a per-cepção de que a corrupção no nossoEstado só cresce", declarou o pro-curador da República.

A afirmação vai de encontro adiscussão que se tem hoje a respei-to da reforma do pacto federal, ali-cerçada no fato que estados e mu-nicípios estariam tendo "poucos re-cursos" para investir e que o Gover-

no Federal fica com a maior partedo "bolo tributário". Essa condiçãofaria com que os prefeitos chegas-sem à condição de "mendigos" embusca de convênios federais que aju-dariam na realização de ações nos

municípios. Com a declaração de Paulo Sér-

gio Rocha, no entanto, outra reali-dade é evidenciada: os recursos che-gam, mas são desviados, e acabam,dificilmente, servindo para onde es-

tavam inicialmente destinadas, quesão a educação, saúde, segurançapública, por exemplo.

MOSSORÓCorrupção à parte, Paulo Sér-

gio Rocha falou com conhecimen-to de causa, também, da situaçãoeleitoral, sobretudo, vivenciada emMossoró, onde a prefeita CláudiaRegina foi afastada na semana pas-sada ao sofrer a terceira cassação(nesta semana, houve a quarta deci-são de cassar o mandato da gesto-ra). Segundo Rocha, a previsão éque alguns desses recursos sejamnovamente julgados até o final doano e que, o fato de Cláudia Regi-na ter ganho na decisão desta terça-feira um efeito suspensivo, não querdizer que ela vai vencer também nojulgamento do mérito.

"Embora o juiz de primeiro graupossa cassar prefeitos, ele só podeafastar do cargo depois que a deci-são de cassação for confirmada peloTRE. Ou seja: o juiz de primeirograu, o juiz monocrático, não pode-ria, sozinho, cassar e por conta dissoaplicou-se apenas o entendimentoque o Tribunal já havia aplicado emoutros casos. O juiz cassou, masessa cassação, ao ver do Tribunal, é

indevida, e portanto restituiu ao caso.A gente sabe que tem outra decisãoque também cassou e provavelmen-te ela vai ser restituída ao cargo, atéque o primeiro caso seja julgadopelo Tribunal", explicou Paulo Sér-gio Rocha, ressaltando que a conces-são do efeito suspensivo nada tema ver com uma antecipação do jul-gamento do mérito.

Paulo Sérgio também confirmouque, caso a governadora RosalbaCiarlini não tenha recorrido da de-cisão dentro do prazo, como estásendo discutido nos últimos dias, oprocesso transitou sim em julgadopara ela. "O fato é que os autos aindaestão lá porque está justamente nessadiscussão a respeito se os recursosforam apresentados de maneira tem-pestiva, ou seja, dentro do prazo, ounão", comentou Paulo Sérgio Rocha.

Na cassação de Cláudia Regi-na, a juíza responsável pela deci-são, Ana Clarisse Arruda Pereira,incluiu também a governadora Ro-salba Ciarlini, mas não deixou clarose a gestora estadual estava ou nãoinelegível por oito anos, como fica-ram Cláudia Regina e WellingtonFilho. Rosalba foi, pelo menos, mul-tada em R$ 30 mil por conduta ve-dada na última eleição.

“Tudo que envolve recurso federal édesviado. A corrupção no RN só cresce”AFIRMAÇÃO É DO PROCURADOR DA REPÚBLICA, PAULO SÉRGIO ROCHA, SOBRE OS CASOS DE CORRUPÇÃO NO ESTADO

Paulo Sérgio Rocha: “Tenho sobre minha mesa, assim como todos os meus colegas, um número crescente de casos de corrupção”

> PERTO DE VOLTAR PARA A PREFEITURA

Cláudia Regina consegue efeito suspensivo no TREA prefeita afastada Cláudia Re-

gina, do DEM, pode ficar tranqui-la: Ela vai voltar a Prefeitura deMossoró. Isso porque, depois do quedecidiu nesta terça-feira o TribunalRegional Eleitoral (TRE), dificil-mente, a Corte vai negar o pedidode efeito suspensivo da decisão quecassou Cláudia e o vice, Welling-ton Filho, do PMDB, e ainda está vá-lida em Mossoró. A previsão é queo TRE permita a volta da prefeita jána próxima quinta-feira, na novasessão do Pleno e a dupla de gesto-res fique na Prefeitura, pelo menos,até o julgamento do mérito do pro-cesso, que ainda não tem data paraser votado.

Até porque, com a suspensão dadecisão da 34ª zona eleitoral, ficaseparando Cláudia Regina da Prefei-tura de Mossoró, apenas, a da 33ªzona eleitoral, proferida pelo juizHerval Sampaio e divulgada já nestasemana. Ambas são conseqüênciado abuso de poder político e econô-mico e compra de votos ocorridas,supostamente, em Mossoró na elei-ção de 2012 e que teriam beneficia-do a chapa Cláudia Regina e Wel-lington Filho. A expectativa é que orecurso com efeito suspensivo sejalevado ao Pleno do TRE na próxi-ma quinta-feira e, apesar do relatorVirgílio Macedo votar provavelmen-te contra, a expectativa é que ele

seja favorável.E nesta terça-feira, a sessão,

mesmo apertada, serviu para mos-trar como está decidindo o TRE arespeito de efeitos suspensivos:está aceitando-os, mesmo que nãoimporte o quão grave tenham sidoas irregularidades cometidas ou ro-bustas sejam as provas nos autos."É de praxe deste Tribunal se con-ceder o efeito suspensivo até queseja julgado o mérito", afirmou ojuiz eleitoral Nilson Cavalcanti, oprimeiro a votar favorável a açãocautelar movida pela defesa deCláudia Regina e que teve o obje-tivo de suspender a decisão da juízada 34ª zona eleitoral, Ana Claris-se Arruda Pereira, a primeira a cas-sar e afastar a dupla de gestoresmossoroenses.

"Há dez meses, de forma mono-crática, eu decidi efeito suspensivoe aqui, de forma quase que unâni-me, homologaram a minha decisão",acrescentou Nilson Cavalcanti,sendo acompanhado pelos juízesVerlano Medeiros, Carlos Virgílioe Amilcar Maia, desembargador pre-sidente do Tribunal Regional Elei-toral. Todos argumentaram que es-tavam votando assim porque o Tri-bunal já havia tomado esses enten-dimentos outras vezes (conceder oefeito suspensivo) e, por isso, nãoseria certo mudar agora.

Dessa forma, foram vencidos orelator do processo, o juiz federalEduardo Guimarães, e os magistra-dos eleitorais Alceu Cicco e Virgí-lio Macêdo (também desembargadordo TJ). Ao final do julgamento, in-clusive, Guimarães, Macêdo e Amil-car Maia chegaram a travar quaseum bate-boca a respeito da tese de-fendida. O presidente do TRE defen-deu a tese de não afastamento, en-quanto o relator e Virgílio Macêdo,defenderam que Cláudia deveriacontinuar fora, dada a gravidade dosatos praticados por ela.

"A concessão desse efeito sus-pensivo implicaria em uma nova al-ternância na chefia do Executivo eum curto espaço de tempo, quandojá houve duas. Caso ocorra o retor-no dos autores dessa ação cautelar,esse retorno estará causando novainstabilidade, nova perplexidade. Seficarmos aqui, a tirar e colocar, tirare colocar, realmente seria uma ati-tude um tanto indesejada da parte daJustiça Eleitoral", argumentouEduardo Guimarães, ressaltando queas provas são claras, que "a situaçãovai se consolidando exatamente nosentido da cassação e não o contrá-rio" e que "não vislumbro nesse mo-mento elementos suficientes para oafastamento de pronto dessa medi-da (a decisão da juíza que cassouCláudia Regina)", até porque a ma-

gistrada teve "mais elementos e es-teve mais próxima dos fatos".

Diante de Amilcar Maia, Eduar-do Guimarães afirmou que as pro-vas foram muito fortes, bastava vero plano de voo da aeronave oficialdo Governo do RN durante o perío-do de campanha (foi nisso que acassação se baseou: a utilização porparte da governadora da máquina

pública estadual em benefício deCláudia Regina). Amilcar Maia, noentanto, respondeu dizendo que "sefosse assim", seria condenado tam-bém o ex-presidente Lula, que du-rante o período de campanha tam-bém fez uso da aeronave oficial dopresidente para "fazer campanha".Contudo, o ex-chefe do ExecutivoFederal foi inocentado no Tribunal

Superior Eleitoral (TSE). "E o quevale para o presidente, vale tambémpara governador e prefeito", acres-centou Maia.

Virgílio Macêdo entrou na dis-cussão que, diferente da situação doEstado, há um decreto federal queregulamenta tal utilização pelaUnião. Além disso, destacou que ocaso de Cláudia Regina não pode-ria ser comparado a outros porquea prefeita já havia sido cassada trêsvezes (na verdade, foram quatro)."Não me soa razoavelmente conce-der efeito suspensivo a uma prefei-ta que já foi cassada três vezes (naverdade, quatro com a de segunda-feira) por juízes distintos", comen-tou Macêdo.

Desconstruindo o argumento deMaia, Eduardo Guimarães tambémcomentou que "essa Corte não julgao presidente Lula". Para encerrar adiscussão, Amilcar Maia afirmouque não parecia que os dois juízes,Virgílio Macêdo e Eduardo Guima-rães estavam "respeitando a decisãoda maioria" do TRE, uma vez queestavam buscando argumentos paradiminuí-la. Contudo, quem acabouo debate foi mesmo Eduardo Gui-marães: "Não é porque o TSE con-cedeu isso que a gente tem que con-ceder. Se é errado lá, por que vamosfazer igual aqui?". A pergunta nãoteve resposta. (CM)

Cláudia Regina deverá conseguir efeito suspensivo para a outra decisão que a cassou

> IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Ex-chefe do Gabinete Civil daPrefeitura de Mossoró e um dossuspeitos de utilizar a máquina pú-blica municipal para beneficiar acandidatura de Cláudia Regina aPrefeitura de Mossoró, JerônimoGustavo de Góis Rosado (irmãoda ex-prefeita Fafá Rosado) foicondenado pelo Tribunal de Justi-ça do Rio Grande do Norte (TJRN)por improbidade administrativa. Oréu deverá devolver aos cofres pú-blicos R$ 111,3 mil.

A sentença é do juiz Airton Pi-nheiro. Em ação civil pública, oMinistério Público do Rio Grandedo Norte (MPRN) demonstrou queo réu durante os 51 meses (entre ja-neiro de 2005 e abril de 2009)quando exercia o cargo de chefede gabinete teria se beneficiadodos serviços oferecidos pela empre-sa SFE Segurança Patrimonial ePrivada LTDA, contratada pela Pre-feitura de Mossoró para fazer a se-gurança dos prédios públicos.

Na época, alguns funcionários

da empresa faziam a segurança daresidência do ex-chefe de gabine-te e o acompanhavam em eventosque ocorriam na cidade sem quehouvesse qualquer contrato ou le-galidade jurídica. Com o uso deserviço público em benefício pró-prio, Jerônimo Rosado teria enri-quecido de forma indevida à custado dinheiro público municipal - sefosse contratar pessoalmente se-gurança privada, ao tempo da ins-trução, um posto de segurança no-turna custava na faixa de R$ 5 mil.

"Deste modo, a par dos ele-mentos instrutórios coligidos nosautos, impõe se reconhecer que res-tou suficientemente demonstradoque o requerido praticou ato de im-probidade nos termos capituladona exordial e, em consequência,devem-se-lhe aplicar as sançõessuficientes e adequadas dentre asprevistas no art. 12, inciso, I, daLei de Improbidade Administrati-va", afirmou o juiz Airton Pinhei-ro na sentença.

"Considerando à gravidade dascondutas provadas, em especial, aofato de que o mesmo valeu-se do seucargo de Chefe de Gabinete parailicitamente utilizar em proveitopróprio os serviços de vigilânciacusteado pelo Município; atento aparticipação do mesmo, já que res-tou demonstrado que ele teve par-ticipação ativa na prática do ato,chegando inclusive a solicitar a pres-tação do serviço de segurança emsua residência; levando em conta aocorrência de dano de elevadamonta; asseverando ainda o graude reprovabilidade da conduta, namedida em que o mesmo, aprovei-tou-se do cargo como escusa parausufruir gratuitamente do serviçode vigilância em sua residência par-ticular, causando prejuízo que re-flete em detrimento de toda a socie-dade, agindo em inequívoca confu-são entre o público e o privado",acrescentou o magistrado.

Em face disso, os R$ 111,3 milestipulados na sentença judicial

correspondem ao prejuízo causadoaos cofres municipais pelo tempoque o ex-chefe de gabinete se uti-lizou dos serviços públicos. Meta-de do montante (R$ 55.671,60)será para ressarcir o erário muni-cipal - valor que deve ser corrigi-do mês a mês pelo Índice Nacio-nal de Preços ao Consumidor(INPC), na proporção do valor uni-tário mensal do contrato nos termosdo tempo em que se beneficiou in-devidamente pelo serviço de segu-rança privada. A outra metade de-verá ser paga pelo réu como formade multa civil, valor este atualiza-do na forma do art. 1º-F da Lei9494/97, a partir da publicação dasentença.

Gustavo Rosado ainda ficaproibido de contratar com o PoderPúblico ou receber benefícios ouincentivos fiscais ou creditícios,direta ou indiretamente, ainda quepor intermédio de pessoa jurídicada qual seja sócio majoritário, peloprazo de 10 anos. (CM)

Irmão de Fafá Rosado paga segurança particularcom dinheiro público e é condenado pela Justiça

Gustavo Rosado também foi suspeito de favorecer candidatura de Cláudia Regina

Divulgação

José Aldenir

José Aldenir

CLEO LIMA

CLEOLIMA86@GMAIL.COM

A direção do Procon Natal es-teve reunida, durante toda a manhãde hoje, com representantes da su-perintendência da Caixa Econômi-ca Federal e do Banco do Brasilna capital potiguar. Durante o en-contro, as instituições bancáriasapresentaram suas justificativaspara o não cumprimento da deter-minação do órgão para que os ser-viços dos terminais de autoatendi-mento fossem regularizados ime-diatamente.

Segundo o que foi alegadopelos bancos na conversa entre aspartes, o sindicato - que não foiconvidado para a reunião - não es-taria cumprindo o contingente mí-nimo previsto na lei de greve, porisso não haveria condições de man-ter a totalidade dos serviços nemmesmo nos caixas eletrônicos.

Já a entidade classista, atravésde sua presidente, Marta Turra,nega veementemente as acusações."É tudo uma grande mentira, assuperintendências deveriam se en-vergonhar desse tipo de calúnia.Vou ser bem clara, o que está acon-tecendo é uma verdadeira guerra.As instituições estão tentando atodo custo jogar a população con-tra o movimento grevista, se utili-zando das táticas mais sujas e de-sonestas. Eles dizem que não tem30% dos funcionários nas agên-cias, mas o sindicato garante a pre-sença de praticamente a metade doquadro de funcionários nas agên-cias. A nossa posição oficial é essa,

eles vão ter de provar o contrário",rebate a sindicalista.

O representante do ProconNatal, Kléber Fernandes, explicouque essa situação precisa ser ana-lisada criteriosamente. Por isso,mesmo não sendo competência doórgão, ele se dispôs a mediar umaaudiência entre os envolvidos e oMinistério Público do Trabalho,para averiguar a real situação en-contrada no sistema bancário dacapital.

Questionado sobre a possívelintervenção da representação esta-

dual do Procon nas agências quevêm descumprindo as determina-ções do órgão, Fernandes se mos-tra contrário a esse tipo de prática."Não vejo aplicabilidade nesse tipode decisão, pois o Procon não contacom corpo técnico capacitado paraoperação na área bancária. Tenhotodo o respeito pela gestão esta-dual do serviço, mas não vejo comoessa decisão possa ser posta emprática. Não é operacional", pon-tua.

A equipe de reportagem de OJornal de Hoje procurou o diretor es-

tadual do órgão, Ney Lopes Júnior,que, de imediato, refutou as afir-mações de Kléber Fernandes. "Elenão pode afirmar uma coisa dessas.Como ele sabe que não temos corpotécnico capacitado? Temos, sim,pessoal que pode assumir a frentedessa intervenção, afinal ela só évoltada para o serviço essencial,aquele que é prestado através dosterminais de autoatendimento. Tam-bém respeito demais o trabalho deKléber, mas penso que ele está equi-vocado quanto a esse tipo de decla-ração", se defende.

Ney Júnior explicou, ainda, queo prazo para a abertura do proces-so de intervenção administrativase encerraria ontem, mas o Bancodo Brasil pediu mais 24h para ten-tar o diálogo com o sindicato. "Nãosomos intransigentes. O BB pediumais um tempo para tentar reme-diar a situação e nós demos, masisso não significa que o processofoi suspenso. Eu já solicitei aonosso corpo de analistas jurídicosque iniciassem a primeira etapa depreparação dessa intervenção, poiso prazo acaba hoje e não terá mais

prorrogações. Caso nada se resol-va, creio que na próxima segunda-feira (14) as agências autuadas jáestejam funcionando sob o regimede intervenção", garantiu o diretordo Procon RN.

Nesse meio tempo, mais umarodada de negociações está mar-cada para a manhã desta quinta-feira (10). As propostas da Fede-ração Nacional dos Bancos (Fena-ban) serão apreciadas em assem-bleia marcada para as 18h, quan-do será definida a continuação ounão da greve.

Quarta-feira6 O Jornal de HOJE Natal, 9 de outubro de 2013 Cidade

No final da manhã desta quar-ta-feira (9), o Governo do Estado,por meio das Centrais de Abasteci-mento do Rio Grande do Norte(Ceasa), firmou um convênio coma Associação dos Supermercados doRN (Assurn). A partir de agora, osdados referentes à quantidade deagrotóxico nos produtos analisadospelas duas entidades serão compar-tilhados entre elas. De posse deles,a segurança dos alimentos fica maisgarantida para o consumidor final.

Os produtos comercializados sãosubmetidos a análises laboratoriaispara se chegar à quantidade de agro-tóxicos nos vegetais. Os dados decada produto serão comparados comos padrões estabelecidos pela Agên-cia Nacional de Vigilância Sanitária(Anvisa) e os que apresentarem riscoao consumidor terão seus fornece-dores e produtores notificados e atésuspensos.

A Ceasa já tinha o seu progra-ma de monitoramento alimentício,o qual recolhia amostras dos produ-tos comercializados dentro dos cen-tros. Estes materiais eram recolhidose levados para análise no Instituto

Técnico-Científico de Polícia de Per-nambuco, pois o Itep do Estado nãofaz este tipo de verificação. De possedestes dados, os comerciantes comirregularidades são notificados, etem o carregamento retirado, poden-do até mesmo a ser suspenso porum mês ou mais, de acordo com asrepetições.

O trabalho que acontece há umano já apresenta dados referentesaos produtos comercializados noCeasa. De acordo com o diretor-pre-sidente das Centrais de Abasteci-mento do RN, José Adécio Filho,em todo este período apenas um pro-duto foi apreendido com um nívelde agrotóxico acima do permitido."Agrande maioria dos produtos sãobons, apenas uma vez que foi cons-tada uma irregularidade. Em regra,todos os comerciantes têm respeita-do as normas", disse.

Para o diretor-presidente, o gran-de avanço da parceria se dá pelaforma como o trabalho irá acontecertrazendo mais "sinergia" ao proces-so e tendo como maior beneficiadaa população. "O trabalho realizadoprocura dar maior segurança ao con-

sumidor final", completa.AAssurn também já vem reali-

zando, há seis meses, fiscalizaçõesnos mercados de grande, médio epequeno porte. As cerca de 100 lojasligadas à associação também têm osseus produtos analisados dentro do

crivo estabelecido. O presidente daAssurn, Edmilson Marques, tam-bém ressalta que a incidência deprodutos contaminados é muito pe-quena, sendo os mais comuns pi-mentões, abacaxis e tomates.

O coordenador do programa de

rastreamento, Luciano Tamiso, reve-la que com a junção das duas par-tes a cobertura será maior e garan-tirá mais segurança alimentícia à po-pulação potiguar. Segundo ele, apartir do momento em que o proble-ma for constatado, o fornecedor fi-

cará suspenso pelo período de 30 a60 dias sem poder negociar nova-mente.

Mesmo iniciando a partir de hoje,com a assinatura do convênio, asduas partes terão acesso aos dadosdas outras desde o princípio quandocada uma começou a realizar a suafiscalização. "O convênio começahoje, mas o acesso às informaçõespassadas já estão disponíveis", disseJosé Adécio Filho.

Segundo o diretor-presidente daCeasa, este tipo de convênio é o pri-meiro em todo o Nordeste. "Esta éa primeira ação deste perfil no Nor-deste. Não posso garantir nacional-mente, mas deve ser pioneira tam-bém", revelou.

Para o comerciante, esta ferra-menta a mais só tem a cooperar paraque o produto na mesa do consumi-dor seja o de melhor qualidade pos-sível. A fornecedora Maria Frazanodestaca que acha importante esta ini-ciativa, pois assim como outros ven-dedores do setor, o processo de com-pra de cada produto com o agricul-tor se dá pela confiança existente notempo de trabalho conjunto.

Um dia após a Secretaria Esta-dual da Saúde Pública (Sesap)anunciar que conseguiu zerar a filainicial de espera por cirurgias or-topedia, através do mutirão, o Hos-pital Regional Deoclécio Marquesde Lucena, em Parnamirim, apre-sentava na manhã desta quarta-feira (9), 60 pacientes internadosapenas no setor de ortopedia. Amaioria, segundo a direção do Hos-pital, a espera de procedimento ci-rúrgico. Na enfermaria tinha 38 pa-cientes internados, 18 no corredore quatro na clínica cirúrgica. A di-reção explicou que a superlotação,que começou na última sexta-feira(4), se deve pelo fato de os hospi-tais Memorial e Médico Cirúrgicoterem suspendido as cirurgias ele-tivas pelo Sistema Único de Saúde(SUS).

A diretora do Deoclécio Mar-ques de Lucena, Elizabeth Carras-co, explicou que a maioria dos pa-cientes é de internação recente,desde o final de setembro, com ci-rurgias de alta complexidade, quenão são realizadas pelo Hospital eque dependem da transferência para

outras unidades. "Todos os diastêm as prioridades, idosos e crian-ças, e entram na frente, por issoque alguns pacientes ficam mais

de um mês internados a espera decirurgias", afirmou. O hospital temdois pacientes internados na orto-pedia desde o mês de abril.

"Conseguimos transferir umamédia de oito pacientes por dia eainda realizamos cerca de oito ci-rurgias eletivas, mas a demanda é

grande. Sai 15, mas entra dez. Atéa sexta-feira não tínhamos pacien-tes nos corredores, pois o MédicoCirúrgico e o Memorial estavamdando conta e limpando os corre-dores, mas depois que os hospitaissuspenderam o atendimento aoSUS, estamos superlotados", afir-mou. Na manhã de hoje havia maisde dez pacientes à espera de trans-ferência, mas não havia autoriza-ção da regulação para liberar ospacientes.

De acordo com a Sesap, maisde 300 pessoas foram atendidasem apenas dois meses por meio domutirão de cirurgias ortopédicas,conseguindo zerar a fila inicial deespera antes do prazo previsto detrês meses. Iniciado em 1º de agos-to deste ano, com o objetivo de de-safogar as portas de urgência darede hospitalar estadual - como oshospitais Monsenhor WalfredoGurgel, em Natal, Deoclécio Mar-ques, em Parnamirim e o RegionalTarcísio Maia, em Mossoró - o mu-tirão recebeu o investimento porparte do Governo do Estado de R$400 mil, oriundos do Orçamento

Geral do Estado e mais R$ 300 milde recursos federais do SistemaÚnico da Saúde (SUS).

A responsável técnica peloComplexo Estadual de Regulaçãoe Autorização de Exames da Sesap,Maria da Saudade, explica que ainiciativa do mutirão surgiu da altademanda nos hospitais de pacien-tes necessitando de cirurgia orto-pédica. Como os hospitais tinhamoutros tipos de atendimentos pararealizar, a Sesap articulou o muti-rão, para acontecer num períodode noventa dias, através de presta-dores de serviço, como a ClínicaPaulo Gurgel, Hospital Memoriale o Hospital Médico Cirúrgico.

"Com o trabalho que vemsendo realizado, o mutirão supe-rou a quantidade esperada de pes-soas atendidas. Antes havia umafila de 279 pacientes para esse tipode cirurgia. A resposta foi tão ex-pressiva para a diminuição da quan-tidade de pessoas nos corredoresdos hospitais estaduais, que a Sesapestuda agora a possibilidade demanter o serviço por mais 90 dias",destaca Maria da Saudade.

Ceasa e Assurn compartilharão dados de produtos com agrotóxicos

Convênio foi assinado na manhã de hoje e visa proporcionar mais segurança dos alimentos para o consumidor final

> HORTIFRUTIGRANJEIROS

Deoclécio Marques tem 60 pacientes de ortopedia internados

Procon Estadual deve intervir em agências bancáriasda capital; divisão municipal do órgão é contra

Unidade voltou a ficar superlotada após a suspensão das cirurgias eletivas realizadas pelos hospitais Médico Cirúrgico e Memorial

SERVIÇO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR RECEBEU BB E CAIXA EM AUDIÊNCIA NESTA QUARTA-FEIRA

Kleber Fernandes pretende mediar audiência entre sindicato, bancos e MPT. Desde o início da greve, bancos suspenderam serviço de saques e depósitos em várias agências. Nova negociação acontece amanhã

> E A FILA CONTINUA

Fotos: Wellington Rocha

José Aldenir

Heracles Dantas

O Banco do Nordeste participa-rá de Festa do Boi 2013, em Parna-mirim, entre os dias 12 a 20 de outu-bro, atendendo aos clientes e interes-sados em suas linhas de crédito, noseu Espaço de Atendimento (em fren-te ao Tattersal), das 14h às 21h.

O Banco disponibilizará recur-sos para aquisição de matrizes e re-produtores, compra de máquinas,equipamentos e veículos utilitários,além de custeio e capital de giro.

Segundo Honório Valeriano deOliveira Neto, gerente da agênciado BNB em Parnamirim, o Bancotambém orientará sobre os meca-nismos legais vigentes para a regu-larização de dívidas rurais. "Nossoobjetivo é conceder novos créditos,renegociar operações inadimplen-tes e aumentar a nossa base de clien-tes, tendo em vista a safra 2014 e arecuperação do rebanho bovino doestado, em função da forte estia-gem", afirmou o gestor.

Quarta-feira O Jornal de HOJE 7Natal, 9 de outubro de 2013Economia

MARCOS AURÉLIO DE SÁ marcossa@jornaldehoje.com.br

HOJE na Economia

Autoridades federaisnão estarão presentes à abertura da Festa do Boin Os ministros Antônio Andra-de, da Agricultura, e GaribaldiFilho, da Previdência Social,bem como o presidente da Câma-ra Federal, deputado HenriqueEduardo Alves, encaminharamà Diretoria da Anorc pedidos dedesculpa por não poderem aten-der aos convites para que com-pareçam à solenidade de aber-tura da "Festa do Boi 2013", nofinal da tarde deste sábado.n Todos alegaram a impossibi-lidade de compatibilizar suasagendas de compromissos como evento que terá lugar no Par-que Aristófanes Fernandes, emParnamirim.n Confirmaram presença a go-vernadora Rosalba Ciarlini, opresidente da Assembleia Le-gislativa e o secretário estadualda Agricultura, Tarcísio Bezer-ra, além dos presidentes das as-sociações de criadores dos esta-dos vizinhos.

CDL Natal se pronuncia sobre greve dos bancáriosn A Diretoria da Câmara deDirigentes Lojistas de Natalfez divulgar nota oficial tor-nando pública a preocupaçãodo empresariado do comércioe do setor de serviços com oprolongamento da greve dosbancários.n No documento a entidade declasse cobra dos bancos quemantenham em operação osserviços mínimos essenciais(tais como: a compensação decheques; e depósitos, saques epagamentos de boletos atravésdos caixas eletrônicos) paraque a população não seja tãoprejudicada.n A nota ainda diz que "a CDLreconhece o valor da grevecomo instrumento histórico deluta por melhores condições detrabalho; porém, em nome dacategoria lojista, faz um apelopara que os serviços mínimosprevisto em lei sejam respeita-dos. Apela também para que asautoridades competentes fis-calizem e cobrem pelo cum-primento da lei".n E finaliza nos seguintes ter-mos: "A situação está prejudi-cando os empresários que, im-possibilitados pela paralisação,não conseguem honrar seuscompromissos financeiros; eprejudica também o consumi-dor, que encontra dificuldadepara sacar/depositar quantias,fazendo a economia paralisarpor escassez de dinheiro".

Dirigentes da CyrelaPlano&Plano voltam a Natalpara negociar com clientesn Diante do sucesso da primeiraedição da promoção "Negocie coma Diretoria", realizada em Natal emfevereiro passado - quando o grupoimobiliário Cyrela Plano&Planoconseguiu fechar negócios da ordemde R$ 20 milhões em apenas umfinal de semana - está sendo mon-tado para este final de semana (dias11, 12 e 13) uma segunda edição doevento na "Central de Oportunida-des" da construtora, localizada naAvenida Roberto Freire.nDirigentes do grupo estarão nacidade prontos para negociar dire-tamente com os clientes, já a par-tir das 8:00 horas desta sexta-feira,confiantes de que superarão o re-sultado obtido no início do ano. nA promoção possibilitará des-contos exclusivos e condiçõesespeciais para todos os em-preendimentos já lançados pelaCyrela Plano&Plano na regiãometropolitana de Natal, entreeles os condomínios em fase deobras ("Certto Home Club" e"Novo Sttilo Home Club",ambos na Avenida Maria Lacer-da, "Quartier Lagoa Nova", "InMare Bali", à beira-mar de Co-tovelo, e "Infinity Areia Preta".n Também serão ofertados em-preendimentos prontos paramorar, como o "L'Acqua Con-dominium Club" e o "Vita Re-sidencial Clube", (ambos àsmargens da rodovia BR-101) eo "Sttilo Clube Residence" (naAvenida Abel Cabral).

Anorc atua para evitar autuações trabalhistas na Festa do Boi 2013n Diante da propalada "inspeção rigorosa" quemembros do Ministério Público do Trabalho pro-metem fazer no Parque Aristófanes Fernandes, emParnamirim, durante a 51ª. Exposição de Animaise Máquinas Agrícolas do Rio Grande do Norte -mais conhecida como a "Festa do Boi", que seráaberta oficialmente nesta sexta-feira e prossegui-rá até o dia 20 - a Diretoria da Anorc (AssociaçãoNorte-rio-grandense de Criadores) está recomen-dando a todos os expositores que orientem seupessoal de apoio a sempre portar os documentoscomprobatórios de vínculo empregatício, bemcomo não descuidar do uso dos equipamentos deproteção individual (EPIs) obrigatórios na lidacom os animais.n A organização da "Festa do Boi" também estáesclarecendo a todos os criadores e selecionado-res participantes do evento que não será permiti-da a dormida dos vaqueiros e tratadores de animaisnos pavilhões, baias e currais do Parque.n Com essas recomendações, o que a Diretoria daAnorc visa é evitar que se repitam na maior ex-posição agropecuária do Rio Grande do Norte asenxurradas de autos de infração que os promoto-res da Justiça do Trabalho expediram recentemen-te contra os pecuaristas por ocasião de exposiçõesde animais realizadas em Fortaleza e no Crato.

CEF oferecerá coquetel para anunciar aoscriadores que passa a atuar no crédito ruraln Agindo com senso de oportunidade e com aagressividade esperada dos executivos competen-tes, o superintendente da Caixa Econômica Fede-ral no Rio Grande do Norte, Roberto Sérgio Li-nhares está entrando com o pé direito na luta pelaconquista de uma fatia expressiva das operaçõesde crédito para o agronegócio no estado.n Procurado semanas atrás pela Diretoria daAnorc, que lhe comunicou o desinteresse doBanco do Brasil em patrocinar a edição desteano da "Festa do Boi" e lhe sugeriu que a CEF

ocupasse a vaga aberta, Roberto Linhares pas-sou imediatamente a agir junto à Direção da ins-tituição financeira para que a ideia fosse apro-vada, no que foi bem sucedido.n Com isso, a Caixa Econômica passará a ocuparno Parque Aristófanes Fernandes a agência quepor 50 anos pertenceu ao Banco do Brasil. E nanoite da próxima terça-feira, às 19:00 horas - umpouco antes da realização do tradicional "Leilãoda ANQM" - a Superintendência estará oferecen-do um coquetel a todos os expositores da "Festado Boi", ocasião em que anunciará ao mercado, emgrande estilo, a abertura de suas operações de cré-dito rural no RN.

Improbidade administrativaou insegurança jurídica?n A força de uma determinação pessoal do pre-feito Carlos Eduardo Alves para que as secretariasmunicipais da Educação e da Saúde mudem suassedes para o prédio de um antigo hotel no centrocomercial de Natal é tão grande que está atrope-lando o direito administrativo e a ética no exercí-cio da função pública.n Para que aconteçam as mudanças das secreta-rias para o novo endereço houve cancelamento deEditais de Procura de Imóveis, atrasos na celebra-ção de contratos de renovação de alugueis (paragerar dificuldades nos pagamentos que terão queser feitos por indenização), esconde-esconde de pro-cessos, modificação de relatórios técnicos e mui-tas outras coisas esquisitas.n O Ministério Público precisa ficar atento a tan-tas irregularidades.n O que se comenta é que funcionários e servi-dores das duas pastas municipais estão preocupa-dos com a insegurança do prédio para onde se mu-darão, pois o mesmo não estaria em condições deatender as exigências do Corpo de Bombeiros paraa concessão do Habite-se (suas escadas são inter-nas; não possui rota de fuga adequada em caso deincêndio; falta acessibilidade; e sua área de esta-cionamento é insuficiente).

Greve dos bancários deixaprejuízo de R$ 20 mi ao RNDIA DAS CRIANÇAS PROMETE SER A PIOR DOS ÚLTIMOS ANOS

MARCELO HOLLANDA

HOLLANDAJORNALISTA@GMAIL.COM

A greve dos bancários, quecompleta hoje 21 dias, vai acarre-tar perdas na arrecadação de ICMSdo Estado na ordem de R$ 20 mi-lhões a serem sentidos já na próxi-ma arrecadação.

Dos R$ 358 milhões geradosem média mensalmente pelo tribu-to no RN, em torno de R$ 67 mi-lhões são oriundos do setor varejis-ta. A redução de 30% nas vendas docomércio faz parte de um cálculonacional divulgado pela Federaçãodas Associações Comerciais.

Mas são nas vendas do Dia dasCrianças que estão as piores ex-pectativas do comércio. Hoje, ovice-presidente do CDL Natal, Au-gusto Vaz, disse que o segmentolojista já saiu de um estado de preo-cupação para forte apreensão comos prejuízos da greve dos bancá-rios.

Segundo ele, a estrutura mon-tada pelos bancos para receber de-pósitos é exígua e está longe deatender a demanda.

"Em geral, há uma agência comdois funcionários para atender de-pósitos quando há muitos comer-ciantes que precisam chegar às seteda manhã para serem atendidos,quando são", afirmou.

Procurada pelo O JORNAL DEHOJE, a assessoria de comunicaçãoda superintendência local do Bancodo Brasil comunicou que toda a in-formação sobre o que as instituiçõesestão fazendo para minimizar asconsequência da greve dos bancá-rios está centralizada na FederaçãoNacional dos Bancos, em SãoPaulo.

"Não podemos responder a ne-nhuma questão, pois há uma deter-minação nesse sentido da Federa-ção", explicou uma fonte da supe-rintendência.

Ontem (8), a Câmara de Diri-gentes Lojistas de Natal distribuiuno fim da tarde uma nota expressan-do sua preocupação com o prolon-gamento da greve dos bancários.

O documento cobra das institui-ções a manutenção dos serviços mí-nimos essenciais conforme estabe-lece a lei de greve, que define a

compensação bancária como ser-viço essencial (depósitos bancários,saques, pagamentos de boletos,compensação de cheques) para quea população, comerciantes e consu-midores, não sejam prejudicadoscom a paralisação da categoria.

Na mensagem, a CDL "reco-nhece o valor da greve como ins-trumento histórico de luta por me-lhores condições de trabalho", masem nome da categoria lojista, fazum apelo para que os serviços mí-nimos previstos em lei sejam res-peitados e para que as autoridadescompetentes fiscalizem e cobrempelo cumprimento da legislação.

"A situação - diz o texto - estáprejudicando os empresários que,impossibilitados pela paralisação,não conseguem honrar seus com-promissos financeiros, e prejudi-ca também o consumidor, que en-contra dificuldade para sacar/de-positar quantias, fazendo a econo-mia paralisar por escassez de di-nheiro".

Hoje, Augusto Vaz comentouque o maior temor dos comercian-tes era que a greve atingisse o quin-to dia útil de setembro, quando amaioria das empresas deposita opagamento de seus empregados,movimentando o comércio.

"Com isso, o faturamento daslojas já sofreu um baque e essa si-tuação muito rapidamente deve

comprometer toda a economia doEstado", acrescentou o vice-presi-dente da CDL Natal.

Essa retração, segundo Vaz,deve se refletir também nos núme-ros do último trimestre, quando háum aquecimento normal nas ven-das. Essa preocupação cresce tam-bém com a chegada do Dia dasCrianças, quando há um incremen-to expressivo nos negócios.

Vestuário, calçados, eletroele-trônicos estão entre os segmentosa serem mais afetados, segundo aslideranças nacionais do comércio.

Augusto Vaz enumerou pelomenos cinco consequências tangí-veis e intangíveis da greve dos ban-cários: além da escassez de dinhei-ro em circulação (lado tangível), apopulação fica com medo de por-tar dinheiro com a insegurança e re-trai os gastos por não saber qualserá o comportamento dos grevis-tas (lado psicológico).

Para o superintendente da As-sociação Comercial do Rio Gran-de do Norte, Adelmo Freire, o certoé que a grave dos bancários agra-vará os resultados para o Dia dasCrianças, cuja data já prometia umcrescimento de 4,5% em relaçãoao ano passado - o pior resultadodos últimos três anos.

"Isso é muito ruim porque sig-nifica o agravamento de um proble-ma já aguardado em função de ou-tros sinais negativos da economia",afirmou. "O varejo - lembrou Frei-re - é justamente o termômetro daatividade econômica".

Ontem, a CDL Natal pediu paraseu departamento jurídico que le-vantasse a existência de algumaprovocação junto ao Ministério Pú-blico sobre a deficiente atuaçãodos bancos para minimizar a greve.E se cabe alguma medida judicialem relação ao próprio movimentode greve ter sido montado para nãoatender o público dentro do que énormal sob essas circunstâncias.

Na semana passada, durante aconvenção dos lojistas, o medo deque a greve dos bancários se prolon-gasse provocou uma série de rea-ções entre os empresários, irritadosaté com o feriado dos Mártires deCunhaú e Uruaçu, que matam o co-mércio financeiramente.

Heracles Dantas

Augusto Vaz: preocupação com a greve

> NEGÓCIOS

Banco do Nordeste financiaprodutores na Festa do Boi

Lançamento da Festa do Boi 2013 será realizado nesta quinta-feira pela manhã

José Aldenir

José Aldenir

Vendas do Dia das Crianças devem ser as mais afetadas com a paralisação, considerada uma das maiores dos últimos anos

Quarta-feira8 O Jornal de HOJE Natal, 9 de outubro de 2013

C M Y K

Cidade

CLEO LIMA

CLEOLIMA86@GMAIL.COM

Otimismo. Mesmo com a atualsituação enfrentada por diversossetores do Estado, esse era o sen-timento que estampava as feiçõesda governadora Rosalba Ciarlinidurante as visitas realizadas namanhã de hoje (9) às obras do Portode Natal e do Complexo Culturalda Rampa, ambas na zona Leste dacapital potiguar.

Quanto à estrutura da Rampa,que não era reformada há mais de10 anos, o cronograma vem sendocumprido de forma satisfatória eos prazos originalmente agendados

permanecem sem alteração - a obraestá prevista para entrega em julhodo próximo ano. O local não ape-nas passará por reformas e restau-rações, como deve abrigar o novoMuseu do Aviador, além de apre-sentar estacionamento, paisagismoe restaurante, tudo feito de acordocom as políticas de acessibilidade.O terreno onde fica a edificaçãohistórica passará a ser totalmenteaproveitado, com o novo projeto.

Já com relação ao empreendi-mento localizado no cais da Ribei-ra, capitaneado pela CompanhiaDocas do Rio Grande do Norte(Codern), apesar dos atrasos e adi-tivos anunciados nos últimos

meses, o cenário atual é de estabi-lidade. De acordo com RaphaelAugusto, engenheiro da empresaMetrópole Construções, que pres-ta assessoria à comissão de fisca-lização da Codern, as atividades jáatingem um percentual de conclu-são próximo dos 70%. "Estamosfinalizando a parte mais crítica detodo o processo de construção doTerminal, que consiste na fixaçãodas estacas de sustentação do caisantigo. Essa etapa deve ser cumpri-da até a metade de novembro,quando será iniciado o processo deacabamento, muito mais simples eágil", afirma.

Na chegada à sede da Compa-

nhia, a governadora ressaltou a im-portância da reestruturação do portopara o turismo do RN. "Essas obrasda Rampa e do Porto promovemum resgate da história do nosso Es-tado. A revitalização da Ribeira, domuseu, tudo isso vai atrair umaquantidade cada vez maior de turis-tas para a capital e para todo o RioGrande do Norte. As expectativascom relação às obras não poderiamser melhores", celebrou Rosalba.

Segundo o diretor técnico daCodern, Hanna Safieh, esses atra-sos foram causados pela falta dedocumentação referente à estrutu-ra antiga do porto. "Não havia se-quer uma planta arquitetônica de-

talhando as dimensões do velhocais. Quando começamos as esca-vações, percebemos que a estrutu-ra estava comprometida e precisa-mos mudar até o tipo de estaca queestava sendo usado. Passado essesusto, agora estamos caminhandobem, as ações devem se desenrolarde maneira satisfatória daqui emdiante. Não podemos dar uma pre-visão absolutamente certeira, masimagino que o Terminal esteja to-talmente pronto entre o fim desseano e o começo do próximo", pon-dera Safieh.

Apesar de ainda estar relativa-mente longe dos 100%, o Terminalde Passageiros do Porto de Natal

deve receber a primeira parte desuas dependências já no próximodia 15. A expectativa da Codern éque, até lá, estejam finalizadas asdependências do antigo frigorífico,onde será localizado o saguão prin-cipal, e o anexo 04, onde serão pro-visoriamente alocados os escritó-rios da Polícia Federal, Receita Fe-deral, Anvisa e das agências de tu-rismo. Após a conclusão da obra,as estruturas burocráticas serão le-vadas para a sede do Terminal, dei-xando o anexo apenas para as ope-radoras turísticas. Os primeiros de-sembarques de navios estão pro-gramados já para o próximo dia 02de novembro.

Obras do Porto e do Complexo Culturalda Rampa recebem visita de RosalbaGOVERNADORA APROVEITOU ESTA QUARTA-FEIRA PARA ACOMPANHAR DE PERTO O ANDAMENTO DOS TRABALHOS NA CAPITAL

Durante visita, governadora ressaltou importânciadas obras para o turismo e para a economia doEstado. O Complexo Cultural da Rampa deveficar pronto até julho de 2014 e o novo Porto deNatal entre final deste ano e início do próximo

Fotos: Wellington Rocha

ROBERTO CAMPELLO

ROBERTO_CAMPELLO1@YAHOO.COM.BR

Pacientes que sofrem AcidenteVascular Cerebral (AVC), lesãomedular, doenças neurológicas gra-ves, como Alzheimer, precisam deacompanhamento neurológico, alémde tratamento com profissionais deoutras áreas como da psicologia,fisioterapia, terapia ocupacional efonoaudiologia. No Rio Grande doNorte, quem precisa desse atendi-mento, por meio do Sistema Únicode Saúde (SUS), só tem um cami-nho: o Centro de ReabilitaçãoInfantil (CRI), para crianças, e oCentro de Reabilitação Adulto(CRA). A demanda de adultos à pro-cura de atendimento é grande, umavez que o CRA é referência estadual.Meses atrás era comum encontrar arecepção lotada de pacientes, e mui-tos deles ficavam numa fila de espe-ra para atendimento no mês seguinte.Hoje, o cenário é outro. A recepçãovazia é o sinal de que algo está erra-do. A falta de neurologista tem com-prometido o funcionamento da uni-dade. Há seis meses, o Centro deReabilitação Adulto não admitenenhum paciente pela falta do profis-sional e hoje funciona apenas com10% da sua capacidade.

A diretora técnica do CRI/CRA,Patrícia de Renor, emocionada,lamentou a queda no número deatendimentos do CRA, em virtude dafalta de neurologista. Ela explica queo paciente chega ao CRA com todosos exames, passa pelo serviço socialque encaminha o caso para o neuro-logista e acompanha o pacientesemanalmente. No entanto, há seismeses, o paciente para no serviçosocial, pois não há neurologista. "Oproblema é o acompanhamento, poistodas as patologias que são atendidasaqui são complexas, pois elas têmalguns agravantes e o neurologistatem que estar sempre presente parafazer esse acompanhamento médi-co", afirmou.

No passado, os fisioterapeutasatendiam uma média de 40 a 45pacientes por dia. Hoje esse númerochega a, no máximo, cinco."Estamos diminuindo o número deatendimento, pois vai acontecendoalgumas intercorrências, vamos afas-tando os pacientes e eles só podemretornar se vierem de fora a compro-vação, por um neurologista, de queele pode dar continuidade a esse tra-tamento, o que leva tempo", explicouPatrícia de Renor. Essa procura porum neurologista fica a cargo dopaciente.

"Hoje estamos com 10% danossa capacidade de atendimento.Nesses seis anos de existência, oCRA nunca esteve tão ocioso comohoje. Em setembro foi realizado 600atendimentos, quando o normal erade aproximadamente três mil atendi-mentos. O CRA sempre teve umaboa rotatividade, com pacientes comum mês já tem uma recuperação boa,outros que em quatro meses já temalta. São pacientes que precisam deatendimento imediato", afirmouPatrícia de Renor.

A diretora técnica disse que jácomunicou, meses atrás, a dificulda-de para a Secretaria Estadual deSaúde Pública (Sesap) solicitando

um neurologista para a unidade, masfoi informada da impossibilidade denão haver especialista no Estado. Elareencaminhou o pedido e está espe-rando resposta. "Isso nos incomodabastante, pois esse é um centro dereferência que funciona muito bem enão deixa nada a desejar a uma clíni-ca particular. Temos profissionaisexcepcionais à espera apenas de umneurologista", afirmou. Patrícia disseque um neurologista, para ir, pelomenos três vezes por semana a uni-dade, resolveria o problema do CRA.

No dia 24 de dezembro de 2012,a aposentada Ivanise Pedrosa, de 59anos, teve um Acidente VascularCerebral (AVC). Ela conta que,assim que saiu do Hospital, procurouo CRA para tentar fazer fisioterapia,uma vez que ela não tinha condiçõesde arcar com os custos do tratamentoparticular, e conseguiu a consulta deimediato. "Tudo muito bom. O aten-dimento ótimo. As coisas só funcio-nam graças à dedicação e compro-metimento desses profissionais, queé um grupo altamente capacitado.Eles nos dão muito carinho, é tudomuito alto astral e isso melhora bas-tante a nossa autoestima e faz bem aonosso tratamento. Mas hoje, estamoscom medo de fechar, pois dependoexclusivamente disso", revelouIvanise Pedrosa.

Ivanise disse estar preocupada

com os inúmeros pacientes quesofreram AVCs, assim como ela, queestão nas enfermarias dos hospitais eque precisarão dos serviços realiza-dos pelo CRA. "Para onde vão essaspessoas se aqui não tem médicospara aceitar esses pacientes que pre-cisam de tratamento urgente e estãoem situação igual a minha que nãopode pagar um particular? Eu venhopara cá de ônibus e como não temneurologista tenho que ir, de ônibustambém, para o posto de saúde deNeopólis para atendimento com omédico. Às vezes só consigo consul-ta para o mês seguinte. Enquantoisso, aqui tem salas altamente equi-padas esperando apenas um médico.Cadê os médicos do Estado? Ondeestão que não aparecem um para cá?Eu sou adulto e já sei me virar, masas crianças do CRI? E as pessoas quenão sabem se virar nessa situação,como é que elas ficam?", indagou aaposentada.

Quando iniciou o tratamento noCRA, Ivanise se locomovia por meiode cadeiras de roda. Hoje, ela já con-segue andar, sem o auxílio de muletase, em casa, ela conta que faz tudo,varre casa, lava louça e roupa. "Isso émuito gratificante. Não foi fruto ape-nas da minha vontade, mas tambémda competência desses profissionaisque trabalham aqui. Cada dia queestamos aqui saímos com a certeza de

que somos vitoriosos", afirmou.Atualmente, ela faz acompanhamentocom terapeuta ocupacional, fisiotera-peuta, nutricionista e fonoaudióloga.

"Abaixo de Deus, o nosso maiorremédio é isso [CRA]. Eu sou umavitoriosa, mas o troféu é desses pro-fissionais que me acompanham, comcarinho e atenção. Eu fico feliz davida quando venho para cá e fiqueiem depressão durante a greve, queteve que suspender o tratamento. Eolhe que eu só venho duas vezes porsemana, com meia hora por dia, e jáestou nessa evolução toda, imaginese eu viesse mais vezes", afirmou aaposentada Ivanise Pedrosa.

Josélia Amorim é filha da apo-sentada Ilda Gomes da Silva, de 86anos. Ilda sofreu um AVC no dia 30de janeiro deste ano, mas só conse-guiu ser atendida pelo CRA em abril,pois já não havia neurologista."Começamos em abril, e hoje minhamãe faz acompanhamento com psi-cólogo, fisioterapia, terapeuta ocupa-cional, fonoaudiologia. Minha mãenão falava e voltou a falar com o tra-balho desenvolvido aqui. Alémdisso, ela já melhorou bastante nalocomoção. Mas não temos um neu-rologista para fazer uma avaliaçãocaso a pressão venha a subir. Écomum ver as pessoas reclamandoaqui porque houve redução númerode atendimento, já que não tem neu-

rologista, e o tratamento só pode seriniciado mediante uma avaliação deum neurologista", desabafou Josélia.Dona Ilda frequenta o CRA duasvezes por semana.

A filha de Ilda Gomes disse quepretende reunir um grupo de pacien-tes e acompanhantes e procurar oMinistério Público Estadual, atravésda Promotoria de Saúde, para denun-ciar a falta de profissional que com-promete o serviço. "Ficamos numasituação difícil por falta de um neu-rologista. Ele é a peça principal paraesse serviço funcionar e não pode-mos continuar numa situação dessa,pois cada dia pode agravar aindamais a situação da paciente", afir-mou. Ela conta que já levou a mãepara a Unidade de Saúde de LagoaSeca, para o Hospital UniversitárioOnofre Lopes (Huol) e para o atendi-mento médico na UniversidadePotiguar (UnP), mas não encontrouvaga para atendimento neurológico."É inadmissível uma unidade comoessa, com uma excelente estrutura,ótimo atendimento, ficar prejudicadapor falta de um profissional".

Lúcia Miriam, 50 anos, sofre deesclerose múltipla e faz acompanha-mento médico no CRA há dois anos."Sempre fui muito bem atendidaaqui, mas de uns meses para cá estoume sentindo prejudicada por falta deneurologista", disse. Na manhã de

hoje, como em todas as quartas-fei-ras, Lúcia foi ao CRA para mais umasessão de fisioterapia, mas foi impos-sibilitada de realizar os exercíciosdevido à pressão estar alta. "Minhapressão está bem alta e eu preciso deum médico para liberar os meusexercícios. Preciso de um médicopara fazer o meu acompanhamento enão tem", destacou. Além da fisiote-rapia, Lúcia também faz acompanha-mento com psicólogo e terapeutaocupacional. "Já estou me sentindobem melhor, mas o problema é omédico, pois hoje sem médico nãoposso evoluir no meu tratamento",afirmou.

O CRA hoje conta com doisfonoaudiólogos, dois psicólogos,oito fisioterapeutas, uma fisiotera-peuta respiratória, uma enfermeira,duas terapeutas ocupacionais e duasassistentes sociais, divididos em dois

turnos. O CRA funciona de 7h às19h, com atendimento individualiza-do.

ATENDIMENTO NO CRIA diretora técnica do Centro de

Reabilitação Infantil (CRI/RN),Patrícia de Renor, conta que a marca-ção de consultas no CRI está prejudi-cada devido à indefinição da situaçãodos médicos que trabalham na unida-de, isto porque os médicos se recu-sam em cumprir a carga horária esta-belecida e estão em negociação coma Secretaria Estadual de SaúdePública (Sesap). Patrícia acredita queaté o final do mês a situação deve serresolvida e no início do mês a marca-ção de consulta deve ser retomada.Os médicos que tem carga horária

semanal de 40 horas cumprem ape-nas 20 horas e os de carga horária de20 horas, muitas vezes não cumpremnem 10 horas. A diretora disse que,depois da exigência do cumprimentoda carga horária, alguns médicos jápediram aposentadoria e outrosameaçam pedir exoneração.

Normalmente, as consultas noCRI são marcadas para dois ou trêsmeses. Hoje, como não há marcaçãode consulta prévia, o atendimentoestá funcionando com demandaaberta. Por exemplo, um médicoatende os dez primeiros pacientes."Essa é a melhor forma que encon-tramos de garantir a assistência àpopulação. Não podemos marcaruma consulta para o mês seguintesem saber se teremos médicos ounão. Assim, o paciente chega e setiver médico é atendido", explicou.Patrícia de Renor não acredita que hádéficit de profissional na unidade. "Oque há é que os médicos não cum-prem a carga horária e com isso aescala não fecha, mas se todos cum-prissem a carga horária não teríamosproblema", disse.

Quarta-feira O Jornal de HOJE 9Natal, 9 de outubro de 2013

Cidade

REFERÊNCIA ESTADUAL NO TRATAMENTO DE LESÃO MEDULAR ESTÁ FUNCIONANDO COM

APENAS 10% DA CAPACIDADE DE ATENDIMENTO, POIS NÃO TEM NENHUM NEUROLOGISTA

CENTRO DE REABILITAÇÃO ADULTOnão admite paciente há seis meses

Patrícia diz que CRA costumarealizar 3 mil atendimentos/mês,mas agora não passa de 600

Ivanise sofreu um AVC no final de2012 e teve várias sequelas. Hoje,ela já anda sem auxílio de muletas

Fotos: José Aldenir

Quarta-feira10 O Jornal de HOJE Natal, 9 de outubro de 2013 Cidade

ALESSANDRA BERNARDO

REPÓRTER

Três mulheres foram raptadasde dentro de casa durante a madru-gada de hoje em Macaíba, por ho-mens armados. As vítimas, queconforme a Polícia Militar, seriammãe e filhas, estavam dormindoquando foram surpreendidas pelosacusados, que invadiram a resi-dência e efetuaram vários disparosdentro do imóvel, antes de fugirem.Eles ainda atearam fogo no locale desapareceram em dois veículosnão identificados.

Segundo o oficial de opera-ções do 11º Batalhão de PolíciaMillitar, aspirante Silva Júnior, oimóvel estava todo revirado e oaparelho de televisão apresentavamarcas de cinco disparos de armade fogo. Depois, teriam arrastadoas mulheres para o lado de fora eas obrigado a entrar nos carros,que estavam parados em frente àresidência. Antes da fuga, tocaramfogo na sala.

"Os próprios policiais que aten-deram a ocorrência conseguiramcontrolar o fogo com o auxílio dosextintores das viaturas. As infor-mações que recebemos estão meiodesencontradas, mas algumas tes-temunhas relataram que no local,funcionava uma boca de fumo queera comandada por uma das desa-parecidas. Tudo isso deve ser in-

vestigado", explicou o aspirante.O fato aconteceu por volta de

1h30 e, segundo o relato de teste-munhas, os bandidos usavam umcarro vermelho e um branco, masninguém soube identificar o mo-delo. A suspeita é que o rapto e

desaparecimento das três mulheresesteja relacionado ao tráfico dedrogas no município, já que vizi-nhos relataram que o local eraponto de compra e venda de entor-pecentes.

Os policiais militares ainda rea-

lizaram diligências em toda a re-gião, para tentar encontrar as víti-mas e identificar e prender os acu-sados, mas até o final da manhã dehoje, não obtiveram sucesso. Asbuscas continuam sendo feitaspelos oficiais do 11º BPM.

VÍTIMAS SERIAM DE UMA MESMA FAMÍLIA E AINDA ESTÃO DESAPARECIDASNo início da manhã, policiais

militares encontraram o corpo deum homem não identificado,abandonado na Rua Ítalo Pinhei-ro, no conjunto Jardim Lola, emSão Gonçalo do Amarante. A ví-tima apresentava marcas de tirosna cabeça e nas costas, além dequeimaduras nas duas pernas, oque levantou a suspeita de que ti-vesse sido torturada antes de sermorta.

Segundo o aspirante Silva Jú-nior, nenhum dos curiosos que seamontoaram nas proximidadespara acompanhar o trabalho dosperitos do Instituto Técnico Cien-tífico de Polícia (Itep) e dos po-liciais militares, soube informaro nome da vítima. Também afir-

maram não terem ouvido nadano local. O corpo foi removidopara o Itep, em Natal, onde deve-rá ficar até que algum familiar ouamigo o identifique.

Já em Natal, um adolescentede 15 anos foi executado com trêsdisparos de arma de fogo quan-do saia de um estabelecimentocomercial no bairro das Quintas,na zona Oeste da cidade. Con-forme a Polícia Militar, a vítimaestava em uma motocicleta quan-do foi abordado por um homemarmado, que já chegou atirandocontra o rapaz. Testemunhas aindaligaram para o Serviço de Aten-dimento Móvel de Urgência(Samu), mas a vítima já estavamorta.

Cadáver de homemé encontrado comtiros e queimaduras

Nenhuma testemunha soube informar a polícia nome da vítima em São Gonçalo

> TRAGÉDIA

Um atropelamento com mortequase terminou com o linchamentodo motorista responsável pelo aci-dente, no bairro de Cidade Nova,zona Leste de Natal. Aparentemen-te sob influência de substâncias, con-forme relatos dos policiais milita-res e civis que atenderam a ocor-rência, o acusado teria invadido afaixa contrária da Avenida Centrale, após colidir contra dois veículos,atropelou e arrastou um motociclis-ta que trafegava pelo local. A víti-ma morreu na hora.

Segundo o oficial de operaçõesdo 9º Batalhão da Polícia Militar,após arrastar e matar o motociclis-ta Josivânio Campos Oliveira, de34 anos, o motorista Hélio Batistade Farias Júnior tentou fugir do localdo acidente, mas foi detido por pes-soas que presenciaram o acidente ese revoltaram com o fato. Ele foiretirado de dentro do veículo, ummodelo Polo de placas OJX1982/RN, e chegou a ser agredidopor algumas pessoas, até a chegadados policiais.

As testemunhas relataram queHélio Batista teria avançado e inva-dido a faixa contrária da avenida, ba-tendo na traseira de um Fiat Uno e nalateral de um caminhão, até se cho-car frontalmente com a motocicleta,que era guiada por Josivânio. Com oimpacto, o motociclista caiu no chãoe foi arrastado por alguns metros,morrendo no local. O acidente acon-teceu por volta das 7h, quando a ruaestava bastante movimentada.

Depois que foi detido pelos po-liciais, Hélio Batista foi submetidoao teste do bafômetro, mas o examedeu negativo e ele foi encaminhado

para a Delegacia de Plantão da zonaSul, no bairro de Candelária. Lá, elefoi autuado em flagrante e perma-

neceu durante toda a manhã, já queos policiais desconfiaram que eleestivesse sob o efeito de algum en-

torpecente.Conforme o oficial de opera-

ções do 9º BPM, Josivânio Campos

de Oliveira trabalhava como moto-rista particular e tinha acabado dechegar de uma viagem. Ele tinhapego a motocicleta e estava indo vi-sitar os pais, quando foi atingidopelo Polo dirigido por Hélio. O corpoda vítima ficou estirado no asfaltoaté a chegada dos peritos do Insti-tuto Técnico Científico de Políciado Rio Grande do Norte (Itep/RN),por volta das 9h. Curiosos se aglo-meraram no local do acidente e re-latavam clima de revolta pelo fato.

Motorista invade contramão, atropelae mata motociclista em Cidade Nova

> SÃO GONÇALO

Acusado porestupro coletivoé julgado no RN

Populares revoltados com o acidente etentaram agredir o motorista responsá-vel pelo acidente. Corpo de JosivânioCampos ficou estirado no chão

Encapuzados raptam três mulheresapós invadir residência em Macaíba

Cidade de Macaíba é cenário de mais um crime. Polícia Militar mantém buscas pelas três mulheres desde a madrugada

Um dos assaltantes que partici-pou do ataque a um grupo de fun-cionários em uma granja em SãoGonçalo do Amarante, em 2009,voltou a ser julgado ontem, peloTribunal de Justiça do Rio Grandedo Norte. Na ocasião, quatro mu-lheres que participavam da confra-ternização da empresa sofreram vio-lência sexual por parte dos bandi-dos. No entanto, Alex Fábio Viei-ra da Nóbrega negou que tivesseestuprado as vítimas e, por isso, re-correu da primeira sentença judicial.

Conforme o juiz Gustavo Ma-rinho, ficou comprovado atravésdos depoimentos das mulheres ata-cadas que Alex Fábio realmentenão participou do abuso sexual,mas atuou na vigilância das víti-mas. Para ele, o réu teve parcelade culpa no caso por não ter inter-ferido em favor das vítimas e porter auxiliado os demais culpados."Ele pode não ter praticado o ato,mas deu cobertura", explicou o ma-gistrado.

O crime aconteceu em dezem-bro de 2009, quando um bando dequatro homens invadiu uma gran-ja na área rural de São Gonçalo doAmarante, onde funcionários deuma empresa participavam de umafesta de confraternização de fim deano. Os bandidos fizeram um arras-tão e ainda violentaram quatro mu-lheres que estavam no local. As ví-timas foram levadas para um dosquartos do imóvel e permaneceramhoras nas mãos dos agressores.

Alex Fábio foi um dos últimosacusados a serem detidos. Ele foiflagrado enquanto brincava comamigos próximo à casa da avó, nobairro de Felipe Camarão, em Natal,no dia 22 de janeiro de 2011. Desdeo dia do crime, ele estava foragido.

Wellington Rocha

Portal BO/Divulgação

Fotos: Heracles Dantas

Quarta-feira O Jornal de HOJE 11O Jornal de HOJE11Natal, 9 de outubro de 2013CidadeCidade

Alex Medeirosalex.medeiros1959@uol.com.br

CONVERSADepois da lua de mel na Itália e das votações

de urgência em Brasília, o deputado HenriqueAlves (PMDB) tinha marcado na agenda políticauma conversa reservada com o vice-governador Ro-binson Faria (PSD). Continuando o que inicioupor Garibaldi.

O POMO DO PPPor mais que ninguém no escopo político acre-

dite, prossegue escapando pelas arestas do gover-no a tese de que a tomada do controle do PP pelodeputado Betinho Rosado foi feita à revelia doirmão Carlos Augusto. Mas, ninguém acredita,ninguém leva a sério.

GRANA DO POVO"O PT vai bem, sonhando com uma reforma

política que criaria o financiamento público dascampanhas (dinheiro na mão do comissariado) ea instituição do voto de lista (o mesmo comissa-riado alinha os candidatos)". Elio Gaspari, hojena Folha.

PESCA EM DEBATEEstava confirmada para hoje, 14h30, a audiên-

cia pública convocada pela deputada Márcia Maia(PSB), na Assembleia Legislativa, para debater aparalisação e as futuras providências para conclu-são das obras do Terminal Pesqueiro de Natal.

COMPORTAMENTOUma pesquisa do Portal Educacional, batiza-

da de "Este Jovem Brasileiro", aferiu que no pe-ríodo 2006-20013 a juventude aumentou o consu-mo de maconha e reduziu o uso de camisinha nasrelações sexuais, principalmente na faixa etáriarelativa à adolescência.

DIFERENÇA"A liberdade de expressão não existe para pro-

teger elogios. Disso, todo mundo gosta. A dife-rença entre o jornalismo e a propaganda é que ojornalismo é crítico". Do escritor Benjamin Moser,autor da biografia de Clarice Lispector, em cartaa Caetano Veloso.

AMANTES E TAISArespeito da votação ontem no STF, há diferen-

ças entre ser amante e puta, e não apenas na questãotemporal da junção carnal. A primeira tem statusacima da segunda e abaixo - às vezes - da matriz. Eo filho de uma é bem diferente do filho da outra.

ANARQUISTAS UMA OVAAo chamar os marginais do "black bloc" de

anarquistas, parte da mídia atropela a antropolo-gia e a sociologia e mancha o legado intelectual eativista de figuras como Malatesta, Makhno, Tho-reau, Bakunin, Proudhon, Stirner, Keith Richard,Raul Seixas.

CIGARROHoje faz 40 anos que o senador Vasconcelos

Torres (Arena-RJ) apresentou no Senado Federalum projeto de lei obrigando as companhias de ci-garros a exibir nos maços, em letras visíveis, ostipos e quantidade de substâncias na composiçãodo produto.

QUADRINHOSA roteirista da Turma da Mônica Jovem, Petra

Leão, está confirmada na Feira do Livro e Qua-drinhos de Natal, para um papo sobre os persona-gens de Maurício de Sousa no dia 24 próximo,com mediação da especialista em HQ, a potiguarMilena Azevedo.

Sem rádio, sem Twitter dasterras civilizadas. Assim vive-rá até março de 2014 um russochamado Pável Sapójnikov, quefará uma viagem de volta àIdade Média se instalandonuma casa nas montanhas emambiente inóspito e com uten-sílios do século IX.

O objetivo do jovem de 24anos é verificar como se com-portam na prática os instrumen-tos medievais que ainda conhe-cemos e o que ocorre com ofator psicológico de uma pes-soas que salta do século XXI ese torna eremita num passadode mil anos.

A ideia, surgida de um pro-jeto coletivo conduzido por his-toriadores e estudantes de His-tória nos subúrbios de Moscou,escolhe um voluntário para viver seis meses dependen-te da tecnologia rudimentar, sem eletricidade e roupasde tecidos modernos.

Um dia antes de embarcar para a aventura medie-val, Pável dispensou tudo aquilo que não mais usaráem seis meses: iPad, celular, fósforos, lanternas, fitaadesiva. No lugar entraram barrinhas de ferro para fazerfogo, pedras de afiar, antigas tesouras de mola.

O instrumento mais importante, segundo ele, é omachado: "pode-se fazer tudo o que quiser com um ma-chado, os nossos ancestrais inventaram a forma ideal",disse ele admirando a ferramenta que lhe servirá de se-gurança e também de apoio doméstico.

A casa medieval, recriada a partir de objetos acha-dos em escavações arqueológicas, está situada a 45 qui-lômetros da capital russa, perto da movimentada rodo-via de Yaroslawski, nome de suposto ateu convertido namorte, uma invenção dos católicos.

No pátio da casa foram colocadas algumas cabraspastando e galinhas correndo, num cenário enriqueci-do pela figura humana de um gigante de barbas ruivas,calçando botas de couro feitas à mão e cortando lenhacom o machado. É o próprio Pável Sapójnikov.

Aliás, fogo será a coisa mais importante para ele du-rante os seis meses, pois vai precisar se aquecer bastan-te para encarar o temido inverno russo que já derrotouaté grandes exércitos. Na estrutura de três cômodos, háuma pequena lareira no quarto do morador.

A cama será improvisada num banco de madeiracoberto com peles de animais da região, e no teto da casaficarão pendurados peixe seco e cogumelos, que terãoo acompanhamento de toucinho e banha armazenadosnuma velha tina de madeira.

Existe ainda um celeiro com uma boa quantidade de

cereais, mas apenas aqueles que o povo europeu conhe-cia no século IX, quando ainda sequer o milho era con-sumido no continente, trazido da América por Cristó-vão Colombo quinhentos anos depois.

No último local da casa é para guardar as cabras egalinhas durante a noite. Além de precisar matar algunsdesses animais para se alimentar, o rapaz terá ainda quecaçar lebres e raposas nas florestas que circundam a re-gião, mas usando velhas armadilhas.

"É interessante observar como uma pessoa daqueletempo vivia a interestação, ou seja, o outono e o inver-no, quando a comida e os suprimentos reduziam e quan-do os dias são mais curtos", disse à imprensa o promo-tor do projeto, historiador Aleksêi Ovcharenko.

Perguntado se temia o frio e a fome, Pável respon-deu que não. Disse que não estava tão preparado parasentir falta das coisas do mundo atual, como livros, in-ternet e jornais. Os animais do sítio também estarãosendo observados pelos organizadores da experiência.

Até o dia 22 de março de 2014, não apenas homeme bichos serão analisados, mas também os objetos, comoos sapatos de couro, as peles que cobrem o teto, asmeias de lã. Tudo faz parte do projeto que o grupo ba-tizou de "arqueologia experimental".

Observarão quantas vezes Pável cerzirá suas meias,quanto tempo durará os esquis e as facas, qual a dife-rença na produção de leite das cabras quando ficaremsem a ração moderna e os antibióticos, qual o tamanhodos ovos sem a química nos alimentos?

Pável cursou quatro anos de Medicina de Emergên-cia, mas abandonou quando resolveu dedicar-se às re-construções históricas, que hoje é sua profissão. O con-finamento voluntário no passado testará sua psique e de-pois vai virar objeto de um filme. (AM)

A casa-máquina do tempoA casa-máquina do tempo

“”

Danilo Sájornalistadanilo@hotmail.com / danilo.sa@folha.com.br

PELO PASSE LIVRE NOS IMPOSTOS

Gira MundoO café da manhã

dos brasileiros vemficando mais caronos últimos meses,por causa da fortealta nos preços dopãozinho francês.Em setembro, a altafoi de 3,37%; no ano,o preço já subiu11,39%; no acumula-do de doze meses (contando a partir de outubro do ano passado), o pãofrancês já está 14,79% mais caro. Enquanto isso, o ministro da Fazen-da, Guido Mantega, disse hoje que o governo não vai descuidar do con-trole da inflação, afirmando que os preços devem subir mais no fimdo ano por conta da sazonalidade desfavorável. Pois é.

Megafone

“O governo federal estápagando dívidas de outrospaíses e aqui falta água

até para o consumo huma-no”

DEPUTADO ESTADUAL HERMANO MORAIS

PREOCUPADO COM A PERMANENTE SECA NO

NORDESTE, ENQUANTO O GOVERNO DILMA PERDOA

DÍVIDAS DE PAÍSES AFRICANOS

Divulgação

José Aldenir

Divulgação

A pressão surtiu efeito. Aliás,nem foi a primeira vez. Antes, eraapenas para abaixar o preço da pas-sagem, depois evoluiu para o trans-porte gratuito. E, hoje, os dois estãoperto de virar realidade. Com a de-cisão histórica na Câmara Munici-pal, Natal pode ser a próxima cida-de do país a estabelecer o passe livrepara estudantes nos ônibus.

Mas, porque, apósa onda de protestos dejunho, as reivindica-ções ficaram tão restri-tas ao preço da passa-gem? Se não eram porapenas 20 centavos, oque houve com as de-mais exigências emtorno de uma saúdemelhor, uma educaçãocom mais qualidade, e uma segu-rança realmente eficiente?

Se os protestos deram resultadoem uma das áreas, também deve-riam representar avanços nos demaissetores, tão importantes, ou mais, doque a mobilidade urbana. Ora, senão há saúde, educação e segurançadigna para a população, vamos pedir"passe livre" também nestas áreas.Ou será que alguém acha que nãopaga por estes serviços?

O Brasil é atualmente um dospaíses com a maior carga tributáriado mundo. Há anos a classe políti-ca empurra a realização de uma re-forma para diminuir a cobrança emcima de uma população, obrigada atrabalhar quase cinco meses apenaspara quitar suas contas com o go-verno.

Há impostos sobre veículos,imóveis, serviços, cir-culação de mercadorias,produtos industrializa-dos, seguridade sociale de renda; há taxas emcima de operações decrédito, de exportação eimportação, de transfe-rência de propriedade ede território rural, entremilhares de outras de-

nominações, para ficar entre os maisconhecidos.

A população talvez ainda nãotenha percebido, mas o rombo fi-nanceiro causado pelos impostosnem se compara ao prejuízo do pa-gamento diário da passagem dotransporte público. Talvez, seja ahora de mudar o foco dos protes-tos, e exigir o fim de tantos tributos;ou a correta aplicação do que é pagohoje, o que seria um sonho.

BATATA QUENTEQuanto mais tempo o prefeito

Carlos Eduardo Alves (PDT) pas-sar com o projeto do passe livre nasmãos é pior. Se já há, nos corredo-res do Palácio Felipe Camarão, umaposição definida a favor do veto amatéria, a decisão já deveria ser pu-blicada o quanto antes. Assim, evi-taria manifestações e pressões nasede da Prefeitura, transferindo no-vamente a decisão para a Câmara.

PREVISÃOMas, este colunista arrisca opi-

nar que, ao retornar ao Legislativo,serão poucos os vereadores comcoragem para ficar contra o proje-to, mesmo com todos os argumen-tos do município diante de sua in-capacidade financeira para imple-mentar tamanha ousadia. A tendên-cia, hoje, é de derrubada de um fu-turo veto, mesmo que para isso sejapreciso muita pressão de estudan-tes, como, aliás, vem ocorrendocontinuamente.

ATENÇÃO NACIONALAssim como aconteceu nas de-

mais cidades do país onde o proje-to foi discutido e aprovado, a im-prensa nacional também está de olhona tramitação do passe livre emNatal. Sendo sancionado pelo pre-feito, vai ganhar destaque. O vetoe/ou a derrubada dele, deve gerarmais manchetes sobre Natal. Issosem falar na possibilidade de pro-testos pelas ruas.

BANDEIRA POLÍTICAEm tempo, muito mais do que

os 15 minutos a que teve direito noDomingão do Faustão, o projetodo passe livre, este sim, deve ren-der e muito eleitoralmente para avereadora Amanda Gurgel (PSTU).É a bandeira que todo político sonhaem conquistar um dia, e que a so-cialista já garantiu no primeiro anodo seu mandato inicial. Agora, bastasaber trabalhar a informação paragarantir o retorno nas urnas em umfuturo próximo.

‘É hora de mudar o

foco dos protestos, eexigir o fim de tantos

tributos.

DENÚNCIAOs aposentados do Idema estão

revoltados com o governo do Es-tado. Hoje foi autorizado o paga-mento dos ativos da instituição,mas o benefício não atingiu aosque já deixaram de trabalhar peloórgão. Todos ficaram sem receberqualquer centavo. A insatisfação égeral e ninguém sabe a quem recor-rer. Mais um problema para a go-vernadora Rosalba Ciarlini (DEM).

AÇÃO SOCIALEm comemoração ao Dia das

Crianças, que chegará um pouqui-nho mais cedo para os menores doOrfanato Lírio do Vale, localizadono bairro São José, Macaíba, aMoura Dubeux promove na sexta-feira (11) a primeira campanha so-lidária “Você doa um brinquedo ea MD doa outro”, que distribuirápresentes para os 105 pequenosatendidos pela instituição. O larabriga 35 crianças, algumas comdeficiência física e/ou mental erealiza trabalhos sociais com cercade 70 crianças de comunidades.

CULTURAParnamirim recebeu nesta

terça-feira (8) o 3º Ato Literário‘Parnamirim, Cidades de Leitores'.Crianças, de seis a 11 anos, co-mandaram o evento que teve comoobjetivo mostrar os trabalhos deincentivo à leitura desenvolvidospor suas escolas e chamar a aten-ção das autoridades e sociedadecivil para a importância da leitu-ra, que é um direito de todos. So-lenidade ocorreu no Centro Admi-nistrativo do município.

LITERATURAA III Feira de Livros e Qua-

drinhos de Natal acontece entreos dias 22 e 25 de outubro, noCampus da UFRN, e a expecta-tiva é de reunir mais de 80 milpessoas. A abertura oficial doevento, que será realizada juntocom a CIENTEC, e acontecerácom um bate papo de Mauriciode Sousa, na noite do dia 22, terça-feira, quando o ilustrador conver-sará sobre “Os 50 anos da Turmada Mônica”.

Cinemaretrô

Hoje também faz 40anos que o saudoso

Cine Rex, na AvenidaRio Branco, estreava

o primeiro faroestedirigido por Clint

Eastwood, "OEstranho Sem Nome",

onde o própriointerpretava um pistoleiro que chegava numa cidade e se tornava guardião contra osataques de uma quadrilha de bandoleiros. O filme foi destaque na seção do Diário de

Natal daquele 9/10/1973 (foto).

Quarta-feira12 O Jornal de HOJE Natal, 9 de outubro de 2013 Cidade

Daniela Freire II

I

POLÍTICA E SOCIAL - daniela.freirecosta@yahoo.com.br

w DE OLHO NO ‘PÚBLICO’A moda agora entre os bandidos dacapital - que estão livres, leves e sol-tos - é assaltar órgãos públicos.

Depois da 'visita' de assaltantes aSecretaria de Segurança Pública doEstado, e do arrombamento de cai-xas eletrônicos na Governadoria, noCentro Administrativo...

...essa semana foi a vez de a Fucar-te, a Fundação Cultural Capitaniadas Artes, ser invadida por melian-tes.

A informação foi dada pelo próprioDácio Galvão, que comanda o órgão,durante reunião ontem entre a equi-pe de secretários do prefeito CarlosEduardo e vereadores da capital.

w VALE TUDODácio contou o episódio para justi-ficar o seu atraso na reunião.

E disse não entender o que os assal-tantes queriam na Funcarte, já quelá "o patrimônio é imaterial".

Logo, o vereador Fernando Lucenaatirou: "Ora, se assaltaram até a Se-cretaria de Segurança!".

A insegurança está em qualquerlugar!

w COMPOSIÇÃO DEOPOSIÇÃOChamou atenção nos bastidores daAssembleia Legislativa, ontem, acriação de um novo "bloco partidá-rio".

Composto por quatro partidos: PT,PCdoB, PR e o Solidariedade.

O deputado George Soares, tratadocomo adversário pelo Governo Ro-sado em Assu, integra o bloco, quetem como líder o oposicionista Fer-nando Mineiro.

w AVISO?George é o único representante doPR na Assembleia, e a sua posiçãopode ser um sinal antecipado decomo jogará a legenda comandadapor João Maia no pleito de 2014.

A decisão do partido sobre como sealinhará para a eleição do ano quevem está marcada para o final destemês.

w PROCURA-SE... Em Jucurutu, a timeline ontem re-percutia a sugestão do vereador Már-cio Soares de implantar no municí-pio o "Disk Prefeito".

Para amenizar a ausência do prefei-to George Queiroz na cidade.

Seria uma linha telefônica criadapara o povo carente da cidade con-seguir ter acesso ao chefe do Exe-cutivo local.

w ...O PREFEITONa justificativa que apresentou naCâmara Municipal de Jucurutu, overeador argumentou que GeorgeQueiroz só aparece no municípionos fins de semana, já que ele faz fa-culdade em Natal.

Também foi alegado que Georgenão atende a população na prefeitu-ra, como fazia os ex-prefeitos da ci-dade.

Se a moda pegar em outras locali-dades do interior...

Abdon e Tereza Gosson marcando presença no casamento de lnahra e Glauber

Papo sério entre o deputado Ezequiel Ferreira e o empresário Silvio Bezerra, ontem, na AL

Márlio Forte

Desaboya.com

Desaboya.com

Nilton Dantas recebendo Renato Telles e Demétrius Coelho na festa da Jocil

Mulheresnodfs

A bela Silvana Faitão curtindo a festa A3 Experienceno Praia Devassa

Bobflash

Desfile de aberturado Minas TrendInverno 2014

w DE OLHOE em Assu, o Ministério Público Estadual abriu Inquérito Civil.

Na lupa, investigar a regularidade das licenças ambientais dos Postos de Com-bustíveis da capital do Vale do Açu.

w AQUI EXISTE, MAS NUNCA SAIU DO PAPEL...Embora não se tenha muito a comemorar com a Constituição que vigora noBrasil, já que, na maioria das vezes, os seus artigos só valem no papel (o ar-tigo 5º, então, nem se fala)...

...hoje foi dia de festejar os 25 anos do documento criado em 1988 na Câma-ra dos Deputados, em Brasília.

Com presenças de Dilma Rousseff e Joaquim Barbosa, a sessão foi comanda-da, pela manhã, pelo presidente da Casa, deputado Henrique Alves.

Que agraciou dois políticos da Terrinha com a exclusivíssima "Medalha As-sembleia Nacional Constituinte Ulysses Guimarães", entregue a parlamenta-res constituintes de 1988: o senador José Agripino Maia e a vice-prefeita deNatal, Wilma de Faria.

w COINCIDÊNCIA? Os ganhadores da comenda estão se alinhando politicamente aqui no RN como PMDB de Henrique.

Wilma tem feito muitos afagos ao partido por aqui. Assim como Agripino.

Ambos querem caminhar com a legenda comandada por Henrique na eleiçãodo ano que vem!

w O GRANDE ENCONTROEm reunião ocorrida ontem entre os vereadores natalenses e os secretários doprefeito Carlos Eduardo Alves, na Sempla, os assuntos em pauta eram: exe-cução de obras indicadas pelos edis natalenses e a Lei do Passe Livre.

Encontro considerado "de alto nível" pelo líder do prefeito Carlos EduardoAlves na CMN, vereador Júlio Protásio. Que destacou a presença "até mesmo"de oposicionistas como Sandro Pimentel e Fernando Lucena.

w PROMESSAS...Na ocasião, os secretários presentes (Cultura, Sem-sur, Sempla, Semob, Semopi, Educação, Segelm,Saúde, Procuradoria e Gabinete Civil) mostraram,emenda por emenda, quando as obras solicitadas se-riam executadas.

"Foi a primeira vez na relação de prefeito e verea-dores que aconteceu uma reunião desse tipo", afir-mou Júlio à coluna.

w PROTEGENDO...E a 12ª Promotoria de Justiça em defesa do Meio Am-biente vai apurar notícia sobre risco de contamina-ção do lençol freático nas proximidades do cruzamen-to da Avenida dos Xavantes com a Rua Aroeira, noConjunto Cidade Satélite, Bairro Pitimbu.

A investigação decorre de denúncia sobre a constru-ção de prédio de apartamentos no local.

w GIRO PELO TWITTER......da governadora Rosalba Ciarli-

ni: "Já está comprada a ração para

assegurar a alimentação do reba-

nho da agricultura familiar e doprograma do leite e vamos am-

pliar as ações";

...da jornalista Cristiana Lôbo:

"Vejo que tem fiscal para tudo,

menos para fiscalizar o serviço

prestado ao cidadão. E o impos-

to ó! Desse tamanhão!".

Sejamos francos: quem aqui nãoconhece ou ouviu falar que aquelejovem de família bacana estava ‘-adiantando’comprimidos azuis, sa-quinhos com o pó branco ou paco-tes recheados de erva canabinóica?Na época das raves, então, eram his-tórias comuns que corriam a bocasolta. Para essa gente, hoje com maisde 30 anos, “Junky” pode ser umbom guia de como entrar no univer-so das drogas e sair ileso fisicamen-te, mas degradado em seu emocio-nal. A história do jovem William,alter ego de William S. Burroughs,espécie de guru intelectual da Gera-ção Beat (Gingsberg, Jack Kerouac),que para manter o vício em heroínacomeça a traficar nas ruas do Villa-ge (bairro boêmio da Big Apple),causou espanto quando foi lançado,em 1953, e ainda força uma refle-xão, 60 anos depois.

“Junky” foi escrito em partes,como cartas que Burroughs envia-va ao amigo Gingsberg, quando esteestava internado em um hospital psi-quiátrico. Era uma época (entre 1935e 1953) em que mais de 20 mil mé-dicos foram processados pelo Esta-do por simplesmente tratarem de-

pendentes químicos. Falar em drogaera crime (e dos brabos!). Então ima-gine a polêmica com conservado-res que abriam o livro e se depara-vam com frases didáticas do tipo:“Se você anda pensando em traficar,o primeiro passo é fazer contato comum atacadista”. A paranoia do per-sonagem Will em ser vítima dealgum alcaguete permeia as 170 pá-ginas, assim como a fissura em in-jetar as três doses diárias de BrownSugar, a heroína mexicana amarron-zada plantada por imigrantes chine-ses, craques no cultivo da papoula,que supostamente teria inspirado amúsica dos Stones – a outra lendagira em torno da tara de Mick Jag-ger por mulheres negras.

Ambientada em muquifos, es-tações de metrô e botecos nova-ior-quinos, a narrativa escrachada, se-dativa, hipnótica fala em substân-cias estimulantes com uma lingua-gem repleta de gírias – ‘pato’ é obesta que dá mole no metrô paraWill e o ‘cupincha’Roy baterem suacarteira. Na busca frenética por Junk(a droga pesada), malucos invademo cotidiano de Will, cada vez maisatolado no tráfico e no vício. Con-

viver com esse tipo de gente fazparte do trabalho de quem ‘adiantaa coisa’. Em plena epidemia de cracktupiniquim, ler que “traficantes pres-tam serviço público” traz um senti-do irônico, porém preciso. Assimcomo nos presídios, nenhum gover-nante quer, REALMENTE acabarcom essa indústria. Eles sabem opreço que será cobrado. Muita gentegraúda cairia e a chance de uma he-catombe nacional seria iminente.

Na década de 1950, “Junky” saiuacoplado a um livro de um ex-agen-te da Delegacia Federal de Entorpe-centes, que explicava a tragédia queenfrentara. Sem perceber, um vicia-do tem o corpo envelhecido, a menteesfumaçada e as portas fechadas,sem direito a novas percepções. Bur-roughs foi obrigado pela editora a es-crever uma introdução em que Willrevela ter vindo de uma boa famíliado Meio-Oeste americano, como sea depressão, o isolamento social e afalta de perspectivas justificassema degeneração química (Gingsbergfoi o agente literário). Assim ele fez,mas não sem elogiar o contato comas drogas como uma experiência vá-lida para o intelecto – como pregam

várias culturas, sobretudo indíge-nas. Faça o teste e experimente“Junky”. Além de boas risadas, elerelembrará que a esquina e os conhe-cidos estão logo ali esperando o ex-travio da moral alheia.

Quarta-feira O Jornal de HOJE 13Natal, 9 de outubro de 2013

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - serejo@terra.com.br (CONRADO CARLOS- ccpsilva@hotmail.com - INTERINO)

Cidade

w PROCURE SABERMinha ressalva com a música brasileiraganhou um novo argumento. Caetano Veloso,Gilberto Gil, Milton Nascimento, Djavan,Roberto Carlos, Erasmo Carlos e ChicoBuarque organizaram uma entidade cujo nomeé o título desta nota.

w PROCURE SABER – IIO objetivo é reformar o órgão responsável porarrecadar direitos autorais, o ECAD, e aumentara fatia da grana que vai para o bolso dos compo-sitores. Com isso, biografias não autorizadastambém entram no raio de ação do grupo.

w PROCURE SABER – IIIA porta-voz é a simpática Paula Lavigne. Aideia é vetar qualquer livro que deixe os envol-vidos mal na fita. Biografia só positiva, pensameles, que são alguns dos maiores beneficiáriosde leis de incentivo à cultura, mesmo consagra-dos desde os 60s.

w PROCURE SABER – IVA notícia beira o absurdo. Logo de quem diz terlutado pela liberdade, durante o regime militar.Papo furado! Estão dentro do esquema lulope-tista e querem monitorar e bloquear quem ousacontestá-los.

w PROCURE SABER – VA Folha de São Paulo respondeu em editorial naedição de ontem (08), enquanto vários intelec-tuais também se manifestaram. Logo Chico,Caetano e Gil que tanto sofreram com a censu-ra do Regime Militar. Lamentável...

w CARNATALEntão os diretores da festa convocaram aimprensa, anunciaram o novo local e recuarammenos de uma semana depois? Como algunssão políticos e estiveram em recentes gestõesmunicipais e estaduais, o improviso superou oplanejamento.

w BARROCOHoje (09), amanhã (10) e sexta-feira (11), oGrupo de Pesquisa Ponte Literária Hispano-Brasileira da UFRN, o Centro de CiênciasHumanas, Letras e Artes e o Programa de Pós-graduação em Estudos da Linguagem promo-vem o IX Colóquio de Estudos Barrocos.

Com o trânsito de Sudeste Asiático que existe emNatal, surgem manias para passar o tempo em en-garrafamentos. Uma das que desenvolvi foi contar

o número de veículos adesivados com a imagem raivosa deChe Guevara. Não que exista uma frota caracterizada de re-volucionary car, mas todo dia pingava um na lista. Parei nosétimo. Esqueci de contabilizar dois ou três e desisti da‘checagem antropológica’. Impressionante a força do sujei-to com natalenses do século XXI. Talvez alguns nem sai-bam direito quem é o barbudo que ilustra o porta-malas, feitoa turma que veste camisa de banda para ir a festivais sem,pelo menos, escutar uma música do suposto ídolo.

Quanto a isso, cena patética pode ser vista no vídeo doCQC durante a cobertura do Rock in Rio, quando a tal mu-lher melão trajava uma camiseta do Sex Pistols. Abordadapelo repórter Felipe Andreoli, ela confessou que não sabiado se tratava. “Logo você que tanto entende de sexo e pis-tolas”, foi mais ou menos a brincadeira feita por Marcelo Tas,ao final da matéria. Da mesma forma o portal Terra fez umaenquete com quatorze meninas que usavam nome de artis-tas estampado no peito, na cidade maravilhosa. Nenhumasoube dizer uma música ou disco da banda ou cantor quedizia ser fã. Por aqui, na Ribeira ou em Pipa, principalmen-te, já vi muito vaqueiro fantasiado de alternativo, com o des-pojamento calculado e afetado dos modistas, como no hangloose feito com os dedos – o coraçãozinho dos doidões.

Mas voltando à paixão potiguar por Che Guevara, temgente que, além do rosto, cola frases do guerrilheiro, comoa manjada “hay que endurecerse, pero sin perder la ternu-

ra jamás”. Dizem que a culpa é do editor e ativista políticoGiangiacomo Feltrinelli, que mandou pintar a fotografia ti-rada pelo cubano Alberto Korda em bandeiras utilizadas porcomunistas em Turim, no final dos 60s. O Assis Chateau-briand italiano, popularíssimo em seu país, viria a morrereletrocutado em uma torre de televisão, enquanto subia paraposicionar um cartaz ou algo parecido – a biografia “Fel-trinelli – Editor, Aristocrata e Subversivo”, escrita pelo filhoCarlo Feltrinelli, é uma das melhores que já li. Não sem antesdeixar sua contribuição para a mítica do socialismo e umde seus expoentes. Símbolo de uma época romântica e con-turbada, o argentino, que não é Francisco, virou pop e foiabsolvido pela bandalheira cometida.

A saber: 25 mil vítimas do Paredón (números oficio-sos); uma administração trágica à frente do ministério daindústria e do Banco Central; a doidera de partir para oCongo com 50 mil homens, de onde sairia numa cruza-da por todo o território africano; e a megalomania na Bo-lívia. A companheirada no poder aqui no Brasil tem con-tribuído para sua deificação. Agora crianças e adolescen-tes têm uma cartilha rebelde na escola. Hoje, nomes comoKarl Marx e San Martin estão em livros didáticos da ga-rotada Brasil afora, sob pretexto de promover a integra-ção cultural com nuestros vizinhos. Nesta quarta-feiraque amanhece com nuvens cinzas e ameaçadoras, relem-bra-se os 46 anos da morte de Che Guevara. Quase meioséculo dos últimos lampejos utópicos de uma figura po-lêmica. Só paranormais enxergam exemplos ou liçõesque ele pode nos dar, nos dias atuais. (C.C.).

w BARROCO – IICom o tema O Eterno Retorno do Barroco, oevento trará conferências, mostra de filmes,exposição, concerto, sarau e lançamentos delivros. As atividades acontecerão no Auditórioda Biblioteca Zila Mamede, GaleriaConviv’Art no Centro de Convivência eAuditório B do CCHLA.

w DIA DAS CRIANÇASNa dúvida sobre o que comprar para os peque-nos homenageados? Fica a dica do livro “AConferência dos Pássaros” (Cia das Letras),releitura do escritor e ilustrador tcheco Peter Síspara o clássico da literatura persa.

w DIA DAS CRIANÇAS – IIUm belo dia o poeta Attar se transforma em umpássaro e convida os semelhantes para umaempreitada em busca de respostas para questõeselementares da vida, como o desgosto e a infe-licidade. Sete vales terão de ser percorridos.

w DIA DAS CRIANÇAS – IIIOs vales da procura, do amor, da compreensão,do desapego, da unidade, do deslumbramento eda morte terão de ser vencidos até chegarem aorei Simorgh, soberano da montanha de Kaf. Acada obstáculo superado, desistências e questio-namentos dos pássaros.

w DIA DAS CRIANÇAS – IVA história é do místico persa Farid Ud-din Attar,que a contou no século XII. É uma das obrasprimas da tradição oriental, inspiração para inú-meros escritores de todo o mundo. A versão deSís é especial, sobretudo as ilustrações.

w ESTUPROO coletivo humorístico All India Bakchod lan-çou um vídeo satírico de 3min36 para abordar oproblema nacional. Uma mulher indiana é vio-lentada a cada 20 minutos e quase sempre tema moral questionada, ao ser responsabilizadapela agressão.

w ESTUPRO – IIIt’s Your Fault ironiza o caso em que uma

jovem foi estuprada por cinco homens após nãoter cumprimentado seus agressores com a sau-daçao “Bhaya”, usada para saudar estranhos. Já,já a sacada chega por aqui.

PrefácioCONRADO CARLOS - ccpsilva@gmail.com

JUNKYAutor: William S. BurroughsEditora: Cia das aLetrasPreço: R$ 37,00 (Livro)R$ 26,00 (E-book)

ManifestogeracionalManifestogeracional

Clássico da Contracultura, “Junky”, de William S. Burroughs é relançado pelaCompanhia das Letras em edição prefaciada por Allen Gingsberg; vida de jovemdrogado pelas ruas de Nova York foi uma tapa na cara da sociedade americana

Atividadeparanormal por um ilustreguerrilheiro

Quarta-feira14 O Jornal de HOJE Natal, 9 de outubro de 2013

ConscienciologiaCONSCIENCIOLOGIA@INTERCAMPI.ORG

Por Paulo Abrantes, pesquisador da Conscienciologia

Cidade

Fone: 3211-3126

INTERMISSIVISTAO intermissivista é o homem

ou a mulher, ex-aluno ou ex-alunade curso evolutivo de ponta - ocurso intermissivo - pré-natal, ouseja, antes do nascimento, entreduas existências ou vidas humanas,em dimensão existencial avança-da (extrafísica), além desta dimen-são intrafísica.

Tal curso de ponta tem sidooferecido a toda consciência (self,ego) predisposta que já alcançoucerto gabarito ou desempenho evo-lutivo oriundo de suas ações assis-tenciais em existências passadas(ficha evolutiva ou saldo interas-sistencial multiexistencial).

O ambiente otimizado propi-ciado por estes cursos intervidas,com sua atmosfera psíquica favo-rável à expansão da autolucidez,predispõe uma reperspectivaçãopessoal que culmina com a plani-ficação assertiva das próximas ex-periências humanas (alternandoperíodos intermissivos com vidasintrafísicas). Tal planificação, cujoresultado consiste em um planode ações, cláusulas e diretrizesexistenciais a serem cumpridas napróxima existência física neste pla-neta - a Programação Existencial(proéxis) - é realizada com a par-ticipação e supervisão de cons-ciências mais experientes, especi-ficamente o orientador evolutivo.Estas personalidades, também co-nhecidas como evoluciólogos, sãopreceptores ou mentores comampla visão de conjunto sobre ointermissivista, seu grupo evoluti-vo e sobre os outros grupos evo-lutivos, e fundamentam suas deli-berações em uma ética cósmica, oucosmoética (ética universal além daética humana, cujo princípio bási-co é que aconteça o melhor parao maior número de pessoas, emqualquer dimensão) e suas leis,considerando a maximização dosaspectos evolutivos intergrupaisou sistêmicos.

Pelos seus aspectos ímpares, oprimeiro curso intermissivo, aindainacessível para a maioria das pes-soas deste planeta, consiste em umverdadeiro divisor de águas den-tro da biografia multiexistencial(holobiografia) de seus alunos,causando impacto íntimo, ou intra-consciencial, profundo.

A autovivência e autocom-preensão dos mecanismos evolu-tivos pessoais e grupais são expe-rienciados pelas consciências par-ticipantes predispostas. Não há ne-nhuma conotação religiosa, místi-ca ou doutrinária, inculcações ou

cobranças de qualquer natureza.Ali são apresentados conceitos ba-seados em fatos desta e de outrasdimensões, advindos de experiên-cias adquiridas nestes e em outrosplanetas, síntese do conhecimen-to acumulado por consciênciascujas personalidades e multigenia-lidades ainda não foram registra-das pela história humana.

Há, contudo, aqueles que aindanão suportam tal atmosfera e aca-bam por abandonar o curso, en-voltos em suas próprias certezas edecididos a defender sua própriaherança cognitiva (biografia mul-tiexistencial).

O objetivo prático do curso égerar frutos evolutivos para a hu-manidade, e para isto prepara o in-termissivista para o desempenho deatividades magnas que ele mesmoratificou para sua próxima exis-tência. O intermissivista, ao com-pletar o seu curso, adquire um novocorpo físico ou soma (renascimen-to intrafísico ou ressoma) sem pri-vilégios e direitos adicionais em re-lação às demais consciências, mascom autodeveres e autocompro-missos assumidos perante o seugrupo evolutivo e até mesmo comoutros grupos, de forma direta ouindireta, a partir de suas açõesconsciencialmente libertárias. Noentanto, o simples fato de ser in-termissivista não garante sucessoem seus empreendimentos evolu-tivos: é preciso esforço pessoal.

O maior desafio de um inter-missivista que ressoma é manter,reproduzir e trazer seus achadosconsolidados no curso intermissi-vo, na forma de princípios, condu-tas e resultados práticos interas-sistenciais. Dentre seus principaisdesafios práticos está o de fazerprevalecer em si mesmo os prin-cípios adquiridos ou consolidadosno curso intermissivo e os valoresmenos nobres ainda presentes tantoem sua herança psíquica quantono rolo compressor onipresentedas emoções da vida em socieda-de. Uma de suas mais importan-tes ferramentas de trabalho é o de-senvolvimento útil e avançado deseu parapsiquismo, o domínio desuas bioenergias e a assistenciali-dade desde a juventude (inversãoexistencial, na medida em que ca-minha no contrafluxo dos valoreshumanos ainda predominantes).

Ao intermissivista não cabemais a execução da tarefa assisten-cial da consolação (tacon), queproduz efeitos efêmeros, de curtaduração, naqueles que assiste. Traz

em si o desafio de iniciar ou con-solidar a tarefa do esclarecimento(tares) daquilo que já vivencia (au-toexemplo) e compreende, produ-zindo efeitos mais permanentes ebenéficos. Embora de conotaçãoantipática e antipopular, indo con-tra o fluxo da nossa sociedadeainda patológica, a tares permitetrazer conceitos evolutivamenteeficazes, no intuito simplesmentede informar. Não existem prega-ções na tares.

Nesta nova ressoma (renasci-mento intrafísico), importa ao in-termissivista recuperar a maiorparte de suas unidades de lucideztais quais as experimentou em seucurso intermissivo, o que funda-mentalmente depende de seus au-toesforços.

Neste curso intermissivo,ideias de ponta são estudadas epesquisadas. Dentre elas destaca-mos: inteligência evolutiva, tare-fa energética pessoal (Tenepes),parapsiquismo lúcido, assistênciaevolutiva, inversão assistencial,dentre outros. Algum destes temassoa familiar a você?

Uma das características maisinteressantes do intermissivista éque este já vivencia uma acalmiaíntima acima da média frente àsquestões básicas da existência hu-mana - de onde vim, para ondevou, o que faço neste planeta, qualo meu propósito de vida. Pautan-do suas ações na racionalidade ediscernimento maior, e na qualifi-cação de suas prioridades evoluti-vas firmadas na interassistenciali-dade mais avançada, já há fortesindícios da aquisição de uma inte-ligência evolutiva e identificaçãocom o princípio da descrença:"Não acredite em nada, nemmesmo no que está escrito neste ar-tigo. Experimente. Tenha suas pró-prias experiências".

Você, leitor, já avaliou a hi-pótese de ser um intermissivista,ou de eventualmente candidatar-se a um próximo curso intermis-sivo? O simples fato de admitira cosmoética já é um primeiroindicativo de você ter realizadoum curso intermissivo.

Próximo evento da Intercampi:palestra gratuita sobre o tema"Curso Intermissivo", a ser minis-trada pela professora Iara Suassu-na, dia 10 de outubro de 2013, das20h às 21h30, na Av. Antônio Ba-sílio, 3006 - Edifício Lagoa Center,sala 901 - Lagoa Nova - Natal. In-formações: intercampi@intercam-pi.org (84) 3211-3126/8726-2987.

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NATAL

TÁBUA DE MARÉS

TERMINAL OCEÂNICO DE UBARANA - GUAMARÉ - RN

TERMINAL SALINEIRO DE AREIA BRANCA - RN

A PROGRAMAÇÃO ÉCHECADA DIARIAMENTE,

PODENDO HAVERANTECIPAÇÃO OU ATRASO

DE ALGUM NAVIO

Movimento dos Naviosapronianocfs@hotmail.comAPRONIANO CÉSAR

Dia Hora Altura (M)09 12:53 0.4

19:21 2.210 01:23 0.4

08:00 2.0

FASES DA LUANova (04/10 - 21:34h)

Crescente (11/10 - 20:02h)

Cheia (18/10 - 20:38h)

Minguante (26/10 - 20:40h)

Royal Pescadores Panamá Arrow No Porto Douala/Camarões Sal - -

Navio Bandeira Agência Chegada Destino Carga DescargaLagoa Paranaense Brasil W. Sons No Porto - - Em Operação - - Sea Martin Chipre Seamaster No Porto - - Em operação - - Alem Mar Brasil GPM No Porto F. de Noronha(PE) Mantimentos - - Marfret Guyane França W. Sons 12/10 Algeciras/ESP Contêineres - -G25-Amte Saboia Brasil M. Brasil 16/10 Designar Transporte - -CMA-CGM Herodote Inglaterra CMA-CGM 19/10 Algeciras/ESP Contêineres - - CMA-CGM Platon Inglaterra CMA-CGM 26/10 Algeciras/ESP Contêineres - - CMA-CGM Homere Inglaterra CMA-CGM 02/11 Algeciras/ESP Contêineres - - Silver Cloud Bahamas Superservice 04/12 Recife(PE) - - TurismoLouis Aura Grécia Viamar 05/12 F. de Noronha(PE) - - Turismo

Enquanto os políticos dos estados vizinhos se preocupam com odesenvolvimento, o nosso só se preocupa com política

Cerca de 80 instituições de en-sino do Rio Grande do Norte, entreescolas privadas, universidades,cursos isolados, de idiomas e pós-graduação, estarão reunidas noSalão da Educação no período quevai desta quarta-feira até o próxi-mo domingo (13). O espaço foiidealizado pelo empresário Oci-mar Damásio, com o objetivo defornecer informações sobre osnovos modelos pedagógicos dasinstituições, dando espaço tambéma empresas que trabalham ofere-cendo suporte nas tecnologias uti-lizadas pelas unidades de ensino.A exposição acontece no 6º pisodo estacionamento do Natal Shop-ping, em Candelária.

Com a temática "MatrículasAbertas", o Salão apresenta-secomo uma oportunidade para ospais que já estão à procura de umaescola para os seus filhos. "A pro-posta do Salão é oferecer aos vi-sitantes uma grande diversidadede informações sobre as institui-ções participantes, uma vez queeste período de final de ano já é tra-dicionalmente marcado como aépoca de abertura de matrículaspara o próximo ano letivo", expli-cou Ocimar.

Foram instalados na estruturado shopping 140 estandes e umauditório com capacidade para 100pessoas. A entrada é gratuita eaberta para toda a população, das14h às 22h. "Além dos estandescom a apresentação dos principaisprojetos de cada instituição, paise alunos poderão participar de pa-lestras e aulas preparatórias para oExame Nacional do Ensino Médio(Enem). Dessa forma, os alunospodem aproveitar a exposição deconteúdos e os pais conheceremmelhor a metodologia pedagógicautilizada pelas escolas e cursi-nhos", destacou Ocimar Damásio.

Diretor de uma escola referên-cia em ensino em Natal, o profes-sor Carlos André explica que essaé uma ótima oportunidade para ospais pesquisarem e avaliarem asmetodologias trabalhadas por cadainstituição. "Para quem está emdúvida em qual escola matricularo seu filho, essa exposição seráfundamental. No nosso caso ire-mos apresentar a nossa filosofia,metodologia da escola e materiaisutilizados em sala de aula", disseo professor, dirigente do Overdo-se Colégio e Curso.

Uma das inovações apresenta-das pela instituição é o ensino clas-se A que, desde 2009, vem revolu-cionando o mercado com a pro-posta pioneira de preparar alunosdesde bem cedo para o ingressoem universidades. No espaço doOverdose, os visitantes poderãodesafiar os alunos campeões da es-cola no xadrez, acompanhar expe-riências de física, se divertir nosjogos eletrônicos e participar desorteio e muito mais. A escola,assim como outras instituições, rea-lizará também, durante o evento,um ciclo de palestras exclusivasde temas relacionados ao Enem.

Diretores de escolas e empre-sários que queiram reequipar suasestruturas para melhor atender osclientes também poderão sair combons investimentos do Salão daEducação. A empresa potiguar NeoTecnologia, por exemplo, é umasdas participantes que propõe sis-temas que aliam educação e tecno-logia. Trabalhando com Softwa-res de gestão, a empresa irá exporum equipamento inovador e pio-neiro no estado, voltado para a se-gurança de crianças. De acordocom o diretor Felpe Figueiredo,esse software, chamado Neo Per-sona, pode ser utilizado em esco-las, clubes, creches e outras empre-sas que trabalham com crianças.

"Esse é um software de segu-rança muito interessante, que vin-cula a liberação da criança de um

determinado estabelecimento so-mente por pessoas autorizadas.Através do leitor biométrico, essesistema - simples e eficiente - iden-tifica a foto da pessoa, nome eidentificação relacionada à crian-ça, de modo que esta saia do localcom a pessoa responsável", expli-cou Felipe Figueiredo.

PORTAL EDUCO Salão da Educação também

abrirá espaço para o lançamento doPortal Educ (www.edu-carn.com.br), primeiro portal deeducação potiguar a agregar estu-dantes e professores das redes pú-blica e privadas, desde as sériesiniciais até o Ensino Médio. O es-paço virtual oferece planos deaulas, propostas e sugestões meto-dológicas sobre o uso dos recursosmultimídia e das ferramentas digi-tais, com atividades sugeridas poreducadores.

O Portal é um serviço da PoloEmpresa Educacional, atuante noambiente virtual e comprometidaem oferecer aos gestores, profes-sores, alunos e família um proces-so interativo de acesso ao conhe-cimento. Nele, os professorespodem interagir melhor com osalunos postando conteúdos, orga-nizando tarefas e trabalhos, atri-buindo nota e fazendo comentá-rios sobre o que for publicado, pormeio de ferramentas de edição di-nâmicas e envolventes.

Salão de Educação reúne mais de 80 empresas einstituições de ensinoEXPOSIÇÃO COMEÇA HOJE NO ESTACIONAMENTO DO NATAL

SHOPPING E TEM COMO TEMA “MATRÍCULAS ABERTAS”

Ocimar: oportunidade para pais avaliarem metodologia aplicada pelas instituições

Além de visitação aos estandes, evento oferece palestras e aulas preparatórias para o Enem. A entrada é gratuita

Fotos: Wellington Rocha

Quarta-feira O Jornal de HOJE 15Natal, 9 de outubro de 2013Esporte

Fábio Pachecofabiopachecorn@gmail.com

PisandonaBolaamancionatal@gmail.com / www.chargistaamancio.blogspot.comAMÂNCIO

DA ÁGUA PARA O VINHO CENSURA

Parece que estamos voltando aostempos da censura. Alegando apo-logia à violência, o deputado fede-ral José Mentor (PT-SP) está defen-dendo um Prjeto Lei para proibir atransmissão das lutas de MMAna te-levisão. Alguém precisa dizer paraesse deputado que a maior violên-cia no Brasil é a falta de ensino gra-tuito de qualidade para o povo e afalta de apoio ao esporte amador.

MEGA-SENA

O ganhador da Mega-Sena, queapostou em Ponta Grossa, na regiãodos Campos Gerais, no Paraná, nãoapareceu para resgatar o prêmio de R$22.933.056,04 dentro do prazo esta-belecido de 90 dias. O apostador tinhaaté às 16h de ontem para retirar o di-nheiro. Agora, o valor total segue parao Tesouro Nacional para aplicaçãono Fundo de Financiamento ao Estu-dante do Ensino Superior (FIES).

Parece que o América acertou na aposta em Leandro Sena como téc-nico. Estreou com personalidade colocando o recém-contratado Régis emcampo e escalando Max no ataque, que até então era uma incógnita, poisninguém sabia como seria o comportamento do atleta em seu retorno aosgramados. Os dois deram conta do recado, o meia parece ser o homem di-ferenciado que o clube procurava para substituir Cascata, enquanto a de-terminação de Max contagiou a todos, inclusive Fabinho que nos últimosjogos vinha caindo de produção. Mas o mais importante foi a vitória. Osjogadores e comissão técnica tiraram um peso das costas, conquistando atranquilidade que precisam para continuar na luta contra o rebaixamen-to. Já o ABC, passou de candidato ao descenso à sensação do campeona-to. A incrível reação com cinco vitórias seguidas é comentada no país in-teiro. A recuperação alvinegra virou exemplo para os demais clubes quebrigam contra a degola, é o assunto preferido nas preleções dos treinado-res e comentaristas de rádio, televisão, jornais e internet. Roberto Fernan-des acertou o time, detém o melhor aproveitamento do returno e se conti-nuar pontuado fora de casa, se livrará da degola antes do previsto.

INTERDIÇÃO

O maior problema do ABC agora é fora de campo. Com força total,o departamento jurídico está trabalhando dobrado, preparando a defesa paralivrar o clube da perda do mando de campo. O objetivo é provar que nãohouve superlotação no Frasqueirão. Não será fácil, principalmente porconta da campanha negativa que Neto, da Bandeirantes, vem fazendo.

CAMPEONATO DA PFNesta quarta-feira (9) tem rodada do Campeonato de Futebol Society

da Polícia Federal. O primeiro jogo da noite, às 19h15, no campo da Aspo-fern, em Lagoa Nova, será entre o time da Receita Federal x Aspofern. Mastarde, às 21h, se enfrentam DEAV-RN x Justiça Federal. Arodada da sema-na prossegue na sexta-feira com mais dois jogos: FSC x Polícia Militar, às19h15, e Tribunal de Justiça x Caern, às 21h. O Campeonato de Futebol So-ciety da Polícia Federal é patrocinado pela Constel e Caio Fernandes.

COPA NORDESTEDuas grandes notícias no sorteio dos grupos da Copa Nordeste 2014,

ontem em Salvador. A primeira é que paralelamente a competição acon-tecerá a disputa regional do Sub-20, um incentivo a mais para as divi-sões de base dos clubes. A outra é que a partir de 2015, o campeão terádireito a uma vaga na Sul-Americana. Alguém consegue imaginar ABCou América jogando um campeonato internacional? O futuro começa asorrir para as equipes potiguares.

PUNIÇÃOO América foi punido com a perda de um mando de campo por conta

de um torcedor irresponsável. O árbitro Alicio Pena Júnior, que apitouAmérica 3 x 0 Paysandu, no dia 14 de setembro, no estádio Nazarenão,relatou na súmula o lançamento de um sinalizador no gramado, o casofoi para no STJD, que determinou a perda de um mando de campo, e multade 7 mil reais. Resta saber se o departamento jurídico do clube irá recor-rer da decisão.

CASCATA X RÉGISO técnico Leandro Sena ganhou uma dor de cabeça saudável para o

jogo contra o Atlético-GO, dia do retorno de Cascata ao time. Como estávoltando de lesão, tudo indica que será banco de Régis, ficando como opçãode luxo para o segundo tempo.

ALVIRRUBRO VAI ENFRENTAR O VITÓRIA-BA, RIVER PLATE-SE E SERGIPE

O América caiu no Grupo A daCopa Nordeste de 2014, ao ladode Vitória, River Plate-SE e Ser-gipe. O sorteio foi realizado ontemem Salvador e definiu os confron-tos da primeira fase da competi-ção, que será disputada por 16equipes. O sorteio separou as equi-pes em quatro potes a partir doranking da CBF. Com isso, Vitó-ria, Bahia, Sport e Ceará foramos cabeças de chave. A reuniãocontou as presenças do presiden-te da CBF, José Maria Marin, o

presidente da Federação Paulista,Marco Polo Del Nero, o presiden-te da FNF, José Vanildo, e os re-presentantes do América e Poti-guar de Mossoró.

De acordo com o calendáriodivulgado pela CBF, a Copa doNordeste deve começar no dia 12de janeiro. Os grupos ficaram de-finidos assim: Grupo A: Vitória,América, River Plate, Sergipe;Grupo B: Bahia, Santa Cruz,CSA,, Vitória da Conquista;Grupo C: Ceará, CRB, Treze, Po-

tiguar-MO; Grupo D: Sport, Náu-tico, Guarany-CE, Botafogo-PB.Também ficou definido os cruza-mentos das semifinais. O primei-ro colocado no grupo A enfrentao segundo do grupo C. Enquantoo campeão do grupo C enfrenta ovice-líder do grupo A. O mesmoacontece com os dois grupos res-tantes: o primeiro do grupo B en-frenta o segundo do grupo D, en-quanto o líder do grupo D enfren-ta o segundo colocado do grupo B.

O presidente da Liga do Nor-

deste, Eduardo Rocha, informouque em 2014, a competição teráuma versão Sub-20, que será dis-putada pelos mesmos clubes par-ticipantes da competição princial.Além disso, o campeonato teráuma bola exclusiva e um álbum defigurinhas oficial. Para fechar comchave de ouro a grande noite dofutebol nordestino, José MariaMarin anunciou que na próximaedição, em 2015, o campeão terádireito a uma vaga na Sul-Ame-ricana.

Nem o mais otimista dos ame-ricanos poderia imaginar uma es-treia de comando com tantos gols.Pois foi assim ontem à noite no Na-zarenão. No primeiro jogo de Lean-dro Sena à frente do time, o Amé-rica não tomou conhecimento doParaná e venceu por 4 a 1. Para onovo técnico, o resultado foi muitoimportante para trazer a tranquili-dade e recuperar a confiança dogrupo. "Essa vitória foi muito im-portante para dar confiança aogrupo, agora é manter o foco paraque a gente consiga sair desta situa-ção", comentou o treinador que não

poupou eleogios ao estreante Régis,o grande destaque do jogo.

"O Regis é um jogador real-mente técnico que ajudou bastanteo time nessa vitória, mas como vemde um longo tempo inativo preci-samos ter um pouco de paciênciacom ele", disse Sena. Os gols da vi-tória alvirrubra foram marcados porRégis, Márcio Passos, Rodrigo Pim-pão e Max, que voltou em grandeestilo. Ocupando a 17ª colocação,o América pode deixar a zona de re-baixamento se vencer o Atlético-GO na próxima rodada, sábado, noestádio Nazarenão.

> ABC

Técnico Roberto Fernandesdá folga aos jogadores

Depois da brilhante vitóriasobre o Joinville, por 2 a 1, fora decasa e com dois jogadores a menos,o técnico Roberto Fernandes de-cidiu dar folga geral para o grupo,marcando a reapresentação somen-te para a sexta-feira. O descansomerecido foi provocado por duassituação. Primeiro porque o voode Santa

Catarina para Natal só chega-rá à noite, por volta das 20h, e ooutro motivo da folga é que o jogocontra o Paysandu, marcado parao próximo sábado, foi adiado porconta da festa do Sírio de Nazaré,em Belém do Pará.

Sendo assim, o time alvinegrosó voltará a jogar na próxima terça-feira, dia 15, quando receberá o

São Caetano, às 21h50, no estádioFrasqueirão. O motivo da folgatambém deve-se ao desgaste dosjogadores no confronto contra oJoinville. Com dois a menos emcampo, o grupo precisou corrermuito para segurar o placar de 2 a1. Rodrigo Silva e Edson marcaramos gols da vitória, enquanto San-dro anotou para os donos da casa.

O resultado heróico manteve oclube afastado da zona de rebai-xamento. O alvinegro potiguar che-gou aos 32 pontos conquistados epermaneceu na 15ª colocação natabela. Para o jogo contra o SãoCaetano, Roberto Fernandes nãocontará com Flávio Boaventura eMichel Schmöeller, expulsos emJoinville.

CLASSIFICAÇÃO - SÉRIE B

Clube PG JG VI EM DE GP GC SG1 Palmeiras-SP 62 28 19 5 4 57 23 342 Chapecoense-SC 53 27 16 5 6 51 26 253 Avaí-SC 47 28 13 8 7 40 33 74 Sport-PE 46 28 15 1 12 46 43 35 Paraná-PR 45 28 13 6 9 43 26 176 Ceará-CE 44 28 12 8 8 46 36 107 Icasa-CE 43 28 13 4 11 41 45 -48 América-MG 43 28 11 10 7 39 34 59 Joinville-SC 42 28 12 6 10 44 33 1110 Figueirense-SC 39 27 12 3 12 44 43 111 Bragantino-SP 36 28 10 6 12 29 31 -212 Boa Esporte-MG 36 28 9 9 10 23 34 -1113 Guaratinguetá-SP 35 28 10 5 13 33 40 -714 Oeste-SP 35 28 9 8 11 30 39 -915 ABC-RN 32 28 9 5 14 31 45 -1416 Atlético-GO 30 28 8 6 14 29 36 -717 América-RN 30 28 7 9 12 31 42 -1118 Paysandu-PA 29 28 7 8 13 29 41 -1219 São Caetano-SP 27 28 7 6 15 37 44 -720 ASA-AL 23 28 7 2 19 30 59 -29

Fotos: José Aldenir

Leandro Sena deu umpadrão de jogo ao

time na vitória por 4 a1 sobre o Paraná

Sena recupera aconfiança do time

América cai no GrupoA da Copa Nordeste

Esporte Quarta-feira16 O Jornal de HOJE Natal, 9 de outubro de 2013

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - r.lemosfilho@uol.com.br

Vinhetas e cervejasNossas vidas podem ser comparadas a vinhetas globais. A minha

sempre foi adequada ao som agoniado do Plantão do Jornal Nacio-nal. Tarararantantan, de repente, no meio da programação, o susto eo inesperado na voz funeral de Cid Moreira.

O mago Hans Donner caprichava em suas criações de logotipose parecia adivinhar a relação da eletrônica com a percepção da re-ceptividade de cada telespectador. Não que eu quisesse, mas houvemuitos plantões de Jornal Nacional particulares.

Na infância e adolescência, as idas e vindas de uma família per-seguida pela Ditadura que alguns dizem nunca ter existido e até tor-cem para que volte. Quando leio esse pessoal ou escuto, imagino queos 44 dias passados pelo meu pai nos porões do DOI-CODI em Re-cife foram férias, seus dentes quebrados, uma modelagem estética efacial e suas unhas arrancadas, apenas sofrimento genuíno pelo Vascoda Gama.

Penso um pouco mais e suponho, muito puto, que a visita espe-cial do delegado Sérgio Paranhos Fleury, a imagem tenebrosa da ti-rania, da covardia e da tortura naqueles tempos, tenha sido apenaspara perguntar ao meu pai se Alberi, à época um sucesso no ABC,jogava mesmo melhor do que Mirobaldo, um sergipano que botavao Negão na reserva do Santa Cruz.

Adulto aos 17 anos, escolhi uma profissão excitante. No fazer eno receber. Se trabalha um bocado e se recebe quase nada. Semprefoi excitante pensar em como fazer a feira, pagar colégio de meninoe o aluguel. A rotina viciosa de redação compensava.

>>>>>>A vinheta do Plantão do Jornal Nacional me perseguia nas co-

berturas jornalísticas de assaltos a banco tão raros em Natal que pa-reciam o apocalipse na Avenida Rio Branco, centro em polvorosa, ouno formigueiro de gente pra lá e pra cá do Alecrim.

Depois, a Rede Globo banalizou a vinheta do Plantão do JornalNacional. Qualquer queda de monomotor valia a paralisação de umanovela. Lembro até quando Acácio, goleiro do Vasco, quebrou odedão e foi motivo de intervenção extraordinária nos ricos segundosda platinada.

A vinheta do Plantão amornava quando parava nos bares. Toma-va uma cerveja gelada com kibe. Sou um cara que gosta de kibe eum sujeito kibesco é fácil de ser decifrado.

Encontrei ontem com Lurdinha Alencar, minha vizinha um bomtempo e que está agitada na simpatia da minha década, da minha época,não sendo deselegante com Lurdinha.

Lurdinha vai fazer um Oktoberfest em seu Bar Berlin, na Jundiaí,tomara que sem manifestantes, dia 19 do mês que vem. Lurdinha me-rece o meu merchandising mixuruca. Era no Berlin que a minha vi-nheta suavizava. Gelada e com chucrute. Ia a pé e voltava pelo Sitiodo Picapau Amarelo. Gilberto Gil cantando só pra mim.

NOITE DA VITÓRIAABC e América encheram as

medidas. Superlotaram os potesda euforia. Duas vitórias espe-ciais. O ABC contra tudo e oJoinville conquistou três pontospreciosos. O América reencon-trou às margens da BR-101, noNazarenão, o caminho do gol eda vitória.

EDSONA imagem da vitória do ABC

foi a arrancada de Edson no se-gundo gol. Jogada que veio docancioneiro alvinegro da raça.Edson consagrou a majestade dapalavra monstro.

ÁRBITROSou dos que não chiam com

arbitragem, mas aquele sujeitoque apitou em Joinville não podemais ser escalado em jogo de fu-tebol. Foi o atacante que o timeda casa não teve.

LEANDRO SENAFilho de Sena, grande arti-

lheiro, Leandro não é interino noAmérica. É técnico, como o bri-lho que luzia de seus pés.

UM EXTREMOPassaram-se quatro dias do

tumulto no jogo ABC x Palmei-ras. O fato foi explorado, disse-cado, comentado, criticado, ame-nizado, radicalizado, denuncia-do, replicado, julgado, sentencia-do por todo o Brasil. E continuarendendo como prato feito e frio.Alguns querem justiça. Outros,agem como justiceiros. Temainda a cara lisa dos defensoreschapa-branca.

OUTRO EXTREMOJornalistas de fora criticam o

ABC com tanta raiva que a isen-ção é desmascarada até por al-guém de miopia maior que aminha. O ABC errou, claro, masnão precisa ser extinto. Fuziladoem HD.

COMUNICAÇÃOA comunicação do ABC pas-

sou a soar melhor na voz do con-selheiro Augusto Azevedo, queaté pode pensar que estou queren-do jogá-lo contra o presidente.Nada disso. Augusto Azevedo ar-gumenta bem e o presidente fa-lando sempre atrapalha mais doque ajuda ao clube. Sua insegu-rança assusta.

ISENÇÃO ZEROEstão ausentes do noticiário

o equilíbrio e uma pautinha queé saber quando o STJD vai jul-gar, quem são os juízes, qual a de-fesa do acusado. Insisto que faltao principal: respeitar quem pas-sou pelo aperto no Frasqueirão.

DÉBORA EM JAPONÊSO jornal Yomiuri Shimbum,

de maior circulação japonesa, en-viou seu chefe de sucursal noBrasil para entrevistar a profes-sora natalense e escritora Débo-ra Seabra de Moura, 32 anos. Dé-bora é a primeira pessoa com Sín-drome de Down a concluir o ma-gistério e acaba de lançar seulivro Débora Conta Histórias.

DÉBORA É SÍMBOLODébora é um símbolo de in-

clusão social e cativou os jorna-listas Masakasu Hamnsuna (chefeda sucursal) e Eugenia Eseize,que escreverão reportagem sobrea trajetória da educadora.

DÉBORA É REFERÊNCIAA entrevista ocorreu no apar-

tamento de Débora e contou coma presença dos seus país, o mé-dico Robério e a advogada Mar-garida Seabra de Moura, pionei-ros na luta pela causa das pes-soas com Down. Os jornalistas fi-caram impressionados com a de-senvoltura e a maturidade de Dé-bora, com palestras por todo oBrasil e em Portugal. Débora re-presenta o bem tipo exportaçãocada vez mais raro no Rio Gran-de do Norte.

ALECRIM SÉRIE AFaz tempo, mas é parte da

história do Verdão. O Alecrimparticipou da Série A do Cam-peonato Brasileiro de 1986 comobicampeão potiguar e no dia 9de outubro, empatou por 0x0 como Comercial (MS) no EstádioCastelão (Machadão). Públicopequeno, 1.402 torcedores. Cer-teza de que Normando, Chico,os saudosos Pastel e Macedo, dalírica torcida FERA, estavam pre-sentes.

TIMESAlecrim: César; Saraiva, Ro-

naldo, De Leon e Valdecir; Doca,Sousa Carioca e Odilon; Curió,Emanoel Pacote (Chiquinho dasAraras) e Álvaro (Didi Duarte).Técnico: Ferdinando Teixeira.Comercial: Betinho; Zé Carlos,Neto, Jair e Edson; Tim, Evandroe Wilson Carrasco (Márcio); Toi-nho, Carlão e Negão (César).Técnico: Francisco Gonçalves.

CLÁSSICO CARIOCAEM FLORIANÓPOLIS

VASCO E FLUMINENSE SE ENFRENTAM HOJE LONGE DO RIO DE JANEIRO

Vasco e Fluminense fazemhoje o clássico carioca longe doRio de Janeiro. Os dois times seenfrentam, às 21h50 (de Brasília),na Ressacada, em Florianópolis,pela 27ª rodada do CampeonatoBrasileiro. A vitória é fundamen-

tal para as duas equipes, principal-mente para os Cruzmaltinos queencontram-se na zona de rebaixa-mento, com 29 pontos, cinco amenos que o Tricolor, que luta poruma vaga na Taça Libertadores de2014.

O clássico carioca será no Sulporque os vascaínos foram puni-dos pelo Superior Tribunal de Jus-tiça Desportiva (STJD) com perdade mando de campo pela confusãoque sua torcida protagonizou coma do Corinthians, no empate por1 a 1 entre os dois times em Bra-

sília. Mesmo assim, o técnico Do-rival Júnior exige a vitória, poissabe da importância de vencer umclássico. "Estamos trabalhandomuito para tirarmos o Vasco destasituação, e ganhar um clássico éalgo que pode rapidamente mudara nossa realidade neste Campeo-nato Brasileiro, pois vai aumentarainda mais a confiança de todosaqui, que sabem que podem afas-tar o time da zona de rebaixamen-to", afirmou Dorival.

Pelo lado do Fluminense, otécnico Vanderlei Luxemburgo

tem o mesmo pensamento em re-lação ao jogo. "Perdemos um jogoimportante contra o Internacional,em que merecíamos pelo menos oempate. Portanto, é importante re-tomar o mais rapidamente possí-vel uma série positiva de resulta-dos para que a nossa confiançaaumente, pois ganhar um clássicoé sempre vantajoso em todos osaspectos, principalmente no que-sito motivacional, pois o time poderecuperar a confiança e emplacaruma sequência de vitórias", ana-lisou o treinador tricolor.

A Federação Sul-Coreana defutebol anunciou hoje que os maisde 68 mil ingressos postos a vendapara o amistoso de sábado com oBrasil foram todos vendidos. Asvendas para o amistoso de sábadoforam um sucesso apesar de a vindada seleção ter provocado inflaçãono preço dos ingressos. Nos últi-mos 11 anos, um teto de 75 mil

wons (cerca de US$ 70) vinhasendo cobrado para as partidas co-reanas. Para o jogo do Brasil, o pédireito ficou mais alto (US$ 180).

Segundo a Federação Sul-Co-reana, o aumento foi necessáriopara repassar o que os dirigentesafirmam ser um cachê recorde pagoa uma equipe visitante. A impren-sa do país especula que o valor

teria ultrapassado com folga a cota'premium' de US$ 1 milhão pagaa adversários. "Tivemos que pagarcaro para ter o Brasil, mas issotambém significa que nossos tor-cedores poderão ver estrelas comoNeymar em ação", afirmou umporta-voz da federação, Cho-Jun-Heon.

O técnico Luiz Felipe Scolari

comandou nesta quarta-feira o pri-meiro treino com bola em Seul, naCoreia do Sul. O treinador, porém,não deu indícios da escalação quevai utilizar na partida do próximosábado, às 8h (de Brasília), contraos donos da casa, no World CupStadium. Na atividade, os jogado-res trabalharam a parte técnica e tá-tica por cerca de uma hora.

O líder isolado Cruzeiro e for-tíssimo candidato ao título terámais um desafio pelo Campeona-to Brasileiro, hoje, às 21h50, noestádio Mineirão. O time celesterecebe o São Paulo e mira a quar-ta vitória consecutiva para se apro-ximar do tricampeonato brasilei-ro. A Raposa tem 59 pontos na ta-bela e está 11 à frente do Grêmio,segundo colocado. Para este jogo,o técnico Marcelo Oliveira terá avolta do lateral-esquerdo Egídio.Ele cumpriu suspensão contra o

Náutico em Recife, na última ro-dada, e está de volta ao time.Dessa forma, Mayke deve ser sa-cado da equipe e Ceará deve vol-tar para a direita.

Já o São Paulo terá desfalquesna defesa e no ataque. O goleiroRogério Ceni cumprirá suspensãopelo terceiro cartão amarelo, en-quanto o zagueiro Antônio Car-los e o atacante Luís Fabiano estãocontundidos. A relação de ausên-cias têm ainda o zagueiro RafaelTolói e o volante Denílson.

> SELEÇÃO

INGRESSOS ESGOTADOSPARA COREIA X BRASIL

Felipão aindanão definiuequipe paraamistoso no

sábado

Cruzmaltinos brigam contra o rebaixamento, enquanto tricolores por Libertadores

Divulgação / Vasco da Gama

Divulgação / CBF

27ª RODADA - SÉRIE A

19h30 Grêmio-RS x Criciúma-SC19h30 Coritiba-PR x Santos-SP21h50 Bahia-BA x Vitória-BA21h50 Vasco da Gama-RJ x Fluminense-RJ21h50 Ponte Preta-SP x Atlético-MG21h50 Náutico-PE x Botafogo-RJ21h50 Cruzeiro-MG x São Paulo-SP21h50 Corinthians x Atlético-PR

Cruzeiro recebe o São Paulo no Mineirão

Quarta-feira O Jornal de HOJE 17Natal, 9 de outubro de 2013Cultura

ANNE CAROLINE MEDEIROS - annemedeirosjh@gmail.com

Cultura HOJE

FLIQ A roteirista da Turma da Mônica Jovem, Petra Leão, é uma das convidadas

da III Feira de Livros e Quadrinhos de Natal - FLiQ, evento que será realizado entre22 e 25 de outubro, na Praça Cívica da UFRN. Na noite da quinta-feira, 24, aroteirista deve bater um papo sobre "A Turma da Mônica Jovem", com a media-ção de Milena Azevedo. No dia 25, às 16h, Petra fará a palestra "Vestindo seupersonagem preferido: dicas de cosplay". As atividades acontecerão no auditó-rio do evento. Entrada gratuita. Mais informações:www.fliqnatal.com.br

TAMBORES E BATUQUES O grupo Samba de Cacete da Vacaria (PA) se apresenta nesta quarta-feira (09),

às 19h, no Pax Clube, em Macaíba. A apresentação, gratuita, é a 3ª promovidapelo projeto Sonora Brasil no Rio Grande do Norte. Este ano, o projeto traz otema "Tambores e Batuques", que destaca as manifestações da tradição oral pre-sentes em comunidades quilombolas - as quais têm o tambor como um elemen-to fundamental e, em alguns casos, sagrado.

ERUDITO QUE ULTRAPASSAFRONTEIRAS E IGNORA IDADE

SEMANA DE MÚSICA DA UFRN OFERECE, ATÉ O DIA 12, PROGRAMAÇÃO GRATUITA,ATIVIDADES PARA PÚBLICO INFANTIL E REALIZA CONCERTOS NO INTERIOR DO ESTADO

OKTOBERFEST IA Pepper´s Hall será palco nesta sexta-

feira (11) de uma festa temática, a tradi-cional comemoração alemã Oktoberfest.Uma noite muito animada com open barde chopp Devassa e ainda show de es-treia do novo projeto de Cristiano Frois.A programação terá também o som dadupla sertaneja Felipe e Gabriel e de DudaPereira e Forró Não Para. Informações:(84) 3236 2886.

OKTOBERFEST IIE se você adora a cultura alemã, mar-

que aí em sua agende: dia 19, na cerve-jaria Via Costeira, tem a segunda ediçãodo Oktoberfest Natal com open bar (10tipos de cervejas especiais), open food(buffet alemão produzido pelo Chef Mar-cus Herdle) e concurso de chope no metro.E para animar a festa, show dos Grogs,Orquestra Metamorfose e o som do DJMagão.

PRÊMIOA Agência de Comunicação Experi-

mental Multimídia (Fotec), dos alunos deComunicação Social da UFRN, foi pre-miada em Manaus pelo seu novo site.Após vencer a nível regional na catego-ria Rádio, TV e Internet no congresso daSociedade Brasileira de Estudos Interdis-ciplinares da Comunicação (Intercom),que aconteceu na UERN (Mossoró/RN)entre os dias 12 e 14 de junho, RenanAires, 24, estudante de Rádio&TV, con-quistou o título no congresso Nacional(Manaus/AM) no último dia 7. O proje-to foi desenvolvido por ele e sua equipede seis pessoas, sendo o único concor-rente da UFRN premiado no congresso.

BARROCO Começa nesta quarta-feira (9) o IX Colóquio de Estudos Barrocos, promovido pelo Grupo de

Pesquisa Ponte Literária Hispano-Brasileira da Universidade Federal do Rio Grande do Norte(UFRN). Tendo por tema "O Eterno Retorno do Barroco", o evento apresenta o parecer de renoma-dos especialistas da área, com trabalhos focados na atualidade e olhares voltados aos devires barro-cos. A programação inclui mostra de filmes, exposição e lançamentos de livros. O Colóquio vai atéo dia 11 de outubro e está sendo realizado na Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM), AuditórioB do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) e Galeria Conviv'art.

Yuno Silva

Com o desafio de popularizar o erudito e desmistificar o clássico, aSemana de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte(UFRN) - evento que reúne músicos e professores renomados do Brasil eexterior - está desde a última sexta-feira (4) promovendo recitais e con-certos em locais diferentes, como escolas, parques, ONG's e pubs deNatal e da região metropolitana. A programação se estende até o dia 12.

E tem para todas as idades. A "Semaninha da Música", etapa doevento que promove vivências musicais às crianças entre 6 e 11 anos deidade, começa nesta quarta-feira (9). As crianças, divididas em turmaspor faixa etária, participam até a próxima sexta-feira, dia 11, de oficinasministradas por professores e estagiários de licenciatura em música daUFRN. Tudo pensado para oferecer a elas o primeiro contato com o uni-verso das partituras, ritmos e melodias.

A programação infantil é realizada paralelamente ao festival, que

desde a semana passada tem chegado a vários pontos da cidade. O obje-tivo do trabalho vai além de atrair novos apaixonados para o palco, masformar plateia.

"Em termos pedagógicos, a Semana da Música é o único festival no RioGrande do Norte que abrange a música clássica e popular. Os alunos têm ofici-nas de todos os instrumentos de orquestra e também popular, além do contatodireto com profissionais renomados da música nacional e internacional", explicao professor Fábio Presgrave, coordenador artístico do evento.

Já os alunos da Escola de Música aproveitam a oportunidade paratrocar experiências e aprender ainda mais com profissionais renomadosnão só do Brasil, mas também de outros países. Esses professores, alémde ministrar oficinas gratuitas, também participam de apresentaçõesabertas ao público em geral. Todas as atividades e eventos do festival sãogratuitas.

PROGRAMAÇÃOA entrada para todos os concertos erecitais é gratuita, com retirada deingresso uma hora antes do evento.Mais informações (84) 3215-3633http://semanadamusica2013.word-press.com

09/10- QUARTA-FEIRA15h - Eduardo Taufic TrioLocal: Solar Bela Vista17h30 - D. Ray McClellan e MiltonMasciadri; Toninho Carrasqueira eEzequias LiraLocal: Auditório Onofre Lopes - Escolade Música UFRN19h - Alunos dos núcleos de canto epianoLocal: Auditório Oriano de Almeida -Escola de Música UFRN20h - Heleno Feitosa e Paulo CésarVitor; Toninho Carrasqueira e DurvalCesetti; Daniel Guedes e DurvalCesetti;Local: Auditório Onofre Lopes - Escolade Música UFRN21h - Jam Session Semana da Música

(abertura Quarteto Ubaia)Local: Hell's Pub

10/10 - QUINTA-FEIRA17h30 - Mark Kosower e Jee-Won OH;Heinz Schwebel e alunos da SemanaLocal: Auditório Onofre Lopes - Escolade Música UFRN19h - Alunos dos núcleos de sopros ecantoLocal: Auditório Oriano de Almeida -Escola de Música UFRN20h - Kiko Freitas, Vinicius Dorin,Arismar do Espirito Santo, Paulo Bragae Roberto TauficLocal: Auditório Onofre Lopes - Escolade Música UFRN

11/10 - SEXTA-FEIRA9h - Bando de SaxLocal: Teatro (São Gonçalo doAmarante)16h - Ensemble PotiguarLocal: Casa do Bem17h30 - Daniel Guedes, RenatoBandel, Gilberto Tinetti e alunos donúcleo de cordas; Alunos do núcleo de

percussão e Miguel BernatLocal: Auditório Onofre Lopes -Escola de Música UFRN19h - Alunos do núcleo de cordasLocal: Auditório Oriano de Almeida- Escola de Música UFRN20h - Tem um candango lá emcasaLocal: Pax Clube (Macaíba)20h - Miguel Bernat; HeinzSchwebel e Regiane Yamaguchi;Alex Barros e Regiane Yamaguchi;Mark Kosower e Jee-Won OHLocal: Auditório Onofre Lopes -Escola de Música UFRN

12/10 - SÁBADOEncerramento Semana da Música201318h - Alunos do Núcleo de MúsicaPopularLocal: Hall da Escola de Música daUFRN20h - Orquestra Sinfônica da Semanada Música 2013Regente: Jean-Jacques RivestLocal: Escola de Música da UFRN

G. Gomes

Fotos: Divulgação

Quarta-feira18 O Jornal de HOJE Natal, 9 de outubro de 2013

Cultura

Canal 1 BATE-REBATE

POR FLÁVIO RICCO - Colaboração: José Carlos Nery - flavioricco@gmail.com.br

C´EST FINIGalvão Bueno, Casagrande e Arnaldo Cezar Coelho vão fazer o jogo Brasil eCoreia do Sul, sábado, em Seul.No estúdio da Globo, no Rio de Janeiro, Caio Ribeiro irá analisar a partidacom o auxílio da mesa tática.Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

w Em vez de São Paulo, no lito-ral, Gilberto Barros vai gravar osseus especiais de férias no Riode Janeiro.w De acordo com a Fox, apenasRodrigo Faro está fechado atéagora para o elenco do filme sobrea banda “Mamonas Assassinas”...w ... Ainda não se sabe quando olonga-metragem será rodado nemo diretor-geral do projeto.w Globo segue com a proposta deencerrar “Revenge” no próximodia 27...w ... Resta saber se vai entrar algu-ma coisa no lugar ou se será ante-cipada a exibição da sessão “Do-mingo Maior”.

wAndrea Bocelli vai se apresentarsomente uma noite no MGMGrand, em Las Vegas, no dia 7 dedezembro.wAmaury Jr. lança hoje a sua linhade chocolates “Gourmand”, daMunik, na Casa Fares...w ... Diversos convidados irão exporas suas obras com o elemento cho-colate, que serão doadas para aONG Instituto Arte de Viver Bem,da Valéria Baraccat.w Entre eles, Gustavo Rosa, Ro-berto Camasmie, João Camargo,Joia Bergamo, Léo Shehtman,Gina Elimelek, Fabrizio Gianno-ne, Adriana Restum, FernandoPires e Fábio Arruda.

Televisão precisa entrarna discussão do futebol

Os jogadores de futebol, através do Bom Senso F.C., se uniram por necessárias

mudanças no calendário brasileiro e representados por alguns deles – Seedorf,

Paulo André, Dida e Juninho, estiveram com o presidente José Maria Marin, naque-

le que pode ser considerado o pontapé inicial de um amplo entendimento.

No entanto, é preciso considerar que a CBF, embora apresentada como dona do

brinquedo, tem até a página 3 condições de, nesta altura dos acontecimentos,

organizar alguma coisa mais humana e justa valendo a partir de 2014.

Ninguém pode esquecer a presença de um componente chamado televisão, que é

quem de verdade paga essa conta. Todo e qualquer acordo deve passar necessa-

riamente por ela, que contratou e repassou aos seus patrocinadores um determi-

nado número de datas para o próximo ano. Houve um pagamento e há o compro-

metimento para a entrega.

O valor do dinheiro em jogo é muito alto, e quebrar uma condição já estabelecida

pode implicar sérios prejuízos.

TV - TUDO>>

w OUTRA QUESTÃO - 1É impossível acreditar que a Globonão tenha, de alguma maneira, aben-çoado ou participado da decisão daCBF em receber os jogadores.O Marin, que a gente conhece, semter este ponto de apoio, dificilmen-te tomaria tal decisão sozinho.

w OUTRA QUESTÃO – 2Tem também o lado da TV fecha-da que deve ser considerado.Havendo a redução de datas, comose pretende principalmente em re-lação aos estaduais, muito mais quea Globo ou Bandeirantes, será ela amaior prejudicada.

w OUTRA QUESTÃO - 3É, no mínimo, curiosa a situaçãodos clubes em todo o processo. Elespraticamente se eximiram de qual-quer discussão.Preferiram, como sempre, sentar nanumerada e não se comprometercom coisa nenhuma, nem mesmo demontar e conservar plantéis que pos-sam tornar as competições mais in-teressantes.

w POR ÚLTIMONão se pode esquecer que os clu-bes, ou a maioria deles, já pega-ram adiantado da televisão aqui-lo que têm direito pelas transmis-sões.Como vão fazer agora? Devolvero dinheiro?

w ATENÇÃO, ATENÇÃOA Série B, do Campeonato Brasi-leiro, está muito próxima de vol-tar para a Rede TV! a partir doano que vem.As negociações estão praticamen-te concluídas, inclusive com o ofe-recimento das seguranças exigidas.

w CAMPANHAOntem, no seu jornal das manhãsno SBT, César Filho lançou umacampanha com o objetivo de ar-rumar uma namorada para Marce-lo Rezende.César não se conforma de ver o vi-zinho e amigo de Tamboré, viven-do solteiro e sozinho num palace-te como aquele. E só cortando pra18.

w UM DETALHEZINHOOntem aqui se falou da promoçãodo André Luiz Costa, que deixao BandNews para ser o segundohomem do Jornalismo da Ban-deirantes.Faltou desejar boa sorte e que, apartir de agora, ele passe ao menosa cumprimentar os seus compa-nheiros de trabalho. Mesmo que,no seu caso, isto possa significaralgum sacrifício.

w SEGUNDA GUERRAA autora Jackie Vellego, colabo-radora em “Lado a Lado”, entre-gou uma proposta de novela sobreos pracinhas da FEB – Força Ex-

pedicionária Brasileira, e a parti-cipação deles na Segunda Guer-ra Mundial.O trabalho passa a ser avaliadopela direção de Entretenimentoda Globo.

w ADRIANE NA RECORDAdriane Galisteu acertou ontemcom a Record, a princípio paraapresentar o “Domingo daGente”, aos domingos, das 12 às15 horas, na sua estreia.

Mas há o desejo de efetivá-la nafunção. Trata-se de algo que jáficou bem encaminhado na reu-nião de ontem.

Div

ulg

ação

ESTEJA PRESAAmora, personagem de Sophie Charlotte, vai pra cadeia edeve ficar lá, pelo menos, até o antepenúltimo capítulo de“Sangue Bom”. Apostando alto nesse desfecho, os autoresMaria Adelaide Amaral e Vincent Villari vão segurar os dois

capítulos restantes, torcendo para que essa informaçãosobre o destino de Amora - se termina ou não com Bento

(Marco Pigossi) - não vaze. Missão quase impossível.

Leão 22/07 a 22/08Devagar o clima astral vai setornando mais suave pra

você. Hoje, por exemplo, não faltamintuição, inspiração e visão ampla.Em todos os campos, você fluiráusando seu poder estratégico.Alguém de Libra estará ao seu lado.Ciúmes atrapalham amores.

Virgem 23/08 a 22/09Distancias e tempo curto praficar com seus queridos? Ésó uma fase, e o que está

fazendo agora terá grande peso positi-vo no seu futuro próximo. Olhe maispara a cena maior e menos para asregrinhas menores. Não confronte seuamor.

Libra 23/09 a 22/10Como você sabe, somenteas regras justas e mais

amplas valem ser seguidas.. É fácilhoje distinguir os caprichos e as pre-ferências pessoais do que é justo ebom para todos. Com isto em mente,você não errará. Afetividades prospe-ram e seguem seu curso.

Escorpião 23/10 a 21/11Mercúrio e Saturno aindajuntos no seu signo sinali-

zam algum imobilismo - pode ser quevocê tenha seus movimentos limita-dos por alguma razão externa.Paciência! Tudo isto vai passar embreve. No entanto, não desperdicesua energia. Você precisa dela firme.

Áries 21/03 a 20/04Não lhe falta entusiasmo, eo seu pique está alto. Um

fracasso eventual não vai derrubarsuas esperanças. Evite o contatocom gente ortodoxa, pois não enten-derão seus motivos. Remova obstá-culos sendo gentil com familiares.Amor em alta.

Touro 21/04 a 20/05Sua saúde pode estar umtanto de lado nestes dias -

corrija esta tendência sendo maisatencioso com seus limites. Controleinclinação a sonhar demais - vocênão está vendo direito e pode julgartudo errado. No amor e nas finanças,observe mais.

Gêmeos 21/05 a 20/06Você conta com um faroapurado para escolher as

pessoas certas que poderão ajuda-lo. Contudo, evite prometer demaispara qualquer um. É na discriçãoque você vencerá. Alguém deCâncer pode ser excelente conse-lheiro sentimental.

Câncer 21/06 a 21/07Mais liberdade para agir - édisto que você precisa hoje

e nos próximos três dias. Organizeseu tempo para isto. Sua rotina vaifuncionar melhor se incluir maisaventura, ideais, entusiasmo. Porisso é bom alargar seus horizontes!No amor, desencontros.

Sagitário 21/11 a 21/12Lua em seu signo convocasua atenção para continuar

cuidando de assuntos pessoais.Escute suas necessidades físicas,emocionais, descanse, divir ta-se,espaireça. Pegue leve no trabalho. Oclima amoroso está deficiente, comdistorções atrapalhando tudo.

Capricórnio 22/12 a 21/01Um amigo ou amigos estãoem momento difícil e preci-

sam de você. É nestes momentosque as amizades antigas e leais sefazem mais necessárias. Ênfaseastral nos compromissos com enti-dades e organizações. Planos preci-sarão ser alterados em breve.

Aquário 21/01 a 19/02Limitações e responsabili-dades dão o clima da sema-

na - e você tem de cumprir com o quefoi prometido! Ainda bem que vocêpode contar com alguém sorridente,bem humorado e otimista - olhe emvolta e aprenda com eles. Abra seucoração para alguém.

Peixes 20/02 a 20/03Vênus e Lua garantemsucesso no plano profissio-

nal, especialmente com estrangeirose pessoas que lidam com o exteriore assuntos correlatos. Sua intuiçãoestá poderosa. Entendimento maior.Movimento no âmbito externo.Percepção aguda do contexto.

APOSTA MÁXIMA - (14 Anos | Estreia)

CINEMARK 4 (Leg) – Hora: 13h10, 15h30,

17h40, 20h00 e 22h05 (sex a qui) | 00h10

(sáb)

MOVIECOM 7 (sex a qui) – Hora: 15h,

17h05, 19h10 e 21h15 (sex a qui)

MATO SEM CACHORRO - (12 Anos | Es-

treia)

CINEMARK 6 (Nac) – Hora:14h, 16h20,

18h40 e 21h (ter a qui) | 11h40 (sáb e dom)

| 23h20 (sáb)

MOVIECOM 4 (Nac) – 14h, 16h30, 19h e

21h30 (sex a qui)

TÁ CHOVENDO HAMBURGUER 2 - (Livre

| Estreia)

CINEMARK 2 (3D | Dub) - Hora: 14h20,

16h40, 19h e 21h20 (sex a qui) | 12h (sáb

e dom)

CINEMARK 3 (Dub) - Hora: 13h20, 15h40,

e 18h (sex a qui) | 20h20 (exceto terça e

quinta)

MOVIECOM 1 (Dub) - Hora:14h, 16h05,

18h10 e 20h15 (sex a qui)

MOVIECOM 6 (3D | Dub) - Hora:15h10,

17h15 e 19h20 (sex a qui)

FAMÍLIA DO BAGULHO - (14 Anos)

CINEMARK 3 (Dub) – Hora: 22h30 (sex a

qui)

MOVIECOM 3 (Dub) – Hora: 14h20 e

19h15 (sex a qui)

AS BEM ARMADAS - (14 Anos)

MOVIECOM 3 (Leg) - Hora: 16h45 e

21h40(sex a qui)

AVIÕES - (Livre)

CINEMARK 7 (3D | Dub) - Hora: 12h50,

15h10 e 17h20 (sex a qui)

MOVIECOM 5 (Dub) - Hora: 14h15 (sex a qui)

BLING RING: A GANGUE DE HOLLY-WOOD - (16 Anos)

CINEMARK 3 (Leg) - Hora: 20h20 (ter e qui)

CINE HOLLIÚDY - (12 Anos)

MOVIECOM 2 (Nac) - Hora: 14h25 e 19h05

(sex a qui)

ELYSIUM - (16 Anos)

CINEMARK 1 (Leg) - Hora: 14h30, 16h50,

19h10 e 21h30 (sex a qui) / 23h50 (sáb)

MOVIECOM 5 (Leg) - Hora: 16h20, 18h40

e 21h (sex, seg a qui) / 16h20 e 20h (sáb

e dom)

INVOCAÇÃO DO MAL - (14 Anos)

CINEMARK 5 (Leg) - Hora: 12h40, 15h,

17h30, 19h50 e 22h10 (sex a qui)

O TEMPO E O VENTO - (14 Anos)

CINEMARK 7 (Nac) - Hora: 19h40 e 22h20

(sex a qui)

MOVIECOM 2 (Nac) - Hora: 16h25 e 21h10

(sex a qui)

R.I.P.D – AGENTES DO OUTRO MUNDO- (12 Anos)

MOVIECOM 6 (3D | Dub) - Hora: 21h25

(sex a qui)

OBS: A programação pode ser alterada

sem prévio aviso. Favor consultar o ci-

nema para confirmar o filme do dia.

CINEMA

HORÓSCOPO

Quarta-feira O Jornal de HOJE 19Natal, 9 de outubro de 2013Cidade

O programa 'Peixe nos Bairros',idealizado e executado pelo Minis-tério da Pesca e Aquicultura (MPA),surgiu como uma forma de incen-tivar a produção e o consumo depescado em todo o Brasil. Segun-do informações do próprio MPA, oconsumo médio de peixe no País éde aproximadamente 9 kg anuaispor habitante, três a menos do quea quantidade mínima recomendadapela Organização Mundial de Saúde(12 kg).

A iniciativa consiste na distri-buição de 'caminhões feira' peloMinistério, mediante permissiona-mento de uso, após seleção préviados interessados por intermédio deprocesso seletivo público. Os bene-ficiários podem ser Órgãos Públi-cos integrantes da AdministraçãoDireta e Indireta e Consórcios deMunicípios.

O caminhão feira é um veículocom carroceria frigorífica adapta-da para armazenagem e comercia-lização de peixe, equipado com câ-maras frigoríficas para pescado con-gelado e fresco, com capacidade detransporte superior a 3,5 toneladase potência superior a 150 cv.

Segundo conta Abraão LincolnJúnior, Superintendente de Pesca eAquicultura do Rio Grande doNorte, o projeto inicial contempla-va ações realizadas apenas duran-

te a semana santa, mas a atuação daSecretaria de Pesca e Aquiculturado Estado permitiu que o progra-ma se tornasse intermitente. "Foipercebido que era necessário au-mentar o consumo de peixe entrea população do RN, então resolve-mos ampliar a atuação do 'Peixe

nos Bairros' para o ano todo. Temosdois caminhões para fazer a cober-tura de todo o Estado, mas a deman-da tem crescido demais, o que nosimpossibilita de seguir nossos cro-nogramas. Por conta disso agenda-mos para esta quarta-feira (9) umaaudiência em Brasília com o mi-

nistro Marcelo Crivella, do MPA,onde vamos solicitar mais dois ca-minhões para nosso Estado. As pro-jeções são as melhores, já que oRN tem os melhores resultados emtodo o País", explica. A média devenda do projeto é de duas tonela-das diárias no Rio Grande do Norte.

Ainda de acordo com Lincoln,o pescado do caminhão feira é ven-dido mais barato, pois elimina osatravessadores. A mercadoria vemda produção excedente das colôniasde pescadores e da Federação dePesca do RN. Durante toda amanhã da última terça-feira (8), ainiciativa esteve no Conjunto San-tarém, Zona Norte da Capital. Naocasião, as pessoas da comunida-de puderam comprar peixes nasvariedades Cavalinha e Sardinha,por exemplo, por apenas R$ 4,00o quilo.

Um dos moradores que apro-veitou os bons preços foi AntônioTeixeira. "Nem tinha me progra-mado para comprar peixe, masvinha passando e vi o preço bom,então resolvi aproveitar. O dinhei-ro está pouco, não pode deixar pas-sar uma oportunidade dessas", co-mentou. A próxima parada do'Caminhão do Peixe' é na cidadede Nova Cruz, nesta quinta-feira.Já na sexta, o destino é o municí-pio de Goianinha.

Natal foi a cidade brasileira quemais evoluiu no tratamento de esgo-tos, de 2010 a 2011, segundo o ran-king do saneamento divulgado peloInstituto Trata Brasil, que analisouos avanços em saneamento básiconas 100 maiores cidades do país.Em 2010, a capital potiguar tinha16,92% do esgoto tratado e em 2011,esse índice subiu para 44,66%, como início das operações da Estação deTratamento de Esgoto Dom Nival-do Monte (ETE do Baldo).

Isso representou uma evoluçãode 27,74 pontos percentuais, a maiordo país. Entre as sete primeiras ci-dades nesse quesito, Natal é a únicado Nordeste. Das outras seis, umadelas está localizada em Minas Ge-rais – Betim, a terceira colocada –e as demais do Estado de São Paulo:Guarulhos (2ª), São José dos Cam-pos (4ª), Taubaté (5ª), Limeira (6ª)e Diadema (7ª).

SANEAR RNO esgotamento sanitário é prio-

ridade do Governo do Estado, quelançou este ano o programa SanearRN, com obras que contemplam18 municípios, por meio da Com-panhia de Águas e Esgotos do RioGrande do Norte. O programa prevêque Natal terá 100% de coleta etratamento de esgotos até 2015.

Somente na capital, serão in-vestidos R$696 milhões para dei-xar a cidade totalmente saneada.Os recursos destinados para aumen-tar a cobertura de esgotamento sa-nitário de Natal são provenientesdo Programa de Aceleração doCrescimento (PAC). A cidade pas-sará dos atuais 36,5% para 100% decoleta e tratamento de esgotos.

Do total de recursos investi-dos, 70% serão destinados à ZonaNorte da capital potiguar, regiãoque hoje tem apenas 3,5% de co-bertura de esgotamento sanitário.Somente com as obras que já estãoem andamento, ao final de 2014,Natal terá 72% de cobertura doserviço.

O Projeto Viva a Cultura, idea-lizado pela Casa Durval Paiva, éum dos dez projetos sociais con-templados no concurso "Volkswa-gen na Comunidade", promovidopela Fundação Volkswagen. Emsua 6ª edição, o concurso registrourecorde de inscrições, com 551 pro-jetos de organizações sociais indi-cados por colaboradores da Volks-wagen do Brasil.

A premiação de 40 mil reais,por entidade, terá investimento emações de transformação social. Acerimônia de entrega foi realizadana última sexta, 04/10, na fábricaAnchieta, em São Bernardo doCampo (SP), sede da Volkswagendo Brasil, e contou com as presen-ças de executivos e colaboradoresda empresa, além dos representan-tes das organizações premiadas ejornalistas convidados.

As instituições vencedoras tam-bém ganharam um curso de Ges-tão de Projetos Sociais visando pre-parar os gestores das organizaçõespara gerir melhor os recursos rece-bidos, garantindo a sustentabilida-de dos projetos, aumentando seualcance e benefícios.

O projeto Viva a Cultura irápropiciar às crianças e adolescen-tes atendidas pela Casa uma práti-

ca terapeutizante, através da músi-ca, teatro, literatura, expressão cor-poral e desenho, promovendo areinserção social numa perspecti-va inclusiva, melhorando assim aqualidade de vida dos pacientes.

Rilder Campos, presidente daCasa, cita a importância do proje-

to para o tratamento dos pacien-tes. “Esse projeto irá estreitar aindamais o vínculo dos pacientes coma arte e a cultura, contribuindoassim para o exercício da cidada-nia e proporcionando a diminui-ção da ansiedade causada pelosprocedimentos invasivos e doloro-

sos do tratamento oncológico, me-lhorando também a autoestima dosmesmos, na medida em que se sen-tirão produtivos e, quando do tér-mino do tratamento, serão reinse-ridos na sociedade com o mínimode perdas possíveis.”, destaca.

Os projetos vencedores serãoacompanhados pela equipe da Fun-dação Volkswagen, que monitora,por meio de visitas técnicas, todoprocesso de implementação dasações propostas, as quais deverãoser realizadas em oito meses.

FUNDAÇÃO VOLKSWAGENAo longo de 34 anos de exis-

tência, a Fundação Volkswagenpromove e realiza ações que con-tribuem para a melhoria da quali-dade da educação pública e que fo-mentam o desenvolvimento socialde comunidades de baixa renda. Aestratégia de atuação baseia-se nodesenvolvimento de um trabalhoarticulado em rede, por meio deparcerias entre os setores públi-co, privado e a sociedade civil or-ganizada (Organizações não-go-vernamentais - ONGs), para, con-juntamente, implementar projetosque influenciem políticas públi-cas e que sejam sustentáveis alongo prazo.

Estado pretende ampliar ofertado programa 'Peixe nos Bairros'EQUIPE LOCAL SE REÚNE COM MINISTRO DA PESCA E VAI SOLICITAR CAMINHÕES

Morador da zona Norte, Antônio Teixeira aproveitou bom preço para comprar peixe

Melhoria foi possível a partir da inauguração da Estação de Tratamento do Baldo

Rilder Campos, presidente da Casa (centro), enfatiza importância do projeto

> INVESTIMENTO EM SAÚDE

Natal é a primeira cidade do paísem avanço no tratamento de esgoto

> RECONHECIMENTO

Casa Durval Paiva é uma das ganhadorasdo 6o Prêmio Volkswagen na Comunidade

Heracles Dantas

Wellington Rocha

Divulgação

Ahomenageada hoje é Glei-

de Morais de Azevedo,

ícone do amor à vida.

Muito cedo teve o diagnóstico de

diabetes infanto juvenil, e suas

consequências, mas nunca deixou

que a mesma a tornasse uma pes-

soa infeliz. Exemplo de supera-

ção, realizou todos os seus dese-

jos, o maior deles, gerar com o seu

esposo, uma filha que passou a

ser a maior razão de sua vida.

HISTÓRICOMaria Gleide Morais de Aze-

vedo nasceu em 12/07/1945, filhade João Justino de Morais e Mariada Paz Correia de Morais, numafamília de cinco irmãos.

Na infância se destacava pelaluta incansável de viver de bemcom uma diabetes, que no decor-rer dos anos, tornou-se sua me-lhor amiga. Concluiu o curso deDireito, mas ao se casar comHumberto Azevedo, abdicou dasua profissão e juntos foram ad-ministrar o Restaurante Xique-Xique.

Mãe de uma única filha,Annie, a sua maior razão de viver,dividia o seu tempo entre o tra-balho, a família e o lar com muitamaestria. Possuidora de uma le-gião de amigos, sempre conse-guia um tempo para dedicá-losum sorriso, uma palavra amiga eum carinho, a quem teve o pra-zer de conviver com ela.

Gleide, como era chamada,vivia intensamente cada dia queDeus lhe proporcionou, vencen-do a instabilidade de sua saúde,sempre com uma fé que lhe con-tagiava e lhe dava força para rea-lizar atividades e sonhos commuita disposição e um grandealto astral.

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A MELHOR COMPANHEIRA"Minha mãe foi pra mim, a

melhor companheira, a melhoramiga, que me deu muito amor,carinho e cuidado, me ensinou ocerto e o errado, os valores davida e o valor de uma amizade,no pouco tempo de vida que Deusdeterminou.

Com ela aprendi a cuidar dequem ama, ainda na minha in-fância. Ela me fez enfrentar de-safios prematuramente e sentirque a saúde é o nosso bem maior.

A saudade é eterna, mas meconforto com a certeza de suaproteção e com a lembrança demuitos momentos bem vividosao seu lado."

ANNIE, filha

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AMOR E ATENÇÃO"Sinto saudades da minha

avó. O pouco tempo que convi-vi ao seu lado, foi marcado pormuito amor e atenção que elatinha por mim. Apesar de sercriança, aprendi com ela liçõesde respeito e ajuda ao próximo.Aprendi ainda que apesar dosproblemas de saúde, a pessoapode ser feliz!

Recordo de muitos momentosvividos com ela, brincadeiras eensinamentos que jamais esque-cerei. Sei que ela está perto deDeus e olha por mim, pela minhamãe e pelos meus irmãos que elanão conheceu."

RODRIGO, neto

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UNIÃO PERFEITA"Namorei Gleide nove anos.

Viramos irmãos. Casamos e nostornamos companheiros para oque desse e vienhesse. A nossaunião foi registrada até na JuntaComercial do Estado, pois cria-mos uma sociedade empresariala qual foi tão perfeita, quanto ocasamento, o Restaurante (XiqueXique). Ainda quando namorá-vamos, fazendo o curso de Di-reito, Gleide sentia alguns pro-blemas de saúde. Passou algumtempo para descobrir porque na-quela época diabetes não era tãocomum. Diabetes infantojuvenilsem aceitação de uma pacientejovem e sem cumprir um trata-mento adequado, termina emcoma. Ela chegou a esse grau.

Depois foram surgindo espe-cialistas e com tratamento ade-quado passou a viver melhor coma doença mas, sempre um poucorebelde ao tratamento. Casamose como toda mulher, queria terfilhos. "Mulher diabética ter fi-lhos. Nem pensar". Era o que seouvia falar.

Dizer para Gleide que algonão podia, era uma incentivo parafazer. Com ajuda e dedicação dadoutora Socorro Santos conse-guimos seu maior desejo na vida,Uma filha. A nossa única Annie.Açúcar no sangue de uma pes-soa é como água em gasolina deum automóvel, não funciona beme causa enorme desgaste.

Quando já tínhamos um negó-cio em bom andamento e umafilha já atingindo idade e conhe-cimentos além do colegial, osefeitos da diabetes foram surgin-do. Primeiro tratamento delica-do foi aplicação de Laser nofundo do olho. Depois transplan-te renal e num tempo mais adian-te amputações de membros infe-riores. Nada disso a impediu detrabalhar com afinco, conhecergrande parte do mundo cami-nhando ou em cadeira de rodas eo melhor, nunca perder o bomhumor.

HUMBERTO AZEVEDO, esposo

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FÁBRICA DE AMIZADES

MARIA GLEIDE MORAISDE AZEVEDO, uma irmã quetodos gostariam de ter. Simples,amiga, amorosa, conselheira,enfim uma fábrica de fazer ami-zades. Tinha uma vontade semigual de viver. Infelizmente nosdeixou aos 48 anos de idade, masa saudade e sua presença conti-nuam em nossas vidas.

Aprendi muito com ela por-que era uma figura que passavatranquilidade, alegria e amor.Mesmo na doença nunca se la-mentou. Pelo contrário, era quemtransmitia mais força para quemestava junto. Convivemos muitopróximos, enquanto viveu. Tí-nhamos uma sincronia perfeita,entre dois irmãos. Graças a Deusaproveitou muito a sua passagempela vida distribuindo caridade,amor, solidariedade e alegria.

Não tenho como dimensionara saudade e a falta que ela nos faz,mas tenho certeza que Deus re-servou um lugar especial paraesta pessoa fantástica.

Gleidinha, continuo seguin-do suas orientações e conselhos.Um dia quando nos encontrar-mos direi com alegria que vocêpartiu cedo, mas deixou uma filhaque honra sua ausência.

Espero um dia merecer omesmo lugar onde você está.

Beijos e saudades eternas, dequem nunca lhe esquece.

ALBIMAR CORREIADE MORAIS,

(irmão)

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ALEGRIA DE VIVERFalar de Gleide ou sobre Glei-

de é fácil porque ela era uma pes-soa de fácil convivência e queamava a vida com todas as suasnuances. Gostava de viver e con-viver com amigos e principal-mente com seus familiares.

Dona de muita generosidadesem esperar retorno.

Apesar das limitações físicascom que teve que lidar durante al-guns anos de sua curta existência,nunca se ouviu Gleide reclamarou se lamentar. Sempre tinha umsorriso ou uma palavra de incen-tivo para todos que dela se apro-ximavam.

Conseguiu, também, realizartodos os seus sonhos de vida taiscomo viajar pelo mundo inteiroe constituir família, gerando umafilha linda.

Gleide partiu desta vida nãosem antes realizar outro grandesonho que foi conhecer seu pri-meiro netinho.

Deixou para nós seus fami-liares e amigos uma grande la-cuna, muita saudade e um lindoexemplo de vida a ser seguido.

ESMERILDA ALVESCORREIA, cunhada

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LEMBRANÇAS QUE NÃOSE APAGAM

Apesar do pouco convívio

que tivemos por diferença deidade, algumas coisas me mar-caram na pessoa de Tia Gleidinha.Era assim que eu a chamava.

Uma era que quando ela es-tava comigo sempre estava por in-teira. Se dedicava aquele momen-to como se fosse único.

Outra era a vontade de vivere a luta dela contra o diabetes,sempre com bom humor.

Lembro também, quando iavisitá-la, já hospitalizada e elasempre de olhos fechados. Masquando o meu pai (Albimar) che-gava, ela mesmo inconscienteabria os olhos e ficava assim, atéque ele se retirasse. Ele semprese despedia prometendo voltarno dia seguinte. Ela faleceu exa-tamente num sábado, após a vi-sita matinal dele, como se o es-perasse para descansar de umaluta da qual, ela nunca se sentiacansada.

Tenho certeza que um dia,vamos todos nos encontrar parao café com tapioca do sábado àtarde, como ela gostava de fazer.

Estas são minhas lembrançase ninguém pode apagar. SaudadesTia Gleidinha.

DANICA , sobrinha

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CUMPLICIDADETia Gleidinha, pessoa genero-

sa, carinhosa, lembranças gosto-sas!

Lembro de como eu ficavafeliz quando estávamos juntas eperguntavam: É sua filha? E ela,também feliz respondia que não,mas que eu parecia muito com elaquando criança... e nos olháva-mos com olhar de cumplicidade.

Às vezes sonho com ela esempre é um sonho bom.

É uma saudade que perma-nece até hoje.

NAYA, sobrinha

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MULHER ADMIRÁVELAh, que saudades... mulher

admirável e corajosa, nunca a viabalada, mesmo nos momentostão difíceis. Ao contrário, semprebem humorada, sempre de bemcom a vida. Compartilhamos demuitos momentos felizes, na praiade Cotovelo e Pirangi, e os pas-seios de Selvagem que ela tantoamava. Cheguei a acompanhá-laem viagem ao Rio de Janeiro,para consulta médica em relaçãoao transplante. Adotei Anniecomo minha filha, nas ausênciasde Gleide no seu tratamento.Acompanhava junto com a minhafamília, todo o processo de suaenfermidade, ao lado dos queri-dos Humberto e Annie.

Feliz aquele que teve o privi-légio de tê-la como amiga.

CONCEIÇÃO SOUZA,comadre

Érika Nesierikamnesi@hotmail.com

Cidade Quarta-feira20 O Jornal de HOJE Natal, 9 de outubro de 2013

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