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C M Y K TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO SIGA-NOS NO TWITTER: ACESSE SITE: 16 @jornaldehoje www.jornaldehoje.com.br EMAIL REDAÇÃO: [email protected] Dólar comercial R$ 2,77 Dólar turismo R$ 2,86 Dólar/Real R$ 2,77 Euro x real R$ 3,15 Poupança 0,50%/0,41% Taxa Selic 12,25% INDICADORES: História da eleição na Assem- bleia. A melhor cerveja de 2014. Aromas de flor de sal. Hemetério Gurgel Página 14 Daniela Freire Página 12 Medicamentos: Prefeitura de Natal é acusada de comprar demais e desperdiça. Vicente Serejo Página 13 Marcos A. de Sá Página 7 Negociações apontam para novos voos no RN, sendo um internacional e outro regional. Sylvia Sá (Interina) ESCREVEM ARTIGOS NA EDIÇÃO DE HOJE Dalton Mello de Andrade Jurandyr Navarro Públio José Marco Emerenciano Augusto Coelho Leal Ronaldo Fernandes OPINIÃO - Página 2 Pensando bem, não teria sentido um Alexis com setenta anos, vendo o tempo passar. R$ 2,00 jornaldehoje.com.br Sabado e Domingo Ano XVIII NATAL-RN, 7 E 8 DE FEVEREIRO DE 2015 Nº 5.157 Vereadores do PMDB querem Walter Alves prefeito de Natal LIDERANÇAS COM ATUAÇÃO NA CAPITAL DEFENDEM CANDIDATURA PRÓPRIA E APONTAM O DEPUTADO FEDERAL COMO O MAIS FORTE. GARIBALDI DIZ QUE NÃO TEM COMPROMISSO COM CARLOS EDUARDO POLÍTICA 3 Fotos: José Aldenir José Aldenir Setor produtivo quer negociação direta para reduzir perdas com feriados > CRISE NO BRASIL ECONOMIA 7 Assaltantes usam a escadaria Darcy Vargas para surpreender as vítimas e também como rota de fuga Robinson determina que plano de combate à seca esteja pronto até o final do mês > RECURSOS HÍDRICOS POLÍTICA 5 Arena do Morro recebe prêmio internacional de melhor arquitetura > MÃE LUÍZA CIDADE 8 Inaugurado em abril de 2014, o centro de esportes e lazer aberto à comunida- de mudou a realidade de crianças e jovens, além de ter ajudado a diminuir a cri- minalidade nas proximida- des do Farol de Mãe Luiza. EUA, Europa e RJ são os destinos mais procurados > CARNAVAL DO NATALENSE CIDADE 13 Bandidos atacam pacientes e médicos do Onofre Lopes > INSEGURANÇA CIDADE 10 Jogadores do ABC esclarecem dúvidas sobre arbitragem > ESTADUAL ESPORTE 15 ‘Voluntários do Surf’ realiza curso para novos árbitros > PROJETO SOCIAL CIDADE 8 Objetivo da Associação de Surf de Ponta Negra é ajudar na formação cidadã de crianças e jovens apaixonados pelo esporte Heracles Dantas

07022015

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Page 1: 07022015

C M Y K

TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO

SIGA-NOS NO TWITTER:ACESSE SITE: [email protected] REDAÇÃO:[email protected]

Dólar comercial R$ 2,77Dólar turismo R$ 2,86Dólar/Real R$ 2,77

Euro x real R$ 3,15Poupança 0,50%/0,41%Taxa Selic 12,25%

INDICADORES:

wHistória da eleição na Assem-bleia. w A melhor cerveja de2014. w Aromas de flor de sal.

HemetérioGurgel

Página 14

DanielaFreire

Página 12

w Medicamentos: Prefeitura deNatal é acusada de comprardemais e desperdiça.

VicenteSerejo

Página 13

Marcos A. de Sá

Página 7

w Negociações apontam paranovos voos no RN, sendo uminternacional e outro regional.

Sylvia Sá(Interina)

ESCREVEM ARTIGOS NA EDIÇÃO DE HOJE

Dalton Mello de Andrade

Jurandyr Navarro

Públio José

Marco Emerenciano

Augusto Coelho Leal

Ronaldo Fernandes

OPINIÃO - Página 2

w Pensando bem, não teriasentido um Alexis com setentaanos, vendo o tempo passar.

R$ 2,00 w jornaldehoje.com.brSabado e Domingo Ano XVIII w NATAL-RN, 7 E 8 DE FEVEREIRO DE 2015 w Nº 5.157

Vereadores do PMDB queremWalter Alves prefeito de NatalLIDERANÇAS COM ATUAÇÃO NA CAPITAL DEFENDEM CANDIDATURA PRÓPRIA E APONTAM O DEPUTADO

FEDERAL COMO O MAIS FORTE. GARIBALDI DIZ QUE NÃO TEM COMPROMISSO COM CARLOS EDUARDOPOLÍTICA 3

Fotos: José Aldenir

José Aldenir

Setor produtivoquer negociaçãodireta para reduzirperdas com feriados

> CRISE NO BRASIL

ECONOMIA 7

Assaltantes usam a escadaria Darcy Vargas para surpreender as vítimas e também como rota de fuga

Robinson determinaque plano de combateà seca esteja prontoaté o final do mês

> RECURSOS HÍDRICOS

POLÍTICA 5

Arena do Morrorecebe prêmio internacional demelhor arquitetura

> MÃE LUÍZA

CIDADE 8

Inaugurado em abril de2014, o centro de esportese lazer aberto à comunida-de mudou a realidade de

crianças e jovens, além deter ajudado a diminuir a cri-minalidade nas proximida-des do Farol de Mãe Luiza.

EUA, Europa e RJ são osdestinos mais procurados

> CARNAVAL DO NATALENSE

CIDADE 13

Bandidos atacam pacientese médicos do Onofre Lopes

> INSEGURANÇA

CIDADE 10

Jogadores do ABC esclarecem dúvidassobre arbitragem

> ESTADUAL

ESPORTE 15

‘Voluntários doSurf’ realiza cursopara novos árbitros

> PROJETO SOCIAL

CIDADE 8Objetivo da Associação de Surf de Ponta Negra é ajudar na formação cidadã de crianças e jovens apaixonados pelo espor te

Heracles Dantas

Page 2: 07022015

Sábado e Domingo2 O Jornal de HOJE Natal, 7 e 8 de fevereiro de 2015 Opinião

Artigo

RONALDO FERNANDES, EngenheiroAgrônomo

Os difíceiscaminhos daagricultura (1)

Nenhuma atividade produtiva é tãodependente de fatores externos quantoessa nobre e antiga exploração, exercidapelos agricultores em todos os quad-rantes da terra. Segundo dados cientí-ficos, ela surgiu há cerca de 11 milanos, antes do homem formar asprimeiras civilizações e persiste aolongo da história da humanidade.

A relação direta com o meio am-biente a faz dependente de fatores nat-urais como qualidade do solo, clima:chuva, temperatura, ventos, luminosi-dade, e aspectos da natureza biológicacomo pragas e doenças inerentes a cadaespécie cultivada. Em paralelo, é sub-ordinada às leis do mercado, conjun-turas favoráveis ou não, políticas públi-cas, decisões de governo, mão de obrae outros elementos, que são determi-nantes dos preços dos seus produtos.

Por outro aspecto, é inegável osavanços das ciências agronômicas e damedicina veterinária disponibilizadaspelo ensino, pesquisa e extensão. Sãonovas variedades de plantas com car-acterísticas de maior resistência àcondições climáticas exigindo por ex-emplo menos água, plantas mais pro-dutivas e de grande imunidade à de-terminadas pragas e doenças, o controlebiológico em diversas culturas, assimcomo o melhoramento animal dos re-banhos de animais de pequeno porte ede aves, associado as novas técnicasde alimentação, manejo e sanidade.

Nos países de clima temperadoonde as quatro estações do ano de-marcam o calendário agropecuário,torna-se menos difícil desenvolver asexplorações, pois os riscos climáticossão mais previsíveis. Além do mais, nomundo desenvolvido eles sabem quetrata-se de uma atividade especial e es-tratégica para alimentar a população, daía existência de várias formas de subsí-dio ao produtor rural. É importante queele continue no campo, produzindo eabastecendo os centros urbanos.

O Brasil vem sofrendo nos últimosanos uma irregularidade climática semprecedentes. O sul, Sudeste e Centro-Oeste com as reservas hídricas secan-do, ameaça de racionamento nasgrandes metrópoles, e prejuízos nosmúltiplos segmentos econômicos esérias restrições no fornecimento deenergia elétrica de fonte hidráulica.

A questão climática é complexa edivide opiniões. Para uma corrente decientistas ela decorre da intervençãohumana, promovendo a emissão de-senfreada de gases que poluem a at-mosfera e provocam o aquecimentoglobal. Outros, apontam para a atividadesolar, com suas manchas e explosões nointerior do astro rei, com reflexos emtodo sistema. Há ainda estudiosos, queconsideram as mudanças climáticascomo consequência do ciclo natural doplaneta e de seu alinhamento em re-lação ao sol. O fato concreto é que osefeitos estão presentes nas áreas ruraise urbanas da terra e são sentidos portodos nós.

O Nordeste vem enfrentando maisuma seca, tão frequente na região quejá entra para seu terceiro ano. Nenhu-ma novidade, ela ocorre de maneiracíclica desde o inicio dos tempos. Aatual tem uma característica, expandiu-se do sertão ao litoral canavieiro emnosso estado e as notícias informamigual situação nos vizinhos Paraíba ePernambuco.

A agricultura tradicional depen-dente de chuvas, vem gradativamentereduzindo áreas ou sem crescimento,por força da quebra de safras. A mar-cha campo cidade é irreversível. Oscentros urbanos oferecem grandes atra-tivos: escola, hospital, maternidade,comércio, lazer, opção de emprego eainda, a indução dos programas soci-ais do Governo Federal. Hoje na zonarural não se acha mais trabalhadoresdiaristas. Só na agricultura familiar,com suas limitações de área e capitalconsegue-se força de trabalho própria.

Afora os polos regionais de fruti-cultura irrigada de Juazeiro-Petrolina,Açu-Mossoró e Jaguaribe no estado doCeará, onde se pratica alta tecnologia,todo semiárido no lado setentrional daregião sofre pesadas perdas naagropecuária. A cajucultura, principallavoura de sequeiro, a mortandade deplantas é superior a 50% dos 120 milhectares implantados no RN. O Cearáe PiauÍ com áreas respectivas de 400mil e 180 mil hectares, as perdas sãosemelhantes. A produção de grãos porser a mais sensível, praticamente nãoexiste, e a pecuária, sobretudo a bov-ina, registra séria redução em seu efe-tivo. Até nas áreas de irrigação jácitadas, existem restrições hídricas eas novas tarifas de energia vão elevaros custos de captação e bombeamento,com reflexos nos preços dos produtosao consumidor.

w w w . j o r n a l d e h o j e . c o m . b rDIRETOR-EDITOR

Marcos Aurélio de SáDIRETOR ADMINISTRATIVO

Marcelo SáDIRETORA DE REDAÇÃO

Sylvia Sá

EDITORESDanilo Sá

Fernanda Souza

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EDITOR DE ESPORTESFábio Pacheco

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Artigo MARCO EMERENCIANO, colaborador ([email protected])

O MistralQuando chegamos a Cadaqués o

sol ainda não havia se recolhido to-talmente. Seriam umas nove horas deuma primavera que já via o verãobem perto, perto mesmo. Havia bas-tante gente no "Passeio Marítimo",entre nativos e visitantes. Alguns res-taurantes, na proporção do que a pe-quena aldeia comporta, já começa-vam a servir o jantar. Deixamos obarco e sentamos numa mesa do ladode fora para tomar o tão esperado ape-ritivo, afinal também somos filhos deDeus. Pedimos 'cava' para brindar eo garçom disse que a 'tapa' era corte-sia da casa.

Cadaqués é hoje uma pequena ci-dade de veraneio com forte apelo tu-rístico e cultural, isolada por monta-nhas do restante da região do Empor-dá, na província catalã de Girona. Asua história indica que o povo viviaexclusivamente da pesca até finais doséculo XIX. Como a cidade está entrerochas, formam-se pequenas enseadasque ali eles chamam de 'calas', comareia grossa e pedras simétricas. Sobreela já me referi em outro texto 'Umolhar sobre Cadaqués', neste mesmoespaço.

O grupo estava empolgado como relato do 'Maiorquino' sobre os ven-

tos da região. Então perguntamos seele, como desbravador de mares, podiafalar sobre algum outro tipo de vento,já que entrava uma brisa fria . Foientão que disse que o 'Mistral', umvento que transporta ar de alta densi-dade descendo a encosta devido àação da gravidade, é muito respeita-do. Também chamado de 'vento deoutono', é seco e frio.

Na região de Aragón tem o nomede 'cierzo' e é um vento do noroestee as vezes do norte, que sopra dascostas do Mediterrâneo para o mar,entre a desembocadura do Ebro e Gê-nova. Vento frio, seco e violento, atin-ge normalmente os cem quilômetrospor hora e chega a passar dos duzen-tos. Sua causa pode ser o esfriamen-to noturno do solo nas regiões costei-ras, mas quando sopra muito forte sedeve a uma elevação da pressão at-mosférica no noroeste europeu. Nessecaso, o ar polar flui para as baixaspressões do Mediterrâneo e ao en-contrar os obstáculos opostos pelo re-levo, como os Pirineus ou os Alpesfranceses, por exemplo, passa pelasentranhas que existem, então sua ve-locidade um incremento considerá-vel. Na França é um vento frio donorte do golfo de León, provocado

por uma depressão no golfo de Gê-nova. Chega a ser especialmente in-tenso no vale do Ródano e em Mar-selha.

Marselha convive durante a me-tade do ano com os ventos fortes doMistral. Também afetam o tempo nasIlhas Baleares, no norte de África, naCórsega, Cerdanya, Sicilia, Malta,particularmente quando um sistema debaixa pressão se forma no Golfo deGênova.

Passados alguns minutos de con-versa, chega o 'camarero' com as taçasde 'cava', na temperatura apropriadapara saborear a bebida típica da Ca-talunha. Olhamos para a bandejavimos que trazia umas fatias de pãocamponês generosas, com tomatesfrescos esfregados em cima e azeitesuficiente. Sobre elas repousavamumas anchovas com uma bela aparên-cia. Disse, para nossa alegria, que eraoferta da casa. É que começava na-quele dia o festival cultural de músi-ca de Cadaqués e que as anchovasproduzidas naquela pequena cidade ti-nham tradição secular. Uma delícia.Mas sobre essa iguaria gastronômicada região prometo falar outro dia,pode acreditar.

Artigo PÚBLIO JOSÉ , jornalista ([email protected])

Pelo mundo afora - embusca de papel higiênico!

Há um ditado popular que asse-gura existir para cada mulher umhomem. Por mais feio, fedorento,desdentado, desajeitado, pobre,burro, tapado, grosso, ignorante, quealguém seja, ou, por outra, com qual-quer atributo (ou desatributo) quepossua, dificilmente alguém - sejahomem ou mulher - fica desacom-panhado. É como se para cada fe-chadura houvesse uma chave. Adap-tando esse raciocínio ao campo po-lítico, pode se afirmar que para cadaideologia existe uma plateia corres-pondente. A História não nos deixamentir. Ao longo do tempo, reis, im-peradores, generais, mandatários,enfim, de qualquer índole, semprecontaram com (muitas vezes nume-rosíssimos) seguidores. Não à toa,pode ser relembrado aqui o episó-dio ocorrido em 18 de novembro de1978 na Guiana, quando o líder re-ligioso Jim Jones levou à morte cen-tenas de pessoas, a maioria por en-venenamento.

O argumento? O de que a "terramãe" (os Estados Unidos), se trans-formara no império do Satanás -com isso, mantendo-as confinadasna selva da Guiana até a morte. JáAdolf Hitler conduziu a nação alemãà prática de crimes horrendos combase na pureza da raça ariana. Ora,ora! Para cada louco uma plateia;

para cada ideologia - por mais iló-gica - multidões dispostas a dar-lhecrédito. Nesse contexto, a Américado Sul também não fica atrás. Sobo manto de uma tal "revolução bo-livariana", a Venezuela está sentin-do de perto o péssimo negócio quefez ao dar ouvidos a Hugo Chávez.Seu período no poder coincidiu como boom consumista mundial, com asexportações de petróleo trazendofartos recursos a Venezuela - e a elealtíssimos índices de popularidade.Tanto dinheiro o elevou à líder re-gional, em condições até de enxer-gar a implantação do bolivarianis-mo em outros paises.

No Brasil, várias vertentes departidos de esquerda - órfãos de pro-fetas e gurus em razão da queda doMuro de Berlim, da derrocada daUnião Soviética e de outros acon-tecimentos semelhantes mundo afora - entregaram-se de corpo e almaàs teses chavistas, tentando, de todasas maneiras (algumas até ao arrepioda lei), implantá-las em solo brasi-leiro. E os frutos resultantes? NoBrasil, um desastre. A mistura delulopetismo com bolivarianismo deuno que deu: inflação alta, baixo cres-cimento, corrupção incontrolável,entre outras mazelas - Petrobrás nodestaque. Na Venezuela, o sucessorde Hugo Chávez, Nicolás Maduro,

deu de cara com outra realidade eco-nômica - e está levando o país àbancarrota. A China não é mais odragão devorador de commodities epetróleo como antes, fato que fezseus preços descerem a ladeira,muito em função da produção depetróleo americano extraído de xisto.

Em vista de tal realidade, e pelanão priorização em infraestrutura,a Venezuela escorrega em direção aocaos social e econômico com o qualo bolivarianismo não sonhava, em-bora, paradoxalmente, Maduro tenhasido reeleito presidente (diz a opo-sição em eleições vergonhosamen-te fraudadas), e ainda conte comsimpatizantes suficientes para con-tinuar a tomar as mais loucas atitu-des. Enquanto isso, a inflação dis-para, o crescimento é zero, o desa-bastecimento de gêneros de primei-ra necessidade se generaliza, in-cluindo papel higiênico - e Madu-ro nem, nem. Quem faz crítica é ta-xado de traidor da pátria, a liberda-de de Imprensa inexiste e o Parla-mento e o Judiciário endossam todatipo de patifaria. Recentemente, emverdadeiro tour, visitou a China ten-tando recursos para tapar o rombo.Será que a China lhe deu dinheiropra comprar papel higiênico? Trá-gico. Ou será ridículo?

Artigo AUGUSTO COELHO LEAL, engenheiro civil,([email protected])

Antigos CarnavaisSem dúvida nenhuma os anti-

gos carnavais eram diferentes doscarnavais atuais. Havia carnaval nasruas, avenidas e nos clubes. Hojeaqui em Natal, pouco se houve falar,e pouco se tem para oferecer. Car-naval nos clubes não existe, nas ruaspoucos heróicos cidadãos procuramrevitalizar. mas...

Os blocos formados de jovensdesfilavam pelas ruas, em cima dealegorias construídas nas carroce-rias de caminhões ou em carroce-rias puxadas por tratores agrícolas,visitavam residências familiares pre-viamente avisadas. Estas visitas ti-nham o nome de assaltos, onde odono da casa recebia os blocos quepor lá cantavam e dançavam as belasmúsicas carnavalescas de letras me-moráveis, lembradas até hoje. Nes-tas ocasiões eram oferecidas comi-das e bebidas a vontade.

Algumas musicas ficaram emminha memória. "Zé Corneteiro, ca-sado com um peixão, levou sua mu-lher, pra mostrar ao batalhão, nooutro dia, por ordem do major, o Zéfoi promovido, Corneteiro Mor."Vejam que corno naquela época erauma raridade, tão raro que era can-tado. Hoje tem mais corno por esses"Brasis" do que alistados no BolsaFamília. "Olha a Cabeleira do Zezé,será que ele é, será que ele é? Seráque ele é bossa nova, será que ele éMaomé, será que ele é transviado?Mas isto eu não sei se ele é?" Repa-rem que ser "bicha" era também uma

"fruta" rara, cantada em versos eprosas, hoje? Deixa pra lá. Mas amúsica que me lembro mais nestemomento, devido o episódio danossa Assembléia Legislativa, quepara mim abriu o baile de máscaramais cedo, é Máscara Negra, quetem uma parte que diz: "Na mesmamascara negra, que esconde o teurosto, eu quero matar a saudade, voubeijar-te agora, não me leve a mal,hoje é carnaval." E haja carnaval,com a nossa paciência, pobres mor-tais entregues a fúria de um bocadode feras brutas. A música é bonita,mas o episódio para mim foi cons-trangedor, e nem por perto de lá pas-sei.

Mas, voltemos aos antigos car-navais. Tinha o corso. Uma área derua ou ruas previamente estabeleci-da, isolada, com policiais - que be-leza, tinha policia nas ruas. Eu melembro bem do corso na AvenidaDeodoro. Certa vez, em um destescarnavais Chico Araújo, conhecidocomo Chico Bola Preta, meu cole-ga e amigo, aprontou uma com Ivanda Confeitaria Atheneu. Estávamosna Confeitaria e Ivan queria ir coma sua família para o corso na Ave-nida Deodoro. "Expulsou" todos nóse fechou o seu estabelecimento. Eraépoca da repressão. Antes de Ivansair, Chico tinha um batom verme-lho e escreveu com letras garrafaisna lateral da Kombi - abaixo a dita-dura. Ivan e o resto da família nãoviram, pois a porta do motorista em-

perrou e todos só entravam pelo ladodos passageiros. Resultado, quandoIvan passou a patrulha policial pren-deu o pobre, e foi uma confusão da-quelas, mas ele era muito conheci-do, explicou a "autoridade compe-tente" e essa mandou soltar Ivan.

Outra música antiga, mas queestá muito atual, e deve ser cantadapor Lula, Dilma, e orquestra é: "Eivocê aí, me dá um dinheiro aí, medá um dinheiro aí." Esta é muitoreal, pois quem conhece a musicaque fala em dinheiro e grande con-fusão, está vendo a grande confu-são que está dando, "o mar está maispara baiacu de que para sereia." Ouseja, mais para Graça Fostes do quepara Graça Foster. Falando em mar,acho que a "lula" vai ser prato indi-gesto neste carnaval.

É como ninguém é de ferro -fora o homem, eu ainda canto "Euqueria ser uma abelha pra pousar nasua flor, haja amor, haja amor." Émelhor sonhar do que cantar hajaroubo, haja corrupção, haja canalhi-ce. Eu vou para Cotovelo, pois láfico longe dos "Zés" da vida. Lá es-cuto o profeta Pijuriu, tenho um bompapo com Marco Emereciano, RuiCâmara, Nascimento, Múcio Nobree outros, com boas bebidas e bonstira gosto - ou é bota gosto? A casade Dona Alzira que para disfarçar eladiz também ser minha, estar à dis-posição dos amigos. Mas com umacondição: avisem antes de chega-rem, ok?

Endereço telegráficoO email de antigamente. Todas as

pessoas, jurídicas ou físicas, podiamter o seu endereço telegráfico registra-do no Correio. Não sei se ainda existeisso. A da firma de meu pai, que foiaberta em 1932 - e ainda hoje funcio-na - tinha como endereço o meu nome.E o endereço, como o email hoje, erainternacional.

Telegrama era caro. Você pagavapor palavra e, quanto mais breve e ob-jetivo, menos você gastava. O registrodo endereço lhe garantia usar apenas umnome, em vez de nome, rua, número,cidade, estado e país. Daí veio essa his-tória de linguagem telegráfica, ou seja,curta, objetiva, direta. Nada de pontua-ções, adjetivos e advérbios.

Comecei a trabalhar na nossa firmaainda aos nove ou dez anos. Quandosaía do colégio, o Pedro Segundo, naRibeira e perto do escritório, ia para láe a minha obrigação inicial era ir aoCorreio. Também havia o registro decaixa postal; sua correspondência eradepositada nessa caixa, e você não de-pendia do carteiro. Pegava suas cartasa qualquer hora do dia. Também ia pas-sar telegramas, ou seja, enviar os tele-gramas que por acaso existissem. Osque chegavam, o correio entregava ime-diatamente. Até que funcionava. Àsvezes, eram demorados, especialmen-te telegramas internacionais.

Surgiu então uma empresa ingle-sa, a Western Cable & Telegraph, queera usada quando havia pressa, especial-

mente para telegramas internacionais.A entrega era imediata. Quando havianecessidade, embora mais cara, tam-bém era usada para telegramas dentrodo Brasil. Dependendo de seu contra-to, mandavam estafetas buscar os tele-gramas à transmitir em sua empresa.Ainda por cima, quando o telegrama eraurgente, lhe telefonavam o texto e oentregavam logo em seguida. Funcio-nava, e como.

Com as melhorias nas comunica-ções, primeiro com o telefone, agoracom os emails, os telegramas perde-ram sua utilidade. Hoje, ainda existem,e de vez em quando eu uso, para men-sagens protocolares, como parabénsem aniversários e casamentos. Como aspróprias cartas, que praticamente desa-pareceram. Hoje, pelo correio, só con-tas para pagar e, mais das vezes, che-gam atrasadas e com vencimento ultra-passado. Eu mesmo, que cansei de es-crever cartas no tempo que trabalhavacom meu pai - cuja firma começoucomo um escritório de representações,onde a "alma do negócio" é a corres-pondência - , anos fazem que não es-crevo uma carta; nem vou ao Correio.Uso email para tudo, o tempo todo.

Como radioamador, há quase ses-senta anos, acompanhei a evolução dascomunicações por aqui. Conhecendobem o assunto, utilizando os novosmeios assim que surgiam, ainda mesurpreendo com as novidades. E as usotodas assim surge a oportunidade.

Artigo DALTON MELLO DE ANDRADE, professor universitário - aposentado ([email protected])

Praias - 03Situada no coração da Cidade, a

praia do Meio exibe-se qual típica praiade marés traiçoeiras. Nela, os banhis-tas terão de se acautelarem ou se meta-mor-fosearem em Perseu, para, comsua coragem, enfrentarem as ondas emfúria da sua fabulosa Medusa, que co-brem os locais daqueles extensos ar-recifes. Em quase todos os seus tre-chos o perigo é ameaçador.

Assemelha-se, às vezes, quandovisitada pelo mau tempo, ao clima psi-cológico do porto de Áulide, àsvésperas do sacrifício da virgem Ifigê-nia, quando o vento adverso adiou apartida da frota grega de mil navios, emdemanda de Tróia, que ia resgatar He-lena, a mulher mais bela do mundo.

Praia de caldeirões! Quantos nãodesfaleceram e foram tragados por suaságuas indomáveis! É a linda praia a demais elevado índice obituário. Em cer-tos dias fatídicos, suas verdes ondasparecem tomadas por impulsões es-quisitas, formando perigosas cor-rentezas.

É ali o domínio de Melpômene, amusa da tragédia.

Encanta aos olhos quando con-templada da balaustrada da avenida.Mas, ái daquele que se deixar seduzirpelo canto mavioso de suas vagas! Obanhista deve se premunir ao se aden-trar no seu líquido salinoso salpicadode espumas.

A sua visão deslumbrante éenganosa como enganosa a miragemdo deserto.

Enganosa como as águas do poçodo Vale da Morte, do deserto de Neva-da. Ao viajor que ali chega sedento,após atravessar largo percurso de areiascálidas, avista um pequeno poço deáguas límpidas que se assemelha a umespelho de cristal. Parecem puríssimas.Mas, ái daquele que a bebe. Elas con-têm arsênico, diluído do seu leito sed-imentar, daí a sua diafanidade. Sãoáguas que matam de dores atrozesquem delas tenta desalterar a sede.

O mesmo se dá com o meio aqu-oso dessa praia natalense, vista do altoda balaustrada da avenida: cenáriomagnífico, mas que esconde o perigomortal da emboscada.

Nessa praia a alegria explode como sol da meia noite, nos seus bares,restaurantes e barracas à beira-d'água,nos fins de semana.

É a praia da Noite, toda ilumina-da e festiva e de música colorida porcan-ções para todos os gostos e praz-eres de enlevo sensitivo.

Uma vez por mês, a lua cheia éconvidada a participar da festa, emoldu-rando, com seus raios de prata, o es-plêndido cenário marinho.

Pirangi do Norte é uma praia ale-gre a qualquer hora, como se nela palpi-tasse o coração de uma feliz sereia decabelos verdes que tivesse furtado oamor do pescador, qual a do conto deOscar Wilde.

Decantada já fora em prosa e versopelo saudoso Raimundo Nunes, quesaudou o seu luar prateado.

Antes da curva do horizonte visu-al, em que une o céu ao mar, ao longe,se avista uma linha escura - o pesqueiro,que é sinal de baixa-mar. Quando nãoé divisado, a preamar se faz presente,encobrindo-o, docemente, com o afagode suas ondas espumantes.

Maravilhoso é o banho de Piran-gi.

Animada e festiva no Verão tem omelhor carnaval daquela área litorânea,atraindo os veranistas das praias viz-inhas para a APURN.

A conhecida Banda do Cajueiroque eletriza toda orla, conta, ainda,com a animação de sempre.

O seu símbolo turístico é o seufamoso Cajueiro - o maior do Mundo,co-mo se propala, sendo hojepatrimônio público.

É Pirangi um lugar aprazível parao repouso e higiene mental e espiritu-al

Numa ponta de praia se apresentapoético recanto, que os veranistas ba-tizaram com o nome carinhoso dePrainha, em cujas águas, Daliana, suamusa, pintou de verde os olhos, e doouro do sol poente matizou os lisos ca-belos.

Afigura-se, esse braço de mar, pelasua fisionomia geográfica, a uma comoesmeralda engastada entre os seus ar-recifes negros e os pretos rochedos dapraia de Kutuvelo, ao lado.

A Prainha já nasceu bonita. Lem-bra uma graciosa mocinha, bem de-lineada nos seus contornos plásticos, es-tando na idade em que o amordesabrocha para a vida, período emque se tem "o desmaio da fartura", naexpressão ovidiana.

A sua configuração geográfica aidentifica a uma propriedade privada,tal o seu diminuto tamanho, com fron-teiras naturais, represando suas cristali-nas e esverdeadas águas, qual a fontede Dirce, de líquido cristal translúcido.

Durante o dia, deslumbra-se aosol, toda radiosa, para, à noite, vestir-se com o véu ametista da tristeza, emvirtude do seu isolamento. Amargura-da e ansiosa, porta-se tal Calígula, quetinha medo das sombras noturnas, einsone ficava perambulando pelos si-lenciosos aposentos reais, clamandoem delírio pelo amanhecer, que final-mente era trazido nas asas rubras da au-rora, e anunciado pela estrela-lúcifer,montada nos seus cavalos de marfim.

Assim se apresenta ela, em vigília,ao ouvir o murmúrio das ondas e osus-surro do vento uivante, na escuridãoda noite longa.

Com a maré de lua cheia a alva-centa espuma da crista de suas vagascantantes beija toda extensão dessa pe-quena e formosa praia.

Qual o lago sagrado da lenda, nomais fundo das suas águas se escondea preciosa pedra verde, senha e dote dorobusto guerreiro à linda amazona, paraa festa do luar nupcial.

Pirangi é uma praia de calor hu-mano. A sua fada é a mimosa ninfaTália, a graça da juventude e da for-mosura, sorrindo, com uma rosa namão, num carinhoso gesto de anfitrioaacolhedora, empunhando, também, umramo de murta, o símbolo da alegria.

Tal noiva de idade núbil, começaa se enfeitar, para o himineu com osol, que lhe acaricia os cabelos verdesde sereia, com seus raios fulgentes ebrancos.

O espelho trêmulo de suas águasreflete a imagem de Aspásia, a bela eculta hetaira grega, que, mesmo na vel-hice, atraia a mocidade da Jônia paracontemplar a sua beleza.

Artigo JURANDYR NAVARRO, do Conselho Estadual de Cultura

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Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 3Natal, 7 e 8 de fevereiro de 2015

Política

Túlio LemosPOLÍTICA - TÚLIO LEMOS - [email protected] / @tuliolemosrn

PARTIDOO governador Robinson Faria

precisa ter muito cuidado na atra-ção de lideranças políticas para onovo partido que será criado, o PL.O Governo é conhecido por serafrodisíaco e tem o condão de atrairaté quem quis derrotá-lo. Portan-to, a fila de prefeito em busca dasombra do poder vai ser grande.

LEMBRANÇAQuando foi candidata ao Go-

verno do Estado, em 2002, Wilmade Faria só contava com CarlosEduardo, que havia recebido umaPrefeitura de bandeja sem fazerforça, o pai do prefeito de Natal,Agnelo Alves, então prefeito deParnamirim e o prefeito de SãoJosé de Mipibu, Arlindo Dantas.

VITÓRIAWilma ganhou a eleição contra

as maiores estruturas políticas e fi-nanceiras do Estado. Após a posse,

'encandeou-se' com o poder e fezo que todos os governantes achamque resolve: Atrair prefeito comose o gestor municipal fosse funda-mental para uma eleição.

DERROTAMesmo com quase a totalida-

de dos prefeitos do RN apoiandosua gestão e, posteriormente, suacandidatura ao Senado, Wilma deFaria foi derrotada junto com seucandidato a governador, Iberê Fer-reira. Rosalba Ciarlini, sem con-tar com quantidade de prefeitos,foi vitoriosa em primeiro turno.

ACORDÃOO caso mais recente e que

prova, de maneira incontestável,que prefeito não vence eleição, éa derrota de Henrique Alves. O pa-lanque do acordão contabilizavaquase a totalidade dos prefeitos doRN em apoio ao nome do filho deAluízio. O resultado foi a vitória de

Robinson Faria com quase 150 milvotos de maioria.

PRESENTE Robinson Faria ganhou a elei-

ção praticamente sem o apoio deprefeitos. E foi mais votado justa-mente em cidades em que o prefei-to estava com Henrique, como foio caso de Natal. Ou seja: Quemelege ou derrota é o povo, o elei-tor sem amarras.

FUTUROO governador quer e precisa

de mais respaldo para seu projetopolítico futuro. É legítimo e fazparte do processo democrático. Aparceria administrativa do Gover-no com os prefeitos é inevitável. Aaliança política resultante do en-contro de gestões, precisa ser ava-liada caso a caso.

FILIAÇÕESProvocar a atração de prefeitos

para assinar ficha de filiação aonovo partido, é preciso ser anali-sado com muita habilidade. Afi-nal, em muitos casos, grupos po-líticos antagônicos no plano local,se uniram em torno da candidatu-ra de Robinson e quase foram mas-sacrados por prefeitos em defesa deHenrique. Atrair prefeito sem ouvirsuas bases pode ser visto de formanegativa pelos aliados e tambémpelo eleitorado.

DIÁLOGOO caminho para evitar defec-

ções, cometer injustiça ou ingrati-dão com quem foi às ruas batalharpela quase impossível vitória, é odiálogo. Conversar inicialmentecom seus aliados de primeira horapoderá ser a solução. Em algunscasos, ter o apoio de um prefeitodesgastado é pior do que não tê-loem seu palanque. A história foi cla-ríssima: Prefeito não elege gover-nador.

CÂMARASurpreendem as declarações

dos vereadores do PMDB, Berto-ne Marinho e, principalmente,Ubaldo Fernandes, recomendandocandidatura própria do PMDB emNatal. Afinal, apesar de se dizerindependente, a bancada peeme-debista na Câmara tem uma postu-ra totalmente integrada com a basealiada do prefeito Carlos Eduardo.

CAMARA IIDessa forma, pode-se dizer que,

enquanto o grupo comandado porHenrique parece querer aderir agestão Carlos Eduardo, os verea-dores natalenses querem, justamen-te, romper com o prefeito e indi-car um novo caminho para Natal.

CAMARA IIIÉ importante lembrar que são

os vereadores aqueles que têmmaior contato com o povo nata-lense. São eles que conversam com

os eleitores e ouvem as cobrançasdeles, sabendo dizer o que estásendo feito e o que não é cumpri-do. E se eles não querem reelei-ção do prefeito, é porque a situa-ção não é boa.

CANDIDATURAApossível candidatura do depu-

tado Walter Alves a prefeito de Natalpoderá movimentar o cenário da su-cessão de Carlos Eduardo. Um nomeforte, limpo e com bom discurso, temtudo para crescer e se credenciarcomo candidato de um grupo.

DIFICULDADESSegundo Sherloquinho, a maior

dificuldade para a adoção de me-didas de austeridade dentro do Tri-bunal de Justiça do RN, é a rela-ção familiar. Sempre há um paren-te de juiz ou desembargador emalgum cargo que poderia sofrer res-trição. O DNA provoca o engessa-mento das medidas.

PMDB pode lançar Walter Alvespara disputar prefeitura de Natal

JOAQUIM PINHEIRO E CIRO MARQUES

REPÓRTERES DE POLÍTICA

Com uma postura, muitas vezes,semelhante a de vereadores quefazem parte da bancada do prefeitoCarlos Eduardo Alves (PDT) na Câ-mara Municipal de Natal, os parla-mentares do PMDB, Ubaldo Fer-nandes e Bertone Marinho, surpreen-deram ao declarar aO Jornal de Hojeque são favoráveis a candidaturaprópria do partido em 2016. E mais:para eles, o nome do deputado fe-deral Walter Alves seria o mais in-dicado para a disputa contra o atualprefeito.

É importante lembrar que o po-sicionamento dos vereadores pee-medebistas será considerado quan-do o partido começar a discutir opleito do próximo ano. E quem afir-mou isso foi o presidente do Dire-tório Municipal, o deputado Her-mano Morais, ao negar que qual-quer decisão sobre eventual apoio areeleição de Carlos Eduardo pudes-se ser tomada pelo Diretório Esta-dual da sigla, comandada por Hen-rique Eduardo Alves.

Com relação ao rumo da siglaem 2016, os vereadores parecemnão ter dúvidas. Preferem a candi-datura própria, que o apoio a Car-los Eduardo. Ubaldo Fernandes, porexemplo, justificou sua posição éconsequência do PMDB ser um par-tido grande e importante nos contex-tos, estadual e nacional, e que umacandidatura própria não só "oxige-na a militância" como contribui parao fortalecimento da chapa majoritá-ria, inclusive, oferecendo um palan-que para as disputas, municipal e

estadual. "Não tendo palanque o par-tido dependerá dos outros", lembrouo vereador peemedebista.

O vereador Ubaldo Fernandesentende que caso o PMDB decidapor candidatura própria os nomescredenciados para disputar a Prefei-tura de Natal são Walter Alves eHermano Morais. O primeiro, depu-tado estadual em duas legislaturas eeleito deputado federal com uma ex-pressiva votação superior a 190 milvotos. O segundo, com grande visi-bilidade em Natal por ter sido verea-dor, secretário e agora deputado es-tadual. "O PMDB não pode mais

errar. Terá que fazer uma ampla dis-cussão para decidir se terá ou nãocandidatura própria a prefeito deNatal", disse Ubaldo Fernandes.

Concluindo, o vereador pee-medebista informa que após o car-naval o partido deverá reunir o Di-retório Municipal para discutir oassunto. "Não se pode é tomar de-cisões isoladas sem ouvir lideran-ças e filiados", ressalta, mostran-do-se contra a participação do par-tido na administração do prefeitoCarlos Eduardo, porque segundoele, gera dependência.

Bertone Marinho também diz

defender candidatura própria do par-tido para prefeito de Natal. "OPMDB foi às ruas, levou a eleiçãopara o 2º turno em 2012 e é deten-tor de um legado importante na ca-pital do Estado que deve ser preser-vado", afirmou o parlamentar, acres-centando que "essa preservação de-verá ser feita com o partido apre-sentando candidatura própria paraprefeito de Natal".

A exemplo do vereador UbaldoFernandes, Bertone entende que umdos bons nomes do PMDB para dis-putar a Prefeitura de Natal em 2016é o do deputado Walter Alves, segun-

do ele, "um nome forte eleitoral-mente que pertence à nova geral dapolítica norte-rio-grandense, queteve um bom desempenho nos seusdois primeiros mandatos na Assem-bleia Legislativa".

LUIZ ALMIRÉ importante ressaltar que os

vereadores do PMDB não são osprimeiros a defender o nome de Wal-ter Alves para disputar a Prefeiturade Natal em 2016. Em janeiro, o ve-reador Luiz Almir, do PV, citou ofilho do senador Garibaldi AlvesFilho como sendo "um nome forte"

para a disputa eleitoral do próximoano. "Walter Alves é uma liderançajovem, filho do senador GaribaldiFilho e foi bem votado para depu-tado federal. Poderá perfeitamenteser candidato a prefeito de Natal",observou.

A declaração, vale lembrar, foidada em meio aos projetos do pre-sidente estadual do PV, o senadorPaulo Davim, de lançar candidatu-ra própria do partido no pleito de2016. O próprio Luiz Almir tam-bém tem sido lembrado para dispu-tar a sucessão do prefeito CarlosEduardo.

Bertone afirmou que partido tem “legado” construído após 2012... ... E, sobre Walter, disse: “é um nome forte da nova política”Ubaldo: “O PMDB não pode mais errar. Terá que fazer ampla discussão”

Garibaldi nega adesão ao prefeito Carlos Eduardo: “As conversas foram iniciadas, mas não fechadas”

Considerado por muitos a maiorliderança do PMDB no Rio Gran-de do Norte, o senador GaribaldiAlves Filho negou em contato comO Jornal de Hoje que a participaçãopeemedebista na gestão do primodele, o prefeito Carlos EduardoAlves (PDT), já estivesse fechada.Assim como o deputado federalWalter Alves (PMDB), o senadorconcordou que ainda é cedo falar naeleição de 2016 e seria melhor, nessemomento, se preocupar apenas emajudar o município.

"Concordo que falar de eleição,agora, é até precipitado. Ainda faltamuito para o pleito de 2016", afir-mou Garibaldi Filho, em contatocom O Jornal de Hoje, repetindoparte da entrevista concedida pelofilho dele, Walter, também ao JH."Ainda é cedo para falar sobre de-cisão do partido para 2016. Esse as-sunto será objeto de discussão apro-fundada no momento oportuno",disse o deputado federal.

A antecipação da discussão emtorno de 2016 ganhou força dentro doPMDB nas últimas semanas, quan-do foi divulgado o encontro entre

Henrique Eduardo Alves, presiden-te do PMDB no Rio Grande do Norte,Garibaldi Filho e Carlos Eduardo,que teria o intuito de discutir a ade-

são peemedebista a gestão municipal.Se confirmada, essa adesão poderia,praticamente, sepultar a possibilida-de de uma candidatura própria do

PMDB em 2016.Garibaldi Filho, inclusive, confir-

mou que houve conversas nesse sen-tido, mas negou que os lados tives-sem chegado a qualquer acordo. "Asconversas foram iniciadas, mas nãofechadas", explicou o senador, que éconsiderado o principal nome do par-tido no Estado, tendo administrado oRio Grande do Norte por dois man-datos como vereador.

Na edição desta sexta-feira, odeputado Walter Alves comentou asituação e disse que era hora de aju-dar o Estado, mas isso não quer dizerque o PMDB estaria, dessa forma,antecipando qualquer discussão emtorno de 2016. "Não é hora de in-dicar cargos. É hora de ajudar a ges-tão do prefeito Carlos Eduardo, sempensar nas eleições. Ainda faltamuito para o pleito de 2016", afir-mou o deputado.

Essas declarações, de certa forma,ajudam a tranquilizar a parcela pee-medebista que ainda sonha em can-

didatura própria em 2016, como odeputado estadual Hermano Morais,presidente do Diretório Municipal dopartido. Segundo Hermano, apesarde Garibaldi e Henrique serem ouvi-dos sobre o assunto, o rumo que o par-tido tomará na próxima eleição serádecidido pelo Diretório Municipal enão pelo estadual.

"Qualquer decisão para formaruma chapa ou incluir a uma coliga-ção passa pelo Diretório Municipal.Henrique, como presidente do Dire-tório Estadual, e Garibaldi, comomaior nome do partido no Estado,serão ouvidos. Mas a decisão serádo Diretório Municipal", ressaltouHermano Morais na época.

Hermano, que foi o candidato doPMDB em 2012 e chegou a ir parao segundo turno da disputa contraCarlos Eduardo, não é o único a so-nhar com a candidatura própria napróxima eleição. O também deputa-do estadual Gustavo Fernandes con-corda com esse posicionamento.

Garibaldi Filho repetiu discurso de Walter Alves e afirmou que não era hora de falar em eleição e apoio a Carlos Eduardo

José Aldenir

Fotos: José Aldenir

Elpídio JúniorElpídio Júnior

VEREADORES PEEMEDEBISTAS, UBALDO E BERTONE, DEFENDEM CANDIDATURA PRÓPRIA E NOME DO FEDERAL COMO CANDIDATO

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Sábado e Domingo4 O Jornal de HOJE PolíticaNatal, 7 e 8 de fevereiro de 2015

A semana começou com umanotícia nada boa para o bolso dosbrasileiros: o novo aumento da ga-solina. O litro do combustível maisconsumido do País chegou a R$ 4,25em cidades da Bahia (em Natal,ficou na casa dos R$ 3,30) e moti-vou o deputado federal Rafael Motta,vice-líder do PROS na Câmara dosDeputados, a reacender a discussãoem torno dos veículos elétricos.Hoje, sem incentivos fiscais e pos-tos de abastecimento, andar em umcarro movido a energia ainda épouco viável.

"Claro que o ideal ainda é incen-tivar o transporte de massa, comoônibus, trens e metrôs. Mas precisa-mos também retomar a discussãoem torno dos carros elétricos quepermita a produção e o consumodesse tipo de veículo aqui no Bra-sil. Atualmente existe tecnologia su-ficiente para tornar o carro elétricouma boa opção. Em vários países,motivado pelo preço dos combustí-veis fósseis ou por questões ambien-tais, eles já são uma realidade. NoBrasil, entretanto, ainda são poucopopulares devido ao alto custo", afir-mou Rafael Motta, que é engenhei-ro de produção e acompanha a evo-lução da tecnologia e a discussãoem torno do assunto há anos.

O deputado federal relembrouque no ano passado, o Governo Fe-deral chegou a promover a redu-

ção de impostos para carros híbri-dos (que têm motores elétricos e acombustão). Contudo, manteve ataxação, considerada muito alta,para veículos elétricos. "Nos Esta-dos Unidos, o elétrico Leaf bateurecorde de venda no ano passadograças aos incentivos do governo delá, que reduziu em quase 8 mil dó-lares o valor do carro (que custaalgo em torno dos 20 mil dólares)",apontou Rafael Motta.

Atualmente, em todo o mundo,estima-se que 170 mil carros movi-dos a eletricidade estejam em circu-lação. De acordo com a AssociaçãoBrasileira de Veículos elétricos(ABVE), 3 milhões de veículos leves

elétricos deverão estar em circula-ção no mundo em 2020, e 10 mi-lhões em 2025. Em 2030, esse nú-mero deve chegar a 19 milhões.

No Brasil, porém, o governoargumenta que os veículos elétricosainda não são viáveis devido à es-cassez de postos de recarga. Alémdisso, como se trata de veículos im-portados, os carros elétricos pode-riam representar um risco para aeconomia e a produção locais. ParaRafael Motta, no entanto, se hou-vesse um plano de incentivos a essetipo de veículo, tanto no produtofinal, quanto em sua cadeia produ-tiva, seria possível disponibilizarmodelos a valores aproximados aos

dos carros populares à gasolina co-mercializados hoje no país.

"Retomando a discussão emtorno do assunto, poderíamos tam-bém buscar alternativas para essaquestão e trabalhar também formasde incentivar não só a venda, comoa produção de veículos elétricos noBrasil, gerando empregos, alimen-tando a economia local e até ex-portando para outros países daAmérica Latina" acrescentou RafaelMotta.

CARRO ELÉTRICOSegundo informações da Asso-

ciação Brasileira de Veículos elétri-cos (ABVE), o custo por quilôme-tro rodado do carro elétrico situa-seabaixo dos veículo tradicional, con-sequência da economia com manu-tenção. Um motor a combustão, porexemplo, possui de 300 a 400 par-tes móveis, enquanto um elétricotem três.

Além disso, a mecânica do veí-culo elétrico também é mais sim-ples, pois este não tem itens comocaixa de marchas, bomba de com-bustível, filtros, correias, bico inje-tor, radiador, mangueiras, alterna-dores, canos de escapamento, tanquede combustível, etc. Tais itens, atual-mente, são responsáveis por 90%dos problemas de manutenção e as-sistência técnica dos veículos con-vencionais.

> APÓS AUMENTO DA GASOLINA

Rafael Motta defende a redução deimposto para carros elétricos no País

Em sua primeira semana na As-sembleia Legislativa, o deputado es-taudal Albert Dickson (PROS) apre-sentou um requerimento solicitandoa dispensa do pagamento de taxaspara aquisição da primeira CarteiraNacional de Habilitação (CNH). Aintenção é ajudar pessoas de baixopoder aquisitivo e leva em conside-ração a importância desse documen-to no currículo dos trabalhadores,uma vez que estar habilitado paracondução de veículos é também umaforma de qualificação.

"Esse documento abre as por-tas para a liberdade de locomoção,comumente vem sendo exigido paraa contratação em diferentes empre-gos, como condição básica para queas pessoas sejam contratadas, (...). Amaioria da população tem reclama-do da população tem reclamado dovalor das taxas cobradas pelos De-tran´s estaduais, que somados aosvalores estipulados pelas autoesco-las, transforma-se em um ônus con-siderável", justifica.

Para evitar que essa medida acar-

rete em ônus adicional para os esta-dos, o projeto prevê o direcionamen-to de recursos do Fundo Nacional deSegurança e Educação de Trânsito(Funset) para o funcionamento doPrograma Nacional Social de Habi-litação Profissional de Condutoresde Veículos Automotores (PNSH).

EPTRANSÉ importante lembrar que a me-

dida de Albert Dickson se asseme-lha a de outro parlamentar do PROS:Rafael Motta, hoje deputado fede-

ral. Quando vereador, Rafael conse-guiu aprovar na Câmara Municipalde Natal o projeto que institui a Es-colha Pública de Trânsito (EP-TRANS), que seria mantida pormeio dos recursos arrecadados pelaPrefeitura de Natal com multas detrânsito.

Apesar de aprovado por unani-midade na Câmara, o projeto aindanão foi sancionado pelo prefeito Car-los Eduardo Alves, mesmo não re-presentando qualquer custo extrapara os cofres públicos.

> NA ASSEMBLEIA

Albert Dickson apresenta projeto pelagratuidade de carteira de motorista

DE BRASÍLIA - [email protected]

Walter Gomes

O arcabouço do imbróglioMarta Suplicy ignora os poucos acenos para se rear-

ticular com a cúpula nacional do PT. É frágil a relaçãodela com o presidente Rui Falcão e outros hierarcas dalegenda em crise. Mantém, no entanto, contatos assíduoscom as bases paulistanas. A origem aristocrática não temsido empecilho à popularidade da senadora nos bairrosperiféricos da capital que governou.

nnn

Ao birô da coluna revela que sente pesar pela imagemnegativa do seu (ainda) partido, mas não lhe preocupa odestino dos que o mancharam. Primeiro, com ações aé-ticas; depois, com atos ilícitos e, adiante, com a corrup-ção desnuda.

nnn

Ministra do Turismo no início do segundo governo doPT e da Cultura nos dois anos finais do primeiro manda-to de Dilma Rousseff, Marta privilegia o período com Lulada Silva e torce pelo retorno dele ao Palácio do Planalto.Suas relações com a Presidente jamais foram entusiásti-cas. Até o ano passado, cordiais; hoje, são críticas.

nnn

Inexiste, por enquanto, o projeto de voltar à prefeituraou qualquer outra disputa eleitoral. Restam-lhe ainda qua-tro anos de mandato parlamentar e, por isso, aguarda, "sempressa", a sequência do calendário e da pauta política.

Explica:- Candidatura majoritária não depende apenas de de-

cisão pessoal. Há de ser avaliada, no tempo certo, a cestabásica de fatos e motivos. Não exalto mandatos; sublimoo desempenho.

AULAS DO TEMPOJosé Serra (foto) tem conhecimento técnico e experiên-

cia política.Formado em economia e perto dos 73 anos de idade -

aniversaria 19 de março -, esse tucano de São Paulo voltaao Senado apreensivo com o despreparo do governo e ainabilidade política da presidente da República.

nnn

A Petrobras foi o destaque da conversa informal deontem com jornalistas. Sobre a diretoria empossada:

"Surpreenderá, se reformar."-O que precisa fazer?"Tem de mudar métodos de gestão e rever tarefas. É ne-

cessário vender, conceder ou extinguir ativos que dão pre-juízo e áreas que fogem da prospecção e exploração de pe-tróleo."

nnn

Conforme o social-democrata, a companhia foi além dadiversificação necessária. Lançou-se em negócios "mega-lomaníacos e ruinosos". Atua na distribuição de combustí-veis no varejo, nas áreas de petroquímica, fertilizante, refi-naria. Associou-se para fabricar plataformas.

Mais:"Investiu até em etanol, justamente quando a política de

contenção de preços da gasolina arruinava o setor."nnn

Alicerçado no aprendizado como prefeito, governador,deputado, ministro de Estado e duas vezes candidato àPresidência da República, José Serra prevê "tempestuoso"o novo mandato da senhora Rousseff.

t Apesar dos deslizes sobinvestigação da Comissãode Valores Mobiliários, Alde-mir Bendine ganhou a pre-sidência da Petrobras portrês motivos sublinhados.Primeiro: os preferidos pelomercado não quiseram. Se-gundo: os mais citados pelaimprensa caíram porque ovazamento desagradou opoder. Terceiro: ele é assu-mido cumpridor de ordensda senhora Rousseff.t Deputados do PSB nãosubscreveram o pedidode criação da CPI da Pe-trobras. Talvez seja enga-no, mas gente da oposi-ção identifica, no gesto,sinal de reaproximaçãodos socialistas com o go-verno. t Foi constrangedora anoite belo-horizontina da co-memoração dos 35 anos decriação do PT. Até discretosmineiros criticaram os vivas

e aplausos de ontem ao te-soureiro do PT. Na véspe-ra, João Vaccari, neto, pres-tara depoimento à Justiça.Ele é acusado de ser umdos 11 operadores de re-cursos da corrupção na Pe-trobras.t Júlio Delgado (PSB-MG)fará, daqui a dois anos, aterceira tentativa de che-gar à presidência da Câ-mara. Perdeu em 2013 eneste 2015.t Está escrito na agendado previsível: o PMDB nãoapoia a reeleição do prefei-to Carlos Eduardo Alves(PDT). Terá candidato pró-prio.tBom fim de semana. Se-gunda, Joaquim Pinheiroassina a coluna. Até terça-feira.t Para refletir: "Como pai,modéstia à parte, sou umamãe" (Otto Lara Resende,jornalista e escritor brasileiro).

LEITURA DINÂMICA

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Rogério Marinho: “No PT, érecomendado desviar recursospúblicos em nome da ‘causa’”TUCANO COMENTA CASOS DE CORRUPÇÃO NO GOVERNO FEDERAL PETISTA

A falta de reação de Dilma ede seu partido é sinal de que a crisena Petrobras se avizinha, cada diamais, do Planalto e do PT. Ambosignoram ou simplesmente negamo que ainda chamam de acusações.Isso na semana em que o tesourei-ro petista João Vaccari Neto foi le-vado a depor coercitivamente; umdelator acusou a sigla de receberUS$ 200 milhões da estatal e a di-retoria saiu em debandada.

O deputado federal RogérioMarinho (RN) disse nesta sexta-feira (6) que o Partido dos Traba-lhadores age contra todos os prin-cípios éticos e morais. Em vez deanunciar punição dos que estãosendo pegos em atos de corrupção,teimam em tratar essas figurascomo se fossem heróis partidários.Repetem, segundo ele, o mesmoque fizeram com o mensalão, quan-do figurões como "Delúbio, Genuí-no e Zé Dirceu foram saudados pelamilitância como heróis nacionais".

"O PT, desde o início de seugoverno, instituiu a corrupção comométodo, uma estratégia institucio-nal do partido. Ao longo dos 12anos no poder esse método se es-tratificou em toda Petrobras e, tudonos leva a crer, que acontece emdiversas outras instituições", disseRogério.

Ainda de acordo com o tucano,"a 'ética' do PT é uma ética pró-

pria, onde o fim justifica os meiose é possível, e recomendado, cor-romper e desviar recursos públicosdesde que seja em nome da 'causa'.Há uma subversão do conceito demoralidade", alerta o tucano. Ma-rinho afirma que a sociedade querpassar o país a limpo.

Para Rogério, é preocupante aforma como o Planalto tenta con-

duzir a situação. Assim como seupartido, Dilma, que sempre este-ve à frente da estatal - seja comopresidente do Conselho, ministrada Casa Civil ou presidente da Re-pública -, tenta minimizar o es-cândalo.

Rogério Marinho disse aindaque a forma como líderes petistasse referem à condução das inves-

tigações pelo juiz Sérgio Moroconfigura uma ameaça ao EstadoDemocrático de Direito. Dirigen-tes da sigla questionam a condu-ção da Operação Lava Jato e levan-tam dúvidas sobre a imparcialida-de do magistrado. Para o tucano,"o PT tem tentado desmoralizaraqueles que se opõem a suas prá-ticas danosas".

Rogério: “Esse método petista se estratificou em toda Petrobras. Tudo nos leva a crer, que acontece em outras instituições”

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Deputado Rafael Motta quer retormar discussão sobre combustíveis alternativos

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Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 5Natal, 7 e 8 de fevereiro de 2015

Política

Robinson quer plano hídrico contra a seca pronto até final de fevereiroGOVERNO PLANEJA INTEGRAÇÃO DE BACIAS, CONCLUSÃO DE BARRAGENS E CONSTRUÇÃO DE CANAL DE ASSU A NATAL

ALEX VIANA

REPÓRTER DE POLÍTICA

Com 90% dos municípios po-tiguares vivenciando estado de ca-lamidade por conta da estiagem, osetor de recursos hídricos tornou-se prioridade na gestão do gover-nador Robinson Faria (PSD). Aosecretário de Recursos Hídricos,Mairton França, o governador co-brou que o planejamento do setorfique pronto até o final de feverei-ro. "Estamos fazendo um planeja-mento para quatro anos. As metasdevem ficar prontas no final de fe-vereiro, que foi o prazo dado pelogovernador", afirma o secretárioMairton França.

Até lá, o governo deverá con-cluis o planejamento de integraçãodas bacias; a conclusão de barragenscomo Oiticica; a construção de umcanal e de dezenas de adutoras.Além disso, a pasta de RecursosHídricos dará celeridade à criaçãodos mais diversos planos estaduaisligados à questão hídrica que fica-ram paralisados ao longo dos últi-mos anos. Estão inclusos o Planode Recursos Hídricos, Plano de In-tegração das Bacias, Plano de Ma-nutenção das Barragens e Açudes.Na área de meio ambiente, os pla-nos previstos são o Plano de Ges-

tão Ambiental Compartilhada, oPlano Estadual de Combate à De-sertificação e o Plano Estadual de

Mudanças Climáticas. "Com relação à política do Es-

tado, vamos concluir a revisão do

Plano Estadual de Recursos Hídri-cos, em andamento, e elaborar oPlano Estadual de Reusos de Água,

que é o mesmo que São Paulo estáimplementando, para que a gentepossa estabelecer em quatro anos no

Estado e que diz respeito ao abas-tecimento de água", frisou o secre-tário.

EMERGENCIAIS Enquanto isso, o governo atua

para destravar obras e ações em an-damento, como a questão envol-vendo Oiticica. Na semana passa-da, o governador Robinson Fariadeu atenção ao impasse envolven-do a construção da barragem, pa-ralisada em função de discordânciasem relação às indenizações. En-quanto isso, o secretário estadualesteve em Brasília, na quinta, paraapresentar parte das demandas doEstado ao secretário nacional deRecursos Hídricos, do Ministérioda Integração Nacional.

A visão do governo é que osetor de Recursos Hídricos do RNesteve "reativo" nos últimos gover-nos, diferentemente do ideal, queseria um órgão "proativo", dadoque a problemática da seca é umaconstante no RN, mas um proble-ma que pode ser equacionado amédio e longo prazo, desde quehaja planejamento adequado e exe-cução, sobretudo a partir de inves-timentos geralmente conquistadospor meio de programas, parceriase convênios com órgãos do gover-no federal.

Robinson Faria cobrou do secretário de Recursos Hídricos o planejamento do setor até o final de fevereiro para os próximos quatro anos de mandato estadual

Visão aérea da barragem de Oiticica, considerada uma importante obra para RN

“Caminho das Águas” vai integrarmaiores reservatórios do Estado

O Plano prioritário, de acordocom o secretário, é o de Integra-ção das Bacias do Rio Grande doNote. O projeto, batizado de "Ca-minho das Águas", vai estabelecera integração dos maiores reserva-tórios do Estado. "É um plano gran-de, de integração, que vai garantira segurança hídrica, sobretudo emmomentos de crise como esse, ondeuns reservatórios dispõem de água,e outros não. Dentre outras coisas,este plano permitirá o bombeamen-to de águas entre os reservatórios".

O secretário explicou ainda quea pasta está desenvolvendo váriosprojetos, com destaque para a cria-ção da estrutura necessária para re-ceber as águas do rio São Francis-co. "Encontramos o Estado com

isso não planejado. Estive em Bra-sília e conversei com o pessoal da

Agência Nacional de Águas(ANA). Entre os projetos, temos a

adutora expressa entre Santa Cruze Pau dos Ferros e Pau dos Ferosao outro lado no Alto Oeste, emAlexandria. A adutora Alto Oesteesta esperando Brasília, onde soli-citamos os repasses mais ágeis".

OITICICACom relação ao Seridó, uma

das regiões mais prejudicadas pelaseca, assim como o Alto Oeste, osecretário destacou como pontocentral a conclusão da obra de Oi-ticica. "Estamos prevendo para2017 essa conclusão. Infelizmenteos prazos colocados pelo governoanterior em relação à Oiticica nãopoderiam ser cumpridos por ques-tões técnicas. Os novos prazos, in-clusive, já foram repassados para o

movimento de atingidos pela bar-ragem. Na sexta-feira teremos umanova reunião e na quarta uma novaproposta com um pacto. Na quar-ta passada, eles receberam o termode compromisso e estão analisan-do. E na próxima quarta teremos oretorno deles, com a possível reto-mada da obra".

Ainda em relação à Oiticica, osecretário explicou que o Estadoirá dar encaminhamento à contra-tação de uma empresa de consul-toria para dar início aos procedi-mentos da obra de instalação detodas as adutoras do Seridó a par-tir de Oiticica. "Para quando a bar-ragem estiver pronta, todas as adu-toras interligadas a ela também jáestarem concluídas", explicou. ”

“Infelizmente os prazoscolocados pelo governoanterior em relação àOiticica não poderiam

ser cumpridos por ques-tões técnicas.

Dentro do Plano de Integraçãode Bacias, Mairton explicou queestá programando e já há váriosprojetos idealizados, dentre eles, aconstrução de um canal interligan-do a barragem Armando RibeiroGonçalves, no Vale do Açu, atéBarra de Maxaranguape, no MatoGrande. "Vai ser uma coisa volta-da para a irrigação, principalmen-te no Mato Grande, que há muitotempo é uma região esquecida daspolíticas públicas. O objetivo éfazer a integração com foco no de-senvolvimento da Agricultura, jáque a região, próxima a Natal,conta com infraestrutura de portose estradas já estabelecida que, coma oferta hídrica, teria melhor desen-volvimento". A Integração das Ba-cias do RN com outros estados,principalmente a Paraíba, onde jáhá aproveitamento hídrico, tam-bém faz parte do Plano de Integra-ção de Bacias.

Com relação às barragens eaçudes, será dada atenção à recu-peração. "Temos um pool de pro-jetos. No Ministério da Integração,na quinta, encaminhei pedido paraa manutenção de barragens, coisaque era muito esquecida de gover-nos anteriores. Daremos atençãoàs batimetrias e vamos dar priori-

dade a essa questão devido à capa-cidade de suporte em termos de re-servatório. Muitas dessas ações de-pendem de orçamento e de parce-

rias e convênios com o governofederal e outras entidades. Espe-ramos começar o debate e o forta-lecimento da Secretaria de Recur-

sos Hídricos, um órgão que pre-tendemos que seja mais proativo doque reativo, como estava sendo nosúltimos anos".

Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, no Vale do Açu, será interligada com Barra do Maxaranguape, no Mato Grande

Com relação ao Instituto de Ges-tão das Águas (IGARN), a meta é ofortalecimento e a reestruturação doórgão. "Nossa meta é fortalecer oIGARN, reestruturá-lo administrati-vamente, já que conta hoje com muitopoucos setores, e é o responsável pelainstrumentalização da política de re-cursos hídricos. Vamos fortalecer afiscalização da estrutura técnica, paratermos outorgas mais ágeis e as licen-ças de obras hidráulicas idem. Vamosapressar o licen-ciamento e a fis-calização deforma integrada.Dá reforço àsequipes técnicasdo IGARN, con-forme propostaque já se encontrana ProcuradoriaGeral do Estado e no Gabinete Civil.Vamos negociar com o governadorpara adotarmos outras medidas assimque o Estado sair do limite pruden-cial da Lei de Responsabilidade Fis-cal", frisou.

AMBIENTENa parte ambiental, Mairton ex-

plicou que irá atuar na implantaçãodo Cadastro Ambiental Rural para

que o RN implante os dispositivosdo Código Florestal, no sentido, so-bretudo, de acompanhar as matas ci-liares e estabelecer os mecanismospara licenciar os projetos agropecuá-rios no Estado. "Vamos estabelecero Plano de Gestão Ambiental Com-partilhada, ver com os municípiosjunto à Associação Nacional de Ór-gãos Municipais de Meio Ambien-te (ANAMA), onde temos uma sec-ção no RN, e também junto com a

Federação dosMunicípios do RN(FEMURN), paratermos uma atua-ção próxima aosmunicípios".

Ainda dentrodas novidades dosetor ambiental, osecretário preten-

de implantar o Plano Estadual deCombate à Desertificação e o PlanoEstadual de Mudanças Climáticas."Alguns estados optaram fazer umplano só, mas o RN decidiu fazerdois planos, em função de que asconferências nacionais foram feitasde forma separada. Hoje existe umC27, que é o clube de 27 estadosbrasileiros que tratam exclusivamen-te das mudanças climáticas".

Instituto de Gestão dasÁguas será reestruturado

Governo do Estado pretende construir canal do Vale doAçu para levar água da barragem até Maxaranguape

“Vamos fortalecer a fis-calização para termosoutorgas mais ágeis e

licenças de obras hidráu-licas idem”

José AldenirDivulgação

Divulgação

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Sábado e Domingo6 O Jornal de HOJE Natal, 7 e 8 de fevereiro de 2015 Cidade

ROBERTO CAMPELLO

[email protected]

Um grupo de estudantes deMedicina da Universidade Fede-ral do Rio Grande do Norte reali-zou na manhã deste sábado (7) aBlitz da Saúde em dois pontos dacapital potiguar: Parque das Dunase Centro da Cidade. Cerca de 60 es-tudantes participaram da ação,abordando as pessoas para darorientações, informações sobre hi-pertensão, diabetes, Doenças Se-xualmente Transmissíveis (DSTs),alimentação saudável e a necessi-dade de realizar atividades físicas,além de aferir pressão, realizar testede glicemia capilar e ensinando ouso correto do preservativo. Oevento foi promovido pelo comitêlocal da Federação Internacionaldas Associações dos Estudantes deMedicina do Brasil (IFMSA) naUFRN. Ao todo, cerca de 400 pes-soas foram assistidas pela ação.

O motorista Nilson Júnior, de37 anos, aproveitou a manhã defolga e foi ao Parque das Dunascom a família e os dois filhos. Eleconta que foi abordado pelos alu-nos no momento que se preparavapara a caminhada. "É uma inicia-tiva muito boa, que deveria se re-petir mais vezes. Já que o poderpúblico não faz isso, parabenizoesses jovens estudantes, futurosmédicos em estar dando essasorientações a população", diz. Nil-son aproveitou e fez o check-up everificou que as taxas estão nor-mais. "Agora já sei que estou no ca-minho certo e vou começar as mi-nhas atividades".

A estudante do 6º período deMedicina da UFRN, Isabella Tar-ciana, uma das coordenadoras daação, explica que a Blitz da Saúdefunciona como um "trote dos ca-louros". "A Blitz foi pensada demodo que possamos introduziresses estudantes que entram nocurso, no mundo da medicina e tra-zer eles para fazer parte das ativi-dades de extensão da universidade.Nosso objetivo é mostrar tambémque o jovem tem uma responsabi-lidade social, em trazer o bem paraa sociedade, através da informa-ção", destaca Isabella. A Blitz éuma ação voltada para a educaçãoem saúde.

Nesta sexta-feira (6), os estu-dantes passaram por uma capaci-tação com professores de endocri-nologia, cardiologia e infectologiapara participarem da Blitz daSaúde. "Fizemos um workshoppara explicar para os alunos queestão participando da ação pela pri-meira vez. Não podemos atestar adoença, mas como já temos uma

noção básica, quando identifica-mos alguma alteração recomenda-mos que eles procurem o médico".

Alexandre Jácome, de 18 anos,entrou no curso de Medicina daUFRN neste primeiro semestre de2015. Nesta primeira semana deaulas ele conheceu, durante os tra-balhos de apresentação do curso, aação desenvolvida pela IFMSA seencantou e já quis participar dasprimeiras ações. "É muito impor-tante nesse primeiro momento ter-mos contato com o paciente, já quedizem que nos primeiros semes-tres não há muito esse contato.Quando vemos tudo isso, nós temosa certeza de que fizemos a escolhacerta", afirma o estudante do pri-

meiro período de Medicina daUFRN.

A Blitz da Saúde é a primei-ra ação do comitê local da IFMSAda UFRN. O estudante do 2º pe-ríodo de Medicina, Eduardo Amo-rim, conta que já existem algunsprojetos ativos no comitê quedevem ser realizados ao longo de2015. "Todo o nosso planejamen-to já foi feito e agora iremos exe-cutá-lo ao longo do ano". Eleconta que muitas das ações acom-panham o calendário da Organi-zação Mundial da Saúde (OMS)e Ministério da Saúde (MS)."Essas datas trazem mais visibi-lidade e desenvolvemos algumasde nossas ações pensando nisso",

considera Eduardo Amorim.A Federação Internacional de

Associações de Estudantes de Me-dicina (International Federation ofMedical Students' Associations) éuma organização não-governamen-tal que representa associações deestudantes de medicina de todo omundo. Foi fundada em Maio de1951 e hoje em dia é formada porcerca de 100 organizações de maisde 90 países. Hoje, o Comitê Localda IFMSA da UFRN conta comcerca de 50 alunos, do 2º ao 12º pe-ríodo de Medicina.

Durante todo o ano, o IFMSArealiza diversas atividades comointercâmbio nacional e internacio-nal, Free Hugs, World Aids Days(Blitz da Prevenção), Mini-AG,Planejamento Familiar Entra emCena, Dia Mundial Sem Tabaco,Dia de Combate ao Colesterol, DiaMundial do Diabetes, Dia Nacio-nal de Luta Contra Queimaduras,Campanha Dia Mundial da Imu-nização, Recepção de Calouros eOficina de Iniciação em Clown.

FUTUROS MÉDICOS REALIZAMBLITZ DA SAÚDE NO PARQUE DAS DUNAS E CENTRO DA CIDADE

Todo segundo sábado de cadamês, o Mercado Público de Petró-polis recebe milhares de peças an-tigas, algumas datadas do século17, durante a Feira de Antiguidades,que reúne colecionadores de todoo Rio Grande do Norte e estados vi-zinhos. Realizado no mezanino doestabelecimento, o evento é umaótima oportunidade para se conhe-cer um pouco do passado e adqui-rir peças raras que já possuíramvalor econômico e que hoje, sãocomemorados como objetos de es-tima emocional.

Vindo de Currais Novos paraparticipar da feira, o colecionadorAntônio de Medeiros revelou quedurante um tempo diversificou asua paixão por objetos antigos, mas

que, por causa do grande espaçofísico que as peças ocupavam emsua residência, resolveu concentrarsua coleção em moedas e cédulasde décadas e séculos passados.Hoje, ele possui um acervo comaproximadamente 1,5 mil moedase 15 máquinas de costura do iníciodo século passado, que ele herdoudas tias e das avós.

"Minhas coleções são minhasegunda paixão, só perdem para aminha esposa, com quem estou ca-sado há 45 anos. Foi ela quem acen-deu o meu interesse em coisas an-tigas, quando me deu quatro moe-das do século 19 de presente de ca-samento. A partir daí, comecei ame interessar e juntar, procurar ecomprar moedas e cédulas. Depois,

vieram as máquinas de costura, rá-dios, chaleiras, panelas e ferros deengomar, que ia achando com vá-rias pessoas", falou.

Segundo o expositor AntônioCosta, o valor emocional das peçasé, em muitas ocasiões, muito maiordo que o seu valor financeiro e éisso que move os colecionadores.Apresentando quase 30 mil itens,entre moedas, cédulas, relógios eselos de carta, ele disse que come-çou a juntar os objetos ainda na in-fância e que hoje, um dos seusmaiores prazeres é adquirir coisasantigas novas.

"Temos peças históricas, quetiveram grande valor financeiro eque hoje, são praticamente raras,como moedas que datam do Impé-

rio Romano, tão antigas que se per-deram as datas. Mais recentes,temos peças de 1654, como umsoldo trazido durante a invasão ho-landesa ao Nordeste e cédulas quecircularam no Brasil durante o pe-ríodo imperial", disse.

PAIXÃO FEZ COLECIONA-DOR MUDAR DE PROFISSÃO

Economista por formação, Ed-jânio Rodrigues começou há poucotempo no mundo dos colecionado-res de peças antigas, mas já é umdos mais conhecidos e respeitadosnacionalmente, por seu vasto acer-vo que inclui mais de uma tonela-da de moedas em inox; 10 mil moe-das estrangeiras, de várias nacio-nalidades e 10 mil cédulas nacio-

nais e internacionais."Entre elas, tenho uma que con-

tem a assinatura original de CheGuevara quando ele foi presidentedo Banco Central em Cuba, moe-das patacão de 1816, do Brasil Im-pério de 1876 e moedas Resselo,que eram usadas por piratas porvolta de 1650. Também podemosencontrar aqui a moeda mais anti-ga cunhada no país, em 1774 emoedas comemorativas de um dólarque circularam na Somália em 2003e que tinham forma de guitarras,animais e veículos", disse.

Edjânio revelou ainda que lar-gou a profissão de economista eabraçou a de numismata e que viajaquase todos os meses por váriosestados do Brasil, para participar

de encontros nacionais mensais decolecionadores. Ele também vendepeças através da internet. "Hoje,sou reconhecido no país como umdos principais vendedores de moe-das e cédulas antigas", afirmou.

Para o colecionador, José Hen-rique, que começou em 1995 comcartões telefônicos, o prazer em en-contrar peças raras e bastante dese-jadas por todos é imensurável. "In-dependente do valor, são coisas quetrazem uma grande satisfação emo-cional, só entende quem tem a pai-xão por coisas antigas. Uma dasminhas principais são as moedasque contem o desenho da face darainha Elizabeth, como um envelo-pe de 1968, quando ela veio ao Bra-sil", afirmou.

Isabella Tarciana : “Blitz foi pensada de modo a introduzir novos alunos no curso”

> SAUDOSISTAS

Feira de Antiguidades movimenta Mercado de Petrópolis

Wellington RochaHeracles Dantas

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Economista, Edjânio Rodriguesmudou de profissão para se dedicarao mundo dos colecionadores

Antônio Costa diz que valoremocional das peças émuito maior que o financeiro

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Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 7Natal, 7 e 8 de fevereiro de 2015Economia

MARCOS AURÉLIO DE SÁ [email protected]

HOJE na Economia

MicroempreendedorIndividual deve apresentardeclaração e evitar multasn O MicroempreendedorIndividual (MEI) que se for-malizou até dezembro de2014 já pode enviar a De-claração Anual do SimplesNacional (DASN-Simei) àReceita Federal. n Gratuita e obrigatória, adeclaração está disponível noPortal do Empreendedor(www.portaldoempreende-dor.gov.br) e resguarda os be-nefícios da formalização,como aposentadoria e salário-maternidade. n O empreendedor que nãoentregar a DASN-Simei até odia 20 de fevereiro não con-seguirá emitir os carnês de pa-gamento referentes a 2015. n No Rio Grande do Norte,mais de 60 mil microempreen-dedores estão aptos a prestarcontas com a Receita Federal.n Para evitar o pagamentode juros e multas, é importan-te que o MEI realize a sua de-claração com antecedência. Nodocumento, o MEI deve apre-sentar o faturamento registra-do pela empresa em 2014,além de informar se houvecontratação de funcionário. n Outra informação impor-tante a ser fornecida nesta de-claração é a descrição da des-

pesa, ou seja, o que ele com-prou e de quem ele comprouao longo dos 12 meses. OMEI é isento de imposto,então a Receita precisa acom-panhar estes dados.n O prazo legal para a en-trega do documento segue até31 de maio, sem a possibili-dade de prorrogação.n Vale lembrar que o Se-brae oferece suporte paraquem precisa de orientaçãona hora de preencher a decla-ração. Os interessados devemprocurar um dos pontos deatendimento em Natal ou nointerior do Estado.

Contribuinte já deve sepreparar para a entregado Imposto de Renda n No dia 2 de março teráinício o período para entregada Declaração de Ajuste Anualdo Imposto de Renda (DIRPF)- Exercício 2015.n Para o diretor executivoda Confirp Consultoria Con-tábil, Richard Domingos, é in-teressante que as pessoas sepreparem com antecedênciapara declarar, já procurandoe separando os documentosnecessários.n "Quanto mais preparadoo contribuinte estiver melhor,já que os primeiros dias são osmais interessantes para o

envio e isso por dois motivos:quem entrega o material comantecedência receberá sua res-tituição antes, além disso, emcaso de problemas, o contri-buinte terá tempo para resol-vê-los, evitando a necessida-de de realizar uma declaraçãoretificadora, depois do prazode entrega", alerta.n Apesar da Receita não terliberado o programa para en-trega e as mudanças para 2015,o consultor Richard Domin-gos acredita que o rascunho éa grande novidade deste ano.n Desde o dia 3 de novem-bro, a Receita Federal dispo-nibilizou um aplicativo paraque os contribuintes já pos-sam começar a elaborar umrascunho da declaração.n "A novidade é bastante in-teressante, pois quem gostade se anteceder poderá jápreencher a declaração comos lançamentos, simulando opreenchimento no programagerador da declaração IRPF(PGD IRPF 2015), que seráliberado para os contribuintessó em março de 2015. Lem-brando que as informações doRascunho IRPF poderão serutilizadas para a declaraçãode 2015, com uma simplesimportação de dados", expli-ca o consultor Rodrigo Zapa-roli de Melo.

Negociações apontam para novos voos,sendo um internacional e outro regional n Os desdobramentos das reuniões entre ogovernador Robinson Faria e o secretário deEstado do Turismo, Ruy Gaspar, com os pre-sidentes e representantes das companhias aé-reas e operadoras de viagem, em São Paulo,vão render bons frutos para o turismo do RioGrande do Norte. n As negociações apontam para a instala-ção de um voo Mossoró/Recife, que deverá seroperado pela Azul Linhas Aéreas, e a instala-ção de um voo internacional Natal/Bogotá(Colômbia), de interesse da Avianca. n "Posso assegurar que as perspectivasforam superadas. Encontramos uma aberturae sensibilidade por parte dos presidentes detodas as companhias. E o próximo passo seráconsolidar essas conversas em ações. Nossameta para o ano é aumentar os percentuais deocupação dos nossos 42 mil leitos destinadosao turismo que, ano passado, só tiveram 50%de sua capacidade ocupada", disse o Gover-nador Robinson Faria. n O secretário de Turismo endossa as pa-lavras do governador, afirmando que nuncahavia visto um chefe de Estado tão preocu-pado com o turismo como Robinson Faria."Essas companhias aéreas já haviam procu-rado, em outras gestões, diálogos com o go-verno. Dessa vez, cumprimos com o deverde casa e as procuramos primeiro. As medi-das do governo, que incluem a assinaturado Decreto que diminuirá da alíquota doICMS de querosene de aviação, marcadapara o dia 26 de fevereiro, terá a presençaconfirmada de representantes de todas essasempresas com quem conversamos, será umdos passos que daremos rumo ao crescimen-to turístico", afirmou Ruy Gaspar.n Sobre a possibilidade de instalação de voointernacional ligando Natal a Bogotá, o se-

cretário de Turismo considera muito importan-te até porque será uma conexão mais rápidacom os Estados Unidos. "A Colômbia, Perue Chile são os países que têm maior crescimen-to na América Latina e do Sul e tem um mer-cado consumidor muito grande. Seria bompara ambos os lados. Além disso, o turista po-tiguar teria outra opção de rota para chegar àAmérica Central e do Norte, ou seja uma co-nexão mais rápida com os Estados Unidos, jáque atualmente só se consegue fazer isso indopara grandes centros como São Paulo", ex-plicou Ruy Gaspar.

Governo retomará administração do Centro de Convenções de Natal n Um dos mais importantes equipamentosfomentadores do turismo do Rio Grande doNorte, o Centro de Convenções, voltará a seradministrado pelo Governo do Estado atra-vés da Secretaria de Turismo a partir da pró-xima segunda-feira.n A medida, que atende a uma determina-ção do governador Robinson Faria, foi anun-ciada na tarde desta sexta-feira durante reu-nião na Governadoria entre representantes daConsultoria-Geral do Estado, Procuradoria-Geral do Estado, Gabinete Civil, Controlado-ria, Emprotur e Coohotur (a empresa que ad-ministrava o espaço desde 2007).n Apesar da nova administração, o consul-tor Geral do Estado, Eduardo Nobre, garan-tiu que a escala de eventos está mantida demodo que a atividade turística não sofra pre-juízos. No entanto, lembrou que a Secretariade Turismo analisará todos os contratos cele-brados e verificará quais deles dependem delicitação, como previsto na Lei 8.666. n Os contratos com empresas prestadorasde serviços e locadoras de bens móveis, comoar condicionado, também serão analisados paragarantir que atendem às exigências legais.

Sylvia Sá - (Interina)

Esta semana, o Secretário daAgricultura, da Pecuária e da Pesca(SAPE), Haroldo Abuana, cum-priu uma extensa agenda de com-promissos em Brasília. Durante avisita se reuniu com a Ministra doMeio Ambiente, Izabella Teixeirae com a Ministra da Agricultura,Kátia Abreu, para uma reuniãocom todos os Secretários do Bra-sil. Na sequência, seguiu com aMinistra Kátia Abreu para conhe-cer e discutir as diretrizes estraté-gicas e operacionais do mapa paraatuação conjunta com as Secreta-rias Estaduais de Agricultura.

Ainda na capital federal, o Se-cretário da Agricultura juntamen-

te com o Diretor Geral do Institu-to de Assistência Técnica e Exten-são Rural (EMATER), Cesar oli-veira, participaram de uma reu-nião no Ministério do Desenvolvi-mento Social (MDS), no qual dis-cutiram parcerias no Programa deAquisição de Alimentos - PAALeite, PAA Compra Direta e PAASementes, além da parceria comfomentos e barragens subterrâneas.

Durante essa tarde, também es-tiveram em uma audiência no Mi-nistério do desenvolvimento Agrá-rio, com o Secretário de Agricul-tura Familiar, Onaur Ruano, ondetrataram sobre as ações de Assis-tência Técnica e o Programa Ga-

rantia-Safra.Posteriormente se reuniram

com o Chefe de Gabinete do mi-nistério da ciência e Tecnologia,João Luiz dos Santos, para trata-rem sobre parcerias com a Empre-sa de Pesquisa Agropecuária (EM-PARN), e falar do desenvolvimen-to de Tecnologia para produção depalma adensada, além da visita doministro Aldo Rebelo ao rio Gran-de do norte.

Por fim, trataram com o Minis-tério da Pesca e Aquicultura sobreos convênios para conclusão doterminal pesqueiro de Natal e doprojeto de capacitação de pescado-res artesanais - Velas ao Vento.

Secretaria de Agriculturabusca parcerias em Brasília

> ATUAÇÃO

Empresários esperam reduzirperdas com feriados em 2015PARA A CUT, TRABALHADOR NÃO PODE PAGAR POR CRISE

MARCELO LIMA

REPÓRTER

As perspectivas para este anosão as piores para o crescimento dasatividades produtivas. Além do "ar-rocho" fiscal imposto pelo governoFederal, a economia do país tam-bém deverá ficar amarrada, na visãodo setor patronal, pelo número ex-cessivo de feriados. Só de abran-gência nacional, o Brasil terá dezferiados integrais em dias úteis e aquarta-feira de cinzas, quando só setrabalha a partir do meio-dia.

Segundo a Confederação Na-cional do Comércio (CNC), essasparadas serão responsáveis por per-das de R$ 15,5 bilhões para o comér-cio em todo o Brasil. Ainda segun-da a entidade, esse número é 22,5%maior que no ano passado quandoo comércio também parou em fun-ção da realização dos jogos da Copado Mundo no Brasil.

Mas os feriados não atrapalhamsó a produção do comércio. Aindús-tria, serviços e o setor agropecuáriotambém são impactados. Para o pre-sidente da Federação das Indústriasdo Rio Grande do Norte (Fiern),Amaro Sales, a quantidade de feria-dos nacionais em dias úteis num anocom o cenário econômico atual sóatrapalha mais quem quer produzir.

"Como sair de uma crise se vocêestá praticamente sendo impedidode produzir?", questionou Sales. "Aquestão dos feriados é uma questãode bom senso. Deveria ser faculta-tivo. Deveria haver uma negocia-ção entre a classe produtora e a tra-balhadora, não ser uma decisão to-mada por decreto", sugeriu.

Ele também acredita que algunsferiados poderiam ganhar mobili-dade no calendário para não preju-dicar determinadas empresas. "Ima-gine uma empresa que trabalha comfornos, que precisam ser aquecidose manter uma temperatura, ter um fe-riado na quarta-feira? Poderia mudarpara o sábado", exemplificou.

Também para essa alternativade mobilidade das datas, o presi-dente da Fiern evoca o bom senso."É claro que não há condições de se

comemorar um sete de setembro nodia seis ou cinco, mas outros feria-dos poderiam facilmente mudar adata", considerou.

Mas quem está do outro ladonão pensa assim. O presidente daCentral Única dos Trabalhadores,José Rodrigues Sobrinho, acreditaque o trabalho durante os feriadosnão é uma questão a ser discutida emmesa de negociação porque fragili-za o trabalhador. "Sou totalmente afavor de não mexer em nada. O co-mércio varejista quer escravizar ostrabalhadores. Se uma categoria qui-ser pode fazer, mas sou contra", opi-nou.

Ainda segundo o presidenteda central sindical, nem nas atuaiscircunstâncias econômicas a livrenegociação do feriado seria umaopção. "Quem vai pagar pela criseé o trabalhador?", questionou re-toricamente.

COMÉRCIOAtualmente quando uma empre-

sa decide abrir num feriado, o em-pregado recebe dobrado pelas horastrabalhadas. De acordo com a CNC,os feriados nacionais tem contribuí-do para a deterioração da relaçãoentre a folha de pagamento e a re-ceita operacional. Desde 2009, osvalores gastos com a folha vêm cres-

cendo diante da receita operacional.Mas a entidade não explica se houvea criação de novos feriados nesseperíodo ou dá outra justificativa paraisso.

Outro fator que colabora paraa deterioração da relação folha depagamento/receita operacional sãoos baixos números de crescimen-to do comércio frente do empregono setor e do rendimento médio dotrabalhador.

De acordo com o Ministério doTrabalho e Emprego (MTE), a ocu-pação no setor cresceu 2%. O ren-dimento médio do comerciário tam-bém cresceu 1,8%. Para a CNC,esses 3,8% impactaram nas contasdos comerciantes brasileiros, vistoque a previsão oficial de crescimen-to de 2014 é negativo. Para o Sera-sa Experian, o crescimento no anopassado foi de 3,7%.

Além disso, a CNC estima quepela primeira vez em dez anos aqueda nas vendas do varejo amplia-do (comércio de veículos, peças,material de construção e outros).Para chegar a essa conclusão, a Fe-deração observou a evolução da Pes-quisa Mensal do Comércio realiza-da pelo IBGE. Por enquanto, os fe-riados continuarão a servir para ali-viar as agruras do cotidiano

Fotos: Heracles Dantas

Amaro Sales, da Fiern, defendeque feriados sejam facultativospara o setor produtivo brasileiro

Comércio está entre os setoresmais prejudicados com a altaquantidade de feriados no país

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Sábado e Domingo8 O Jornal de HOJE Natal, 7 e 8 de fevereiro de 2015

C M Y K

Cidade

Ginásio de Mãe Luíza ganha prêmiointernacional de arquitetura esportiva

Fotos: Wellington Rocha

CONSTRUÇÃO MUDOU REALIDADE DA COMUNIDADE E AJUDOU A DIMINUIR ATOS VIOLENTOS NAS PROXIMIDADES DO BAIRRO

ALESSANDRA BERNARDO

[email protected]

Situado no bairro de Mãe Luíza,onde funciona como um grandecentro de esportes e lazer aberto àcomunidade, o ginásio Arena doMorro foi eleito a melhor constru-ção voltada para o esporte desteano, na categoria arquitetura espor-tiva, durante o concurso interna-cional "Building of the Year 2015",promovido pelo portal britânicoArchdaily. Inaugurado em abril doano passado, o local é administra-do de forma compartilhada peloConselho Comunitário local, o Cen-tro Sócio-pastoral Nossa Senhora daConceição e o Governo do Estado.

Segundo o vice-presidente doCentro, Ion de Andrade, a notíciada premiação foi comemorada portodos, que reconhecem a importân-cia do equipamento público para adiminuição da violência urbana nasproximidades da edificação, bemcomo a introdução dos jovens mo-radores de Mãe Luíza nos esportes.Durante o mês de janeiro, além das

práticas esportivas que continua-ram sendo oferecidas, houve tam-bém uma colônia de férias.

"Recebemos com grande alegria,primeiro porque a arquitetura do gi-násio é realmente muito bonita, masprincipalmente pelo alcance socialque ele está tendo no bairro. Ele teveum impacto significativo na redu-ção da violência na vizinhança, aocumprir o seu propósito de tirar osjovens das ruas e oferecer a práticade diversas modalidades esportivas.Também é um modelo de gestãocompartilhada", afirmou.

Ele disse que a construção doimóvel no local também contri-buiu para melhorar a qualidade devida dos moradores, ao favorecera convivência das pessoas em ati-vidades como caminhadas, pas-seios e espaço para eventos artís-ticos e culturais. "Virou o pulmãode Mãe Luíza. O Brasil precisa demais espaços como esse, que agre-guem equipamentos sociais boni-tos e funcionar às causas sociais.E ele deu um salto de qualidademuito importante para todos da

comunidade", explicou.Antes de ser escolhido pelo por-

tal Archdaily, o mais conceituado noquesito arquitetura, o Arena do Morrojá havia sido eleito uma das cincomelhores edificações do mundo nestequesito. E, em 2014, foi eleito umadas nove obras arquitetônicas maisimportantes do ano pela Revista Mo-nolito, publicação nacional especia-lizada em arquitetura.

ACESSIBILIDADE ECONFORTO TÉRMICO

Construído em uma área comaproximadamente dois mil metrosquadrados, o ginásio possui qua-dra poliesportiva, arquibancadascom capacidade para 450 pessoas,salas multiuso e um mirante, deonde é possível ver a praia e a ve-getação do Parque das Dunas. Osespaços são acessíveis às pessoascom deficiência física e foram pla-nejados para serem sustentáveis,pois os arquitetos procuraram apro-veitar as condições climáticas lo-cais, no que diz respeito à ventila-ção e luminosidade.

Segundo Íon de Andrade, a es-trutura foi construída para permitira entrada do vento e da luz solar,gerando uma grande economia deenergia elétrica, o que garante queo interior seja ventilado constante-mente, em qualquer horário do dia."O design da obra é extraordinárioe garante um conforto térmicomuito grande, sendo mais agradá-vel ficar lá dentro do que na parteexterna. É muito arejado e bonito,funcional", disse.

Ele fica localizado ao lado daEscola Estadual Senador DinarteMariz, e representou a realização deum sonho dos moradores do bair-ro, que desejavam um espaço ondetoda a comunidade, especialmentea juventude, pudesse ter acesso aoesporte, cultura e lazer. A ideia deconstruí-lo surgiu da necessidadeda população por um espaço vol-tado para a prática esportiva, quehoje atende completamente.

A construção da Arena doMorro foi realizada graças a umaparceria entre o Centro Sócio Pas-toral Nossa Senhora da Conceição

a Fundação Ameropa, que finan-ciou toda a obra, orçada em R$ 5milhões de reais. Já a escolha donome aconteceu através de um con-curso onde podiam participar todosos moradores de Mãe Luiza. O ven-cedor foi o estudante Flávio Perei-ra, de 17 anos, que recebeu um ta-blet como prêmio.

Situado próximo ao mar e aoParque das Dunas, vizinho do Farolde Mãe Luiza, o Arena tem poten-cial para se tornar mais um pontoturístico em Natal. Além disso, aplanta do ginásio é assinada pelo re-nomado escritório de arquiteturasuíço Erzog & de Meuron, respon-sável pelo Ninho de Pássaro (Pe-quim, China) e pela Allianz Arena(Munique, Alemanha).

APROVADO PELACOMUNIDADE

"Venho aqui quase todos osdias, menos nas terças e quintas-feiras, porque é muito bom, jogo fu-tebol com meus amigos e meus paisgostam. Também participo das aulasde futsal", falou o estudante Pedro

Leonardo, de 13 anos. Ele disseque o ginásio foi uma das melho-res coisas que aconteceram à comu-nidade de Mãe Luíza e que sempresonhou com um lugar onde pudes-se praticar esportes. "É a realizaçãode um sonho", afirmou.

Também inscrito em uma dasvárias turmas de esportes, o estu-dante Jonathan Gabriel, também de13 anos, revelou que seus pais fi-caram muito felizes quando sou-beram da novidade e que o incen-tivam a procurar o ginásio nas horasvagas, para recreação. Ele disse quemuitos meninos do bairro procu-ram o local nos finais de semanapara jogar bola e que o espaço émuito importante para ele.

"Treino com um professor ba-cana, que nos ensina muito futsale também venho nos finais de se-mana para brincar com meus cole-gas. Meus pais aprovam eu vir paracá, dizem que é melhor estar aquifazendo uma atividade física, doque ficar na rua, à toa, correndoriscos. Eu também penso assim",afirmou.

Fotos: José Aldenir

Projeto social “Voluntários do Surf” promovecurso para árbitros na praia de Ponta Negra

O 1º Workshop de Arbitragemde Surf, promovido pelo projetoVoluntários do Surf e Associaçãode Surf de Ponta Negra (ASPN), foiencerrado neste sábado (7) na orlada praia de Ponta Negra. A inicia-tiva faz parte do projeto socialrecém-criado que pretende contri-buir com a formação cidadã decrianças e jovens apaixonados peloesporte. Depois de formados, osárbitros irão julgar as competiçõesrealizadas pelo projeto social.

Na quinta e sexta-feira destasemana, cerca de 30 pessoas par-ticiparam da parte teórica do curso.O workshop foi ministrado porMax Bruno, árbitro natalense desurf, integrante de diversas associa-ções nacionais desde 2000. Namanhã deste sábado (7) , os juízesem formação foram para a orla dapraia para aplicar os conhecimen-tos observando surfistas na água.

Na teoria, os critérios para ava-liação podem ser resumidos emuma frase. "O surfista deve exe-cutar a manobra radical na partemais crítica da onda, com veloci-dade, controle e fluidez e aindalevar em consideração o surf ino-vador, progressivo e o grau de di-ficuldade das manobras", explicouo árbitro.

O curso serve exatamente paraque os futuros juízes possam iden-tificar quais os patamares adequa-dos de velocidade, o que é umamanobra radical e ter a noção deoutros conceitos. Apesar da forma-ção específica, a maioria deles temparte da sua história ligada ao es-porte.

Exemplo disso é o DJ Alessan-

dro Duarte, mais conhecido como"magão". Ele surfou em circuitosamadores, mas não seguiu carrei-ra nas águas. Depois dessa faseformou-se em Administração deEmpresas e também passou co-mandar a diversão de muita gentecom música.

Boa parte dos Voluntários doSurf tem um histórico como o deDuarte: dedicaram-se a enfrentaras ondas por um período de suasvidas, mas hoje são profissionaiscom outra carreira. Isso só porquenunca largaram os estudos. É exa-tamente essa filosofia de carreiraque o projeto pretende passar."Além de formar o atleta, a inten-ção é formar o cidadão; mostrarpara a molecada que viver não é sósurf", disse Alessandro.

CIDADANIA E SURFOs voluntários que darão vida

ao projeto têm formações diver-sas. Além de administrador de em-presas, há advogado, nutricionista,educador físico, sociólogo e até ar-quiteto. O objetivo do Voluntáriosdo Surf é que esses profissionaiscontribuam com o seu conheci-mento específico.

As atividades com as criançasa partir das oito anos de idade estãoprevistas para começar na segun-da quinzena de março deste ano.Mas antes, o projeto passa por umperíodo de divulgação e captaçãode parcerias para se manter.

O ex-surfista e tecnólogo emgestão ambiental Emerson Mari-nho é um dos idealizadores do pro-jeto. Ele explicou que as ativida-

des estão previstas para ocorrer aossábados pela manhã. Na primeiraedição, haverá uma palestra sobrea história do surf no Rio Grande doNorte e diretos da criança e do ado-lescente para os jovens surfistas.Todo o projeto se estrutura a par-tir desse princípio: não passar ape-nas a técnica do surf, mas tambémauxiliar na formação cidadão. Osiniciantes terão aulas de long board(pranchão) e de Stand Up Pedal,além de aulas com prancha em ta-manho normal.

Marinho acredita que isso éfundamental na carreira de todoseles, mesmo aqueles que conse-guem se tornar profissionais comoele. De 1990 a 1998, Emerson com-petiu internacionalmente em altonível.

Em 1990, ainda quando esta-va no campeonato mundial amadorconseguiu vencer um dos íconesdo surf mundial atualmente, o es-tadunidense Kelly Slater. "Eu fuium dos primeiros brasileiros a teresse sabor", recorda-se. Isso foiantes de Slater se tornar 11 vezescampeão mundial profissional.

Depois das glórias que o surftrouxe, Emerson começou a fazercursos na área ambiental. Hoje eleé tecnólogo em gestão ambiental epossui título de especialista na áreatambém. É mais ou menos essaconsciência que existe "vida apóso surf" que o projeto pretende in-centivar.

"Os jovens visualizam o surfcompetição como a solução da vidadeles. Até a própria família caren-

te investe muito nisso", observaMarinho. Para ele, essa iniciativade fomento à cidadania se casa per-feitamente com o esporte que é ocentro da sua vida. "O surf vai alémdo esporte. É um estilo de vida,traz uma capacidade física e psico-lógica diferente para quem pratica",finalizou.

> WORKSHOP

Equipamento foi inaugurado em abril de 2014 e mudou a qualidade de vida das crianças e adolescentes do bairro. Os estudantes Jonathan e Pedro Leonardo participam das oficinas de espor te e estão muito satisfeitos com a opor tunidade

Juízes em formação aplicaram os conhecimentos adquiridos no curso na manhã deste sábado. Workshop foi ministrado pelo árbitro natalense Max Bruno

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Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 9Natal, 7 e 8 de fevereiro de 2015

Cultura

Major

Fernandes

tomava seu

uísque diário

na praia, na

hora em que

sofreu um

estranho

piripaque; na

urgência de um

hospital, sua

trajetória de

pouco apego a

higiene, casos

com morenas

em promoção e

a lenda do

copo

decantado será

examinada por

um médico

mais jovem e

bem apessoado

CONRADO CARLOS

EDITOR DE CULTURA

A recepção do pronto-socorroestava mais barulhenta que o nor-mal, para um começo de tarde. Ochoro lancinante de um meninosentado ao lado da mãe se impu-nha. Ela falava com sotaque ar-rastado de interiorana: “Tenhacalma, meu bichinho”, enquantoabraçava o filho. Um pouco maisà esquerda, um homem tentavapassar de fase em um jogo no ce-lular que envolvia uma serpentefaminta. Para ninguém era possí-vel ignorar os efeitos sonoros emi-tidos a cada ação. Com a cabeçaescorada no ombro do sujeito, umamulher olhava para o aparelho ebocejava. Outros grupos conversa-vam em voz alta, sorriam, aten-diam ligações. A porta que davapara o setor de urgência obedeciaà cadência da recepcionista, donade uma voz enfadonha que pare-cia piorar o estado dos enfermos.Assim que sentou em uma das ca-deiras de plástico azul, major Fer-nandes lustrou o granito.

“Enfermeira, tem um homemvomitando aqui!”, soltou alguémno meio daquela zona. Nessa hora,a serpente engolira todas as vítimassem dó, nem piedade, e silenciouo passatempo medonho. Fernan-des estava na praia, quando come-çou a passar mal. Como todos osdias desde que foi para a reserva(era major do Exército), ele ia atéa barraca de Moacir tomar umadose de uísque e duas Brahmas,antes do almoço. Virara um ser fol-clórico naquele ecossistema infor-mal. Sua simples presença era ummanancial de assuntos. A patentemilitar lhe garantia blindagem con-tra malditos, ainda que vez ou outratenha se engraçado com alguma li-

bertina. Fernandes tinha problemacom as axilas, a famosa sovaquei-ra. Costumava enviar e-mails (naverdade, pedia para a filha) de agra-decimento aos químicos responsá-veis pelas marcas de desodoranteque bloqueavam o cheiro acre du-rante alguns semanas - tempo su-ficiente para o ácido carboxílicodas glândulas sudoríparas mostrarquem mandava no pedaço.

Tinha uma aparência deslei-xada para um major do Exército(sempre de bermuda e camiseta re-gata). Vivia constantemente suado,por causa da pressão alta, e descui-dava dos restos de comida nos den-tes. Na época áurea de militar, con-trastava com os oficiais brancos,afilados, de origem carioca ou gaú-cha, que predominavam em suaturma. Quem o conhecia sabia desua fama de imundo e gente boa.Corria na praia a lenda do copodecantado. Até meados dos anosoitenta, Fernandes usava dentadu-ra. Certa vez, após uma noitadacom uma morena em promoção,resolveu tirar um cochilo, com vá-rias doses no juízo. O apetrechobucal foi mergulhado em um copoamericano. Apagou geral. Namanhã seguinte, acordou com osengulhos da meliante, enojada comos nacos de pão, ou algo branco emacento, boiando na superfície daágua do copo. Felizmente, uma desuas filhas virou dentista e restau-rou o sorriso fixo do pai.

A esposa de Fernandes, donaNalva, era um anjo à moda antiga,que fingia nada saber das aventu-ras do marido. Fazia vista grossacom chupões no pescoço, odoresfemininos na roupa, frases eróti-cas soltadas durante sonhos pro-vavelmente da mesma natureza euma nova mania adquirida nos úl-timos anos: varar a madrugada na

internet vendo foto de mulher pe-lada e vídeos pornográficos. Aos 68anos, Fernandes mergulhou fundona história de novas tecnologias.Aprendeu onde deveria clicar embusca do prazer solitário. Para ele,era como um ato rebelde de mili-tar que passou a vida despertadopelos galos. E ali, na reclusão doquarto ao lado de sua suíte, loiras,morenas, ruivas, negras e, vez ououtra, uma bizarrice, o transforma-vam em um garanhão. A única vin-gança de Nalva era abusar do salna comida, para estimular a sudo-rese do marido e, assim, fazê-lovoltar cedo para casa, agoniadocom o calor.

Fernandes eram um boêmio ca-seiro. Saia apenas para ir à praiatomar a bebida que já foi dita. Des-confiança com a vitória do alcoo-lismo existia, mas como acredita-va que ressaca é melhor que igre-ja, e que homem que se presa nãocome enquanto bebe, costumavaterminar o expediente etílico nosofá, diante da tela plana que exi-bia algum jogo de futebol. Fernan-des era Fluminense doente. Só quea idade pesava, e o acúmulo de lixotóxico no organismo pedia recicla-gem. Uma esofagite também ata-cava seu humor. Aquele misto deardor e fervura o deixava ranzin-za, como no dia em que voltavapara casa pelo terreno ocupado portrês dezenas de jovens metidos aneoripongas. Sentia verdadeiroasco por aqueles mendigos juvenisdeitados no areal da esquina, ouem tendas improvisadas pra vendermiçangas. “Vão trabalhar, vaga-bundos!”, disse duas, três vezes,sem a melodia de Chico Buarquede Holanda. Como se o que acaba-ra de fazer na barraca de Moacirfosse produtivo.

“O senhor vai ter que ser me-

dicado aqui no hospital e ficar sobobservação”, disse uma enfermei-ra sisuda. Exceto pela visão daque-la pseudo comuna hippie e da casade sua ex-sogra, onde Nalva insis-tia em leva-lo aos domingos paraalmoçar, nenhum lugar o incomo-dava mais do que uma enfermarialotada. Sobre a ex-sogra, vale dizerque ela fora uma mulher maligna,que até a morte tentou afastar afilha de Fernandes, “o traste”. DonaTertúlia, “a megera”, bala trocadaem pensamento pelo genro, tinhalido muitos romances ao longo desuas sete décadas de vida para de-duzir o que um homem provedor eaposentado fazia longe da esposaem um cenário tentador. “Ali sótem gente exibicionista, minha filha.E o exibicionismo só serve parauma coisa: erotizar o ambiente emostrar a besta humana que somos,que só pensamos em comer, acasa-lar e passar a perna dos outros”.Nalva ouvia sem escutar.

O MOTIVOJá deitado, com a lentidão do

soro pingando na corrente sanguí-nea, sentiu-se no psicólogo, comperguntas sobre fortes emoções, oque tinha acontecido de diferentehoje cedo, e se já tinha passadomal outras vezes, feitas por ummédico engomado demais para serlevado a sério. Como assim, “forteemoção”? Ele abolira política e re-ligião de suas conversas. Via o fu-tebol com olhos desapaixonados.Jamais se envolvia em debates aca-lorados sobre quem era melhor, seo Flamengo de Zico ou o Flumi-nense de Rivelino, se o Expressoda Vitória vascaíno ou o Botafo-go de Garrincha e Nilton Santos.Agora sentia-se acuado naquelaenfermaria. Queriam segredos, an-tecedentes, podres, o motivo da

espécie de piripaque emotivo quelevantou suspeita no atendimen-to. A barriga vazia em ebuliçãoapós o uísque e as cervejas contri-buíram para piorar algo maisgrave, prestes a ser revelado. “Foipor causa de Andreia”.

Fazia dias que Fernandes in-vestia uma fração do soldo paraseduzir a moreninha que serviapeixes e água de cocô na barracaao lado da de Moacir. Primeiromandou bilhete com elogios. De-pois, partiu para o corpo a corpo,o que deixou Moacir enciumadocom o cliente consumindo na con-corrência. Dava dinheiro, traziapresentes e chegou até a levá-lana C&A para comprar roupasnovas, uma mania feminina. Pare-cia que daria certo. A jovem de-monstrava carinho com o major,elogiando sua forma física, talha-da por anos de polichinelo e bas-quete no quartel. A diferença deidade, porém, importava, e muito,para o alvo das ações. E um talu-do mancebo com bermuda de sur-fista ocupara o lugar que Fernan-des acreditava ser seu. A lingua-gem corporal de Andreia na horade registrar o pedido do homem,no mínimo, trinta anos mais novodo que o major, denunciava a trai-ção. Como a espada mortal no co-ração de um touro agonizante, eleficou vermelho de raiva. Suas ar-térias pulsaram e a consequênciafoi a humilhação de estar contan-do tudo isso para um desconheci-do, na urgência de um hospital.“Foi por ciúme, doutor”. O diag-nóstico foi um “Misto de enfarto,desarranjo intestinal, tontura, tris-teza e macheza ferida”. O médico,que de bobo só tinha o penteado,se aproximou da cama e sussur-rou no ouvido do paciente: “Issoacontece, major, isso acontece”.

Ontem, hoje e amanhã

Divulgação

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DIEGO HERVANI

REPÓRTER

Um velho problema para os pa-cientes e profissionais do HospitalUniversitário Onofre Lopes (Huol),voltou a aparecer em Natal. Crimi-nosos, que há alguns meses haviamdado um "tempo", estão novamen-te utilizando a escadaria Darcy Var-gas, que fica bem próxima do Huol,para assaltar quem estiver nos arre-dores.

O último caso aconteceu nestasexta-feira (6), o suspeito teria sur-preendido a médica quando ela vol-tava do trabalho, nas imediações daescadaria. Durante o assalto, o sus-peito agiu com bastante violência echegou a agredir a senhora, levan-do diversos pertences pessoais. OBoletim de Ocorrência foi feito e oCiosp acionou o BPChoque. Já noperíodo da noite, Alex do Nasci-mento Firmino, de 26 anos, maisconhecido como Berg, suspeito deter cometido o crime, foi localiza-do na Rua do Motor.

Berg estava portando um revól-ver calibre 38 e desferiu disparoscontra os policiais militares doBPChoque. Houve um revide e osuspeito foi baleado nas pernas. Apolícia apreendeu um revólver ca-libre 38 e um relógio da vítima doassalto. Berg recebeu socorro e foiconduzido para a Delegacia de Plan-tão Zona Sul.

O Jornal de Hoje esteve namanhã deste sábado (7) no local e,apesar do pouco movimento, as pes-soas que estavam por lá disseramque a onda de violência aumentoubastante nos últimos dias. "Aqui osassaltos acontecem em todos os ho-rários. Teve um dia que eu presen-ciei um. Por volta das 9h, dois ho-mens subiram a escadaria e aborda-ram duas mulheres que passavam.Eles estavam armados com facas elevaram bolsas, relógios e tambémum cordão de ouro de uma delas.Depois fugiram pelas escadariastambém. As mulheres ficaram deses-peradas, pedindo socorro. Só quequando a polícia chegou, já eratarde", disse Edilson Costa, que temo comércio nas proximidades doHuol.

Uma vendedora que trabalha emum trailer bem ao lado da escadariadisse que três clientes já foram as-saltados quando estavam lanchando.

"Conosco eles não mexem. Mas osclientes estavam lanchando quandoeles chegaram. Pegam o que esti-ver mais fácil e fogem pela escada-ria. Algumas pessoas até tentam cor-rer atrás, para tentar recuperar o pro-duto roubado, mas é muito compli-cado. Quando os criminosos entramna comunidade, que vai em direçãoà Rua do Motor, é quase impossívelchegar".

O vigia Robson Luiz, que todosos dias passa pela região quandovolta do trabalho, recordou que atémesmo um policial já foi vítima dosassaltantes. "O policial estava su-bindo a Ladeira do Sol de carro.Bem perto da escadaria tem umalombada. Quando o policial desa-celerou para passar, os bandidos apa-receram na escadaria. Eles estavamarmados e levaram o veículo. Sósoubemos que era um policial quan-do ele se identificou, falando que aarma tinha ficado dentro do carro".

Ainda segundo Roberto, as ví-

timas preferidas dos criminosos sãoas mulheres. "Dificilmente eles as-saltam algum homem. Essa do po-licial foi um caso raro. As pessoasprecisam entender que essa regiãoé perigosa, que não se pode ficarandando distraído, pois os crimino-sos estão de olho. As mulheres ge-ralmente andam mais distraídas queos homens e ficam mais vulnerá-veis".

Amoradora da comunidade quefica logo depois da escadaria, disseque todos os bandidos que agem naregião são moradores da Rua doMotor. "Os assaltos são frequentes.Quase todos os dias os bandidospassam correndo por aqui depois deterem cometido um assalto. Mas elesnão mexem com os moradores daquinão. Eles querem o pessoal "lá decima", pois acreditam que podemconseguir mais dinheiro se assalta-rem um médico".

O JH entrou em contato com aPolícia Militar para saber o que tem

sido feito para evitar novos assaltosno local, já que o problema é velhoconhecido do sistema de segurança.Como resposta, uma policial, queterá a identidade preservada, rela-tou que um dos principais problemasé a falta de efetivo. "São três viatu-ras rodando por toda a região leste.São mais de 150 mil habitantes naregião. De vez em quando uma quar-ta viatura também faz esse policia-mento. Então fica complicado aten-der toda a demanda".

Esse mesmo policial disse queapesar do alto número de assaltos,nas últimas semanas os registros deocorrências diminuíram na região.

"O Governo conseguiu colocar umefetivo maior nas ruas, graças aos po-liciais que estão trabalhando. Issoajudou a diminuir o número de ocor-rências, mas claramente é precisofazer mais para conseguir contor-nar essa situação".

Uma outra fonte do JH relatouque o maior problema da Rua doMotor é o tráfico de drogas. "Láesse problema das drogas é bemcomplicado. Todos os dias é possí-vel encontrar vários jovens, atémesmo adolescentes, utilizando dro-gas livremente. Isso faz com queeles tenham a necessidade de com-prar drogas todos os dias. Quandoo dinheiro falta, eles sobem para as-saltar. Aqui também temos a ques-tão da rivalidade entre gangs. O di-nheiro que eles conseguem com osprodutos roubados são usados parafortalecer a gang de cada um".

10 O Jornal de HOJE Natal, 7 e 8 de fevereiro de 2015 Cidade Sábado e Domingo

O PM reformado Wiclay deJesus da Silva, de 41 anos, quese entregou e confessou ter ma-tado a própria mulher com cincotiros, foi posto em liberdade namanhã deste sábado (7). O crimefoi cometido na cidade de Barce-lona, distante 90 quilômetro deNatal. Segundo o delegado Car-los Queiroz, que estava de servi-

ço na Delegacia de Plantão daZona Sul quando o homem se en-tregou, disse que ele não pode-ria continuar detido, pois ele seapresentou espontaneamente paraconfessar o crime, o que impediua prisão em flagrante.

Segundo informações do co-mando geral da PM, em marçodo ano passado Wiclay foi con-siderado incapaz de exercer suasatividades por apresentar pro-blemas psicológicos e inapto emdefinitivo para portar arma defogo. Ao confessar ter matado aprópria esposa, o suspeito disseque era a segunda vez que a mu-lher tentava se separar dele e elenão aceitava a situação. Depois

de uma forte discussão dentrode um veículo Pálio, Wiclaysacou a arma e atirou cinco vezescontra a ex-mulher. O homemainda disse que sofreu um "apa-gão" e quando acordou, Giva-nilda de Faria Freire, de 34 anos,já estava morta.

Depois de cometer o crime,Wiclay fugiu do local com medoda reação da população, comoele mesmo disse em depoimen-to. Porém, depois de ter se arre-pendido, ele pegou um ônibusveio para Natal, onde se entre-gou. O casal tem três filhos,sendo uma criança de dois anos,outra de 10 anos e um adolescen-te de 17 anos.

ESCADARIA PRÓXIMA AO ONOFRE LOPESSERVE COMO PONTO PARA ASSALTANTESNESTA SEXTA, HOMEM FOI BALEADO E PRESO DEPOIS DE ASSALTAR UMA MÉDICA

> EM BARCELONA

Depois de confessar ter matado a mulher, PM é solto

Givanilda de Faria Freire, de 34 anos,foi assassinada com cinco tiros pelo ex-marido. PM reformado, Wiclay de Jesusda Silva já confessou o crime e disse que sofreu um “apagão” no momento da discussão

Escadaria localizada em frente ao HospitalOnofre Lopes tem sido utilizada como rotade fuga para criminosos, que praticamassaltos na região e fogem com destino aRua do Motor, entre Rocas e Praia do Meio

Divulgação

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Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 11Natal, 7 e 8 de fevereiro de 2015CidadeCidade

Alex [email protected]

Danilo Sá[email protected] / [email protected] / Twitter: @DaniloSa

Por MiriamLeitãoO GLOBO

É um caso para es-tudo em escolas de ad-ministração. Peloavesso. Ensina tudosobre o que não sedeve fazer. Este é o re-sumo desta desastra-da intervenção da Pre-sidente Dilma na Pe-trobras. Mas umacoisa se diga: foi coe-rente. Improvisada einsensata do começoao fim. Há três meses, o então ministro da Fazen-da Guido Mantega desmentia que Aldemir Bendi-ne estivesse demissionário do Banco do Brasil.

Bendine tentava, no dia 7 de novembro, expli-car o inexplicável caso do empréstimo de R$ 2,7milhões concedido com juros camaradas a umaamiga que deu como garantia a pensão alimentíciados filhos menores. No dia 6 de fevereiro, está elealçado pela presidente Dilma ao posto de presiden-te da Petrobras. Na presidência do conselho de ad-ministração, confirmando indicação, o mesmo GuidoMantega.

Imaginemos, para alimentar algum otimismo,que reste provado que Bendine nem sabia do tal em-préstimo à amiga. Ele precisará ficar se explican-do deste e de outros casos. E se existe uma coisaque a Petrobras não precisa neste momento é de umpresidente que tenha que ficar se defendendo. Todosos esforços devem ser para defender a Petrobras.

O perfil ideal para o cargo é ser uma pessoa quesimbolize independência. O que a estatal precisa éde um executivo com autonomia. O problema daPetrobras não será resolvido por um presidente queaceite pressões políticas e cumpra ordens que con-trariem os interesses da empresa. O melhor seria evi-tar pessoas do grupo dos amigos do governo.

O que espanta neste caso é como nenhuma so-lução foi pensada com antecedência. Tão longacrise e não foi tempo suficiente para o governo teruma saída estratégica. A presidente convocou a ex-presidente Graça Foster para demiti-la e, ao mesmotempo, pedir que ela permanecesse no cargo até apublicação do balanço. Pelo andar dos trabalhoscom a PricewaterhouseCoopers (PwC), se a dire-toria permanecesse, seria possível ter o resultadofinanceiro auditado em maio. Ou seja, Dilma esta-va pedindo à Graça que ficasse dependurada por

mais quatro meses no cargo do qual fora demitida.Em seguida, o governo confirmou a informação deque Graça sairia, a diretoria se rebelou e pediu de-missão coletiva naquela mesma noite de segunda-feira.

Contudo, na manhã da terça, o ministro da Ener-gia, Eduardo Braga, disse que a diretoria ficariaaté março. Ainda que eles aceitassem permanecer,quem, com o mínimo de bom senso, imaginariaque uma empresa em crise poderia ser comandadapor uma equipe enfraquecida pela demissão anun-ciada?

Hoje a Petrobras é uma empresa que não sabeo valor do seu patrimônio, está no meio da mais pro-funda e extensa investigação policial por corrupção.A companhia tem que administrar a crise e aomesmo tempo fazer uma gestão de dano. A imagemda empresa sofreu sério estrago junto aos seus cre-dores, auditores, investidores, acionistas e precisareduzir esses danos. Ao mesmo tempo, precisa seproteger contra os riscos futuros de novos rebaixa-mentos ou cobrança antecipada de dívida.

A demissão que causou tanto reboliço esta se-mana não foi causada pelo escândalo. Mas sim peladivulgação do número de R$ 88,6 bilhões de dife-rença entre o valor real e o valor contábil de algunsdos ativos da Petrobras. A diretoria poderia ter sidotrocada por outros motivos, mas, ao ser trocada poresse, a mensagem que a presidente da República pas-sou é de que continuará interferindo nos rumos daempresa. O risco Dilma permanece.

O governo nem fez esforço para cumprir a le-gislação do mercado de capitais. Deixou vazar onome de Aldemir Bendine bem antes que ele fosseanunciado como o escolhido do controlador. Masessa foi apenas mais uma trapalhada. Coerente atéo fim. (ML)

IMPEACHMENTSem querer fazer comparações com os casos de

corrupção, até porque não cabe comparar os desli-zes do governo Collor com a roubalheira desenfrea-da dos governos Lula e Dilma, por que os petistasnão chamaram o impeachment de 1992 de golpe?

IMPEACHMENT IIHoje na Folha, Hélio Schwartsman resgata uma

fala de Zé Dirceu em 1999: "Qualquer deputadopode pedir à Mesa da Câmara a abertura de pro-cesso de impeachment contra o presidente da Repú-blica. Dizer que isso é golpe é falta de assunto".

CINISMO CRASSOEnquanto o renomado Ives Gandra aponta os

elementos jurídicos para o impeachment de Dilma,o tal Rui Falcão segue no seu stand up risível de piadapronta: "Não temos medo, não aceitamos o estigmada corrupção, somo um partido sério", disse ele.

DISSIMULADOSE quem vomitou cinismo na festa dos 35 anos do

PT, ontem em Belo Horizonte, foi Luiz Inácio. Ele eoutros chefetes, todos pregando um complô antipe-tismo da mídia, do Judiciário, do Ministério Públicoe da Polícia Federal. Era uma legião de anjinhos.

NEGROSÉ fácil entender os gracejos e agressões que a mi-

litância petista postou contra o ex-ministro do STFJoaquim Barbosa. Apesar dos 35 anos de atividadee com um ministério da "igualdade racial" no gover-no Dilma, não há negros na cúpula do PT.

TURISMOO Centro de Convenções da Via Costeira volta-

rá a ser administrado pelo governo do estado a par-tir de segunda-feira. Seria bom o mais rápido possí-vel uma licitação nacional para que uma empresaespecializada em grandes eventos tocasse o local.

ESPORTE E LAZERO governador Robinson Faria precisa olhar com

carinho para o espaço conhecido como "Presépio deNatal", onde um grupo de jovens usuários de pa-tins, skates e bikes arrumou o local e tirou de lá osusuários de drogas. Só precisa alguns reparos e luz.

AÇÃO CIDADÃA iniciativa dos jovens patinadores, que já con-

tam com 1 mil seguidores no Facebook, viabilizouo lazer de garotos e garotas humildes da cidade, quese reúnem no local nas tardes-noites de sábado e do-mingo, muitas vezes acompanhados de familiares.

GASTRONOMIA DE PONTAO jornalista potiguar Rodrigo Levino foi o primei-

ro profissional de mídia impressa do Brasil a cobriro famoso evento "Bocuse D'or", que ocorre na Fran-ça a cada dois anos reunindo a nata dos chefs de co-zinha do planeta. Levino foi cobrir pela revista Vip.

ICONOCLASTIA ÁCIDANum país contaminado pela caretice dos costu-

mes e pela hipocrisia dos gestos, é fácil entender ahisteria na internet contra a blogueira de O Globo Síl-via Pilz. A moça toca na ferida dos hipócritas jogan-do na cara de todos as verdades que lhes incomodam.

Lição do avesso

Sábado em revistaAs três maiores revistas do país estão nas bancas e com capas que se assemelham, não nostemas propriamente ditos, mas no mesmo contexto das roubalheiras engendradas pelo PT epor seus cúmplices do submundo político e empresarial. VEJA, ISTOÉ e ÉPOCA também nos

brindam com suas capas que são como água no chopp do PT, que está comemorando 35 anosde atividades no Brasil. Corra e leia!

RUY CASTRO

COLUNISTA DA FOLHA DE SÃO PAULO

Em fins dos anos 70, quandoas multinacionais do disco decre-taram a ditadura do rock em es-cala mundial, a arrogância de cer-tos roqueiros chegou ao auge. Umdeles, Rod Stewart, disse com des-prezo: "Nós não somos Frank Si-natra". Queria dizer que não eramcaretas, não cantavam canções ro-mânticas, não usavam smoking,não faziam shows em Las Vegase não eram amigos de presiden-tes dos EUA. Eram "rebeldes".Embora o rock os tivesse torna-do milionários, era preciso man-ter a aura de "rebeldia".

Mas, já então, um certo pa-drão se afirmara. Se a carreira deum deles parecia emburacar, elese convertia aos standards - o re-pertório de Sinatra. O primeirofoi Ringo Starr, o único Beatle in-capaz de sobreviver sem os Bea-tles. Em seu disco "SentimentalJourney" de 1970, ele - cantan-do! - submeteu clássicos como"Night and Day" e "Stormy Wea-ther" a um massacre que Lennon

e McCartney nunca o deixaramfazer com as canções deles.

Depois, foi a cantora LindaRonstadt. Em 1983, com suas ven-das minguando, ela gravou umLP, "What's New", todo de stan-dards e com arranjos de... NelsonRiddle - mesmo de Sinatra -, como qual voltou às paradas. E, de2002 a 2010, quem lançou cincoálbuns intitulados "The GreatAmerican Songbook", destruin-do dezenas de canções com suavoz de lata? Rod Stewart. Que fazshow hoje em Las Vegas, de smo-king e cantando standards.

Agora é a vez de Bob Dylanassassinar canções indefesas, como"Autumn Leaves" e "Why Try doChange Me Now?", em seu novodisco "Shadows in the Night".

Pensando Bem, what's new?Roberto Medina contou outro diaa "O Globo" que só conseguiuproduzir o primeiro Rock in Rio,em 2985, porque Sinatra (que eletrouxera ao Rio em 1980) garan-tira sua seriedade para os empre-sários americanos - inclusive o deRod Stewart. (Texto publicado naFolha em 07/02/2015)

“”Gira Mundo

O número de casos notifica-dos de dengue cresceu 57% em ja-neiro deste ano em relação aomesmo período de 2014, de acor-do com balanço do Ministério daSaúde. No país, já foram notifi-cados 40.916 casos - em janeirodo ano passado, eram 26.017. Oavanço ocorre fora da época demaior aumento na incidência da doença, prevista para os meses demarço e abril. O aumento inesperado acendeu o alerta do governo fe-deral em meio à crise no abastecimento de água - a região Sudeste,por exemplo, concentra metade dos casos de dengue no país.

“Nós não trabalhamos paraRosalba e sim para o Estado”

ROBERTO CAMPOS

PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE CABOS E SOLDADOS

DA PM DO RN, SOBRE O GOVERNO NÃO PROMETER O

PAGAMENTO DAS DÍVIDAS DA GESTÃO PASSADA

Divulgação

CRISE À VISTAAos poucos começa a cair a

ficha de alguns vereadores da basealiada do prefeito Carlos Eduardo.Com, pelo menos, cinco secretáriospré-candidatos a Câmara Munici-pal em 2016, o chefe do Executivojá tem seus preferidos para a dispu-ta pelo Legislativo. Ou seja, os queestão na Câmara precisarão se virarpara conseguir a reeleição. A insa-tisfação é grande e crescente emnomes que, nos últimos dois anos,estiveram próximos a gestão.

DISPUTA INTERNAEm tempo: são pré-candidatos a

vereador os secretários Raniere Bar-bosa (Semsur), Sávio Hacrkadt (Ur-bana), Kléber Fernandes (Procon),Justina Iva (Educação) e EduardoMachado (Esportes). Lista que po-derá aumentar até o próximo ano.Além disso, o prefeito já confirmouque abrirá espaço na administraçãopara novos partidos aliados, de olhona sua própria reeleição.

HOMENAGENSOntem a diretoria do ABC ofe-

receu em forma de homenagem umalmoço ao ex-deputado HenriqueAlves, para agradecer com direitoa placa e discurso, pelo que ele fezpelo clube nos últimos anos. Esta-vam presentes o presidente do clubeRubens Guilherme, ex-presidentePaiva Torres, Silvio Bezerra, os di-retores Rogério Marinho e WilsonCardoso. Também participaram osconselheiros Ivis Bezerra, CláudioPorpino, Augusto Azevedo, Ricar-do Furtado, Vicente Freire, Glaubere Antonio Gentil, Frederico Mene-zes entre outros. O encontro já haviacomeçado quando chegou o sena-dor Garibaldi Filho acompanhadodo amigo Cid Montenegro. O ex-ministro foi mesa por mesa em todoenorme restaurante NAU e só de-pois chegou a mesa alvinegra. Embreve o governador Robinson Fariae a senadora Fátima Bezerra quesão conselheiros do ABC tambémserão homenageados.

SANGUE POTIGUARO advogado potiguar Saulo

Carvalho, ex-diretor da Potigás,está deixando o comando daAgência de Desenvolvimento deMinas Gerais, apesar do convi-te do governador Fernando Pi-mentel para continuar na fun-ção. Ligado ao PSDB mineiro,Saulo pediu exoneração para as-sumir a Diretoria Geral da Câ-mara Municipal de Belo Hori-zonte, que tem 41 vereadores eé uma das maiores casas legis-lativas do país.

CORREÇÃOO vereador Klaus Araújo, que

tomou posse recentemente comosuplente do, agora, deputado fe-deral Rafael Motta, é filiado aoPartido Progressista, o PP, e nãoao Pros ou Solidariedade, comofoi noticiado esta semana em ma-téria publicada neste vespertino.Klaus chega a Câmara sob a ex-pectativa de se tornar uma firmevoz em defesa dos interesses dasociedade natalense.

BOLSOS VAZIOSA Federação dos Municípios

do Estado do Rio Grande doNorte (FEMURN) recebeu compreocupação a notícia de maisuma redução no repasse mensaldo Fundo de Participação dosMunicípios (FPM) para as Prefei-turas potiguares. A primeira cotado FPM do mês de fevereiro de2015, que estará disponível nopróximo dia 10, comparada aorepasse do mesmo período em2014, sofrerá queda de 9,5%.

AÇÃOO presidente da FEMURN

agendou para quarta-feira (11),uma audiência com RobinsonFaria, a quem pretende expor asituação. Francisco José defende,junto com os prefeitos, uma com-pensação por não terem sido in-cluídos no plano de aplicação doempréstimo de R$ 850 milhões,aprovado pela Assembléia, quejustificou incompatibilidade legalpara que os dos recursos fossemgeridos pelas prefeituras.

Divulgação

O Sinatra que eles queriam serMegafone

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w COMPRAS DESMANTELADASFaz um bom tempo que a Prefeitu-ra de Natal não anda calculando bemas suas compras...

>>>Para se ter ideia, dia desses che-garam a Natal de uma só vez nadamenos que cinco carretas cheiasde um único produto: seringasdescartáveis.

>>>Em outra situação, foram entreguesà Saúde municipal quase 300 milbolsas de soro fisiológico.

>>>Tuo isso há 1 ano.

w CONSEQUÊNCIADeve ser por isso que se perdetanto medicamento por conta dedata vencida...

w ESCOLHADO PRESIDENTENova Coordenadora de Comunica-ção da AL, a jornalista Marília Rochagarante que não foi indicada para ocargo pelo governador RobinsonFaria.

>>>A escolha teria sido do própriopresidente do Legislativo, de-putado Ezequiel de Souza, seminterferências.

w 'CONTRIBUIÇÃO' QUE NÃO PESOU Pessoa muito ligada à família Alvescomentou, numa manhã desta se-mana, durante caminhada pela Ave-nida Afonso Pena, que a contrarie-dade do deputado José Dias com aparticipação (que o próprio parla-mentar 'denuncia') do governadorRobinson Faria na definição do novopresidente da AL se deve, acima detudo, pela grande 'contribuição' queele, pessoalmente, deu à campanhado gestor eleito.

>>>Não teria sido de monta pequena,não.

>>>Lembrando que Zé Dias e Ro-binson são compadres. O depu-tado é padrinho de um dos filhosdo governador.

w GIRO PELO TWITTER......da revista Época: "Lula avali-zou nomeação de Bendine paraPetrobras";

...do deputado federal Rogério Ma-

rinho: "Mudança na Petrobras sai

Graça entra Bendine.Mais do

mesmo, outro Petista de confiança

da turma para continuar o 'jeito

Petista de governar'";

...do publicitário JenerTinoco:"Preço do litro da gasolina: em Re-cife R$ 3,06; em João Pessoa R$3,05; em Natal R$ 3,30, mas chegaaté R$ 3,40".

Sábado e Domingo12 O Jornal de HOJE Natal, 7 e 8 de fevereiro de 2015

Daniela FreirePOLÍTICA E SOCIAL - [email protected]

Cidade

Cantinho do Zé PovoBOB MOTTA - bobmottapoeta.com.br - [email protected] - Telefone: 9965-6080

Ao meu pai João Francisco da Motta

Semblante sério do presidente Ezequiel Ferreira em conversa com o colega Hermano Morais...

O Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC), em Natal, agora passaa contar oficialmente com os benefícios dos purificadores ionizadores deágua alcalina da AcqualiveGroup, empresa potiguar que fez a doação de

sete equipamentos para a entidade. A entrega oficial ocorreu na tardedesta quarta-feira (4/2), na sede da instituição. Na foto, Otto Freitag,colaborador AcqualiveGroup, Rosa Hannaka, presidente do GACC, e

Mauro Mumbach, diretor da AcqualiveGroup

Márlio Forte

Bobflash

Mulheresnofds

Cedida

Deputado Federal Fábio Faria prestigiando a leitura da Mensagem Anual pelo pai-governador Robinson

Márlio Forte

Thacyanne Flor toda bela na White Party 2015

w GRIFE NOVANO PEDAÇOA empresária e primeira-damaAndréa Ramalho comemora achegada de mais uma grife re-nomada à sua Maison Multi-marcas Incantare.

>>>Em breve a loja começa a ven-

der peças da Le Lis Blanc,queridinha das natalenses maiselegantes.

>>>Além dessa, a Incantare ofe-rece produtos das marcasMOB, TVZ, Lucidez, Fillity eShoulder.

w JÁ É CARNAVALO Bardallos Comida e Arte, no Cen-tro Histórico, será o cenário da pré-via das Kengas 2015, tradicionalbloco carnavalesco que pelo 32º anovai animar o carnaval da cidade doNatal.

>>>A festa acontece amanhã, a partirdas 13h.

>>>Na programação: feijoada, lança-mento das camisetas, ensaio dobloco com orquestra de frevo e showda cantora Dodora Cardoso, a ma-drinha dos Artistas.

w PODE CHEGARA partir da próxima segunda (9) anova loja da hamburgueria Wayne´s,no Tirol, já estará aberta para o pú-blico. Na última quinta-feira (5), osproprietários da marca, FredericoLima e Jozimar Jr., juntamente como casal de franqueados Camilla Be-zerra e Bernardo Morais, apresenta-ram o novo espaço gourmet da fran-quia a jornalistas e comunicadoresda imprensa potiguar.

>>>Anova loja tem capacidade para re-ceber até 100 pessoas.

w COMEMORANDOA dermatologista Tatiana Maia tomou posse ontem no cargo de se-cretária da Sociedade Brasileira de Dermatologia para o biênio de20015/2016. A cerimônia ocorreu ontem à noite, em Renata Motta.

>>>A dermatologista aproveita a oportunidade para celebrar o Dia doDermatologista, comemorado no último dia 5.

Papai:Onte arricibí um vídeo do meu

amigo Júnior Pombo, lá de nóis;de Cabacêra-PB; amostrando a prê-mêra água do ríi; passando in dire-ção ao açude de Buquêrão-PB. Enum deu mode eu sigurá a emo-ção; chorei feito um mininobêsta;qui na verdade é o qui a genteé; quando cumeça a descê a ladê-ra da inzistênça... E dento de minhacabeça, pai; passô um vídeo de nos-sas cunversa lá no aipende da CasaGrande de Pocíin; hoje Assenta-mento Serra doMonte; quandovocê, dispôi de uví o Repórter Esso;vinha inté a mesa onde a pinhão-zada tava "travada na suéca"... Vocêdizia munto: Vai chegá um tempoqui de Natá, meus fíi vão ligá prácá e mandá prepará um capão p'rúarmôço do mêrmo dia... Numa des-sas suas afirmação; lembro cuma sefôsse hoje; numa sexta fêra detar-

dezinha; nóis arrecebemo um pre-sente in dose drupa; a visita de TioUlisses, lá de Cajazeiras-PB; tra-zendo à tiracolo; nada mais nadamenos, do qui seu primo GercinoBarbosa, de lá de Caruarú... Doisícone qui tive a felicidade de cu-nhincê, cunvivê e aprendêmuuunnnta coisa in termo de fulê-rage; da mais braba e cabiluda pus-síve... E onte, pai; vendo o vídeo deJúnior Pombo; me alembrei quiquando você dixe isso; tanto TíiUlisses cumo Gercino; dixero quagea uma só voz: "O véio tá além demintirôso, ficando doido; prá cumêmerda e rasgá dinhêro; só tá fartan-do um grau"... E a mundiça qui tavana suéca; quage dirruba o aipende,cum a "gaitada" qui sortô... À tar-dinha, tinha cumeçado uma librinafininha, só apagando a puêra; e p'rúvorta de umas sete e meia da noite;a chuva cumeçô a ingrossá. E pegue

água! Cumeçô "iscorrendo nuisduro"; e foi aimentando; e daqui apôco; já tava torrenciá... Lembrobem, pai qui na sala da frente, tinhauma ruma de rêde aimada, prá TíiUlisse, Gercino, Cumpade JúlioPrêto; qui tinha vindo da Maiáda deRoça; e eu, qui num perdia p'rúnada nesse mundo, uma noite cumoessa qui se avizinhava. Tinha uisquarto tudo bem perparado p'rúmamãe; mais a reunião na sala, erabem mais interessante; haja vista;ais cunversa "artamente instrutivae o festivá de peido e bufa" noite àdento... E inté hoje; papai; ecoa naminha cabeça; uis seus grito de fe-licidade na calçada da Casa Gran-de, na manhincença do dia e a zuadado Açude da Porta, sangrando... Enum isqueço jamais, do seu papocom Gercino e Tíi Ulisses, qui che-garo de mansíin, adonde você tavae Tíi Ulisse falô:

- Eu já sabia qui ía chuvê; sónum sabia qui era tanto.

E você,papai; cumo se num su-besse cum quem tava falando; in-ventô de inventá de ritrucá:

- E você anda cum um adivi-nhão no bolso, é ?

Gercino, qui jamais valeu "oqui o gato interra"; saiu in ajuda aTíi Ulisses:

- É não, João Motta; êle tá di-zendo isso, p'rú qui a "CHIÓLA"passô a noite tôdinha cantando...

E você, inucente de pai e mãe;preguntô:

- E o qui danado é "CHIÓLA",Gercino ?

- É "um carái cum duas boooo-la"!...

E você,papai; saindo de perto demim; mode eu num vê tava rindo;ajuntô:

- Nasceu ruim e vai morrêmunto pió!...

Look Verão 2015 Afrodite

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Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 13Natal, 7 e 8 de fevereiro de 2015Cidade

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - [email protected]

No dia 17 de janeiro que passou Alexis Gurgel teria completado setenta, não tivesse vi-vido com tanta pressa seus 34 anos de vida. Alexis Fernandes Gurgel, seu nome todo.Nasceu em Caraúbas, em 1945, e faleceu em Natal a 26 de abril de 1979. Naqueles anos

setenta, ele foi um dos melhores e mais talentosos redatores do Diário de Natal/O Poti numaredação que na verdade era uma escola de talento, tantos eram seus grandes nomes e o jorna-lismo ainda era uma vocação acima de qualquer suspeita.

Vinha do Banco do Nordeste, expulso pela melancolia de dias sem graça, a esconder a an-gústia atrás de uma máquina de escrever. Um fim de tarde, de tão cansado de horas bem com-portadas, puxou do pescoço a gravata, guardou discretamente na gaveta do birô, e nunca mais

voltou. Foi ser aprendiz de repórter no Correio do Povo, mostrou todo seu brilhona Tribuna do Norte e quando morreu estava no Diário, onde foi repór-

ter, chefe de reportagem, editor de polícia e chefe da sucursal, emMossoró.

Do Banco do Nordeste, trouxe uma única herança: o da-tilógrafo perfeito com o curso que o fez passar no concur-

so do banco. Escrevia com os dez dedos sem olhar o te-clado e com a boa técnica de acionar a tecla de espaço

com os polegares. Numa rapidez absoluta, sem erro,fixando as margens do texto com o tabulador. De suaOlivetti ele mesmo cuidava. Não saia sem antes co-brir com a capa plástica. Com um detalhe todo ca-prichoso: travava o carro para evitar que a usas-sem na sua ausência.

Com o tempo, foi ficando distante. Não bebiamais com os amigos no Bar do Lourival. Mas asnotícias chegavam. Da cerveja passou à cachaça,sempre em pequenos bares meio escondidos. Ecomo a vida parecia lhe cair sobre os ombros como

algo insuportável, dilacerando sua sensibilidade,acabou mergulhando de cabeça nas drogas. Desapa-

recia um ou dois dias por semana e no seu delírio gos-tava de passear, anonimamente, nas rodas-gigantes dos

pequenos parques de diversão montados na cidade.Naquela que seria a última tentativa, na Casa de Saúde

Natal, sentiu falta de escrever. E pediu uma máquina. Fize-mos uma cota e demos o presente. Novinha. Fez várias cartas aos

amigos e o texto final do seu ensaio 'A Cultura de Massa em Processo'que escreveu para um seminário do Diário em Mossoró. E levou com ele

o sonho de reunir seus melhores textos - artigos, entrevistas e reportagens - numlivro com o título de 'Vanguarda & Comunicação', e com um prefácio de Sanderson Negreiros.

O ensaio A Cultura de Massa em Processo só foi publicado sete anos depois de sua morte,pela Coojornat, em 1986, com um longo prefácio de Anchieta Fernandes, seu primo, e que éum verdadeiro roteiro das idéias vanguardistas de Alexis. Apostava na força da universalizaçãoda informação mesmo bem antes da Internet. Seu ensaio revela o leitor que ele foi, seu domí-nio dos grandes teóricos, suas leituras à frente do seu tempo, já preocupado com o que chama-va de 'a industrialização do espírito'.

Engajou-se nos movimentos da poesia concreta e do poema-processo e fez uma instalaçãocom fotos, pregos e martelos. De jornalismo cultural intenso e, como redator de textos policiais,sacudiu a cidade pachorrenta. Aos poucos, a tristeza que escondia foi virando um monstro. Efindou-se na tarde do dia 26 de abril de 1979. No dia seguinte, foi sepultado no Cemitério Par-que de Nova Descoberta, numa cerimônia onde seus colegas lançaram sobre o seu caixão, alémde flores, suas canetas e blocos.

Sua objetividade quando escrevia não retirava dele um lado meio malandro e bem humo-rado. Era o Alexis que chamava sapato de pisante. Comida, para ele, era rango, e quando a vidaficava tola de não ter jeito, embarcava numa viagem. Na sua morte, Cassiano Arruda Câmaraescreveu um texto - 'A Última Viagem do Majó'. Assim mesmo, como era chamado pelos ami-gos. Uns amigos que ficavam na outra margem do rio que ele inventou para as suas circunave-gações além do apenas real.

Quando propôs a Wilma de Faria o 'Livro dos 400 Nomes', para marcar em traços huma-

nos os quatrocentos anos de Natal, lançado em 2000, a jornalista Rejane Cardoso foi fiel ao seuespírito de vanguarda e fez questão de incluir Alexis entre os homens que escreveram a histó-ria da cidade ao longo de quatro séculos. Amanhã, quem percorrer os agitos irreverentes dosanos sessenta nos jornais da cidade, vai encontrar Alexis Gurgel. Irônico, o riso maroto lavan-do os olhos e zombando de tudo.

Hoje, relendo suas idéias reunidas no ensaio onde defende a cultura de massa como proces-so dinâmico, fica fácil entender: Alexis era veloz. Foi pai antes dos vinte, avô aos trinta de trêse aos 34 estava morto. Não nasceu para ser um setentão. Um senhor responsável e circunspec-to a alisar uma cadeira na calçada, aposentado, esperando o tempo passar. Por isso partiu cedona sua última viagem. Ora, imagine, Senhor Redator, Alexis Gurgel um senhor de setenta anos?Não teria o menor sentido.

Alexis, 70

A uma semana do carnaval,ainda há quem procure um desti-no para curtir a festa momesca. Se-gundo levantamento da Associa-ção Brasileira de Agentes de Via-gens no Rio Grande do Norte(ABAV-RN), os Estados Unidos -destaque para Las Vegas que estácom pacotes custando uma médiade R$ 1,7 mil, com seis noites, in-cluindo hospedagem e passagemaérea-, Europa e Rio de Janeiroestão entre os destinos mais procu-rados. A expectativa é que haja umcrescimento médio de 5% na vendade pacotes para o carnaval, se com-parado com o mesmo período doano passado.

"É um número pequeno, masexpressante se levarmos em consi-deração a atual conjuntura, pois,apesar de todas as dificuldades, doprognóstico negativo da economia,conseguimos ter os meses de de-zembro e janeiro muito bom nasvendas para o carnaval. Consegui-mos nos adequar e driblar as difi-culdades, como a alta do dólar",afirma Diassis Rosado de Holan-da, presidente da ABAV-RN. Elaconta que desde o mês de dezem-bro, a procura pelos pacotes parao carnaval tem aquecido as agên-cias de viagens de Natal. Segundoela, além dos destinos tradicionais

(Rio de Janeiro, Salvador e Reci-fe), na região Nordeste, os resortssão os mais procurados, entre osquais, resorts de Porto de Galinhas.

Para o exterior, os Estados Uni-dos se destacam pelas promoçõesocorridas nas passagens aéreas, eos destinos mais procurados nasvendas são: Miami, Orlando e LasVegas com pacotes de sete dias.Na América do Sul a procura temsido por Santiago e Colômbia. Epara a Europa, Lisboa e Paris sãoos destinos mais procurados. NoBrasil, os pacotes ou passagens aé-reas mais vendidos estão sendopara o Rio de Janeiro este ano.

A diretora comercial da KLPTurismo, Karina Emerenciano,conta que as vendas para o perío-do do carnaval superaram as expec-tativas e que devem ter um incre-mento de 10% em relação aomesmo período do ano passado."Tivemos um carnaval bem vendi-do, tanto para os destinos interna-cionais, quanto para os destinosnacionais", afirma.

Entre os destinos internacio-nais mais procurados estão os Es-tados Unidos da América (EUA) ea Europa, com destaque para aFrança, Inglaterra e Portugal. NoBrasil, Rio de Janeiro liderou aprocura, seguido de Salvador e Re-

cife - cidades que tem as maioresfestas de carnaval do país. Paraquem deseja fugir da folia, apon-ta Karina Emerenciano, a opçãopode ser resorts, que normalmen-te atrai famílias que procuram maistranquilidade neste período.

Reconhecido como um dosmaiores do mundo, o Carnaval deSalvador costuma receber mais dedois milhões de pessoas duranteos seis dias oficiais da folia. Mui-tos vêm para a festa ver o seu ar-tista preferido, além de curtir asbelezas naturais da cidade nestaépoca do ano.

Na opinião de Karina Emeren-ciano, a alta do dólar não trouxeuma influência negativa na vendade pacotes para os Estados Uni-dos. "O turista não deixa de viajar,mas reduz o volume de compras,porque quem opta pelos EUA nor-malmente é um turista que gosta decompras", afirma.

A diretora acredita que o ano de2015 será bem melhor para asagências de viagens, principalmen-te pela grande quantidade de fe-riados próximo aos finais de se-mana que acontece durante esteano. "Estamos confiantes e espe-rançosos de que este ano será muitobom. Hoje, com um bom planeja-mento, todo mundo consegue via-

jar, para onde quiser, pois há váriasformas de facilidades".

SEMANA SANTAA diretora comercial da KLP

Turismo, Karina Emerenciano,conta que a procura por pacotespara a Semana Santa, que aconte-ce na primeira semana de abril, jáé grande. O perfil do turista é di-ferente daquele do período do car-naval, pois na Semana Santa nor-malmente, a pessoa busca maistranqüilidade. Mais uma vez osdestinos internacionais são bastan-te procurados, sendo a Europa osdestinos mais procurados, em fun-ção da desvalorização do Euro. NoBrasil, os destinos mais procuradossão as Serras Gaúchas, Santa Ca-tarina e Gravatá, em Pernambuco.

EUA, Europa e Rio de Janeiro estãoentre os destinos mais procuradospelos potiguares para o Carnaval

> VIAGENS

Karina Emerenciano: “Hoje, com umbom planejamento, todo mundo con-segue viajar, para onde quiser, poishá várias formas de facilidades”

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Divulgação

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Sábado e Domingo14 O Jornal de HOJE Natal, 7 e 8 de fevereiro de 2015 Cidade

NATAL

TÁBUA DE MARÉS

TERMINAL OCEÂNICO DE UBARANA - GUAMARÉ - RN

Movimento dos [email protected] CÉSAR

Dia Hora Altura (M)07 12:09 0.4

18:38 2.208 00:34 0.4

06:58 2.1

FASES DA LUACheia (03/02 - 21:10h)

Minguante (12/02 - 01:52h)

Nova (18/02 - 21:49h)

Crescente (25/02 - 14:15h)

Navio Bandeira Chegada Destino Carga/Des.Lagoa Paranaense Brasil No Porto - - RebocadorCMA-CGM Homere Inglaterra No Porto Algeciras/ESP ContêineresRecanto do Mar III Brasil 08/02 F. de Noronha(PE) Geral

Alem Mar II Brasil 08/02 F. de Noronha(PE) GeralDelia Chipre 12/02 Cabedelo(PB) TrigoCMA-CGM Aristote Inglaterra 14/02 Algeciras/ESP ContêineresMarfret Marajó França 21/02 Algecira/ESP ContêineresSilver Shadow Bahamas 21/02 Fortaleza(CE) TurismoPrinsendam Holanda 22/02 Santarém(PA) TurismoMarfret Guyane França 28/02 Algecira/ESP ContêineresCMA-CGM Herodote Inglaterra 07/03 Algeciras/ESP Contêineres

A PROGRAMAÇÃO É CHECADA DIARIAMENTE, PODENDOHAVER ANTECIPAÇÃO OU ATRASO DE ALGUM NAVIO

MR Sirius Marshall No Porto Salvador(BA) Óleo cru

Fazia tempo que o brasileiro não escutava e nem lia a palavra "IMPEACHMENT"

REST. BRASSERIERest La Brasserie de LaMer, Av. Eng. RobertoFreire, Ponta Negra.(Tel: 3642-7007). Fun-cionamento:das 20h às23h, as quintas. A tem-porada musical tem aapresentação da duplaCarmem e Levi, suces-so internacional. Poroutro lado o menu dojantar, horário da apre-sentação, é especial e al-tamente gourmet. Reco-

mendamos fazer reserva, pois está sempre lotado.

VINTE E CINCO ANOS: PAÇOCA DE PILÃOOntem, dia 6/02, o premiado restaurante Paçoca dePilão, em Pirangi, Av. Djalma Marinho, P. de Pirangi,Litoral Sul da cidade do Natal, fone 3238-2088, come-morou 25 anos de funcionamento ininterruptos.Brindou a noite seus frequentadores, com a notávelBanda Feras,considerada umadas melhorespara se dançar,no Brasil. A res-taurateur e voca-cionada Chef deCuisine Adal-va,com seus fa-miliares, Giovanie Bebeta Rodri-gues, orgulha-vam-se dos 18prêmios nacio-nais conquistadosna Revista GuiaQuatro Rodas. Ai sempre elogios pela excelência na gas-tronomia, elegendo como destaque a famosa Paçoca dePilão, que dá nome à casa, e destacando também: CarnePilada manualmente, acompanhada de feijão-verde, ma-caxeira, banana e arroz, e elogiando muito o CamarãoGratinado com Queijo Coalho, acompanhando: o Arrozde Leite.

A MELHOR CERVEJA DO BRASILA moda de bebidas no Brasil se di-vide hoje em Vinhos e Cervejas ar-tesanais ou especiais importadas.Pesquisas feitas no país constata-ram que a mocidade prefere, agora,essas duas bebidas, ao nosso co-nhecido SCOTCH. Isso explicaporque tanto o vinho como a cer-veja artesanal ou importada com-portam discussões sobre origem,paladar e misturas, além do preçoser mais em conta. Daí resultou aqueda do consumo de whisky noBrasil e consequentemente baixouo preço do whisky importado, quehoje se encontra em qualquer bo-

dega da cidade maior a menor do interior.PREMIAÇÃO DE CERVEJAS -BRASILO Rate Beer -www.ratebeer.com)- um dos sites cerve-

jeiros mais respeitados e influentes do mundo, divul-gou ontem, sexta dia 06/02, o seu tradicional rankinganual com as melhores cervejas, cervejarias e novas cer-vejarias do planeta.WAY BEERNo Brasil, o grande destaque ficou para a cervejariaartesanal Curitibana WAY BEER, eleita pela publicaçãoamericana, como a melhor do Brasil no ano de 2014.A Metodologia do site baseia seus rankings em análisesfeitas por cervejeiros em mais de 50 países. Atualmente, a WAY BEER tem no mercado 11 rótulos es-peciais, que são: Sour Me Not - Graviola, Sour Me Not- Acerola, Sour Me Not - Morango, Eat Me, Die FizzyYellow, American Pale Ale, Premium Lager, Irish RedAle, Double American Pale Ale, Amburana, Avelã Por-ter e Cream Porter.

FLOR DE SAL COM AROMAS

O RN é o único produto de Flor de Sal, do Brasil pro-duzido no Brasil chancelado pelos grandes Chefs deCuisine mundial. É uma referência que muito nos or-gulha, pois além dos excelentes restaurantes que temos,de uma comida nativa inigualável (Veja Paçoca de Pilão),nos honra ter um produto da terra - Flor de Sal - Sal - aco-lhido pela Gastronomia internacional.COMO SURGIU E SUA GRANDIOSIDADEA Indústria Salineira CIMSAL –, foi criada em 1974, emMossoró, RN. É proprietária das Salinas Uirapuru -Mossoró - e Pedrinhas - Areia Branca-. Isso representaum parque salineiro de 3.000h, produzindo 600 mil/ to-neladas/Sal/ano, tornando-a uma empresa de referên-cia internacional.CERTIFICADOS-01-Certificado ISO 9001:2008-02-Certificado Nº SGQ–03 3041, TÜV Rheinland atendimento a N. TécnicaNBR ISO 9001:2008.04-Certificado PAS -05-APPCC - -B.P.F -06-C.I.P -07-APPCC-08É• SESMT •NOVOS AROMAS NO FLOR DE SALMas a SOSAL dá seu show. Acaba de lançar no merca-do mundial de produtosgastronômicos a FLORDE SAL em 4 aromas: OTRADICIONAL -LIMÃO - DEFUMADO EERVAS FINAS. Todos osaromas são sensacionais ecresce o sabor nos alimen-tos de uma maneira ex-traordinária. Falei com oChef Courbonier, do LeMirragém, 5 estrelas Parise Chef Raphael Despirite,do Rest. Marcel, SP, nãopoupam elogios para esses produtos. Os Chefs MichelTour, do Enffel Bistro, Paris e o chef Raphael Despiri-te, do restaurante Marcel, não poupam elogios.

A ELEIÇÃO DA MESA DA ASSEMBLEIACAFÉ SÃO LUIZ -Sem dúvidas,tudo que se passaclaramente nosbastidores da Po-litica e dos Pode-res no RN é as-sunto prioritaria-mente das rodasque se concen-tram neste local -Grande Ponto -desde que me en-tendo como gentee agora principal-mente como Jor-nalista. É umafonte que não seca nunca.

OS FATOS QUE DERAM UMA REVIRAVOLTA DO ALNa conjuntura política potiguar pós eleição para gover-nador e deputados estaduais, despontava uma mudan-

ça nos dois PoderesPolíticos - Executivoe Legislativo. Nuncase esperava que fossetão radical.Mas... eleito Robin-son, se deu a partidapara a eleição daMesa da Assembleia.RICARDO MOTTAO deputado Motta

reeleito pela 7ª vez, o mais votado do RN, 2 vezes presi-dente da Assembleia; concorrendo para o 1º Período da61ª legislatura, teve de saída o apoio do deputado JoséDias, PSD. praticamene Líder do Governo na Assembleia,garantia praticamente a Presidência novamente paraMotta. Ele chegou a contabilizar 19 deputados lhe apoian-do, além da declaração pública, do futuro líder gover-namental dizendo que ele era o CANDIDATOPROVA DE FOGO E CONSOLIDAÇÃO DO APOIOProva de fogo. As apro-vações do empréstimo doBanco do Brasil de 850milhões, que inicialmenteera destinado para con-trapartidas, mas modifi-cado, conforme denunciaJosé Dias, para destina-ção, de parte, para obras,e a Fusão dos 02 Fundosde Previdência do IPERN.Mesmo assim o deputadoDias teve de engolir essa alteração. Conforme foi com-binado tudo foi aprovado como Robinson queria. Logodepois o Motta teve conhecimento de articulações par-tidas do Gabinete do Governador, para derrotá-lo ver-gonhosamente no último minuto, e seriam apoiados con-tra ele: Gustavo Carvalho, PROS, Galeno Torquatro eDisson Lisboa, ambos PSD , José Adesio, DEM e Car-los Augusto Maia, PT do B, todos se apresentando comapoio governamental. Ao saber quem estava por trás, oJosé Dias procurou o governador em seu apartamento,ligou inúmeras vezes, e não obteve nenhum êxito de con-tactá-lo. Isso lhe deu a certeza que Robinson o transfor-mará em instrumento de uma traição para derrotar o

presidente Motta. São os fatos considerados importan-tes e que provocoua saída valiosíssimado deputado JoséDias do Governo esequelas na AL.

DEP.EZEQUIELZINHOJÁ TRABALHAVA SI-LENCIOSAMENTEEnquanto essesfatos ocorriam,prosseguia o cida-dão, o deputadoEzequiel Ferreira deSouza, PMDB, con-versava com cadadeputado dizendoque era candidato a

presidente e pedia o voto. Sem atritos entre os colegasreeleitos e os novos, insistia num trabalho de formigui-nha, habilidosamente esperando o momento oportuno.E esse momento, aliás, esses momentos, apareceram for-temente na semana da eleição. Sentiu, o deputado Eze-quielzinho que havia racha no grupo liderado pelos de-putados José Dias e o presidente Motta .Como o grito de rompimento do Zé Dias foi forte de-mais, desmontou totalmente as outras candidaturas porparte do Governo. Ezequiel inteligentemente,numa jo-gada estratégica, agora com o vácuo do rompimento, con-solidou sua candidatura a tal ponto que também inteli-gentemente Motta retirou sua candidatura. Esse poci-sionamento deixou os candidatos do governo zonzos, equedaram para apoiar o candidato de conciliação: Eze-quiel, o único que se apresentava capaz de trazer a paze unir os contrários naquele casa do povo. Virada sen-sacional !Ezequiel foi eleito presidente do Poder Legislativo. porunanimidade dos 24 deputados.

VITORIOSO E OS MÉRITOS SÃO PESSOAISO novo presidente do Poder Legislativo Ezequiel Fer-reira de Souza foi exitoso no trabalho que fez junto aoseus colegas. Soube inteligentemente aproveitar o vácuoprovocado pelo rompimento do deputado José Dias como Governo, e a renúncia da candidatura do deputado Ri-cardo Motta.Méritos totais para ele. Não deve sua eleição a não seraos votos livres de seus colegas. Só tem um compromis-so: com o mandato que o Povo lhe outorgou e a una-nimidade, confiança importantíssima de seus colegasdeputados. Sua, vitória foi fruto de sua competência po-lítica que também vem de seu DNA. Cujos familiareshá décadas vem exercendo funções públicas. Eis ai,concluiu, sempre intercalados, e nós reunindo tudo queouvimos e agora contado a vocês, sem embuste, par-tidarismo ou colocação política. Parabenizo também odeputado Motta que mais uma vez mostrou espírito pú-blico e espírito conciliador. Parabéns também, disse-ram, ao deputado José Dias, que poderia repetir a frasefamosa do saudoso DJALMA MARINHO: “AO REITUDO, MENOS A HONRA”. Ao deputado Ezequielzinho, oVENCEDOR, todos desejam sucesso na administraçãoda CASA DO POVO.

01-Para que o azeite não fique rançoso,coloque um pouco de açúcar no recipien-te em que você guarda o azeite.02-Coloque ervas aromáticas, como oré-gano, alecrim etc., no azeite e obterá um

ótimo tempero para saladas.03-Guarde as azeitonas na geladeira dentro de uma va-silha coberta com água filtrada, sal e uma gota de azei-te. Assim, as azeitonas não ficam rançosas.04-SUGESTÃO:a)-coloque algumas azeitonas pretas, furadas com umgarfo, e um pouco de alho socado num vidro c/óleocomum de cozinha e deixe na geladeira por alguns dias.O óleo ficará com sabor de azeite de oliva.b)-Ou ainda, quebre os caroços de azeitona, coloquenum recipiente com óleo e deixe durante três meses.

05-A maneira mais fácil de escolher um bom Azeite é ve-rificar na garrafa ou na lata o teor de sua acidez. Quan-to menor a acidez melhor. Acima de 1g o Azeite preju-dica a saúde. Na Europa e USA é proibida a sua comer-cialização. ADVERTÊNCIA06-O Azeite tipo Virgem ou Extra-Virgem, abaixo de 1gde acidez, só deverá ser usado para saladas cruas oucom alimentos já prontos. Para frituras use o azeite tipocomum, nunca o extra ou o virgem. Mesmo o Azeitecomum é obrigatório ser menos de 1g.

RECEITA: SORVENTE DE BAUNILHA COM GENGIBRE - REFRESCANTE

- DEP. EZEQUIEL SE ELEGE PRES DO AL POR UNANIMIDADE- FATOS - FOFOCAS - IMPRUDÊNCIAS

-A MELHOR CERVEJA DO BRASIL-NOVOS AROMAS EM FLOR DE SAL POTIGUAR

INGREDIENTES:

- 200gr de leite condensadolight-200gr de creme de leitelight-200ml de leite desnata-do-200g de leite em pó desna-tado- 20 ml de essência de bauni-lha- 20g de gengibre ralado.

MODO DE PREPARO:-Liquidificar todos os ingre-dientes;-colocar em forminhaspara servir individual;-levarpara congelar;-retirar quandoo creme estiver totalmente so-lidificado;-desenformar comao auxílio de um perfect ume-decido;-servir com amêndoaslaminadas.

DICA DO CHEF:Servir com um abacaxi gre-lhado depois do almoço .....ficadelicioso!!!

TORTA DE BANANA C/CANELA - DIETBATATA: SE USA TUDO - CUIDADO COM O ENVERDEAMENTO- Dicas - Jor. MELISSA MAFRA -

...ME VIREI E JÁ TINHAM SAÍDO....

Hemeterio GurgelCOLUNISTA

www. jornaldehoje.com.brBLOG: saboresaber.com

TV Ponta Negra - Sábados às 13h Revista Foco - Quinzenal

-Conversa de Restaurante- -Fast Food-

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Camila Ferezin, técnica da Se-leção Brasileira de Ginástica Rít-mica, está em Natal para desen-volver uma oficina técnica com asatletas da equipe de GR do Colé-gio Marista de Natal. Em compa-nhia da atleta da seleção, Gabriel-le Moraes, a treinadora iniciou asatividades ontem e os treinos se-guem até a próxima terça-feira (10),no ginásio da Unidade Educacio-nal. "Este intercâmbio é muito im-portante para nossas atletas", dizAndrea Negromonte, que treina aequipe do Marista de Natal ao ladoda professora Gilmara Lira. Asduas acompanham atentamente ostreinos com as 19 meninas, da ca-tegoria pré-infantil a adulta, nafaixa etária dos 9 e 16 anos.

"Vamos ter competições im-portantes durante o ano e um trei-

namento com a técnica da SeleçãoBrasileira ajuda muito", revela Ga-brielle. Além dos Jogos Escolaresdo Rio Grande do Norte, a equipe

do Marista se prepara para as com-petições regionais e nacionais, queserão promovidas pela Confedera-ção Brasileira de Ginástica.

Sábado e Domingo Natal, 7 e 8 de fevereiro de 2015Esporte O Jornal de HOJE 15

Fábio [email protected]

Não tem federação que não passe por problemas hoje no Brasil. Equando vejo dois clubes de tradição do interior paulista fechar as por-tas, aí sim é que vejo como o futebol potiguar ainda é viável. Aqui vocêainda pode juntar um bando de garotos da base, rechear o time com jo-gadores da terra mais experientes e jogar o campeonato. Já em São Paulonão dá. Como um clube como o União São João, que já foi campeãobrasileiro da Série B de 1996, quando subiu junto com o América, querevelou tantos craques para o futebol, poderia manter-se no disputadocampeonato paulista com um time modesto? Jamais. Todas as séries doPaulistão são concorridas e competitivas e lá uma folha salarial de qual-quer time "pequeno", não é inferior a R$ 100 mil. Com todo respeitoaos amigos caicoenses, mas o Galo do Seridó, por exemplo, não sobre-viviria a uma Série A3, muito menos o Santa Cruz ou o Palmeira deGoianinha. Esses clubes precisam erguer as mãos para o céu e agrade-cer, pois o Campeonato Potiguar, apesar de todos os problemas, aindaé viável. Basta os dirigentes serem um pouquinho mais organizados ededicados, e entenderem que futebol também é gestão.

VOVÔMÜLLER

Quem diria, o ex-atacante da

SeleçãoBrasileira, São

Paulo e umainfinidade de

clubes, Müller,após onze anos

aposentado, estáde volta aos

gramados. Com49 anos, o

atacante acertou contrato para atuar pelo Fernandópolis na disputada Segundona, a quarta divisão do futebol paulista. O ex-jogador não

conseguiu ainda encontrou o seu caminho. Após pendurar aschuteiras, chegou a ser treinador do Grêmio Maringá, o Sinop e oImbituba. Depois de desistir da profissão, o ex-goleador se tornoucomentarista. De volta aos gramados, todo mundo sabe que não

passará 15 minutos em campo.

Futebol do RN ainda é viável

VAI FAZER FALTAÉ lamentável ver um atacante da qualidade de Paulo Junior

não receber uma única chance no time titular do América. Todomundo ficou sem entender a saída do jogador sem antes ser apre-sentando ao torcedor. Diante da maratona de jogos que o timeirá enfrentar pelo Estadual, Nordeste e Copa do Brasil, Paulo Jú-nior vai fazer muita falta, até porque ninguém tem a garantiade Adriano Pardal voltará 100%..

ZÉ MÁRIOApesar de ser um defensor do futebol de Erivelton, confesso que

estou curioso para ver Zé Mário em ação. O ABC carece de um gran-de camisa 10, estilo Cascata, que faça a bola andar e chegar ao ata-que. Se Zé Mário jogar 80% da bola do rival já será o suficiente paramelhorar o meiocampo alvinegro. A expectativa também é grande paraMael e Júlio César, dois jogadores de qualidade.

PODEROSO TIMÃOA maior federação do país tentou dar o exemplo e acatar a reco-

mendação do Ministério Público Estadual para que o clássico entre Pal-meiras e Corinthians, amanhã, no Palestra Itália, tivesse apenas torce-dores do time mandante. Uma medida inédita e corajosa, mas quemexe com o segundo clube mais poderoso do Brasil. A pressão é muitogrande, vem de todos os lados. Agora, é rezar para que as duas torci-das se comportem e nenhum inocente perca sua vida por causa de umjogo de futebol.

VIOLÊNCIAEverton Filipe Santiago de Santana, Luiz Cabral de Araújo Neto

e Waldir Pessoa Firmo Júnior, acusados de assassinar Paulo RicardoGomes da Silva com um vaso sanitário atirado da arquibancada do Ar-ruda no dia 2 de maio de 2014, vão a Júri Popular. Os réus vão res-ponder pelos crimes de homicídio qualificado e três tentativas de ho-micídio. A expectativa é de que a audiência no Tribunal do Júri ocor-ra ainda em 2015.

DOPINGEm meio ao polêmico caso de doping de Anderson Silva, o Jun-

gle Fight irá implementar uma novidade a partir da próxima edição,marcada para 28 de março, em São Paulo. Pela primeira vez, o maiorevento de MMA da América Latina realizará exames antidoping paratestar a regularidade dos lutadores. O procedimento será semelhanteao que ocorre após partidas de futebol, quando pelo menos dois atle-tas são sorteados para realizar o exame.

ARENA OU NAZARENÃO?De acordo com o Blog Vermelho de Paixão, a direção do América

ainda não definiu o local da partida contra Confiança, pela segunda ro-dada do Nordestão. A questão é: se a partida voltar para a Arena dasDunas, no dia 11, terá que ser à tarde, por causa da TV, prejudicandoa renda. Mas se for mantida no Nazarenão, na quinta-feira, poderá serà noite. Porém, a partida com o Baraúnas terá que passar para o do-mingo de Carnaval e diminuirá em um dia o intervalo para o confron-to com o Vitória, no Barradão, em Salvador, na quarta-feira de cinzas.

Divulgação

DILEMA RESOLVIDONão tem o que pensar. Diante da boa estreia do América na Copa do

Nordeste, o objetivo maior é favorecer os jogadores e comissão técnica.Uma promoção de ingressos resolveira o problema do jogo à tarde na Arenadas Dunas, até porque é um jogo chave, um confronto direto e que podedecidir a classificação. O retorno de jogar na Arena virá lá na frente.Jogar em Goininha que é um risco, pois além da distância, irá gerar umdesgaste desnecessário ao grupo. Acho que no momento, a ordem é pen-sar no elenco e ponto final, pois a maratona de jogos é muito grande.

O elenco abecedista participouontem à noite, logo depois do trei-namento, na sala de preleção daConcentração Jorge Tavares de Mo-rais, de uma programação diferen-te. Os jogadores alvinegros assisti-ram atentamente a uma palestrasobre as regras do futebol. Convi-dado pelo Departamento de Futebol,o diretor e instrutor de arbitragemda Escola de Arbitragem da Fede-ração Norte-Riograndense de Fu-tebol (FNF), José Nilman de Lima,ministrou uma palestra sobre as re-gras do futebol e novas recomenda-ções de arbitragem da Fifa, além defalar sobre pontos polêmicos.

A palestra foi considerada vá-lida pelos jogadores e comissãotécnico que puderam tirar váriasdúvidas e se prepararem melhorpara a disputa do Campeonato Es-tadual. Neste domingo (8), a equi-pe alvinegra volta a campo para ocompromisso contra o Palmeira deGoianinha, às 16h, no Frasquei-

rão. O jogo será válido pela 2ª ro-dada do primeiro turno do Campeo-nato Potiguar. Ontem, o grupo ini-ciou a atividade com um trabalhode força geral e exercícios de coor-denação, agilidade e velocidade,sob o comando dos preparadores fí-sicos no CTFIS-ABC e depois se-guiram para o estádio Frasqueirão,onde o treinador, Roberto Fonse-ca, comandou um treino com bola.

O técnico conversou rapida-mente com os jogadores e depoisdividiu os times e comandou um rá-pido coletivo. O comandante alvi-negro paralisou as jogadas algu-mas vezes para corrigir detalhes eacertar o posicionamento e fez al-guns testes na formação principal.No final, alguns jogadores com-plementaram a movimentação comum treino de finalização através dechutes a gol e cruzamentos. O meiaSandro e o atacante Fabinho Alvesnão treinaram e ficaram em trata-mento intensivo.

PALESTRA SOBRE RECOMENDAÇÕES

DA FIFA FOI MINISTRADA AOS

ATLETAS DO ABC

> AMÉRICA

Torcedor alvirrubro terá maisespaço na Arena das Dunas

Visando dar mais conforto aotorcedor alvirrubro nos jogos naArena das Dunas, a diretoria exe-cutiva do América resolver mudaro acesso do público ao estádio. Di-ferentemente da estreia no Cam-peonato Potiguar - quando só osetor Leste foi aberto - a partir dopróximo jogo o torcedor terá o setorSul como mais uma opção paraacompanhar os jogos. O setor Sultambém é muito procurado por terum preço mais atrativo.

Sem tempo para treinar, poisretornou somente ontem de Vitó-ria da Conquista, onde estreou pelaCopa Nordeste contra o Serrano, otécnico Roberto Fernandes coman-dará apenas um treino recreativoneste sábado visando o jogo de do-mingo contra o Coríntians, em

Goianinha pelo Campeonato Poti-guar. Fernandes marcou a reapre-

sentação do elenco para às 15h, noCT Abílio Medeiros

> MARISTA

Técnica da Seleção Brasileira deginástica rítmica faz treinos em Natal

Instrutor de arbitragem da CEAF, José Nilman, explicou regras do futebol

Divulgação

Jogadores tiram dúvidassobre regras de arbitragem

Divulgação

José Aldenir

Acesso ao setor Sul foiliberado pela diretoria

Os treinos com Camila Ferezin (C) seguem até a próxima terça-feira (10), noginásio do Marista

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Sábado e DomingoNatal, 7 e 8 de fevereiro de 201516 O Jornal de HOJE Esporte

A Seleção Brasileira de beachsoccer goleou a Argentina por 8 a 2,ontem, pela última rodada da CopaSul-Americana, na praia do Pina,no Recife, e garantiu a vaga para agrande final contra o Paraguai, nestedomingo (8), às 10h (de Brasiília).Os gols do time brasileiro forammarcados por Sidney, Anderson, Da-niel, Betinho, Fernando DDI e San-tiago Hilaire (contra). O jogo deamanhã está sendo enracado pelosatletas com a revanche, já que o Pa-raguai foi o único adversário do tor-neio que derrotou os anfitriões.

"Perdemos para o Paraguai e,agora, é outro jogo, é uma decisão,temos que dar tudo em quadra parabuscar esse título. O grupo estámuito confiante, essa vitória sobrea Argentina deu muita moral e comcerteza iremos um grande jogo enos vingar do Paraguai", disse Sid-ney, autor do primeiro gol brasilei-ro e que depois marcou um contra."Tive a infelicidade da bola des-viar em mim, mas é coisa que acon-tece. O que importa é que estamosclassificados e prontos para a deci-são", revelou o atacante.

AArgentina vai decidir o tercei-ro lugar contra o Chile, enquanto oBrasil define o título contra o Pa-raguai, amanhã (8), às 10h, na arenamontada na praia do Pina, região

central do Recife. O campeão daCopa Sul-Americana será o cabe-

ça de chave 1 no sorteio das Elimi-natórias da América do Sul, que

vão acontecer entre os dias 12 e 19de abril, em Manta, no Equador, e

vai definir os representantaes daCopa do Mundo da FIFA, que será

realizada entre os dias 9 e 19 dejulho, em Portugal.

Depois de dois anos interdita-do por conta de problemas estru-turais, o Engenhão volta a receberneste sábado o seu primeiro jogooficial. O estádio reabre suas por-tas para receber Botafogo x Bon-sucesso, às 17h (de Brasília).

A exemplo do rival Flamengo,o Glorioso pretende obter um re-sultado positivo para ficar na zonade classificação para as semifinais.Ainda sobre efeito do empate com

o Volta Redonda, o técnico RenéSimões acredita que sua equipevai conseguir apresentar um fute-bol melhor diante do lanterna."Como estamos com um time pra-ticamente novo, é natural que ofutebol comece a se soltar com asequência dos jogos. Vamos se-guir encontrando dificuldades na-turais, mas já sentimos uma evo-lução do segundo jogo em relaçãoao primeiro e acredito que contra

o Bonsucesso o nosso desempe-nho seja ainda melhor. Os joga-dores estão empenhados para isso",disse René.

Sobre o time, René vai mantera base que participou dos doisjogos. Porém, o meia Gegê serábarrado para a entrada de Tomás,que terá a missão de aumentar opoder de movimentação do timee a velocidade. O atacante Jobson,com edema no músculo da coxa es-

querda, segue de fora. O lateral-di-reito Luis Ricardo, contratadojunto ao São Paulo, ainda não ga-nhou condição de jogo.

A terceira rodada do Campeo-nato Carioca prossegue neste do-mingo (8) com a realização demais dois jogos. O líder Flumi-nense encara o Bangu, às 17h, noMaracanã, enquanto o Vasco vaipegar o Tigres, às 19h30, no está-dio Los Larios.

> PAULISTÃO

Botafogo promove contra o Bonsucessoneste sábado a reabertura do Engenhão

Federação volta atráse clássico vai ser comtorcida das duas equipes

A Federação Paulista de Fute-bol (FPF) não suportou a pressãoe voltou atrás em sua decisão iné-dita definindo que o clássico entrePalmeiras e Corinthians, na Arenado Verdão, neste domingo (8), peloCampeonato Paulista, não serámais com torcida única. A informa-ção foi confirmada por Isidro SuitaMartinez, chefe do departamentode Competições da entidade, libe-rando o acesso da torcida corin-thiana ao derby.

"A FPF decidiu acatar a deter-minação judicial de vender ingres-

sos para as duas torcidas", afirmouo dirigente. A ordem judicial foiproferida pela a juíza Luiza Barros,da 10.ª Vara da Fazenda Públicade São Paulo, que acatou parcial-mente o pedido de liminar do Co-rinthians que pede a realização doclássico com duas torcidas. Deacordo com o despacho, "o Minis-tério Público não tem direito deameaçar nem punir o clube ou qual-quer entidade ligada à venda dos in-gressos para a torcida visitante.Essa decisão cabe unicamente àFederação Paulista de Futebol, que

decidiu destinar a carga de ingres-sos para os corintianos".

A pressão na decisão da FPFaumentou ainda mais depois que opresidente do Corinthians, MarioGobbi, concedeu uma longa entre-vista coletiva em que ameaçavanão entrar em campo caso os in-gressos não fossem destinados.Diante da decisão, o Palmeiras teráde abrir mão de 12 mil cadeiras, es-paço destinado ao isolamento dastorcidas. A rodada do Campeona-to Paulista começa neste sábadocom o jogo entre São Paulo x XV

de Piracicaba, às 19h30 (de Brasí-lia), no Pacaembu.

LOVE NO TIMÃOA direção corinthiana anun-

ciou a contratação de Vágner Loveque rescindiu seu contrato com oShandong Luneng, da China. Oatacante de 30 anos acertou com-promisso até a metade de 2016.

Em 2005, love chegou a posar como uniforme preto e branco, masnão houve acordo com o CSKAMoscou, então dono de seus di-reitos.

Seleção massacrou a Argentina por8 a 2 e garantiu vaga à final

Presidente do Corinthians,Mário Gobbi, ameaçou de não

colocar o time em campo

René Simões espera ummelhor rendimento da

equipe diante do lanterna

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> CARIOCA

Flamengo tenta seguirna zona de classificação

O Flamengo volta a camponeste sábado pelo Campeonato Ca-rioca, contra o Resende, às 19h30(de Brasília), no estádio RaulinoOliveira, em Volta Redonda. ORubro-Negro vem de uma golea-da sobre o Barra Mansa, por 4 a 0,e vai em busca de mais uma boaatuação. Os atacantes Eduardo daSilva e Gabriel, que eram dúvidas,treinaram normalmente com bolaontem, no Ninho do Urubu, e estãoconfirmados para o jogo destatarde.

Com quatro pontos em dois

jogos, o técnico Luxemburgo sabeda importância de vencer hoje paraseguir na zona de classificação àssemifinais da Taça Guanabara. "Émuito importante manter bons re-sultados neste começo de tempo-rada para que o time não venha asofrer para conseguir a classifica-ção às semifinais e o triunfo dian-te do Resende é fundamental nestesábado", alertou o experiente trei-nador.

Os atletas entenderam o reca-do. ""O Flamengo vem subindode produção e isso é importante,

pois estamos apenas no começoda temporada e temos muito a evo-luir. Sabemos que nossas metassão ambiciosas para essa tempora-da e precisamos crescer de um jogopara o outro, sempre buscando amelhora", analisou o volante ar-gentino Héctor Canteros, autor deum belo gol de falta no últimojogo. Vanderlei Luxemburgo deve-rá manter a base que participou doduelo contra o Barra Mansa, umavez que segue sem o goleiro PauloVictor, recuperando-se de umalesão cerebral.

Técnico Vanderlei Luxemburgo quer a vitória contra o Resende, neste sábado

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BRASIL E PARAGUAIDECIDEM TÍTULO

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FINAL DA COPA

SUL-AMERICANA

DE BEACH

SOCCER SERÁ

NESTE DOMINGO