Classificação das Micoses...Classificação das Micoses Micoses Superficiais: Acometem as camadas...

Preview:

Citation preview

Classificação das Micoses

Micoses Superficiais: Acometem as camadas superficiais

da pele e dos pelos

Micoses Cutâneas ou Dermatofitoses: Acometem a epiderme mais profunda e invadem pelos e unhas

Micoses Subcutâneas: Acometem a derme, tecido

subcutâneo, músculos e fascias

Micoses Sistêmicas: Acometem órgãos e sistemas internos

Micoses Oportunistas: Acometem indivíduos debilitados

MICOSES SUPERFICIAIS

A) Pitiríase versicolor

Malassezia furfur

B) Tinea nigra

Phaeoannellomyces

werneckii

Piedras C) preta

Piedraia hortae

D) branca

Trichosporon beigelli

PIEDRAS

Conceito: micose que acomete a parte livre dos pêlos,

formando concreções de colorações brancas

ou pretas. São assintomáticas.

Agentes: Piedra preta Piedraia hortae

pêlos do cabelo

Piedra branca Trichosporon beigelli

pêlos axilares e

pubianos, raro de cabelo

Tratamento: Corte dos pêlos parasitados

Bicloreto de mercúrio 1:2000

Formalina 2 a 3%

PIEDRA PRETA

Habitat: florestas úmidas e águas paradas (margem dos rios)

Distribuição geográfica: regiões tropicais (Ilhas do Pacífico

e América do Sul, no Brasil – Amazônia)

Hospedeiro: ambos os sexos,

mais freqüente em indígenas

Agente: fungo filamentoso, demáceo,

ascosporado (Piedraia hortae)

Parasistismo em pêlo Cultura Esporulação - ascos

PIEDRA BRANCA

Habitat: solo, água, vegetais, biota normal de orofaringe

e pele, animais

Distribuição geográfica: regiões temperadas e tropicais

Brasil – Bahia (cabelos)

Hospedeiro: qualquer idade, sexo e raça.

Agente: levedura blasto-artrosporada (Trichosporon beigelli)

Cultura Levedura blasto-artrosporada Parasistismo em pêlo

Piedra branca

Forma axilar

Cultura

Exame direto

TINEA NIGRA

Conceito: infecção superficial e assintomática da camada córnea

(palma da mão ou planta dos pés), cuja lesão tem coloração

negra ou castanha.

Agente: Phaeonnellomyces werneckii

fungo filamentoso demáceo

Habitat: solo, gravetos e vegetação rica em matéria orgânica,

com alta umidade

Distribuição geográfica: Américas, África e Ásia

Hospedeiro: 3 a 5 vezes mais freqüente em mulheres, 20 a 30 anos

Associação com hiperhidrose

Diferencial de melanona

Tratamento: ceratolíticos e antifúngicos tópicos

Manifestação clínica da Tinea nigra

Diagnóstico laboratorial de Tinea nigra

Exame direto (KOH 20%)

Hifas demáceas

Cultura T°amb

Esporulação

raspado

Malassezia furfur

Levedura lipofílica

Brotamento em base larga

Parede celular grossa 0,12 um

Habitat: Faz parte da biota normal da pele humana e animal,

em áreas sebáceas – couro cabeludo, cabeça, pescoço, tórax.

Taxonomia

Até 1995 - Polimorfismo

Separação em 2 gêneros:

- Levedura – Pityrosporum orbiculare

Pityrosporum ovale

- Micélio – Malassezia furfur

Após 1995 – Definida de acordo com aspectos morfológicos

biologia celular

Basidiomiceto

Único Gênero: Malassezia

7 Espécies: M. furfur

M. sympodialis

M. pachydermatis (não é lipodependente)

M. globosa

M. sloofiae

M. restricta

M. obtusa

Doenças associadas com Malassezia

Pitiríase versicolor Lesões lenticulares de coloração variável

(hipocrômicas, eritematosas, castanhas)

Finamente descamantes, assintomáticas

Acomete principalmente pescoço, tronco, raiz dos membros

superiores

Distribuição geográfica: universal, clima tropical (30-40%)

Hospedeiro: jovens na puberdade (glândulas sebáceas x hormônios),

Pacientes em uso de corticóides, indivíduos com

sudorese excessiva, oleosidade e alta temperatura

Dermatite seborreica (Caspa) e Foliculite causa ou consequência, associação

Fungemias – uso de cateter central para alimentação parenteral

Malassezia furfur

Crescimento Produtos de degradação

Pitiríase versicolor

Ativação do

complemento IgE

Dermatite seborreica Foliculite

Fungemia = infecção oportunista

Pitiríase versicolor

Fisiopatogenia

- Barreira à luz solar

- Metabólitos lipídicos agindo em

melanócitos

Pitiríase versicolor

Lesão eritematosa

Lesão castanha

Contagiosidade ????

Praia

Piscina

Roupas sintéticas

Diagnóstico laboratorial – Exame direto KOH 20% ou azul metileno

Tratamento: Ceratolíticos, Hipossulfito de sódio, Sulfeto de selênio

Antifúngicos: Azóis tópico ou sistêmico

Retirar fatores predisponentes, Vestuário

Histopatológico ?? Isolamento em meio de Cultura

Sabouraud com azeite de oliva

Classificação das Micoses

Micoses Superficiais: Acometem as camadas superficiais

da pele e dos pelos

Micoses Cutâneas ou Dermatofitoses: Acometem a epiderme mais profunda e invadem pelos e unhas

Micoses Subcutâneas: Acometem a derme, tecido

subcutâneo, músculos e fascias

Micoses Sistêmicas: Acometem órgãos e sistemas internos

Micoses Oportunistas: Acometem indivíduos debilitados

MICOSES CUTÂNEAS

Tineas ou Dermatofitoses

Agentes: Dermatófitos, que são fungos que têm afinidade pela

queratina madura da pele e anexos (unhas e cabelos).

Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton

Habitat: Geofílicos (solo), Zoofílicos (animais) e

Antropofílicos ( homem)

Distribuição geográfica: Variação de espécies por região.

Mais freqüente em áreas tropicais, no verão e

outono

Hospedeiro: Indivíduos expostos a alta carga de fungos e com

abrasão da pele (pele úmida e quente – ambiente fechado)

MICOSES CUTÂNEAS

Tineas ou Dermatofitoses

Classificação

Por nicho ecológico: Geofílicos (solo)

Zoofílicos (animais)

Antropofílicos ( homem)

Por topografia das lesões: Tinea pedis

Tinea corporis

Tinea cruris

Tinea capitis

Tinea ungueum

Classificação topográfica

das dermatofitoses

Tinea capitis e Tinea corporis

Tinea capitis, Tinea corporis, Tinea cruris, Tinea pedis, Tinea ungueum

Tinea capitis, Tinea corporis, Tinea cruris, Tinea pedis, Tinea ungueum

Tinea capitis e Tinea corporis

Tinea capitis e Tinea corporis

Tinea corporis, Tinea cruris, Tinea pedis

Tinea capitis, Tinea corporis, Tinea cruris

Tinea corporis

Tinea corporis e Tinea barbae

Tinea corporis

Tinea capitis, Tinea corporis, Tinea cruris, Tinea pedis, Tinea ungueum

Tinea corporis

Tinea capitis e Tinea corporis

Tinea corporis

Tinea corporis

T. verrucosum

T. erinacei

A,E,C

W

W

A,E,U,AL

A,I, OM

W

W

W

E,U

E,NZ

W

W

W

W

W

M

*

*

*

*

*

*

África, Europa, Caribe, USA, América Latina, Índia, Oriente Médio, Nova Zelândia, Worldwide * = raro

DERMATOFITOSES

Patogenicidade – fatores de virulência

1) Atividade de queratinases, elastases e sulfatases

são importantes na implantação da micose.

2) Alguns lipídeos presentes no fungo são

capazes de estimuar resposta alérgica enquanto mananas

da parede celular têm efeito imuno-inibitório (IMC)

3) Lipases observadas em 75% das amostras de

dermatófitos auxiliam o fungo a superar a ação

dos ácidos graxos protetores da pele.

4) Grupos genéticos e T. rubrum– HLA-DQB1*06 susceptibilidade

HLA-B14 resistente

DERMATOFITOSES

Patogenicidade – fatores de virulência

Queratina = proteína insolúvel alcalinização do meio

(proteases queratinolíticas)

Invasão peptídeos alergênicos

(IgE)

Queratinócitos = barreira física contra microrganismos

mediador de resposta imune

(TGF, TNF-, IL-1, IL-6, IL-8)

Fator quimiotático para neutrófilos e linfócitos

Inflamação

Tinea Capitis

Prevalência = maior em crinaças (epidemias escolares)

Clínica = Couro cabeludo eritematoso e descamante (A)

Queda dos cabelos com tonsura (B e C)

Queda e destruição do folículo piloso (D)

Processo inflamatório associado (Kerion Celsi)

Etiologia = Microspórica (lesões grandes, delimitadas, poucas, ectothrix)

Tricofítica (lesões pequenas, difusas, numerosas, endothrix)

Tinea capitis

tonsurante

Lesão em couro cabeludo

Quebra dos cabelos

Alopecia temporária

A Tinea capitis tonsurante

A – Microspórica luz comum

B – Microspórica luz de Wood

C e D – Tricofítica

C D

Tinea favosa – Alopecia definitiva

Trichophyton schoenleinii

Kerion Celsi

Alopecia

definitiva

Tinea barbae – Trichophyton verrucosum

Tinea ungueum - Onicomicose

Prevalência: maior em mulheres, na idade adulta

Clínica: perda do brilho e da cor normal

hiperceratose subungueal, onicólise

início pela borda livre

não acomete a matriz ungueal

Etiologia: Trichophyton sp

Epidermophyton floccosum

Tinea ungueum

Perda do brilho e cor

Hiperceratose

Onicólise

Borda livre

Tinea ungueum

Compromotimento subungueal

mas não de matriz

Evolução crônica

Paciente HIV+

Predisposição

profissional

Tinea pedis

Prevalência: forma clínica mais freqüente, comun em jovens,

associação com o tipo de calçado (temperatura e umidade)

Clínica: Forma interdigital – eritema e descamação com

maceração, podendo fissurar.

Muito pruriginosa.

Forma vésico-bolhosa – carater agudo, com vesículas e

bolhas nos cavos plantares.

Pruriginosa.

Forma escamosa crônica – hiperceratose plantar e

descamação crônica.

Não pruriginosa.

Agentes: Trichophyton rubrum

Trichophyton mentagrophytes

Epidermophyton floccosum

Tinea pedis interdigital

Tinea pedis vésico-bolhosa

Tinea pedis

escamosa crônica

Hiperceratose

Alergia??

Tinea cruris

Prevalência: maior em jovens do sexo masculino

Região quente e úmida

Clínica: Lesões eritematosas e descamantes

Crescimento centrífugo

Bordas ativas com vesículas

Muito pruriginosas

Etiologia: Trichopyton rubrum

Trichophyton mentagrophytes

Epidermophyton floccosum

Microsporum canis

Fatores

Predisponentes

Umidade

Calor

Obesidade

Roupa

Higiene

Tinea Corporis

Prevalência: associada aos fatores predisponentes

umidade, clima, profissão, hospedeiro,exposição

Clínica: Lesões eritematosas e descamantes

Lesões circulares que confluem formando aspecto circinado

Crescimento centrífugo com centro livre e

bordas ativas (vesículas)

Muito pruginosas e contagiosas

Etiologia: Qualquer

dermatófito

Aspecto circinado

Tinea manum

Clínica: Lesões eritematosas e descamantes

Crescimento centrífugo.

Freqüências baixa

Mícide

Conceito: manifestação alérgica à distância, provocada por

um foco de infecção fúngica bem inflamatório, geralmente

por dermatófitos zoofilicos ou geofílicos.

As mícides têm o mesmo aspecto clínico das Tineas,

mas são desabitadas. Regridem com o tratamento do

foco fúngico. Se localizam preferencialmente nas mãos,

mas podem se manifestar em outros sítios do tegumento.

Tinea manum

e

Mícide

Tinea manum

infectada

Tinea profunda

Forma vegetante e exuberante que se manifesta em indivíduos

Com deficit da imunidade celular

(transplantados renais, aidéticos, diabéticos, lupus eritematoso).

Pode haver comprometimento sistêmico

Resposta inflamatória exagerada – Kerion Celsi da pele glabra

Agentes: Trichophyton rubrum

Microsporum audouinii

Tinea Profunda

Tratamento das Dermatofitose

Tópico: Lesões localizadas

Sistêmico: Tinea capitis e Tinea ungueum

Tratamento das dermatofitoses

Medidas profiláticas contra as Dermatofitoses

1) Evitar a umidade, principalmente nas áreas intertriginosas

2) Evitar calçados plásticos ou fechados

3) Usar roupas de algodão (meias, roupas íntima)

4) Lavar e ferver roupas que tenham contato com as áreas afetadas

Lençol, meias, camisetas, pente, escova de cabelo,…..

5) Evitar contato com animais doentes

6) Exame obrigatório em locais públicos (creches, piscinas, quartéis)

Diagnóstico laboratorial das Dermatofitoses

1) Coleta do material (recepiente, assepsia)

2) Exame direto KOH 20%

3) Cultura em Sabouraud

Exame micológico direto com KOH 20%

Parasitismo pêlo ectothrix Parasitismo pêlo endothrix

Exame micológico direto com KOH 20%

Escamas ou unhas

Identificação de Dermatófitos

1) Tempo de crescimento

ágar-Sabouraud-dextrose com cloranfenicol

2) Características macroscópicas

cor, aspecto, textura, bordos

3) Características microscópicas

- Elementos vegetativos

hifa em espiral, raquete, pectinada

- Elementos reprodutivos: esporos (conídios)

cor, tamanho, disposição

Características macroscópicas dos dermatófitos

Tempo de crescimento, pigmentação, textura

Características microscópicas dos dermatófitos

Microcultivo em lâmina

T. rubrum

T. mentagrophytes

E. floccosum

M. canis Principais

Dermatófitos

no Brasil

Recommended