Alteracoes Do Intersticio

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ALTERAÇÕES DO INTERSTÍCIO

Curso de Medicina Veterinária da UESCDepto. de Ciências Agrárias e Ambientais – Setor de Patologia

Alterações do Interstício

Matriz Extracelular

ARTERÍOLA

VÊNULA

MEC

CÉLULA

VASO LINFÁTICO

Aspectos Moleculares do Interstício ou MEC

Constituição:

Rede complexa de macromoléculas

Líquido intersticial

Macromoléculas:

Proteínas fibrosas

Proteínas de aderência

Proteínas organizadoras

Glicosaminoglicanos e proteoglicanos

Estruturação das macromoléculas

Fibras

Complexo amorfo (Substância fundamental amorfa)

Alterações do Interstício

Aspectos Moleculares do Interstício ou MEC

Proteínas Fibrosas:

Colágeno: Fibras colágenas e reticulares

Elastina: Fibras elásticas

Proteínas de aderência :

Laminina

Fibronectina

Proteínas organizadoras

Tenascina, entacina, ondulina - Função de aderência

Glicosaminoglicanos e proteoglicanos

Formam a substância fundamental amorfa - SFA.

Gel altamente hidratado onde as proteínas fibrosas são imersas

Alterações do Interstício

Aderem as células à MEC

Transformação Hialina

Conceito

Distúrbio do metabolismo das proteínas caracterizado pela

deposição de material hialino, homogêneo, amorfo, na matriz

extracelular do tecido conjuntivo e nas membranas basais.

Alterações do Interstício

Origem do material

Proteínas do plasma que exsudam e se depositam na matriz

extracelular

Ocorrência

Íntima de pequenas artérias e arteríolas - Hipertensão

Glomérulos renais (mesângio) - Diabetes e glomerulopatias

fibras colágenas fundem e tornam-se indistintas, corando

intensamente pela hematoxilina-eosina em róseo.

Macroscopia

Depósitos brancacentos, brilhantes e vítreos.

Microscopia

As funções das estruturas acometidas ficam prejudicadas

devido a perda da elasticidade das fibras.

Conseqüências

Alterações do Interstício

Transformação Hialina

Características da lesão

Fibras colágenas ficam tumefeitas e mais espessas,

homogêneas, perdendo o aspecto fibrilar

Ocorrência

Quelóides

Cicatrizes hipertróficas

Alterações do Interstício

Hialinização do Interstício

Conceito

Tipo de transformação hialina na qual as fibras colágenas e

a substância fundamental se tornam intensamente acidófilas.

Degeneração Fibrinóide

Conceito

Observação

Lesão caracterizada pela deposição de material acidófilo

com aspecto semelhante a fibrina.

Fragmentos de fibras colágenas e a fibrina parcialmente

degradada conferem o aspecto fibrinóide à lesão.

Ocorrência

Doenças imunomediadas

Hipertensão maligna

Úlceras pépticas

Alterações do Interstício

Degeneração Fibrinóide

Doenças imunomediadas

Alterações do Interstício

Hipertensão maligna

Úlceras pépticas

Lesão comum na parede dos vasos e tecido perivascular.Deposição de Ag-Ac ativação sistema complemento atração de PMN - aumento da permeabilidade vascular exsudação de fibrina enzimas (PMN) digerem o tecido componentes do interstício parcialmente digeridos + fibrina material fibrinóide

Transudação de fibrina para a parede vascular deposição entre células musculares e adventícia isquemia e necrose liberação de plasmina digestão parcial da fibrina fibrina parcialmente digerida + restos necróticos material fibrinóide

Secreção ácida necrose das células epiteliais fibrina + restos necróticos material fibrinóide

Amiloidose

Conceito: Grupo de doenças caracterizadas pela

deposição extracelular de proteínas ultra-

estruturalmente similares mas bioquimicamente

diferentes, denominadas amilóide em diversos órgãos e

tecidos.

Amilóide: grupo heterogêneo de proteínas fibrilares

que se acumulam em tecidos e órgãos devido a uma

síntese excessiva ou à resistência ao catabolismo

Alterações do Interstício

Significado do termo: semelhante ao AMIDO

Características físico-químicas do amilóide

Amilóide

O porquê da denominação Amiloide Alterações do Interstício

Coloração azul-violeta (TESTE + PARA AMIDO)

FÍGADO

+Iodo

Sç de ác. sulfúrico

+10% glicoproteína do componente P

90% Proteína amilóide

Amiloidose renal - cão

Amiloidose

Classificação

Alterações do Interstício

Amiloidose primária

Causa desconhecida

Alteração das céls plasmáticas (mieloma múltiplo)

Amiloidose secundária

Secundária a distúrbio inflamatório ou destruição

tecidual, ligado à outras doenças: Ex.: Tuberculose

Amiloidose hereditária

Amiloidose

Órgãos e tecidos afetados

Alterações do Interstício

Amiloidose primária

O amilóide adquire distribuição sistêmica: Afeta o

coração, pele língua, tireóide, intestinos, fígado, rim, vasos

sangüíneos.

Amiloidose secundária

Baço, fígado, rim, adrenal, linfonodos.

Raro envolvimento cardíaco.

Amiloidose AL- proteína precursora: Cadeias leves de Ig - proteína amilóide: AL

Amiloidose AA- proteína precursora: amilóide sérica A (SAA)- proteína amilóide: AA

Amiloidose familiar- proteína precursora: Transthyretin, apolipoproteína AI,

apolipoproteína AII, fibrinogen Aalfa chain, lisosima, gelsolina, cistatina C

- proteína amilóide: ATTR, AApoAI, AApoAII, AfibA, Alys, Agel, ACys

Amiloidose Sistêmica Senil- proteína precursora: Transthyretin- proteína amilóide: ATTR

Amiloidose relacionada à diálise- proteína precursora: Beta2microglobulina- proteína amilóide: ABeta2M

Formas localizadas: AL localizada (Ig de cadeia leve AL); doença de Alzheimer (precursor Abeta Abeta); doença de Creutzfeldt-Jakob (proteina prion APrP);DM tipo 2 (peptídeo de ilhota AIPP)

Rim:

Sem alterações macroscópicas ou Volume

consistência, palidez (compressão)

Baço:

Esplenomegalia moderada ou inaparente

Baço em sagu: deposição do amilóide na SFA, nos

folículos linfóides

Baço lardáceo: deposição na parede dos seios e no

tecido conjuntivo da polpa vermelha. Origina grandes

áreas de amiloidose semelhantes a mapas.

MacroscopiaCoração:

Geralmente sem alterações macroscópicas

Alterações do Interstício

Baço lardáceo

Amiloidose renal - cão

Amiloidose renal - cão

Amiloidose cortex renal

Características gerais

Depósito de material hialino, eosinofílico, amorfo,

homogêneo, PAS positivo.

Microscopia

Coração

Acúmulos subendocárdicos focais.

Acúmulos entre as fibras musculares no miocárdio

Atrofia compressiva das fibras musculares cardíacas

nos quadros mais severos

Coloração:

vermelho congo (AMILÓIDE CORA EM VERMELHO OU VERDE SOB

LUZ POLARIZADA)

Alterações do Interstício

Amiloidose coração

Amiloidose coração, congo red luz polarizada

Amiloidose cortex renal

Amiloidose: vermelho congo / luz polarizada

Amiloidose pâncreas

Amiloidose pâncreas – cão diabete melito

Amiloidose hepática - eqüino

Amiloidose hepática - eqüino

Microscopia óptica de depósito de proteína amilóide em mesângio glomerular

Gerais

Deposição progressiva de amilóide levando a

atrofia progressiva do parênquima adjacente.

Amiloidose - Conseqüências

Rim:

IRC por obliteração glomerular e da filtração

Coração:

insuficiência cardíaca

Fígado e baço:

Predispõe a rupturas (órgão friável)

Hemorragia grave e letal ( fatores da coagulação)

hepatócitos atrofiam e desaparecem

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